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04/01/2019 11:42:00 • Atualizado em 09/12/2021 21:18:26
22 minuto(s) de leitura


TR: O que é taxa referencial e como calcular?

Aprenda agora o que é a TR, ou taxa referencial, seu funcionamento e como ela impacta na economia brasileira e nos seus investimentos.


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Uma mulher à mesa mexendo no computador, em referência à taxa referencial

Você sabe como a taxa referencial influencia nos seus investimentos?

A TR é muito conhecida pelas pessoas que aplicam na poupança

Hoje, ela também serve como forma de rentabilidade para alguns outros tipos de investimentos. 

Além disso, este indicador influencia, até mesmo, no rendimento do saldo do seu FGTS. Então, conhecer sobre ela abrange ainda mais o seu dinheiro do que você imagina. 

No momento da escolha dos seus investimentos, é necessário conhecer mais sobre a taxa referencial e se é vantajoso adquirir papéis que o utilizam como forma de rentabilidade.

Para que você fique por dentro do tema, preparamos um guia completo com tudo o que você precisa saber da TR e de que maneira ela pode impactar nos seus investimentos:

  • O que é taxa referencial?
  • Como é calculada a taxa referencial 
  • TR diária x TR mensal
  • Qual é o impacto da TR nos seus investimentos?
  • Títulos públicos e a taxa referencial

Se você tiver qualquer dúvida, deixe um comentário no final da página.

Boa leitura!

O Que é Taxa Referencial (TR)?

Um jarro de vidro sobre uma mesa cheio de moedas. Uma mão adiciona mais uma moeda a ele, em referência à taxa referencial
O que é a TR – Taxa Referencial?

A taxa referencial foi criada na década de 90, durante o governo de Fernando Collor, com o objetivo de servir de referência para a economia brasileira e controlar a inflação.

Naquela época, viveu-se a hiperinflação, onde os valores ultrapassaram os 2.400%. Com a TR, o Estado divulgava diariamente o preço do dinheiro, que por sua vez, também tinha grandes variações. 

Atualmente, a TR ainda é utilizada cada índice de reajuste, porém, seu foco está voltado para outras áreas, como para algumas aplicações financeiras. 

Enquanto que o controle do IPCA é função da taxa Selic, que tomou maior proporção do que a TR, até mesmo, para os investimentos. 

Como é Calculada a TR Pelo Banco Central [Calculadora do Cidadão]

Uma pessoa fazendo contas em uma calculadora enquanto faz anotações em referência às taxas referenciais
Quanto está a TR em 2018?

Antes de investir, é essencial conhecer como a taxa referencial é calculada. Desta forma, você entenderá melhor sobre o seu funcionamento e os seus resultados mensais/anuais. 

Mas como saber qual o valor da TR hoje?

O cálculo da TR e a sua divulgação são feitos pelo Banco Central (BC). Tudo começa com a coleta diária dos dados das taxas de juros utilizadas nos CDBs ofertados pelas trinta maiores instituições bancárias do país. 

A partir desta pesquisa, surge a TBF, que é a Taxa Básica Financeira. Ela representa a média destes juros. Por fim, é aplicada diretamente a equação: 

TR = 100 x [ ((1 + TBF)/R) – 1]

O termo R que apareceu acima é o Redutor, que por sua vez é calculado através da seguinte fórmula:

R = (a + b) x TBF

A variável a é o valor fixo de 1,005, que foi definido no momento da criação da taxa referencial. O intuito é fazer com que a TR não tenha valores negativos. 

Enquanto isso, o b é dependente do resultado da TBF e é divulgado mensalmente pelo Banco Central. Com todos estes dados em mãos, você calcula a TR. 

Você não precisa dominar a fórmula da TR, mas perceba que por meio da equação geral da taxa referencial, o valor mínimo que ela pode chegar é zero. Este fator é positivo, pois o seu dinheiro não poderá ter rendimentos negativos, ou seja, perdas.

O Banco Central também disponibiliza a Calculadora do Cidadão. Com ela, você consulta qual o valor da taxa referencial hoje.

Esta ferramenta é utilizada para simular reajustes e rendimentos de aplicações que utilizam este indicador como referência, seja ele um investimento ou financiamento. 

TR Diária x TR Mensal

Uma mulher à mesa mexendo em um notebook em referência às taxas referenciais
As TR mensal e a TR diária podem influenciar no momento do resgate da sua aplicação

Agora que você já sabe como a taxa referencial é calculada, chegou o momento de entender sobre as suas variações: diária e mensal.

