10/12/2020 12:45:00 • Atualizado em 14/05/2024 09:00:31
29 minuto(s) de leitura


Investir em Renda Variável: guia para começar sem medo!

Se você quer investir na renda variável, mas tem medo e não sabe como começar, confira nosso guia e aprenda tudo sobre os investimentos e muito mais!


Time Rico
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A renda variável é o assunto do momento entre investidores e também junto àqueles que pretendem iniciar no mercado financeiro.

Isso acontece porque a queda na taxa de juros impacta negativamente na rentabilidade dos ativos de renda fixa, que é o tipo de aplicação preferida por iniciantes. 

De fato, a renda variável ainda é pouco explorada, principalmente para quem está começando.

Afinal, para quem nunca aplicou o dinheiro em investimentos , é normal sentir medo antes de começar a investir em ações, por exemplo.

Se você faz parte desse grupo, saiba que não está sozinho.

No Brasil, menos de 1% da população investe nesta categoria de ativos, e muitos estão deixando boas oportunidades passarem. 

No entanto, tenha em mente que investir na renda variável pode trazer rendimentos bastante atrativos ao seu capital.

Se você deseja aproveitar as oportunidades, com a possibilidade de lucrar com proventos, é preciso entender como o mercado funciona e quais são as melhores estratégias para começar. 

Por isso, preparamos um guia completo com tudo o que você deve saber para investir em renda variável com segurança e rentabilidade a partir de agora. 

O que é renda variável?

A renda variável pode ser entendida como ativos financeiros que possuem retornos não previsíveis

Então, ao investir nesta categoria, você não tem certeza do quanto o seu dinheiro irá render ao longo do tempo. 

Já na renda fixa, ocorre o oposto, pois os investimentos possuem taxa de rentabilidade definida no momento da compra.

Dessa forma, você consegue calcular quanto o seu capital deverá render até a data do resgate. 

A renda variável possui essa volatilidade, pois os investimentos variam conforme as expectativas quanto a fatores como:

  • Empresa ou ativo principal (commodity, imóvel ou moeda)
  • Cenário econômico e político local e externo
  • Setor de atuação.

Por se tratar de fatores que mudam ao longo do tempo, algo que hoje é lucrativo e bem visto pode se tornar pouco apreciado pelo mercado em um curto espaço de tempo.

Assim, não é possível saber qual será a visão dos investidores em relação ao ativo que você possui, uma vez que todo o cenário esperado poderá não se concretizar.

A renda variável possui volatilidade e isso é natural no mercado.

Caso você queira ter bons lucros investindo em ações, é preciso aceitar esse risco de curto prazo.

O que é um título de renda variável?

O mais comum é a ação, que nada mais é do que título emitido por empresas e instituições a fim de captar recursos. 

Esse dinheiro captado é usado para realizar investimentos, pagar contas, desenvolver novos produtos.

Uma ação representa uma pequena parte de uma empresa de capital aberto.

Se essa empresa der lucro e crescer, ela será mais valorizada na bolsa de valores e, assim, você lucra com sua valorização e possíveis dividendos.

Quais são os tipos de investimento em renda variável

Existem muitos títulos para você investir no mercado de renda variável.

Desde o mercado acionário passando por contratos futuros e até mesmo aplicações no setor imobiliário podem ser feitas nessa modalidade.

Confira abaixo os detalhes dos principais investimentos em renda variável para que você possa tomar a melhor decisão.

Ações

Quando falamos em renda variável, a bolsa de valores é um dos primeiros ambientes de investimentos que vem à mente.

De fato, o mercado acionário pode ser uma ótima alternativa para quem quer diversificar sua carteira em busca de boa rentabilidade nas aplicações.

Na bolsa, o investidor pode aplicar em títulos de participação em uma empresa de capital aberto.

Em grande parte dos casos, o lucro se dá pela diferença entre o valor de compra e a venda dos papéis.

É preciso encontrar uma empresa com potencial de crescimento que, quando concretizado eleva o valor da companhia no mercado.

Além do lucro de especulação, o investimento em ações também remunera por meio do pagamento de dividendos.

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Contratos futuros

Alguns outros títulos são negociados nas bolsas de valores além das ações, e os contratos futuros são um exemplo.

Esse tipo de investimento é um importante instrumento financeiro para a economia, pois funciona como garantia para quem compra e para quem vende.

Os contratos futuros firmam um compromisso onde uma parte se compromete a comprar aqueles bens a um preço pré-definido, enquanto outra garante se compromete a entregar os itens na data estabelecida.

