17/03/2022 13:12:49 • Atualizado em 17/07/2025 18:08:36
21 minuto(s) de leitura


Queda da Selic: quais os impactos e onde investir?

Onde investir quando há queda da Selic? Descubra qual o impacto na Renda Fixa e maximize seus ganhos, protegendo seu patrimônio. Confira tudo sobre a Selic no conteúdo abaixo!


Time Rico
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a imagem mostra uma pessoa pesquisando sobre a queda da taxa selic.

Onde investir quando há queda da Selic? Essa é uma dúvida bastante comum.

Apesar da queda da Taxa Selic, as aplicações de renda fixa ainda são vistas como vantajosas, já que, apesar de ter caído, ainda segue com um patamar mais alto.

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Mas o que fazer num momento que parece ser tão adverso? Onde investir com a queda da Selic?

Nesse momento, é preciso manter a calma, entender as funções dos diferentes tipos de renda fixa e estudar novas estratégias para a carteira.  

Mas não se preocupe, vamos ajudá-lo a entender os diferentes tipos de ativos, tanto da renda fixa quanto da renda variável, pois independente do momento, o objetivo é que você mantenha ganhos consistentes e preserve o patrimônio conquistado até agora, aproveitando oportunidades mesmo num cenário de Selic em queda. 

Mas, antes, vamos explicar alguns elementos da queda da Selic importantes neste artigo completo, cheio de dicas e exemplos. 

O que é a Taxa Selic?

O mercado financeiro passa por constantes mudanças e ciclos econômicos, esses momentos são impactados, ou incorrem, em crises econômicas, pressão inflacionária e diferentes decisões da política monetária, afetando diretamente a movimentação da taxa Selic. E quem já é ou planeja ser um investidor precisa estar atento a essas movimentações. E, afinal, a queda da Selic é boa ou ruim? 

Para você entender melhor o que são as quedas na Selic e como isso impacta na sua vida, vamos explicar primeiramente o que é a Selic

Selic é sigla para Sistema Especial de Liquidação e de Custódia e surgiu no final da década de 1970, com o objetivo de ser uma taxa referencial para os juros do mercado financeiro. O índice é baseado no volume de negociações dos títulos públicos. 

A primeira taxa divulgada, em 5 de março daquele ano, foi de inimagináveis 45% ao ano. O número baixou rapidamente e, no fim de 1999, já estava em 19%. 

De lá para cá, muita coisa mudou e a taxa passou por muitas variações em ciclos de alta e baixa.  

A cada 45 dias, o Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne para definir qual será a taxa de juros do período, podendo optar por aumentar, diminuir ou manter no patamar em que se encontra. 

Um destaque para a taxa Selic, que ficou conhecida como “taxa básica de juros”, é servir como parâmetro para os demais tipos de investimentos no Brasil. 

De fato, muitos índices se baseiam nessa taxa. Um dos exemplos mais conhecidos é o CDI (Certificado de Depósito Interbancário).  

No entanto, a renda variável também é impactada pela movimentação da taxa Selic, uma vez que juros altos significa custo de dívida mais alto para as empresas e menor atratividade para investimentos com maior risco; por outro lado, juros mais baixos contribuem para uma busca maior por rentabilidade em ativos com risco mais elevado.

Quer entender melhor como funciona a taxa Selic? Acesse o conteúdo completo sobre este assunto aqui em nosso blog!

O que faz a Selic cair?

Agora que você já sabe o que é a Selic, vamos te explicar o que influencia na sua queda!  

O Copom define se a Selic irá subir ou cair conforme alguns fatores, como inflação e atividades econômicas internas e externas.  

Em um cenário de economia em desaceleração e a inflação controlada, a decisão em reduzir a taxa Selic acontece com o objetivo de estimular o consumo, permitir um crédito mais acessível e incentivar investimentos

Dessa forma, podemos perceber que a Selic pode impactar diretamente no bolso do brasileiro e do investidor. 

As variações da nossa taxa básica afetam diretamente a remuneração de diversos tipos de investimentos. 

Mas quais as consequências da queda da Selic?

A Selic influencia os juros que o governo paga em sua dívida, pois os títulos públicos são precificados com base nessa taxa. Quando a Selic sobe, o custo da dívida tende a aumentar; quando cai, o custo diminui. Porém, o governo não usa a Selic para sinalizar diretamente ao mercado os juros que pagará, mas sim como uma referência que impacta o custo da dívida e as expectativas do mercado. 

Uma das formas de captação de recursos para o pagamento da dívida pública é por meio da emissão de títulos públicos. Outra forma é por meio da arrecadação de receitas pelo governo. 

A taxa Selic funciona como um teto, definindo quanto os credores do governo — sejam empresas ou pessoas físicas — receberão pelos empréstimos feitos. 

