15/06/2020 19:00:00 • Atualizado em 09/12/2021 22:12:56
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Volatilidade: o que é e como pode ser uma aliada!
Descubra o que é volatilidade no mercado financeiro e como usá-la a seu favor! Sabia que o impacto de uma perda é 2,25 vezes maior do que de um ganho?

A volatilidade é um conceito que tem tudo a ver com determinados investimentos financeiros.
Ajuda a explicar, por exemplo, porque você ganha dinheiro com uma aplicação em determinado mês e acumula expressivas perdas em outro.
Esse vai e vem mexe com a relação entre risco e rentabilidade, o que exige do investidor ter “estômago forte” para não ceder às oscilações do mercado.
Aliás, você sabia que o impacto de uma perda é 2,25 vezes maior do que de um ganho?
Esse dado é um viés cognitivo e foi obtido em um estudo (Kahneman e Tversky, 1979) que compõe a Teoria do Prospecto (ou Teoria da Perspectiva).
Apesar da volatilidade ser um conhecimento básico no mercado de capitais, ela faz a diferença na vida do investidor que é consciente e sabe utilizar todos os fatores a seu favor.
O significado da volatilidade é muito simples: é a mensuração de um risco de acordo com o seu histórico.
Uma das formas de analisar a volatilidade de um ativo é medindo a sua oscilação ou o desvio padrão do seu valor ou rentabilidade.
Em resumo, existem três tipos de riscos ou volatilidade em um investimento:
- Volatilidade da cotação (na renda fixa, a rentabilidade pode não variar, mas o preço da cotação pode variar como um imóvel que não muda o valor do aluguel mas é valorizado com o tempo)
- Volatilidade da rentabilidade (no caso das ações, a variação da cotação é a mesma da rentabilidade)
- Volatilidade da empresa que emite o investimento (risco de falência).
Neste texto, você vai descobrir tudo sobre o que é volatilidade no mercado financeiro e por que ela é tão importante . Com isso, vai conseguir entender melhor quanto poderá faturar em uma aplicação.
Se tiver qualquer dúvida, deixe o seu comentário no final da página.
Boa leitura!
O Que é Volatilidade de Investimentos?
Claro que existem diferentes níveis de volatilidade para cada tipo de investidor.
Afinal, também segundo a Teoria de Perspectiva, as pessoas tem aversão a perdas, por isso, são mais marcadas por elas e evitam riscos.
Não é sem razão que a caderneta de poupança é o investimento mais popular do Brasil.
Trata-se de uma aplicação com baixíssimo risco, na qual a variação é quase nula. Entretanto, como você deve saber, a rentabilidade real (descontados custos e a inflação) também é quase nula.
Assim como o Tesouro Direto não possui oscilações inesperadas de rendimento.
Essa é a principal opção de quem deixa a baixa rentabilidade da poupança em busca de ganhos mais positivos, principalmente diante da inflação, mas com a mesma segurança.
Os maiores investidores do mundo evitam analisar primeiro o rendimento de um ativo. Por exemplo, Warren Buffet e George Soros, eles analisam a volatilidade do investimento para saber se ele tem potencial ou não.
Afinal, eles querem lucrar com a valorização.
Então, se um ativo já possui um rendimento histórico muito positivo e, assim, um risco menor, as chances de ele já estar valorizado pelo mercado é maior.
Os grandes investidores procuram as oportunidades em meio à volatilidade.
E a volatilidade no mercado financeiro pode ser calculada de várias formas. Uma das mais usuais é a volatilidade histórica.
Saiba mais sobre ela e outros tipos a seguir:
Volatilidade histórica
Agora que você já entendeu o que é volatilidade, chegou a hora de saber mais sobre esse conhecimento financeiro muito utilizado na Bolsa de Valores.
De forma conceitual, a volatilidade histórica é o desvio padrão anualizado.
Para chegar nesse valor, é multiplicado pela raiz quadrada do tempo (252 – quando diária). Assim, é possível saber quanto a cotação se afasta da média, na média.
Dessa forma, a volatilidade histórica pode ser utilizada de muitas formas.
No mercado de ações, é possível analisar os níveis de sobrecompra/sobrevenda, definição de alvos e stops.