Alguns dos artigos negociados aqui são arrobas de milho, café, boi gordo, euros e dólares.

Na negociação, apenas o preço é discutido, já que os contratos têm parâmetros fixos de acordo com os padrões da B3, a bolsa brasileira.

Opções

A bolsa de valores conta também com um derivativo conhecido como opções.

Tudo começa nas ações, que representam uma titularidade do investidor em relação à companhia – a posse de uma parte – que pode ser reivindicada por meio do voto em reuniões de acionistas ou no pagamento de dividendos.

Os títulos são divididos entre ações ordinárias (ON) ou preferenciais (PN) – o primeiro tipo dá direito ao voto, mas perde preferência para o segundo na remuneração dos dividendos.

Opções, por sua vez, são contratos de compra e venda que dão ao detentor a possibilidade (mas não a obrigação) de adquirir aquelas ações no futuro com o mesmo preço de hoje.

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ETFs

Conhecidos principalmente pela sigla, os Exchange Traded Funds são um ótimo caminho para quem quer investir no exterior aplicando diretamente no mercado local.

Na prática, os ETFs são fundos que procuram replicar a rentabilidade de outros índices, acompanhando assim seu desempenho.

Suas cotas são negociadas da mesma forma que as ações de uma companhia.

A diferença aqui é que, ao comprar uma cota, o investidor está investindo em uma carteira que inclui ações de diversas companhias.

No pregão da B3, é possível encontrar ETFs que replicam índices internacionais como o S&P 500, por exemplo, que inclui as 500 principais companhias listadas nas bolsas americanas Nasdaq e da NYSE.

Commodities

No mercado financeiro, as commodities são aqueles produtos que têm seu preço padronizado em razão de sua função primária, não havendo diferenciação entre vendedores.

Estamos falando aqui de mercadorias que, em geral, são utilizadas como matéria-prima: o petróleo, o milho, a soja, o ouro, o boi gordo, entre outros.

Assim como para ações, o preço desses produtos varia diariamente na bolsa de acordo com a oferta e a procura.

A particularidade aqui é que, em caso de commodities agrícolas, o período de entressafra costuma influenciar em uma elevação dos preços.

Câmbio

Outra forma interessante de investir na renda variável é por meio de investimentos que se aproveitam da diferença cambial para gerar renda.

Um caminho é a compra da moeda estrangeira com foco em uma alta na cotação.

Mas existem outras formas mais rentáveis e seguras de aumentar seu patrimônio com foco no câmbio.

É o caso dos fundos cambiais, por exemplo, que concentram a maior parte de seus ativos investindo em moedas estrangeiras – em torno de 80% deles.

Fundos Imobiliários (FIIs)

Conhecidos pela sigla FII, os fundos de investimento imobiliários compõem mais um caminho para quem quer investir em renda variável.

Funciona assim: uma corretora ou gestora de investimentos lança o grupo e reúne as aplicações de cada cliente para formar o patrimônio do grupo.

Ao juntar o dinheiro de várias pessoas em um só montante, o gestor dispõe de mais recursos para escolher os melhores ativos para o capital de modo a obter boa rentabilidade para todos os participantes.

As suas movimentações não são arbitrárias, mas seguem regras rígidas de acordo com o tipo do fundo – de tijolo, de lajes corporativas, híbrido, etc. – e o perfil dos investidores do grupo.

Fundos de Investimento

Para além dos FIIs, outros fundos de investimento podem ser boas alternativas para investir na renda variável.

Aqui, novamente é montada uma carteira que será oferecida aos investidores por meio da cotização do grupo.

O que faz um fundo ser considerado como renda variável é a natureza dos títulos que estão em sua carteira.

Podemos destacar como exemplo os fundos de ações, os fundos cambiais e os fundos multimercado.

Criptomoedas

Mais recentemente, as criptomoedas surgiram como uma opção para quem está disposto a aplicar na renda variável em busca de bons rendimentos.

O investimento nessa categoria de ativos nada mais é do que uma aplicação em ativos cambiais.

A diferença aqui é que, em geral, as criptomoedas não são emitidas por um país, mas, por meio de tecnologia de criptografia privada. 

Também não existe dinheiro em espécie, pois as moedas são exclusivamente digitais.

Além do Bitcoin (BTC) – primeira criptomoeda a ganhar notoriedade – as alternativas incluem o Ethereum (ETH), o Tether (USDT), o Ripple (XRP), entre outros.

Vantagens e desvantagens da Renda Variável

Uma das maiores vantagens de investir na renda variável é que você pode operar em qualquer prazo.