Portanto, a queda da Selic significa que o Tesouro Nacional pagará menos juros, reduzindo a remuneração dos seus credores. Isso impacta bancos e investidores que têm aplicações atreladas à Selic, que passarão a render menos. 

Mas não se preocupe por ter comemorado a redução da Selic. 

Com a queda da taxa básica de juros, os juros em todo o mercado também caem. Isso estimula empréstimos e investimentos produtivos, como aquisição de maquinário, modernização e até o consumo. 

A taxa básica de juros mais baixa é, portanto, um instrumento importante para estimular o consumo. 

Por outro lado, o aumento do consumo pode pressionar a inflação, que é um desafio para investidores despreparados, pois pode corroer os rendimentos. 

Com a maior demanda por produtos e serviços, os preços tendem a subir, elevando os índices de inflação. 

Contudo, um investidor preparado, com uma carteira diversificada, terá uma carteira equilibrada para os mais diversos cenários. 

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Como os juros mais baixos impactam os investimentos?

A queda na Taxa Selic não é motivo para preocupação, pois sempre existem bons investimentos para melhorar a rentabilidade ou manter o rendimento. 

Para isso, é importante montar uma carteira diversificada, considerando seu perfil de investidor, grau de tolerância ao risco e objetivos financeiros. 

Para quem prefere títulos de renda fixa, uma boa estratégia é buscar investimentos mais sofisticados, caso seja alinhado com seu perfil de investidor, como as debêntures incentivadas, que são isentas de Imposto de Renda e podem oferecer rentabilidade acima do CDI. 

Além disso, não se pode esquecer do fundo de emergência, que é o dinheiro guardado para garantir segurança e margem para imprevistos em outros investimentos. A recuperação da economia não é imediata, e os riscos, tanto nacionais quanto internacionais, sempre existirão. 

Nesse fundo, a prioridade não é a rentabilidade, mas sim a liquidez — ou seja, deve ser composto por investimentos que possam ser facilmente convertidos em dinheiro quando necessário.

Por isso, a reserva de emergência deve ser considerada um investimento de curto prazo, evitando aplicações como CDBs sem liquidez ou Tesouro Direto prefixado, que podem dificultar o resgate imediato, ou até mesmo perda de valor com o resgate antes do vencimento. 

Um produto indicado para essa finalidade é o Tesouro Selic, que oferece baixo risco e alta liquidez, garantindo que o investidor não perca dinheiro em momentos de volatilidade e possa acessar os recursos rapidamente. 

O valor ideal para o fundo de emergência corresponde ao custo de vida mensal multiplicado por pelo menos seis meses, sendo que o ideal é acumular o equivalente a um ano sem outras fontes de renda, como salário ou dividendos. 

Onde investir com a queda da Selic?

Para ganhar dinheiro e aumentar o patrimônio em um cenário de Selic baixa, é fundamental minimizar ao máximo de taxas e tributos.

Por exemplo, se você investiu R$ 1.000 e obteve uma rentabilidade bruta de 20%, isso representa um ganho de R$ 200. Sobre esse valor, incide 15% de Imposto de Renda (R$ 30) e, ainda, uma taxa de administração de 3% sobre o total acumulado (R$ 36). Assim, o lucro líquido será de R$ 134, equivalente a 13,4% de rendimento. 

Embora ainda seja uma boa rentabilidade, reduzir custos e impostos é essencial para melhorar a performance da carteira com a Selic em baixa. 

O investidor pessoa física conta com benefícios fiscais em diversos investimentos, muitos dos quais não cobram taxas administrativas, tanto em renda fixa quanto em renda variável. 

Esse é o caminho recomendado para investir com a queda da Selic: buscar aplicações que ofereçam menor custo e maior eficiência fiscal. 

Por exemplo, vendas mensais de ações (em swing trade) até R$ 20.000 são isentas de Imposto de Renda para pessoa física. Apesar de todas as operações na bolsa terem uma retenção de 0,005% na fonte (taxa de corretagem ou emolumentos), esse custo ainda é inferior ao de muitas outras aplicações. 

Além disso, é possível encontrar boas oportunidades no mercado, como os títulos do Tesouro IPCA. Esses títulos têm sua rentabilidade composta por duas partes: uma taxa prefixada e uma taxa pós-fixada atrelada à inflação. 

Dessa forma, garantem ganhos reais, protegendo o investidor da inflação, e, dependendo da taxa prefixada, podem proporcionar uma boa rentabilidade. 

Renda Fixa na queda da Selic

Como você provavelmente sabe, a renda fixa é diretamente impactada pela movimentação da taxa Selic, ou seja, a queda da Selic movimenta o mercado de renda fixa como um todo. 

Veja alguns investimentos de renda fixa e fundos de investimento que remuneram quem aplica pagando um percentual de algum indexador, sendo o principal o CDI: 

Como o valor da chamada “Taxa CDI” é sempre muito próximo da Selic, ela costuma acompanhar suas oscilações. Isso significa que uma Selic mais baixa faz o CDI cair, tornando os investimentos em renda fixa menos rentáveis. 