Volatilidade Implícita
Já ouviu falar ou sabe o que é volatilidade implícita?
É um cálculo utilizado para ter uma estimativa da volatilidade de um preço no futuro.
Para chegar a uma conclusão, utiliza-se informações do preço subjacente no mercado de derivativos ou futuro.
Esse tipo de cálculo também é muito utilizado no mercado de opções.
Volatilidade Real
Ela também conhecida como volatilidade futura.
Para seu cálculo, se utiliza a cotação do ativo subjacente no mercado futuro.
Quando o investimento chega ao vencimento, a volatilidade real se torna a volatilidade histórica.
Como a Volatilidade Impacta o Mercado Financeiro
Esse é um conceito muito básico.
Quanto mais volatilidade e risco você conseguir suportar, maior é o potencial de lucro do seu investimento.
E quem não quer faturar alto?
No mercado, a briga entre a tendência de baixas e altas é representada pelo touro que dá golpes ascendentes e pelo urso que dá golpes descendentes. O lado mais forte determina a tendência da oscilação.
Essa é a essência da Bolsa de Valores, mercado de renda imprevisível.
No entanto, é possível adotar outras opções que são menos voláteis e complexas. Para aproveitar essas oportunidades, é preciso assumir riscos.
Principalmente o de não ocorrer o rendimento de acordo com a meta ou até perder valor um pouco de valor a curto prazo.
Veja, por exemplo, o histórico de rentabilidade do fundo multimercado Adam Macro II FIC FIM na imagem baixo.
Ele oscila de forma negativa em alguns meses, mas em outros, supera e muito a meta de referência (o CDI no caso). Assim, com o passar dos anos, a sua performance será, na média, superior a investimentos de curto prazo garantidos.
Uma análise do gráfico revela dados interessantes sobre a sua volatilidade.
Em janeiro de 2018, por exemplo, um ótimo resultado foi registrado, com retorno de 5,85% contra 0,58% do CDI no mês.
Porém, em dezembro de 2019, seu rendimento foi negativo, de -0,39%, enquanto o CDI oscilou positivamente em 0,37%.
Assim, é na média dos anos que o fundo multimercado entrega uma rentabilidade geral positiva.
Risco através da volatilidade: o que significa?
Muitas pessoas não se sentem confortáveis com fundos de investimento ou outros ativos como debêntures e COEs, afinal, eles não possuem a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
Esse é um selo que a maioria dos ativos de renda fixa recebem, como CDBs, LCIs e, LCs.
Essa garantia do FGC protege o investidor caso o banco ou financeira vá à falência e dê o calote em seus clientes. Trata-se da certeza de retorno de até R$ 250.000 (investimento e rentabilidade) por CPF e instituição financeira.
Como não existe risco de perda de capital e rendimento abaixo do esperado, a renda fixa paga uma taxa menor de juros. Conforme o risco a curto prazo aumenta, melhor é o retorno.
Veja na demonstração a seguir uma relação de risco e retorno entre os investimentos:
A poupança está no extremo da baixa volatilidade e rentabilidade, enquanto o mercado de derivativos, como opções e futuros, ocupa o outro extremo, com muita volatilidade e possibilidade de retorno.
Para investir em mercados com essa volatilidade, você precisa estudar e praticar para dominar a análise gráfica e fundamentalista, pois estará disputando os lucros com outros operadores experientes.
Ao se tornar um investidor da Rico, você poderá participar das salas de aula ao vivo com especialistas que respondem todas as dúvidas e mostram sua forma de operar no mercado. Essa é a InvesTV.
Caso não tenha tempo ou interesse para entrar nesse segmento, você ainda pode se beneficiar da volatilidade dele, investindo em fundos de ações que buscam superar o índice Bovespa (principal indicador da Bolsa de Valores).
Também é possível confiar em nossos especialistas e apostar nas carteiras recomendadas, que na média, costumam superar o Ibovespa.
Qual a relação entre risco e volatilidade
Resumindo, então, o que nós vimos até aqui: quanto maior a volatilidade do mercado em que se investe, maiores são os potenciais de lucro. Só que os riscos também aumentam.
E por que existe essa relação entre risco e volatilidade? Pelo que falamos antes: a oscilação nos empreendimentos mais voláteis é imprevisível.