Isso mesmo, há estratégias que duram apenas um dia, como o day trade

Além disso, a compra e venda dos ativos é totalmente online, ou seja, você investe de qualquer lugar, basta ter conexão de internet. 

As operações são intermediadas por uma instituição financeira, como as corretoras de valores. Elas são responsáveis pelo envio das suas ordens até a bolsa de valores. 

Portanto, você precisa ter conta em uma corretora para começar. 

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Outra vantagem da renda variável é o recebimento de proventos. Eles podem ser através de dividendos, aluguéis ou Juros sobre Capital Próprio (JCP). 

Então, se você deseja uma renda extra ou tem o objetivo de viver de bolsa de valores, uma alternativa tende a ser as pagadoras de dividendos . 

Além disso, as ações oferecem o poder de sócio do negócio. Isso é possível por meio dos papéis ordinários, que dão direito a voto nas principais assembleias gerais.

A principal desvantagem da renda variável é o risco oferecido.

Antes de comprar qualquer ativo, você deve ter em mente que as oscilações ocorrem, principalmente, no curto prazo. 

Mas este não deve ser motivo de desespero ou medo de perder todo o capital. 

Lembre-se de que você pode vendê-lo a qualquer momento e que a paciência é uma das principais características de grandes investidores, tais como Warren Buffett. 

Por fim, é preciso considerar os custos de operação. Eles também dependem do volume de operação e da corretora de valores escolhida. 

Aqui na Rico, você investe na renda variável com os melhores custos do mercado. Sem contar que oferecemos o melhor home broker e todo o suporte da nossa equipe.

Portanto, são suas escolhas e fatores pessoais que vão influenciar as vantagens e desvantagens. 

Ainda neste artigo, vamos mostrar como você pode começar e obter o melhor da renda variável. 

Diferenças entre Renda Variável e Renda Fixa

Uma das regras mais importantes no mercado financeiro é ser fiel a si mesmo e a seus objetivos.

Então, se você é conservador, priorize investimentos conservadores. Se você é agressivo, priorize investimentos mais agressivos.

Não significa que é preciso aplicar 100% em ações ou 100% em Tesouro Direto.

Significa que no balanço da sua carteira de investimentos, você vai expor uma parcela maior ou menor do seu capital a certa categoria de investimentos.

Veja a seguir as principais diferenças entre renda variável e renda fixa:

Renda FixaRenda Variável
Retorno PrevisívelRetorno Imprevisível
Baixo riscoAlto risco
Menor potencial de retornoMaior potencial de retorno
Indicado para conservadoresIndicado para investidores agressivos
Garantia do dinheiro pelo FGC (na maioria dos casos)

Sem garantias

Investimento simples com poucas variáveisInvestimento complexo com muitas variáveis (BM&FBovespa)

Você não precisa escolher entre um ou outro. É possível ter os dois tipos de renda em sua carteira.

É assim que os investidores experientes fazem.

Eles mantêm uma reserva de emergência na renda fixa com segurança e, então, diversificam os investimentos de acordo com seus objetivos e rentabilidade desejada.

Por isso, muitos investidores separam uma pequena parcela do patrimônio para investir em renda variável. É possível diversificar tanto em fundo multimercado, como também em fundos de ações.

Como começar a investir em Renda Variável: perdendo o medo

Entre os principais motivos pelos quais muitos adiam o sonho de investir em renda variável está o medo de perder dinheiro

Tenha em mente que é possível deixar os mitos de lado e começar a fazer o seu capital render de forma tão simples quanto aplicar em renda fixa. 

Para isso, você deve fazer escolhas assertivas que, por sua vez, vêm do seu conhecimento. 

Antes de investir, uma das melhores formas de perder o medo é estudar o mercado, entender sobre o seu funcionamento e escolher uma corretora de valores de confiança, como a Rico. 

Perceba que ao optar por ativos de boas empresas, é possível fazer o seu capital crescer de verdade. 

Lembre que os riscos e a volatilidade existem, mas os investimentos de qualidade tendem a ser menos afetados. 

Além disso, estes fatores oscilatórios podem abrir oportunidades de ganhos, como uma operação de swing trade ou day trade

Uma dica é começar aos poucos ou fazer investimentos indiretos através de ETFs e Fundos de Ações. 

Depois de adquirir experiência, é possível aumentar a sua exposição na renda variável. 

Por fim, é fundamental priorizar uma instituição financeira que ofereça bons serviços aos seus clientes, como a Rico.

Afinal, um home broker estável e contar com o suporte profissional poderá trazer mais segura na hora de operar. 

