08/08/2018 12:00:00 • Atualizado em 13/08/2024 13:45:09
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Análise gráfica: guia completo para iniciantes
A análise gráfica visa avaliar e monitorar o comportamento mercado a fim de identificar padrões e tendências nos preços dos ativos.
Você conhece a regra de ouro do mercado acionário: comprar na baixa e vender na alta? A regra pode parecer simples, mas apenas a análise gráfica pode te mostrar o que é um movimento de baixa e um de alta.
A análise gráfica é uma das grandes aliadas de quem deseja investir em renda variável, auxiliando investidores e traders a prever as tendências das cotações dos ativos de interesse.
Assim, é possível tomar a melhor decisão, seja para operações de curto prazo, quanto para as de período maior.
Afinal de contas, é muito difícil saber com exatidão as máximas e mínimas do mercado. Embora a lógica seja simples, o desafio está em entender os sinais que o mercado dá.
Se você quer começar na Bolsa de Valores com o pé direito, a análise gráfica de ações pode trazer resultados bem significativos, pois fará toda a diferença na escolha dos ativos e no melhor momento para entrar e sair de uma operação.
Neste artigo, abordaremos tudo sobre a análise gráfica de ações para você começar na Bolsa de Valores ainda hoje com mais segurança e praticidade.
Boa leitura!
O que é uma análise gráfica?
A análise gráfica, também conhecida como análise técnica, é um método utilizado para avaliar o histórico das cotações dos ativos financeiros, visualizar padrões e tendências, além de identificar pontos de equilíbrio, suporte e resistência.
A análise gráfica parte do princípio de que todas as informações necessárias estão representadas nos gráficos enquanto traduz o comportamento do mercado, auxiliando os investidores e traders a definir o momento certo para comprar e vender os ativos.
Como funciona a análise gráfica?
A análise gráfica funciona para avaliar os movimentos do mercado e identificar oportunidades de negócio por meio de padrões e tendências.
De modo geral, a análise gráfica considera três princípios básicos do mercado:
- O mercado desconta tudo, uma vez que o preço de uma ação já considera fatores externos (economia, política, fundamentos de empresas), operando através da lei de oferta e demanda;
- O movimento de preços é baseado em tendências, dado os preços tendem a repetir padrões de comportamento ao longo do tempo, mesmo com movimentos aleatórios do mercado;
- A repetição é usada como um padrão de análise, pois os padrões de movimentos de preços se repetem ao longo do tempo.
Na análise técnica, a principal ferramenta utilizada para avaliar os movimentos de preços e identificar padrões e tendências são os gráficos.
Existem inúmeros tipos disponíveis no mercado, entretanto, os mais utilizados são os gráficos de linhas, gráficos de barras e candlesticks.
Além disso, os analistas podem contar com indicadores como: médias móveis, Bandas de Bollinger, retração de Fibonacci, Linhas MACD, entre outros para complementar sua análise.
Quais são os 3 principais tipos de indicadores gráficos?
Na análise técnica, os indicadores gráficos são elaborados conforme o preço do ativo em um dado período. Confira os 3 principais tipos de indicadores gráficos:
- Gráfico de linhas: a linha representa a união dos preços de fechamento de cada dia de negociação;
- Gráfico de barras: mais completo que o gráfico de linhas, este tipo de indicador gráfico utiliza, além do preço de fechamento, o preço de abertura, preço mínimo e máximo do período utilizado;
- Candlestick: indicador gráfico mais visual que também mostra os quatro preços, utilizado para antecipar as reversões de preço.
Como fazer uma boa análise gráfica?
Fazer uma boa análise gráfica exige uma combinação de entendimento de mercado, habilidades técnicas, prática e muita cautela. Alguns passos importantes nesse processo:
- Invista em conhecimento;
- Estabeleça limites;
- Utilize ferramentas e indicadores diversos;
- Há um indicador certo para cada prazo;
- O preço vai muito além de um número;
- Candles são importantes.
Confira abaixo um pouco mais sobre cada um desses passos:
1. Invista em conhecimento
Operar com renda variável e obter lucros consistentes não é uma tarefa simples.
Se você quer ser trader de sucesso, invista em conhecimentos relacionados a outras técnicas e estratégias, como Tape Reading e Scalping, ou então, considere cursos especializados conforme os seus objetivos.
Desta forma, você terá mais ferramentas e entenderá melhor sobre cada ativo, aumentando sua probabilidade de acertos.
2. Estabeleça limites
Apesar dos ganhos com renda variável serem ilimitados, a análise gráfica de ações mostra que é preciso estar atento.
Então, utilize a leitura das suas tendências para definir os limites de alta e baixa aceitáveis em todas as operações através do stop loss e do stop gain.
Assim, você se protege das grandes perdas e ainda delimita os momentos de sair de uma negociação.
3. Utilize ferramentas e indicadores gráficos diversos
Operar no mercado financeiro apenas com a análise gráfica de ações pode ser um erro, pois não é possível saber com precisão quais serão os próximos passos de qualquer ativo.
