19/07/2023 13:45:17 • Atualizado em 12/12/2024 13:33:43
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CDB ou Tesouro Direto: qual o melhor?
O CDB é um título privado emitido pelas instituições financeiras, representando um investimento que as empresas fazem por meio de dívida, onde ela pega o empréstimo e realiza o pagamento futuro com juros. Já o Tesouro Direto funciona de forma parecida, porém é emitido pelo Tesouro Nacional, uma instituição pública, ou seja, é uma dívida púlbica. Mas as diferenças não param por aí. Na hora de escolher entre um e outro, é essencial considerar aspectos como quanto rende, qual a liquidez, riscos e prazo de retorno.

Se você está na dúvida entre CDB ou Tesouro Direto, é bom saber que ambos são investimentos tão seguros quanto a poupança, mas existem diferenças entre elas.
Estamos falando sobre as estrelas da renda fixa. Não por acaso, a quantidade de investidores que investem nessas aplicações financeiras não para de crescer.
Como sabemos, a poupança não é uma boa escolha para sua carteira de investimentos, já que, historicamente, rende menos que a inflação. Então, é comum observamos as pessoas que começam a entender a dinâmica dos investimentos optando por investimentos seguros, porém mais rentáveis, como os ativos de renda fixa.
Hoje, há uma infinidade de aplicações em renda fixa e elas geram questionamentos sobre qual escolher, afinal, é o seu dinheiro que está em jogo.
Entre CDB ou Tesouro Direto, por exemplo, há muitas diferenças.
Antes de investir, você deve conhecer cada um desses títulos e descobrir qual deles é o mais apropriado para a sua carteira.
Para isso, preparamos um guia completo com tudo o que você deve saber sobre os dois investimentos.
O que é CDB?
O CDB, que ganhou popularidade nos últimos anos e se destaca como aplicação de renda fixa, é o Certificado de Depósito Bancário. Ele é um título privado emitido pelas instituições financeiras, representando um empréstimo.
A taxa de rentabilidade do CDB pode ser:
- pré fixada,
- pós-fixada,
- híbrida.
Os mais conhecidos são os pós-fixados, ou seja, ele acompanha a rentabilidade de algum indexador, por exemplo, os atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário).
Os títulos privados híbridos costumam ter rentabilidade indexada ao IPCA e outra parte pré-fixada, ou seja, conhecida previamente. Neste caso, funcionam similarmente ao Tesouro IPCA+.
E temos aqueles que são só pré-fixados, ou seja, já se sabe qual será o valor final a receber no vencimento, pois a taxa de juros é fixa.
Os pré-fixados e os híbridos são geralmente recomendados para médio e longo prazo, pois a venda antecipada pode acarretar perdas para o investidor.
O que é Tesouro Direto?
O Tesouro Direto é um título público, ou seja, emitido pelo governo. É conhecido como o investimento mais seguro da economia brasileira, assim como a caderneta de poupança. Ele é um título de dívida do governo, por isso, como a contraparte é o governo federal, a chance de não haver o pagamento no vencimento é praticamente nula, por isso é tido como um investimento muito seguro.
Este investimento representa um papel de dívida do Estado. O dinheiro captado é utilizado para financiar áreas como infraestrutura e educação.
O Tesouro Direto oferece os seguintes tipos de títulos, assim como no CDB:
- pré-fixados,
- pós-fixados,
- híbridos.
Ou seja, a lógica é a mesma que para os títulos privados. A seguir, falaremos das características de cada um:
Pré-fixados
A característica principal desse título é possuir uma taxa de rentabilidade fixa. Então, ela se manterá até o vencimento.
No momento da compra, você já sabe o quanto vai receber no dia do vencimento.
Dessa forma, você consegue ter a previsibilidade de saber o valor que receberá no montante futuro, na data de vencimento.
O pré-fixado se divide em Tesouro Prefixado (LTN) e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F). A diferença entre eles é que a NTN-F paga os rendimentos semestralmente.
Com a taxa fixa, esses títulos tornam-se fáceis de investir e de acompanhar por meio, por exemplo, de gráficos do tesouro direto. No entanto, é importante destacar que o resgate antes do vencimento pode incorrer em perdas do valor investido, por isso é fundamental que ao escolher este ativo seja possível manter até a data final e receber o valor integral previamente conhecido. Por este motivo, também é um investimento mais indicado para médio e longo prazo.
Pós-fixados
O título público desta modalidade é o Tesouro Selic. Ele é um dos papéis essenciais a todos os tipos de carteiras.
Um dos maiores atrativos dele é a liquidez diária. Diferentemente do prefixado, os lucros são acrescidos à aplicação todos os dias.