Para usufruir de todas estas vantagens, você só precisa abrir a sua conta na Rico agora mesmo. O cadastro é simples e 100% gratuito.

Dicas para escolher o investimento certo (Ou melhor, diversificar)

Investir todo o seu patrimônio em renda variável não é uma boa alternativa, pois os retornos não são garantidos. 

Por isso, é fundamental conhecer os ativos da renda fixa e manter parte do seu montante nela.

Há inúmeras formas de montar uma carteira de investimentos. Mas, qual a melhor para você? 

Esta pergunta pode ser respondida a partir da identificação do seu perfil de investidor. Ele mostrará a sua tolerância ao risco e os ativos mais apropriados. 

A alocação do capital em mais de um ativo é conhecida como diversificação. Esta forma de investir tende a trazer equilíbrio aos seus rendimentos. 

No médio e longo prazos, os resultados podem ser mais atrativos do que ao focar apenas em renda fixa ou variável. 

Além de equilibrar os rendimentos, a diversificação também permite a mitigação dos riscos. 

Portanto, ela pode ser uma boa alternativa para quem busca a formação de patrimônio e viver de renda. 

O que são e como funcionam os indexadores?

Falar em renda variável ou fixa é como juntar dois mundos diferentes.

Cada um funciona de uma forma, segundo suas próprias regras.

Por isso, não é recomendável comparar os dois com os mesmos parâmetros.

Afinal, cada um tem a sua finalidade específica. Veja a seguir como funcionam os indexadores desses investimentos:

CDI

Esse é o Certificado de Depósito Interbancário. A taxa média cobrada entre os bancos para empréstimos diários.

Por lei, eles precisam fechar o dia com caixa positivo, a taxa cobrada entre eles é o CDI.

Essa mesma taxa é que baseia todos os investimentos da renda fixa e ela segue de perto a taxa Selic.

Por exemplo, se um CDB rende 110% do CDI, significa que ele rende muito próximo da taxa Selic e mais 10%.

IPCA

Alguns investimentos de renda fixa são atrelados ao IPCA, a taxa da inflação, somada a uma taxa fixada (prêmio).

Independente da economia, esse tipo de aplicação garante o poder de compra do investidor com o passar dos anos. 

Ibovespa

Esse é o principal índice que representa a média das ações mais negociadas na bolsa de valores.

O objetivo de todo fundo de ações e carteira de ações é superar o Ibovespa.

As carteiras recomendadas pela Rico, por exemplo, na média, costumam superar o índice.

Desde a sua criação, em janeiro de 2016, a Rico Premium tem ganho acumulado de 185,39%, enquanto o Ibovespa subiu 59,28% no período – uma diferença de 126,11% (dados de setembro de 2020).

Devo declarar Renda Variável no Imposto de Renda?

Mesmo não se enquadrando em nenhuma das situações de obrigatoriedade, ao ter atividades na Bolsa de Valores, mercadorias e futuros você é obrigado a declarar o Ajuste Anual do Imposto de Renda.

A sua corretora ou banco não necessariamente informarão seus ganhos e/ou prejuízos no informe de rendimentos. No entanto, elas estão presentes em suas notas de corretagem. Solicite-as à sua corretora.

O pagamento de alíquota dependerá da sua performance. Se houve lucro de até R$ 20 mil, você é isento. Ao passar disso, deve-se pagar 15% sobre o lucro.

Saiba mais na tabela abaixo:

INVESTIMENTOALÍQUOTA DE IRONDE INFORMAR
Ações (ganho de capital acima de R$ 20 mil) / day trade15% sobre o lucro / 20% no day tradeDemonstrativo de Renda Variável
Fundos de InvestimentoDe 22,5% a 15% (regressiva)Rendimentos Sujeitos a Tributação Exclusiva/Definitiva (linha 6)
Fundos de Ações15% sobre o lucroDemonstrativo de Renda Variável

Conclusão 

A renda variável pode trazer rendimentos bastante atrativos ao seu capital, desde que você priorize bons ativos.

Uma dica é evitar a especulação. Lembre que bolsa de valores não é uma casa de apostas.

Cada ativo que você compra, é parte de uma empresa, é a sua expectativa e é o seu dinheiro que estão em jogo. 

Antes de tomar qualquer decisão, busque conhecimento. Com ele, é possível ir mais longe e realizar todos os seus objetivos. 

Aqui na Rico, você encontra diversos meios para aprender sobre a renda variável, como os conteúdos do nosso blog e o nosso canal no YouTube.

Para deixar os medos de lado e fazer o seu dinheiro render de verdade, você só precisa abrir a sua conta agora mesmo. 

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