16/07/2018 00:09:00 • Atualizado em 09/12/2021 21:34:38
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O que é Custo de Oportunidade, Como Calcular e Exemplos
Entenda o que é custo de oportunidade, qual o seu efeito nos investimentos e como calculá-lo. Confira exemplos neste artigo atualizado e explicativo!

O custo de oportunidade é o valor do que você renuncia ao tomar uma decisão.
Por exemplo, se você tem R$ 10.000 e decide comprar ações de risco, o seu custo de oportunidade é abrir mão de uma renda fixa segura no longo prazo para arriscar o capital a curto prazo e tentar uma rentabilidade maior.
O custo de oportunidade é a relação direta entre escolha e escassez.
Isso se aplica a qualquer situação onde há tomada de decisão. Com certeza, você se depara com situações assim todos os dias, certo?
Por exemplo, o que é mais vantajoso para você em um dia de sol: estudar ou ir à praia? E quais sãos os benefícios e malefícios envolvidos em cada uma dessas opções?
Em muitos casos, as decisões são difíceis de serem tomadas, pois podem envolver altos riscos e muito planejamento. E isso se torna ainda mais complicado quando o assunto é tempo e dinheiro.
É como diz o ditado: para cada escolha, uma renúncia. E essa é a base do conceito de custo de oportunidade.
Nesse artigo você vai entender melhor qual o conceito de custo de oportunidade, sua principal função, tipos de custo de oportunidade existentes, exemplos nos investimentos e o qual o significado de um custo de oportunidade zero.
Boa leitura!
O Que é Custo de Oportunidade?

Conforme já falamos, você provavelmente lida com o custo de oportunidade em todas as escolhas que precisa fazer no seu dia.
Isso costuma acontecer desde o momento em que você escolhe entre tomar um suco ou um café pela manhã. Mas ele também pode envolver escolhas mais difíceis.
Resumindo, o custo de oportunidade é o benefício que você perdeu por conta de uma determinada escolha realizada.
Com isso, não é muito difícil perceber que esse termo está diretamente ligado ao conceito de escassez em economia.
Pense, por exemplo, na compra de uma máquina nova que uma empresa de embalagens pretende realizar.
Se esse equipamento for usado apenas pela metade do tempo previamente estipulado, a decisão pela sua compra terá sido ineficiente.
Isso se dá porque os juros pagos em um possível financiamento – custo de oportunidade – podem acabar sendo maiores do que o lucro que a máquina gera à empresa.
Se não tiver havido juros na negociação, estes representam o custo de oportunidade, já que a empresa deixou de investir o valor gasto com a máquina em títulos públicos, por exemplo.
Tal conceito também pode ser aplicado na economia e nos negócios. Ao optar por uma viagem, você está abrindo mão de um investimento, por exemplo. E vice-versa.
Quando o assunto é investir dinheiro, existem alguns índices financeiros que são mais usados como base de cálculo de um custo de oportunidade. Estes são o CDI e a taxa Selic.
Principal Função do Custo de Oportunidade – Qual a Importância

