16/09/2020 21:00:00 • Atualizado em 09/12/2021 21:40:47
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Renda Fixa: Ainda vale a pena investir?
Quando o assunto é rentabilidade, muitos se perguntam se ainda vale a pena investir em renda fixa. Descubra tudo que precisa saber sobre o assunto aqui!

Quando o assunto é rentabilidade, muitos se perguntam se ainda vale a pena investir em renda fixa.
Sucesso de público, essa categoria de ativos acaba sendo o ponto de partida para muitos investidores, inclusive para abandonar a poupança e experimentar novas aplicações.
Porém, com a queda da Selic e alta histórica na cotação do dólar, a renda fixa vai ficando cada vez menos atrativa.
Significa que é preciso abandonar seus ativos e partir para a renda variável?
Depende, pois são muitos os pontos envolvidos na escolha do melhor investimento e a Rico está aqui para te ajudar durante todo o processo.
Continue lendo para entender melhor a questão e responder essa pergunta de uma vez por todas.
O que é fundo de renda fixa?
A renda fixa compõe uma categoria de investimentos que tem sua rentabilidade determinada no momento da aplicação ou, no caso das pós-fixadas, apresenta o rendimento de acordo com um índice pré-estabelecido.
De qualquer forma, nesse tipo de investimento, é possível projetar seus ganhos com maior confiabilidade, diferente do que acontece na renda variável.
Os fundos de renda fixa, portanto, reúnem em sua carteira diversos ativos dessa categoria e estão comprometidos a aplicar neles a maior parte (geralmente 80%) de seu patrimônio.
Rendimento médio do fundo de renda fixa
Hoje, os fundos de renda fixa têm um rendimento comparável ao oferecido pelo CDI (Certificado de Depósito Interbancário).
Em geral, seu retorno que acompanha a Selic, taxa que representa a meta dos juros praticados no país.
Por mais que a maioria dos fundos de renda fixa acompanhe os juros, aqueles que têm uma gestão mais eficiente podem ter ganhos acima desse índice.
Desde 2018, fundos atrelados à inflação e que contam com debêntures na carteira têm apresentado um retorno acima do CDI.
Na Rico, você encontra à sua disposição uma série de investimentos em renda fixa que pagam percentuais acima do CDI.
Ainda vale a pena investir em renda fixa ?

Para entender se esse é um bom investimento, é importante primeiro definir quais são os seus objetivos ao aplicar dinheiro.
O investidor que usa a renda fixa para se proteger da inflação, com certeza, pode continuar utilizando esse caminho ao escolher ativos com esse perfil.
O Tesouro IPCA, por exemplo, é um título público que garante rendimento real, não importa qual seja o índice de inflação registrado.
Existe ainda outra questão aqui que é referente à liquidez: em geral, ativos da renda fixa tem mais saída no mercado, o que garante ao investidor a possibilidade de vender seus títulos e acessar o capital de maneira rápida em caso de imprevistos.
Justamente por isso, também vale a pena investir em renda fixa para a formação de um fundo de emergência.
Tesouro Selic e alguns CDBs de liquidez diária são o melhor exemplo disso.
Isso sem falar em ter papéis do tipo na carteira dentro de uma estratégia de diversificação, que é sempre saudável para se proteger de perdas.
Então, não é por que a Selic e o CDI registram índices muito baixos que você deve abandonar a renda fixa.
O segredo do bom investidor é adequar as aplicações disponíveis aos seus objetivos.
Vantagens de investir em renda fixa
Se você ainda tem dúvidas sobre as características da renda fixa, confira abaixo nossa lista de vantagens dessa modalidade.
- Rentabilidade: como o retorno é estável e recorrente, ela acaba sendo ideal para quem está formando seu patrimônio. No mercado, é possível encontrar várias alternativas que rendem acima de 100% do CDI
- Facilidade: nos últimos anos, o processo para investimentos no Brasil mudou para melhor. Hoje, é possível investir em renda fixa sem sair de casa. E, como os ganhos são estáveis, não existe a necessidade de acompanhar o rendimento no dia a dia
- Acessibilidade: outro ponto positivo para a modalidade está no fato de que esse investimento é acessível para todos os perfis de investidor. É possível encontrar títulos de renda fixa no mercado a partir de R$ 30
- Diversificação: engana-se quem acredita que, ao investir em renda fixa, você está apostando todas as suas fichas em um só número. Dentro da categoria, há investimentos vinculados ao setor imobiliário (LCI), ao agronegócio (LCA), títulos públicos (Tesouro Direto), entre outros
- Benefícios tributários: é importante saber que algumas das opções de renda fixa do mercado contam com isenção de Imposto de Renda, como é o caso do LCI e o LCA. Em momentos de crise, esse pode ser o diferencial para conquistar bons resultados.
Desvantagens em investir em renda fixa
É claro que há também desvantagens envolvidas na negociação de ativos de renda fixa.