Mas, se você investe em renda fixa, não se preocupe! A dica é evitar decisões precipitadas. A seguir, explicaremos o que você pode fazer nesse cenário. 

Renda Variável na queda da Selic

Na renda variável, o impacto da Selic pode variar bastante. Como na Bolsa há diversas empresas, de diferentes segmentos, cada uma delas se comporta de uma forma em relação à movimentação da taxa Selic, por isso vale a pena olhar com atenção para cada empresa listada. 

Para quem pensa em aproveitar o crescimento do mercado de ações, pode ser interessante separar uma parte do capital, sempre considerando o seu perfil de investidor e objetivos. 

Não precisa se arriscar demais ou ficar operando todo dia. Por exemplo, fundos de ações podem ser uma opção para quem quer participar da rentabilidade da Bolsa de forma mais prática — mas, claro, isso depende do que faz sentido para cada investidor.

Por que não investir na poupança?

Quando a Taxa Selic alcançou os 7,25% em 2012, o governo mudou a política de remuneração da poupança. 

O objetivo, é claro, foi evitar que os investidores abandonassem os fundos de investimentos para aplicar na boa e velha caderneta, que já é isenta de Imposto de Renda. 

Então, a resposta para “onde investir com a queda da Selic?” nunca será a poupança

Desde então, toda vez que a Selic cai abaixo dos 8,5%, a poupança muda sua forma de rendimento. 

Acima desse patamar, é um rendimento mensal + Taxa Referencial. Abaixo do patamar, o rendimento paga no máximo 70% da Selic, somando a Taxa Referencial. 

A regra vale para todos os depósitos feitos após 4 de maio de 2012, inclusive para contas antigas. O dinheiro depositado antes dessa data continua com rendimento inalterado. 

Para novos investimentos, a poupança se torna pouco atrativa com a queda da Selic. Isso porque, além de não pagar 100% do valor da taxa, a possibilidade de aumento da inflação pode corroer os rendimentos da caderneta. 

Resumindo, quem ganha com a queda da Selic?

Quando a Selic está baixa, ela tende a estimular o consumo e, com isso, a atividade produtiva da economia. 

Com a renda fixa rendendo menos, muitos investidores começam a buscar outras opções no mercado. 

Setores ligados a bens de consumo, como farmacêuticas, indústria de alimentos e similares, podem se valorizar porque o consumo aumenta com juros mais baixos, elevando as vendas e os lucros dessas empresas. 

Além disso, as empresas costumam aproveitar esse momento para investir em suas estruturas e aumentar a capacidade produtiva. As companhias listadas que fizerem isso também podem ver suas ações valorizarem. 

As ações podem oferecer maior rentabilidade e liquidez, mas é importante lembrar que elas têm um risco maior e são mais voláteis. Ou seja, o valor pode subir bastante em um dia e cair no outro. 

Por isso, é interessante usar estratégias como stop loss, diversificar os investimentos e pensar em ganhos acumulados no médio e longo prazo. Raramente alguém fica rico com uma única aplicação. 

Quem analisa os fundamentos das empresas — como balanço financeiro, governança e outros indicadores — consegue diminuir os riscos. E, nesses casos, dá para apostar em prazos mais longos. 

Conclusão: e agora, o que fazer com seus investimentos na queda da Selic?

A principal lição a ser tirada deste artigo é evitar concentrar todo o seu dinheiro em uma única aplicação. 

Quando você investe tudo em um só lugar, qualquer imprevisto pode comprometer seu patrimônio — e isso vale também para investimentos em renda fixa. 

Até mesmo a Caderneta de Poupança já sofreu um evento inesperado no passado, como o confisco pelo governo em 1990, mostrando que nenhum investimento está totalmente livre de riscos. 

Por isso, diversificar é fundamental para continuar ganhando dinheiro e reduzir os impactos de quedas na taxa Selic, por exemplo. 

Ao diversificar, você conhece melhor as diferentes opções disponíveis e pode incluir aplicações variadas, como ações. 

A diversificação é uma das estratégias que explicam a rentabilidade dos fundos multimercado, que combinam produtos de renda fixa e variável. Essa mistura pode aumentar as chances de ganhos, mas também envolve riscos maiores. 

Além disso, é importante manter uma reserva para emergências. 

Esse fundo serve para enfrentar situações inesperadas e ajuda a evitar dívidas quando as coisas não saem como planejado. 

O foco da reserva de emergência deve ser a liquidez, ou seja, a facilidade de transformar o dinheiro em disponível rapidamente, e não necessariamente a rentabilidade. 

Quer montar uma reserva de emergência eficiente? Aprenda tudo sobre como o Tesouro Direto Selic pode ser um bom investimento aqui! 

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