Nós sabemos apenas que um ativo de renda variável vai oscilar, mas não sabemos o quanto.
Esperamos que ele oscile para cima, mas pode oscilar para baixo. Eis o risco.
Quais ativos oferecem oscilação de mercado?
Existem vários investimentos considerados voláteis e, portanto, com maior potencial de lucro. Veja alguns exemplos abaixo.
- Ações na Bolsa de Valores: provavelmente, foi o primeiro no qual você pensou, certo? Como o preço de uma ação varia de acordo com a oferta e demanda, tem alta volatilidade
- Fundos imobiliários: o investidor compra cotas de um fundo imobiliário, é como se estivesse comprando um pedaço do imóvel, esperando sua valorização
- Moeda estrangeira: qualquer pessoa que já planejou uma viagem ao exterior por um longo tempo ou a compra de equipamento importado notou como a relação entre o real e o dólar e o euro muda bastante
- Mercado futuro: o investidor compra contratos que envolvem mercadorias (dólar, juros, ações e commodities, por exemplo) que só serão negociadas depois. A expectativa é de revender por um preço mais alto.
Qual a volatilidade da bolsa de valores
Uma boa maneira de acompanhar e compreender a volatilidade da Bolsa de Valores é observando um gráfico com a variação do Ibovespa, um índice que reúne as cotações das ações mais negociadas na bolsa brasileira.
Variação histórica do índice Ibovespa. Tela capturada em 22/04/2020.
- No dia 15 de janeiro de 2016, o Ibovespa estava em 38.569 pontos
- Em 28 de outubro do mesmo ano, já estava em 64.307
- Em 23 de junho de 2017, o índice se encontrava em 61.087 pontos
- A data era 28 de dezembro de 2017 e o Ibovespa já havia subido para 76.402 pontos.
Outros exemplos:
- 76.677 em 31 de agosto de 2018
- 97.861 em 1 de fevereiro de 2019
- 89,992 em 17 de maio de 2019
- 118.376 em 24 de janeiro de 2020
- 67.069 em 20 de março de 2020
- 80.687,15 em 22 de abril de 2020.
Como você pôde notar, a oscilação é grande. Mas esse gráfico ajuda a ver também que, no longo prazo, ocorre uma significativa valorização.
Veja também que, mesmo após a acentuada queda devido ao coronavírus, o Ibovespa já começa a se recuperar.
Risco e Volatilidade do Tesouro Direto
O Tesouro Direto é um título de dívida pública comum. Em outras palavras, quando você compra um papel desses, está emprestando dinheiro para o Tesouro Nacional, por isso o nome.
É a melhor forma para pessoas físicas terem acesso direto ao Tesouro.
O Tesouro Direto não possui garantia do FGC, mas como trata-se de um emissor com risco praticamente nulo de calote, é tão ou mais seguro quanto.
Se quiser saber tudo sobre esse investimento, leia esse guia completo do Tesouro Direto.
O que ninguém contou para você é que o Tesouro Direto também oscila, e pode variar muito.
Só que essa volatilidade não se dá em uma rentabilidade negativa, mas apenas na cotação do ativo.
Como citado, existem três tipos de volatilidade: da cotação, da rentabilidade e do emissor do investimento.
Então, a variação na cotação do Tesouro Direto não influencia, de forma alguma, a sua rentabilidade.
A sua cotação pode baixar, mas o comportamento de rendimento do título não mudará.
Caso o papel do Tesouro esteja indexado ao IPCA, ele renderá de acordo com a inflação mais uma taxa prefixada. Caso seja à taxa Selic, renderá exatamente o índice.
No entanto, imagine que a Taxa Selic está em tendência de baixa, como tem acontecido em todas as últimas reuniões do Copom.
Caso você não saiba, toda taxa prefixada do Tesouro tem como referência a taxa básica de juros.
Assim, caso a Selic perca força, o valor de face do papel também perde.
Portanto, quem adquiriu um ativo que rendia mais, quando a Selic era mais alta, tem um papel mais rentável, que já não existe em grande volume à disposição.
Ele continua recebendo um retorno superior aos ativos mais novos.