A TR mensal é utilizada na correção monetária, ou seja, no rendimento do dinheiro, quando a aplicação permanece investida pelo período do mês cheio, que por sua vez, possui cerca de 23 dias. 

Enquanto que, a taxa referencial diária, divulgada pelo BC é a fatia correspondente do seu valor mensal. No caso, a soma das TRs diárias resultam na TR mensal. 

Assim, caso você solicite o resgate do investimento em um período antes de completar o mês cheio, o reajuste será feito com base nesta data. 

Qual o Impacto da TR Nos Seus Investimentos [2018]

Um porquinho rodeado de moedas em uma superfície de madeira em referência às taxas referenciais
A TR influencia diretamente no rendimento da poupança e dos títulos capitalização 

O primeiro passo é conhecer como foi o comportamento deste indicador em 2017. Acompanhe abaixo os valores mensais da taxa referencial em 2017:

MêsTR (%)
Janeiro0,17%
Fevereiro0,03%
Março0,15%
Abril0,00%
Maio0,08%
Junho0,05%
Julho0,06%
Agosto0,05%
Setembro0,00%
Outubro0,00%
Novembro0,00%

Tabela da taxa referencial mensal em 2017 – Fonte: Banco Central

Perceba que desde setembro de 2017, o valor da TR está em 0%. Então, as aplicações que dependem dela estão rendendo menos do que no ínicio do ano. 

Além disso, é possível notar que à medida em que os juros vão caindo, ela também acompanha a trajetória. 

Caso a taxa Selic sofra mais um corte no final de 2017, a TR tende a ficar em 0% por muito mais tempo.

Para entender melhor, conheça agora as aplicações influenciadas pelo desempenho da taxa referencial:

Poupança

A caderneta da poupança é a aplicação financeira mais conhecida em relação à taxa referencial.

Desde 2012, quando o governo fez a mudança do cálculo da rentabilidade, passou a funcionar da seguinte forma:

  • Com a taxa Selic acima de 8,5% a.a, o rendimento será de 0,5% ao mês + TR 
  • Se a taxa Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano, a rentabilidade será de 70% da Selic. 

Por conta da queda de juros, a taxa Selic está em 7,50% ao ano. E de acordo com o Banco Central, o valor acumulado da taxa referencial é 0,59%. 

Assim, o rendimento anual da poupança neste mesmo período é de 5,84%. Ao considerar o IPCA acumulado em 2,70% a.a, o ganho desta aplicação é menor que 3,2%. 

De acordo com as projeções do mercado financeiro, a taxa Selic em 2018 será de 7,0%. Então, a caderneta terá rentabilidade abaixo de 5,0% ao ano. 

Como você pode notar, este não é um bom investimento para o seu dinheiro. Há alternativas em renda fixa muito mais rentáveis, por exemplo, Tesouro Direto, CDBs e LCI/LCAs.

Você encontra facilmente papéis que pagam mais de 4,0% sobre a inflação e que são tão seguros quanto a poupança. Além disso, os aportes mínimos começam em R$ 30. 

Este é o momento ideal para sair da poupança e ganhar muito mais dinheiro com outras aplicações da renda fixa. Que tal começar agora mesmo?

FGTS

O FGTS é o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Os trabalhadores assalariados sabem que 8% dos seus rendimentos são depositados neste fundo, e a liberação é de acordo com alguns parâmetros da Lei Trabalhista. 

Como o dinheiro pode ficar guardado por muito tempo, ele perde parte do seu valor para a inflação. Então, o governo estabelece que ele tenha uma rentabilidade. 

Hoje, o valor utilizado é de 3,0% ao ano, mais a taxa referencial. Desta forma, o seu FGTS perde facilmente para o IPCA.

Uma boa alternativa quando você tiver acesso ao dinheiro deste depósito é investir o FGTS em outras aplicações de renda fixa, como os títulos do Tesouro Direto e as LCs (Letras de Crédito).

Com eles, você terá um rendimento muito maior e seguro. Então, utilize o seu FGTS para construir o seu patrimônio e realizar os seus objetivos. 

Títulos de Capitalização

Os títulos de capitalização são aplicações oferecidas pelos bancos. Eles funcionam como uma espécie de poupança, com o diferencial de sortear um prêmio. 

A rentabilidade deste papel é exatamente a taxa referencial do período de investimento. Isso mostra que este não é um bom caminho para o seu dinheiro. 

Se você considerar que a TR rendeu apenas 0,59% em 2017 e que desde setembro de 2017 seu valor é 0%, o título capitalização perdeu em mais de 2,0% para a inflação e rendeu menos  que a poupança.