Confira abaixo alguns dos principais fatores que devem ser pontos de atenção.
- Carência: na hora de investir, é preciso ficar atento ao fato de que alguns ativos contam com um período de carência para resgatar o capital aplicado. Em alguns casos chamada de “rentabilidade negativa”, essa dinâmica faz com que investimentos liquidados prematuramente sofram perdas na rentabilidade
- Taxas: nem todas as alternativas da renda fixa estão isentas de taxas – e o investidor precisa considerar isso. Para o Tesouro Direto, por exemplo, existe a incidência de IR e IOF, além da taxa de custódia cobrada pela bolsa
- Baixo retorno: em tempos de taxa de juros em baixa histórica, é importante lembrar que a renda fixa talvez não tenha os melhores resultados, pois sua rentabilidade está atrelada à Selic, direta ou indiretamente.
Qual a perspectiva para a renda fixa?
No início de agosto de 2019, o Banco Central reduziu novamente a taxa Selic, agora para 2% ao ano.
Esse é o menor patamar da história e, segundo a perspectiva deixada pela reunião do Copom, a Selic deve se manter nessa faixa ou sofrer algum ajuste residual até o final de 2020.
Com isso, o investidor em renda fixa deve ter muita atenção a outro índice, o da inflação.
Afinal, é preciso descontar a inflação acumulada do período para conferir o rendimento real da aplicação.
Segundo o boletim Focus, a projeção é que a alta nos preços alcance 1,63% em 2020.
Como é um índice muito próximo da Selic, fica clara a possibilidade de haver uma rentabilidade real quase nula ou até mesmo negativa com a renda fixa.
É o que acontece com a poupança.
Imaginando que se confirme a projeção do Focus, em 2020, quem manter dinheiro na caderneta vai perder poder de compra.
Isso porque seu rendimento com a Selic a 2% ao ano é de apenas 1,4% – 0,23% abaixo da inflação.
Por isso, a poupança passa longe de ser uma boa escolha, mas há outras aplicações de renda fixa que se mantêm como opções seguras, rentáveis e que atendem aos seus objetivos, como veremos na sequência.
3 motivos para investir em renda fixa
Mesmo em momentos de crise, a renda fixa apresenta vantagens para o investidor.
Se você precisa de mais razões aplicar nessa categoria, confira abaixo três motivos.
Segurança
Boa parte dos investimentos em renda fixa tem a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até o limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por conjunto de depósitos e investimentos em cada instituição ou conglomerado financeiro, limitado ao teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas para cada CPF ou CNPJ.
Para mais informações sobre o FGC, acesse o site http://www.fgc.org.br.
E mesmo quando não tem, como no caso dos títulos públicos do Tesouro Direto, o investimento é garantido pelo governo federal.
Ou seja, você só perde se o país quebrar.
Além de um evento raríssimo, se acontecer, antes dele, todo o sistema financeiro já teria desabado.
Proteção
Os ativos de renda fixa se consolidaram como ótimas formas de se proteger em momentos de crise econômica.
Ainda que, por vezes, não apresentem as melhores taxas de rentabilidade do mercado, eles são sólidos e podem oferecer uma projeção precisa dos ganhos para o investidor se programar.
Diferente da renda variável, não existe o risco de uma desvalorização tão grande e súbita que coloque seu patrimônio em risco.
Liquidez
Uma característica da renda fixa que faz dela tão procurada por quem está montando seu fundo de reserva é que ela apresenta uma liquidez extremamente facilitada.
Com uma procura maior no mercado, fica mais fácil para o investidor vender seus papéis e acessar o capital de maneira emergencial.
E se você tiver investido no Tesouro Direito, por exemplo, essa dinâmica fica ainda mais evidente, já que o governo federal se compromete em comprar de volta os títulos, o que garante sua liquidez em qualquer momento.
Em qual renda fixa investir?

Ao chegar até aqui, só resta escolher onde investir, não é mesmo?
Então, veja a lista de aplicações que selecionamos para você
Tesouro Direto
O programa do Tesouro Direto oferece uma opção descomplicada para quem quer iniciar sua jornada no mundo dos investimentos de maneira segura.
Na prática, você está emprestando dinheiro para o país, que devolve a quantia no vencimento do título acrescido de juros.
A modalidade é conhecida por sua alta liquidez, o que significa maior facilidade para vender os títulos a qualquer momento.
O Tesouro Direto conta hoje com três opções de títulos diferentes para que o investidor possa escolher: Tesouro Prefixado, Tesouro Selic e Tesouro IPCA.
CDB
Os Certificados de Depósito Bancário – ou simplesmente CDBs – compõem uma modalidade de investimento que, como o próprio nome indica, é emitida e administrada por bancos.
Ou seja, são parecidos com os títulos públicos, com a diferença de que, aqui, você está emprestando dinheiro para financiar as operações de bancos.