Dessa forma, é justo que o seu papel seja valorizado pela lei da oferta e da demanda, possibilitando a venda antes da data de vencimento e obtendo a diferença entre o que pagou pelo investimento e o que recebeu na venda.
Isso aconteceu em 2016, por exemplo, quando o Tesouro IPCA+ (NTN-B) obteve uma valorização de 53% no ano, superando muitas ações da Bolsa de Valores.
Nós fizemos um artigo explicando esse acontecimento.
Como diz o ditado, “rentabilidade passada não significa rentabilidade futura“. Então, não conte com a repetição desse tipo de evento.
Todavia, o ciclo de baixa dos juros da economia vai continuar diminuindo a rentabilidade.
Ou seja, ainda há tempo para comprar os seus papéis, esperando que eles se valorizem.
Ficou difícil de entender?
Imagine que você está comprando uma casa para alugar e, assim, ter um rendimento.
O aluguel é a sua rentabilidade (que varia de acordo com o IGPM) e também pode variar de acordo com a volatilidade do emissor (locador).
No entanto, caso uma grande faculdade decida abrir um campus perto do seu bairro, provavelmente, o valor da casa (cotação) vai começar a oscilar com tendência de alta.
Assim como é possível que comece a surgir casos de violência no bairro que derrubem a cotação da casa. É exatamente isso que acontece com o Tesouro Direto.
Nunca esqueça que, ao comprar títulos de longo prazo do Tesouro Direto, você deve estar dispostos a mantê-lo até vencimento ou até ele se valorizar para uma possível venda.
Caso a valorização não aconteça, na pior das hipóteses, você terá um ótimo ativo em renda fixa para longo prazo, construindo um patrimônio sólido através dos anos.
O que é volatilidade dos fundos de investimento?
Os fundos de investimentos são conjuntos de ativos que formam uma carteira de investimentos.
Ou seja, se você investe em um fundo, não está colocando seu dinheiro em um ativo específico, mas sim em vários.
Os fundos geralmente buscam um equilíbrio entre riscos e lucro em potencial, mas há diferentes opções, para distintos perfis.
Eles costumam ser compostos tanto por ativos de renda fixa quanto de renda variável.
Sua volatilidade, portanto, vai depender da oscilação desses investimentos de renda variável, na proporção em que eles estão presentes na carteira.
O que é volatilidade de câmbio
Como mencionamos antes, o valor do dólar e de outras moedas estrangeiras em relação ao real oscila bastante.
Normalmente, está relacionado com questões macroeconômicas.
Quando entram muitos dólares na economia brasileira, por exemplo, ele se desvaloriza perante o real.
Descobrir o momento exato para comprar ou vender moeda estrangeira, porém, é um grande desafio, pois é difícil prever como o câmbio vai se comportar, e eventos externos também impactam bastante na variação das moedas.
Qual a diferença entre liquidez e volatilidade
Entender os conceitos é fundamental para identificar seu potencial de lucro no investimento
Liquidez e volatilidade são dois conceitos bastante diferentes, cada um com uma enorme importância no mundo dos investimentos.
Volatilidade é o quanto determinado ativo pode variar em um período do tempo (um investimento mais volátil é aquele que varia mais).
Já a liquidez se refere à capacidade que o investidor tem para converter o seu investimento em dinheiro.
Por exemplo: uma ação da Petrobras tem alta liquidez, pois há muita demanda de compra.
Já um imóvel tem baixa liquidez, porque é complexo para vendê-lo e transformá-lo em dinheiro.
Quando um ativo tem alta volatilidade e ao mesmo tempo alta liquidez, o seu potencial de lucro é bem maior na comparação com investimentos estáveis e líquidos.
Como a volatilidade pode ser um aliado dos investidores
Para responder a essa pergunta, vamos usar um exemplo comum na Bolsa de Valores.
Quando o preço de uma ação despenca, é comum que os investidores enxerguem apenas o viés negativo desse evento.
Acontece que existe o outro lado: a queda pode representar uma ótima oportunidade para o investidor adquirir novas posições.
Isso vale até para quem já possui ações daquela empresa.
Um erro comum é, ao ver o preço cair, se livrar do ativo, vendendo-o. Ao fazer isso, o investidor está consolidando a perda.
Claro que há casos em que é recomendado vender a ação e usar o dinheiro para comprar ativos promissores que estão na ascendente.