Tomar decisões sem avaliar todo o cenário é bastante arriscado. É até possível que você seja bem-sucedido em alguns casos, mas é provável que essa estratégia não funcione muito bem na maioria das situações.
Às vezes, existe a tentação de realizar a avaliação de um custo de oportunidade sem um planejamento profundo. Mas tanto no âmbito dos investimentos quanto da vida pessoal, avaliar os impactos de uma decisão é essencial.
Não existe um certo ou errado, existe apenas o que você considera ser o melhor para você.
Quando o assunto é investimento, o custo de oportunidade está diretamente ligado às vantagens e desvantagens de cada aplicação e como elas se encaixam no seu perfil de investidor e objetivos de vida.
Você precisa avaliar todos os riscos envolvidos, o potencial de valorização e como isso tudo irá refletir nos seus ganhos futuros.
Pese sempre os prós e os contras de aplicar o seu dinheiro em um título mais ou menos líquido, seguro e rentável.
Ao calcular os custos de oportunidade você deve considerar as oportunidades perdidas. Mas é primordial que você entenda como uma decisão vai influenciar todos os âmbitos envolvidos.
Tipos de Custo de Oportunidade
Existem quatro tipos de custo de oportunidade. São eles:
Custo de oportunidade escondido
O custo de oportunidade escondido é aquele que, como o próprio nome diz, está camuflado.
Ou seja, com ele não é possível saber exatamente o que será perdido em uma tomada de decisão. Com isso, ele não consegue ser mensurável.
Por exemplo, ao escolher por um entre dois tipos de investimento, fica fácil saber qual é o custo envolvido durante uma análise de juros e ganhos na operação preterida.
Porém, existem valores que já estão embutidos em determinadas operações. Assim, eles acabam sendo somados automaticamente em a um determinado tipo de investimento.
Custo de oportunidade aberto
Diferentemente do escondido, o custo de oportunidade aberto não é baseado no conceito de camuflagem.
Ou seja, o seu valor não é embutido automaticamente em uma operação.
Custo de oportunidade ambiental
O custo de oportunidade ambiental é baseado no valor máximo que pode ser obtido pelo desfrute de algum recurso natural.
Por exemplo, a queima de um recurso natural não-renovável, como o petróleo, para a produção de combustível acaba inviabilizando o seu uso em outros negócios, como a fabricação de copos plásticos.
Com isso, o seu uso em uma indústria acabou por inviabilizar a sua utilização em outras áreas.
Custo de oportunidade contábil
Este representa o custo de oportunidade em relação a quanto uma empresa teve o seu lucro sacrificado por ter investido dinheiro em determinado recurso em detrimento de outro.
Exemplos de Custo de Oportunidade nos Investimentos

Separamos alguns exemplos para você ficar ainda mais por dentro do assunto.
Compra de um imóvel à vista
O primeiro exemplo é sobre a compra à vista de um imóvel. Digamos que você juntou dinheiro durante um tempo, a fim de realizar o seu sonho da casa própria.
Só que para isso acontecer, você terá que avaliar duas situações: comprar a casa e ficar sem dinheiro depois de quitá-la ou optar por financiar tal imóvel.
Decidindo pela última opção, você poderá investir o valor restante, a fim de pagar as parcelas seguintes com o rendimento mensal de tal aplicação.
Com isso, você estaria adquirindo uma dívida. Mas, ao mesmo tempo, estaria gerando renda para pagar todas as parcelas restantes. Assim, ao final da dívida você teria uma casa e o montante investido inicialmente.
Se você tivesse optado por comprar a casa à vista, você seria o proprietário do imóvel, mas não possuiria nenhum capital sobressalente.
Porém, com a compra à vista, você não contrairia uma dívida.
Ou seja, existem vantagens e desvantagens nas duas operações. A única pessoa que vai poder definir a opção que vai se encaixar melhor no seu perfil é você mesmo.
Uma dica é sempre analisar o que não está presente no contrato. Ou seja, sempre se pergunte o que você poderia perder ao realizar determinada transação e o com você ganharia ao não decidir por ela.
Por exemplo, você poderia viver de aluguel e com o dinheiro da casa ou juros do financiamento, fazer investimentos. Tudo depende de você e qual custo de oportunidade quer ter.
Renda fixa x Renda variável
A avaliação de custo de oportunidade também fica clara no momento da escolha entre renda fixa e renda variável.
Primeiramente, você precisa entender o custo existente entre elas. Ou seja, saber o que cada uma delas tem a oferecer.
Por exemplo, ao escolher por um produto da renda fixa você se sentirá menos estressado por conta da maior segurança em relação ao retorno sobre o seu investimento.
Porém, o custo de oportunidade dessa escolha é abrir mão de poder ver o seu dinheiro render muito mais na renda variável.
E, mais uma vez, não existe um certo e um errado. Tudo vai depender da sua tolerância a riscos.
Quanto mais tolerante à volatilidade você for, maior será a sua sensibilidade ao custo de oportunidade. Pois você poderá se perguntar o que poderia ter acontecido se você tivesse arriscado um pouco mais.
Se o seu perfil é o de investidor agressivo em ações, um dos custos de oportunidades enfrentados por você seria a dificuldade em realizar estimativas de prazos e ganhos.
Como Calcular o Custo de Oportunidade