Por isso, complemente a análise gráfica através ferramentas e indicadores gráficos diversos, como: análise fundamentalista, retração de Fibonacci, médias móveis, bandas de Bollinger, pontos de pivô, linhas de MACD, entre outros.
Dessa forma, você pode investir em ativos de forma mais informada e segura, principalmente no médio e longo prazos.
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4. Há um indicador certo para cada prazo
Ao operar através da análise gráfica, é preciso considerar o tempo da sua estratégia, pois há um indicador certo para cada prazo. Para curtíssimo prazo, os mais recomendados são:
- Liquidez: ações de alta liquidez são consideradas fáceis para comprar e vender. Priorize ações que movimentam grandes volumes financeiros nos pregões;
- Suporte e resistência: eles apontam se o ativo tende a subir ou cair, logo, são muito úteis para identificar o melhor momento para entrar e sair de uma operação;
- Bandas de Bollinger: consideram as médias de movimentação das cotações no tempo, auxiliando a avaliar a liquidez do negócio;
- Índice de Força Relativa (IFR): é um número de 0 a 100 que mede as forças de compra ou venda dos ativos ao longo do tempo.
Indicadores
Nas operações de médio e longo prazos, os indicadores mais utilizados são:
- Topos e fundos: semelhantes aos pontos de resistência e suporte, porém, são analisados em períodos maiores;
- Acumulação e distribuição: mostram o volume financeiro negociado versus os momentos do mercado. Então, pode ser um grande aliado para analisar a sensibilidade de um ativo em relação ao mercado;
- Médias móveis: indicam as tendências das cotações em relação ao tempo. Assim, você pode prever se a ação subirá ou cairá no futuro.
5. O preço vai muito além de um número
A análise gráfica é baseada nas cotações de preços das ações, logo, a primeira coisa que você precisa saber é que elas refletem as expectativas dos investidores, tanto em relação à empresa, quanto ao país.
Assim, a Lei da Oferta e Demanda domina os movimentos dos preços, por exemplo, se há muita procura, mas pouca oferta, o valor sobe e vice-versa.
Então, ao fazer a análise gráfica, perceba que as tendências são geradas a partir de quanto os investidores estão dispostos a pagar por determinado ativo.
6. Candles são importantes
Você já deve ter reparado que os gráficos possuem pontos verdes e vermelhos, conhecidos como candles, responsáveis por mostrar a variação do preço de abertura e de fechamento de um ativo.
Na análise gráfica, esta amplitude pode estar ligada à volatilidade e às tendências que surgiram durante o pregão.
Quando o candle está verde, indica que o ativo fechou em alta. Se o candle estiver vermelho, houve queda nas suas cotações.
Existe análise gráfica de ações grátis?
Com a internet, é possível aprender sobre análise gráfica de ações gratuitamente.
Entretanto, há diversas promessas “milagrosas”, fórmulas mágicas para ganhar dinheiro e pessoas que se dizem especialistas em investimentos, mas não possuem certificação apropriada. Cuidado com isso!
Se você deseja aprender sobre análise gráfica de ações gratuitamente, verifique a procedência de cursos gratuitos sobre o mercado financeiro.
Isso porque, há casos em que as pessoas perdem todo o seu patrimônio após seguir recomendações errôneas feitas por um profissional desqualificado.
Procure sempre conhecer quem está por trás destas informações e não acredite em fórmulas mágicas.
Diferença entre análise gráfica e análise fundamentalista
A análise gráfica utiliza gráficos para visualizar preços e volumes de negociação de um ativo financeiro ao longo do tempo, já a análise fundamentalista considera a situação financeira, econômica e de mercado das companhias e o cenário político-econômico no qual estão inseridas.
Dessa forma, a análise gráfica pode ser de grande auxílio para quem opera em períodos curtos e curtíssimos com foco em ganhos rápidos
A análise fundamentalista foca em verificar aspectos relacionados ao negócio, como lucro líquido, endividamento, governança, distribuição de dividendos e ROE.
Esta análise é uma grande aliada para quem quer investir em ativos de renda variável no médio e longo prazos, ao ser possível prever fluxo de caixa, sustentabilidade da estratégia da empresa e os lucros futuros.
Conclusão
A análise gráfica é um dos métodos mais utilizados pelos traders e investidores para identificar o momento certo para entrar ou sair de uma operação.
Isso porque, ela é baseada na identificação de padrões de preços históricos dos ativos em relação ao intervalo de tempo de interesse, sendo muito útil para o investimento em ações, principalmente para operações de curto prazo, como o day trade e o swing trade.
No mercado financeiro, utilizar apenas a análise gráfica pode induzir a erros, pois os ativos costumam ser bastante sensíveis às notícias veiculadas na mídia. Por isso, você deve agregá-la a outras técnicas, como a análise fundamentalista.
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