A recomendação é que você procure investimentos mais vantajosos para a sua carteira, como, por exemplo, os CDBs e as LCI/LCAs

Com eles, você poderá obter rendimentos acima do CDI, ou seja, maiores que 7,0% ao ano. A diferença para um título de capitalização é maior que 6,0%. Não dá para ficar de fora, não é?

Financiamentos Imobiliários

Os financiamentos imobiliários dos imóveis que fazem parte do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) da Caixa Econômica Federal são influenciados pela taxa referencial. 

Ao optar por este modo de parcelamento, os valores são corrigidos por juros fixos mais a TR. Neste caso, cada banco estabelece o que vai cobrar. 

Então, no final do financiamento você, provavelmente, pagou um preço mais alto do que aquele acordado no momento da compra. 

Desta forma, antes de aderir ao SFH, o ideal é acompanhar o comportamento da taxa referencial, para evitar desembolsar muito mais dinheiro do que o previsto. 

Títulos Públicos e TR

Uma mulher em em escritório sentada na cadeira olhando para a câmera feliz
Alguns títulos públicos são atrelados à TR

No passado, você podia encontrar títulos públicos que tinham a taxa referencial como forma de rentabilidade. Estes eram denominados como: NTN-H e NTN-P

Apesar de que eles foram descontinuados, alguns investidores ainda podem tê-los na carteira à espera da data de vencimento. 

Estes dois títulos rendiam exatamente a variação da taxa referencial. Antigamente, ela possuía valores mais altos, então, eram papéis vantajosos. 

No patamares atuais, a NTN-H e a NTN-P não seriam nada atrativos para o investidor. Então, o Tesouro Nacional oferece outras modalidades como:

  • Tesouro Prefixado (LTN
  • Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F)
  • Tesouro IPCA + (NTN-B principal)
  • Tesouro IPCA + com Juros Semestrais (NTN-B)
  • Tesouro Selic (LFT)

Este papéis estão ganhando cada vez mais destaque nas carteiras dos investidores.

De acordo com o relatório do Tesouro Nacional, referente a outubro de 2017, há mais de 1,7 milhões de pessoas cadastradas. O crescimento é de 68,2% em doze meses

Há diversas vantagens em aplicar o seu dinheiro em títulos públicos como: 

  • Aporte mínimo baixo, a partir de R$ 30
  • Ganho real sobre o IPCA
  • Segurança e baixo risco
  • Alta rentabilidade para a renda fixa
  • Facilidade para investir e acompanhar
  • Liquidez diária
  • Você pode solicitar o resgate a qualquer momento, que o próprio governo faz a recompra do título

Como você pode ver, o Tesouro Direto é um excelente investimento para a sua carteira. Além disso, ele oferece muito mais vantagens do que os atrelados à taxa referencial.

Conclusão

Um homem sentado no sofá lê algo no notebook sobre uma mesinha à sua frente em referência às taxas referenciais
Os investimentos atrelados à TR possuem rendimentos pouco atrativos

A taxa referencial foi criada na década de 90 com o objetivo de controlar a inflação e servir de referência para a economia brasileira. 

Hoje, a utilização da TR está voltada para o reajuste de aplicações financeiras, como a poupança, os financiamentos imobiliários, o FGTS e os títulos de capitalização.

O valor acumulado da TR está em 0,59%, em 2017. Você pode acompanhar diariamente o comportamento dela através do site do Banco Central e simular as correções de valores através da Calculadora do Cidadão. 

No passado, o Tesouro Nacional ofertava dois títulos atrelados à taxa referencial: NTN-H e NTN-P. Hoje, eles foram descontinuados, mas ainda podem fazer parte de algumas carteiras. 

Os demais papéis do Tesouro Direto são muito mais rentáveis e vantajosos, por exemplo, o Tesouro Selic e o Tesouro IPCA+. 

A poupança é a aplicação mais conhecida no âmbito da TR. A sua rentabilidade atual é de 5,8% ao ano. O seu ganho sobre a inflação está em torno de 3,0%, ou seja, ela não é a melhor alternativa para o seu dinheiro. 

Para ter ganhos mais expressivos na renda fixa, a recomendação é procurar por investimentos como os títulos do Tesouro Direto, os CDBs e as LCI/LCAs. 

Com eles, os retornos podem superar o CDI, além disso, são tão seguros quanto a caderneta.

Lembre-se de que a taxa Selic está projetada para 7,0% em 2018. Então, este é o momento ideal para deixar a poupança e ganhar muito mais dinheiro na renda fixa.

Aqui na Rico, você encontra as melhores alternativas desta categoria. Aproveite que você já está aqui, abra a sua conta  e comece a investir agora mesmo! 

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