Mas veja que tudo faz parte de uma estratégia de investimentos que considera a volatilidade como um aliado para aumentar os rendimentos.
O que é o Índice Sharpe?
Índice de Sharpe é uma criação do economista americano William F. Sharpe, laureado com o Nobel da Economia em 1990.
Trata-se de um cálculo que é resultado da divisão entre a diferença entre o retorno de um ativo (RI) e o retorno livre de risco (RF) pela volatilidade do investimento (OP).
O cálculo fica assim:
- IS = (RI – RF) / OP.
Quanto maior o resultado desse cálculo, mais vantajoso o ativo tende a ser.
O que é Índice Beta?
Já o Índice Beta também ajuda a avaliar o risco de determinado ativo, mais especificamente avaliando quão volátil ele é em relação à flutuação do mercado como um todo.
O Índice Beta é resultado da covariância entre o retorno do ativo e do mercado, dividido pela variância do retorno do mercado.
A fórmula pode ser feita no Excel, com as funções COVAR e VAR para covariância e variância, respectivamente.
Como calcular volatilidade [Com exemplo]
Agora, voltando ao tema central do artigo, chegou a hora de entender como é possível transformar o conceito em números e calcular a volatilidade de um ativo.
O cálculo mais comum é o da volatilidade anualizada, aquele cuja fórmula apresentamos no começo do artigo como volatilidade histórica.
Para chegar no resultado, é preciso multiplicar a volatilidade diária pela raiz quadrada de 252.
Mas e como chegar na volatilidade diária do ativo?
É preciso selecionar uma base histórica, com o preço de fechamento dos ativos no período que se deseja avaliar. Em um ano, seriam os resultados dos 252 dias úteis.
A partir daí, cria-se uma planilha no Excel com a data e o preço de fechamento. Depois, aplica-se uma fórmula que é:
- Rentabilidade diária = (preço atual – preço anterior) / preço anterior.
Em seguida, encontra-se o desvio padrão dos resultados dentro de um ano para ter o resultado da volatilidade diária, que será multiplicado pela raiz quadrada de 252 para chegar ao índice de volatilidade.
Exemplo de volatilidade em um investimento
Imagine que, construindo a planilha e aplicando as fórmulas, você chegará a uma variabilidade diárias de 0,022% nas ações de determinada empresa.
- Volatilidade = volatilidade diária x raiz quadrada de 252
- Volatilidade = 0,022 x 15,87
- Volatilidade = 0,35
- Volatilidade anual do ativo = 35%.
Volatilidade em tempos de crise
É natural que, em tempos de crise, a volatilidade dos investimentos de renda variável suba.
Sobretudo no começo das crises, há muita imprevisibilidade quanto ao que vai acontecer nos próximos meses e anos.
No caso do mercado de ações, muitos investidores ficam com medo e vendem seus ativos, o que faz o preço cair.
Outros, ao enxergarem essa queda, fazem o mesmo, iniciando um efeito manada que gera uma curva acentuada para baixo no preço das ações.
A principal orientação nesses momentos é manter a calma.
Afinal, como explicamos antes, depois de uma queda significativa, quem vende suas ações está consolidando a perda.
Em vez disso, espere pela recuperação no longo e enxergue o lado bom da volatilidade, aproveitando para comprar ações por um preço bem abaixo do que vão valer quando a economia se recuperar.
Coronavírus 2020: como impacta na volatilidade do mercado financeiro
Uma coincidência muito ruim para o mercado financeiro em 2020 foi que, antes mesmo da Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar o coronavírus uma pandemia, havia uma guerra no preço do petróleo, em que Arábia Saudita e Rússia se enfrentavam.
Esse evento trouxe os preços das ações para baixo em bolsas do mundo todo, e com o avanço do Covid-19, a situação apenas piorou.
O impacto do vírus na volatilidade do mercado foi grande (basta ver os eventos de circuit breaker na bolsa de valores brasileira), mas já estamos vendo sinais de recuperação.
Assim que a situação for controlada, empresas de todos os setores voltam à sua produtividade normal e teremos ativos à venda por um ótimo preço, o que deverá despertar o interesse de muitos investidores e gerar uma forte curva para cima.