A rentabilidade deste título acompanha a taxa básica de juros, a taxa Selic. Com isso, os ganhos sofrem oscilações até o vencimento.
Dentre os tipos de Tesouro direto, este é o que pode ter menor volatilidade, por acompanhar a taxa básica de Juros, por isso é a opção ideal para investimentos de curto prazo e reserva de emergência.
Híbridos
Nesta categoria, temos Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal) e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B).
O título é híbrido porque é oferecida uma taxa fixa mais o valor do IPCA do período. Então, no ato do investimento você poderá ter apenas uma previsão do quanto o seu dinheiro vai render.
O Tesouro IPCA é recomendado para investimentos de médio e longo prazos. Com ele, você mantém o seu poder de compra no futuro, uma vez que parte de sua rentabilidade acompanha a inflação.
Uma das vantagens desse título é o potencial de valorização. Ele pode ser utilizado em estratégias de venda antecipada, trazendo lucros expressivos aos investidores, porém, igualmente os pré-fixados, resgates antes do vencimento podem incorrer em perdas, por isso é essencial estar ciente dessas variáveis e do prazo que você deseja manter o investimento.

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CDB ou Tesouro Direto: qual é melhor?
Agora que você já sabe o que é um Certificado de Depósito Bancário e o que é um título do Tesouro Direto, pode estar se perguntando como as duas modalidades de investimento se comparam.
A escolha entre aplicar em um CDB ou Tesouro Direto é pessoal. Se você já sabe bem qual é o seu perfil de investidor e quais são seus objetivos ao investir, resta saber das duas aplicações quais as diferenças sobre:
- rentabilidade,
- liquidez,
- aportes iniciais,
- frequência de investimento,
- riscos,
- custos.
Qual a rentabilidade do CDB e do Tesouro Direto?
Ao comparar CDB ou Tesouro Direto, a rentabilidade depende do tipo de título, prazo de vencimento e risco.
Você deve analisar o indexador e as taxas oferecidas.
Algumas regras de renda fixa são válidas na maioria dos casos:
- Quanto maior o risco da instituição, maior a rentabilidade.
- Quanto maior o prazo de investimento, maior o prêmio oferecido.
- Para o CDB, quanto maior o aporte mínimo, maior a rentabilidade.
Qual a liquidez do CDB e do Tesouro Direto?
Esse é um fator importante ao comparar CDB ou Tesouro Direto. A liquidez é a disponibilidade imediata do valor de resgate.
O CDB pode ter carência. Ou seja, você não pode vender antecipadamente durante um período. Em contrapartida, a rentabilidade oferecida costuma ser maior.
No Tesouro Direto, você pode vender o título a qualquer momento. Porém, algumas ressalvas devem ser feitas.
A venda desses papéis é a preço de mercado. Você pode utilizá-los como estratégia de ganhos, fazendo uma boa marcação e vendendo no momento certo, de alta.
Caso contrário, o seu título pode ter rentabilidade negativa, acarretando perdas no seu investimento.
Qual o aporte inicial para CDB e para Tesouro Direto?
Antes de investir, você deve definir qual o valor disponível para a aplicação. O aporte mínimo do CDB varia muito de acordo com o emissor.
Já o Tesouro Direto, por ser emitido pelo governo, é um título em que o Tesouro Nacional estimula a acessibilidade. Atualmente, com menos de R$ 10,00 você já pode adquirir o seu título.
Com qual frequência investir em CDB e em Tesouro Direto?
Saiba também a frequência e o valor de aplicação. Por exemplo, se você deseja investir mensalmente uma quantia de cerca de R$ 100,00, o Tesouro Direto pode ser uma opção mais válida para o caso.
Enquanto isso, se você quisesse investir novamente em um CDB, você teria que fazer uma nova aplicação, respeitando o valor mínimo de investimento. Nesse sentido, o Tesouro é mais flexível, pois é vendido em frações. Além disso, muitas vezes o CDB pode ter um limite de investimento, então num segundo momento, você precisará encontrar outro tipo de CDB para realizar novos aportes, pois o que você já possui não está mais disponível para novos investimentos.
Uma estratégia pode ser comprar os títulos públicos até que você tenha o valor suficiente para migrar para um CDB.
Quais os riscos do CDB e do Tesouro Direto?
Ao comparar CDB ou Tesouro Direto, um dos fatores que você deve analisar são os riscos associados aos dois tipos de investimentos.