Trata-se de uma aplicação de renda fixa bastante conhecida pelos investidores do país por conta de sua longa tradição.
LCI e LCA
As Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio são uma modalidade de renda fixa incentivada pelo governo federal, pois representam a injeção de recursos em setores estratégicos da economia.
Por isso, o investidor está dispensado da cobrança de Imposto de Renda.
Debêntures
Outro título de renda fixa são as debêntures, que são emitidas por empresas e seus recursos utilizados para pagar dívidas ou financiar projetos.
Não há garantia do FGC, mas a rentabilidade se mostra mais atrativa.
Entre os tipos de debêntures, estão as incentivadas,que também contam com isenção de tributos.
Letras de Câmbio
As LCs são muito parecidas com os CDBs.
A diferença principal é que seus recursos são utilizados por instituições financeiras de menor porte – e não por grandes bancos.
Por isso, também costumam ter uma taxas de rentabilidade mais alta – e contam com a proteção do FGC.
CRI/CRA
Assim como acontece com a LCI e LCA, o CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e o CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) são aplicações que se destinam a setores estratégicos.
A diferença está no seu emissor: nesse caso, são papéis de securitizadoras.
Não há cobertura do FGC, mas a rentabilidade costuma ser mais alta, já que tem indicação para um perfil de risco arrojado.
Dúvidas sobre se ainda vale a pena investir em renda fixa

Ao planejar seus investimentos, diversas dúvidas podem surgir.
E para deixar você tranquilo e seguro da sua decisão, vamos esclarecer as principais relacionadas ao universo da renda fixa.
Acompanhe!
O que rende 1% ao mês?
Ficou no passado o tempo em que era possível investir em renda fixa com uma rentabilidade de 1% ao mês.
Ou seja, em torno de 12% ao ano.
Mesmo quando a Selic esteve próxima a isso, entre 2014 e 2017, não havia um ganho real tão expressivo, porque a inflação era mais alta.
Existem investimentos que rendem 1% ao mês, mas sua rentabilidade é impossível de ser prevista, porque são ativos de renda variável.
Vale a pena investir em renda variável?
A renda variável é sempre uma boa opção para quem tem maior tolerância a riscos.
Mesmo em momentos de crise, é possível usar as oscilações do mercado a seu favor.
Quem quer usar a renda variável para alavancar os ganhos, deve manter os seus investimentos em renda fixa para garantir segurança e liquidez em suas finanças.
O ponto crucial aqui é diversificação – e a Rico pode te ajudar nessa tarefa.
BB renda fixa prefixado vale a pena?
Quem busca fundos de renda fixa para aplicar seu capital, tem aqui uma opção a se considerar.
Para saber se o BB Renda Fixa 500 vale a pena, o investidor deve antes entender quais são suas metas e se elas são compatíveis com o fundo.
A administração do grupo é feita pelo Banco do Brasil, que cobra pelo serviço uma taxa de 0,8% ao ano.
No informativo oficial, o banco explica que tem o objetivo de buscar a valorização de suas cotas por meio da aplicação em títulos públicos e privados, além de cotas de outros fundos.
CDB vale a pena?
Por se tratar de um ativo de renda fixa, vale aqui a mesma resposta que demos para essa questão anteriormente.
Quem for capaz de escolher de maneira estratégica, pode continuar utilizando o CDB para proteger sua reserva de emergência e garantir liquidez.
Renda fixa é a melhor opção para reserva de emergência?
Uma das principais características da renda fixa é que ela apresenta grande liquidez para o investidor.
Na prática, isso significa ter facilidade em vender seus títulos de maneira rápida sem perder dinheiro na operação.
Por isso, ela se tornou popular dentre aqueles que buscam compor sua reserva de emergência de maneira que consigam acessar o capital rapidamente.
É possível investir em renda fixa no exterior?
É completamente possível investir em renda fixa no exterior.
Mais recentemente, a abertura do mercado nacional para investimentos no exterior trouxe opções para quem quer aplicar diretamente no Brasil, através de corretoras brasileiras.
Cliente Rico pode consultar todos os fundos de renda fixa internacionais disponíveis em sua área logada.
Conclusão
Em meio a uma crise que atinge o mundo todo, até mesmo os investidores mais experientes podem ter dúvidas se ainda vale a pena investir em renda fixa.
No Brasil, a queda da taxa de juros e a alta do dólar têm sido um alerta para o fato de que a modalidade talvez já não traga os melhores resultados.
Mas, como vimos ao longo deste artigo, a renda fixa segue alinhada a diversos objetivos financeiros.
A escolha de um investimento é complexa e exige que o indivíduo leve em consideração diversos fatores da sua vida.
Com a Rico, você tem todo o apoio para fazer as melhores escolhas financeiras e garantir bons resultados.
Obrigado por ler até aqui!