O cálculo do custo de oportunidade acaba sendo relativo de acordo com cada circunstância.
Quando o assunto é investimento, a situação fica um pouco mais simples. Felizmente, existem indicadores seguros e bastante confiáveis que servem de parâmetro durante a avaliação de uma decisão financeira.
As métricas mais utilizadas são a taxa Selic e o CDI.
E você deve estar se perguntando qual é a real utilidade dessas métricas, certo?
O objetivo delas é ajudar você a descobrir se o seu investimento está tendo um retorno maior do que os custos de oportunidades a serem avaliados.
Você pode descobrir o valor atualizado tanto da Selic quanto do CDI no site do Banco Central.
Você só precisa inserir as datas inicial e final do seu investimento, além do valor que será corrigido.
Para o cálculo do CDI, você ainda vai precisar inserir a porcentagem em relação do CDI.
Com isso, você será capaz de definir se o investimento que você pretende realizar é ou não vantajoso.
A taxa Selic é a táxica básica de juros da economia do Brasil. E é esta variável que norteia os títulos de renda fixa.
Já o CDI, é o Certificado de Depósito Interbancário. Tal taxa está ligada às oscilações da Selic.
Com isso, ela acaba sendo referência na remuneração de investimentos bastante conhecidos da renda fixa, como a Letra de Câmbio e o CDB.
Exemplo
Vamos supor que você conhece alguém que prefere manter todo o seu dinheiro na poupança com um retorno médio de 0,5% ao mês, além da TR (Taxa Referencial).
Para saber qual é o custo de oportunidade nesse tipo de investimento, é necessário comparar o rendimento da poupança com um título de renda fixa, como o CDB.
Alguns CDBs pagam mais de 110% do CDI. Já a poupança não chega perto desse patamar.
Ou seja, com esses valores em mãos, você está apto a saber qual será o seu custo de oportunidade envolvido.
O Que Significa Quando o Custo de Oportunidade é Zero?

Para que haja a existência desse custo, você precisa estar diante de algum tipo de recurso limitado. Ou seja, algo que se não for escolhido, apresentará algum tipo de desvantagem.
Quando não há opções a serem escolhidas ou malefícios e benefícios envolvidos, não existe um custo de oportunidade em determinada decisão.
Então, se não há sacrifício a ser feito em uma escolha em detrimento de outra, o custo de oportunidade é zero.
Conclusão

Em muitas situações, você não terá a liberdade de fazer as suas próprias escolhas.
No entanto, ao conhecer o conceito de custo de oportunidade, você está apto a fazer a escolha mais adequada para o seu perfil.
A partir de agora, indicamos que você analise tanto os benefícios da sua escolha quanto as vantagens da opção que você decidiu abdicar.
Isso precisa fazer parte de todos os âmbitos da sua vida. Seja no momento do seu café da manhã, seja na hora de escolher o melhor investimento para você.
Analise todos os prós e os contras e todas as suas variáveis antes de tomar qualquer tipo de decisão. Assim, você fará sempre as melhores escolhas.
Além disso, você deve sempre optar pelas corretoras de valores que oferecem segurança em primeiro lugar aos seus clientes. Lembre-se de que existem ativos que não possuem garantias, como as ações e as debêntures.
Ou seja, se a instituição não for confiável, o seu dinheiro pode ir todo pelo ralo.
Então, verifique sempre se ela possui certificados de segurança e autorização para atuar como agente intermediador.
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