Diferentemente do Tesouro Direto, os CDBs contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até o limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por conjunto de depósitos e investimentos em cada instituição ou conglomerado financeiro, limitado ao teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas para cada CPF ou CNPJ (para mais informações sobre o FGC, acesse o site http://www.fgc.org.br).
No entanto, o Tesouro Direto também é considerado extremamente seguro porque seu risco está atrelado diretamente ao Estado.
Ou seja, seu investimento só entraria em risco caso o país tivesse uma colapse fiscal – o que é um evento pouco provável de acontecer. E, ademais, todas as instituições financeiras já teriam falido antes mesmo disso acontecer.
Assim, ambas as aplicações podem apresentar um grau de segurança elevado, mesmo em comparação a outros investimentos de renda fixa.
Quais os custos ao investir em CDB e em Tesouro Direto?
Outro ponto na comparação entre CDB ou Tesouro Direto são os custos. Em ambos casos, há a cobrança regressiva do Imposto de Renda (IR).
Ela incide apenas sobre os rendimentos das aplicações e segue esta tabela:
Prazo | Alíquota (%) |
Até 180 dias | 22,5 |
De 181 a 360 dias | 20,0 |
De 361 a 720 dias | 17,5 |
Acima de 720 dias | 15,0 |
Tabela da alíquota regressiva do Imposto de Renda – Fonte B3
Nos primeiros 30 dias do investimento, os dois também sofrem a cobrança do IOF. Este é o Imposto sobre Operações Financeiras.
Ao solicitar o resgate do valor nesse período, ele é cobrado de forma proporcional ao tempo da aplicação.
Como funciona a taxa Selic no Tesouro Direto?
Muitos investidores iniciantes têm dúvidas na hora de interpretar as informações das atualizações financeiras.
Ao ouvir falar sobre oscilações na Selic, por exemplo, podem ficar confusos se uma alta terá efeito positivo ou negativo em seus investimentos.
No Brasil, conhecemos como Selic a taxa básica de juros praticada na economia nacional.
Ela se divide em dois tipos:
- Taxa Meta,
- Taxa Over.
A Taxa Meta primeira se refere à projeção definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) a cada 45 dias, com o objetivo de guiar os rumos da economia.
Já a Taxa Over é atualizada diariamente e representa uma média ponderada de todas as operações feitas dentro do Sistema Selic, lastreadas em títulos públicos.
O título do tesouro direto pós-fixado, o Tesouro Selic, acompanha a rentabilidade da taxa básica de juros. Esta modalidade de investimento rende diariamente de acordo com uma base que corresponde a 1/252 da taxa vigente no período.
É importante lembrar que, como é impossível prever com exatidão como o mercado vai se comportar no futuro, o investidor só vai saber qual é a rentabilidade integral do título de sua aplicação no momento do vencimento.
Tesouro Selic ou CDB?
Ao compararmos Tesouro Selic ou CDB, mais uma vez, sua escolha vai depender de quais são seus objetivos financeiros.
Como dito, o Tesouro Selic acompanha a taxa básica de juros (taxa Selic), e é ideal para quem quer investir de forma segura e com liquidez. É um título que se adequa a objetivos como reserva de emergência, por exemplo.
Já os juros do CDB pós-fixados são atrelados ao CDI, uma taxa que também acompanha a Selic, por isso são investimentos quase equivalentes.
Assim, o rendimento do CDB vai ser maior, menor ou igual ao do Tesouro Selic a depender de quanto o título está cotado para render no índice, se 100%, 150%, 200%, etc.
Já com relação à liquidez, se você busca um investimento de curto prazo, o resgate do Tesouro Selic é imediato. No caso do CDB, para valer a pena de acordo com esse seu objetivo, o melhor é optar por um CDB de liquidez diária.
Poupança, CDB ou Tesouro Direto?
Por que sair da poupança e investir em opções mais rentáveis como o CDB e Tesouro Direto?
Já foi a época em que a poupança era vantajosa. De uns anos para cá, a nova regra de cálculo tornou esta aplicação ainda menos rentável.
A rentabilidade da poupança segue a seguinte métrica:
- Com a taxa Selic acima de 8,5% a.a: rendimento de 0,5% ao mês + TR
- Taxa Selic menor ou igual a 8,5%: rendimento de 70% da Selic + TR
A maioria dos investimentos em renda fixa apresenta rentabilidade muito maior do que a poupança e se considerarmos a inflação, muitas vezes a rentabilidade desse ativo pode ser negativa.
Se você considerar opções que pagam 100% ou mais do CDI, a diferença é relevante.
Por isso, a recomendação é que você invista o seu dinheiro em alternativas mais rentáveis, como Tesouro Direto, CDBs e LCI/LCA.