27/04/2022 14:00:00 • Atualizado em 30/07/2025 16:41:26
21 minuto(s) de leitura
Você sabe o que é swap? Entenda tudo sobre essa operação financeira
Swap é um derivativo usado para trocar rentabilidades entre partes, útil para especuladores e empresas, oferecendo proteção e facilidades, a partir de várias modalidades, como swaps de índices, juros, commodities e cambial. Neste artigo, você entenderá melhor o que é swap, suas vantagens, desvantagens, exemplos práticos e muito mais, para ajudar investidores a melhorar resultados e gerenciar riscos financeiros de forma eficiente!
O termo swap diz respeito a uma operação financeira onde duas partes negociam baseadas, exclusivamente, na rentabilidade de um ativo.
Dentro dessa técnica, não existe troca do valor principal da aplicação, apenas da variação de cada indexador naquele período.
E você sabe como isso pode favorecer seus investimentos?
É o que vamos também abordar neste conteúdo.
Continue lendo para entender o que significa swap, todas as vantagens e desvantagens de utilizar swap em suas estratégias.
Boa leitura!

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O que é swap e como funciona?
Swap é um derivativo financeiro que possibilita a troca de dois indexadores que não necessita de um desembolso de caixa para contratação, apenas alocação de margem.
O termo significa algo como “troca” em inglês e isso nos dá algumas pistas sobre a sua dinâmica.
De fato, estamos falando aqui de uma permuta entre dois investidores (que também podem ser empresas) que negociam com base na rentabilidade daquela aplicação, e não no seu valor real.
O que acontece, na verdade, é uma troca de riscos entre uma posição ativa (credora) e uma posição passiva (devedora).
A parte que contrata o swap se compromete a pagar a perna ativa e receber a perna passiva, ou seja, pagar a rentabilidade da perna ativa e receber a rentabilidade da perna passiva.
Não por acaso, essa técnica se tornou comum em posições que envolvem taxas de juros, moedas e commodities.
Para que serve o swap?
Agora que você sabe o que é um swap, entenda para que serve!
Em geral, os contratos de swap são firmados para dar maior previsibilidade para uma carteira de investimentos ou para especulações e alavancagens.
Por isso, a estratégia ganhou espaço entre investidores individuais, empresas e especuladores que buscam formas de obter lucros no curto e longo prazo ou defender a carteira de investimentos.
Como é a operação para especuladores?
Para quem trabalha com especulação na bolsa de valores, o swap pode ser bastante interessante como estratégia para conquistar bons ganhos em pouco tempo.
Com a técnica, os traders podem lucrar com a variação do preço de moedas estrangeiras e aproveitar as oscilações naturais da economia para obter lucros.
Tudo isso é feito a partir de análises técnicas e detalhadas que indicam os melhores e mais seguros momentos para fazer a troca dos contratos.
Como funciona a operação para empresas?
No caso das empresas, o swap ganha destaque principalmente dentre aquelas que trabalham com o mercado externo por meio de importações e exportações.
Essas empresas que atuam com o comércio exterior podem ter vantagens com o swap, pois podem se proteger de um movimento repentino do dólar, ou, no mínimo, ter maior previsibilidade de seus gastos.
Quais são as vantagens e desvantagens de usar o swap?
Toda estratégia financeira tem seus prós e contras – e, com o swap, não seria diferente.
Para que você possa tomar uma decisão consciente, separamos abaixo duas principais vantagens e duas desvantagens de apostar nessa técnica.
Vantagens
- Proteção;
- Facilidade
Podemos começar citando a camada extra de segurança que uma estratégia de swap proporciona.
Para empresas brasileiras que importam seus produtos, uma alta na moeda estrangeira pode causar um desequilíbrio em suas contas.
Isso porque, por mais que as importações sejam feitas em dólar ou euro, as vendas locais e os tributos são feitos com o real brasileiro.
Com o swap, é possível investir na troca de rentabilidades para neutralizar essa diferença do dinheiro que entra e o que sai.
Outra vantagem de incluir swaps em sua estratégia de investimento é que essa é uma operação mais rápida do que realocar capital investido.
Isso porque o investidor não precisa se preocupar em resgatar o dinheiro já investido e aplicar em outro destino.
Essa facilidade do swap traz mais velocidade e controle de gastos para quem investe.

Desvantagens
- Timing;
- Taxas e juros.
O maior risco da estratégia é errar em sua análise de mercado e acabar realizando sua troca de ativos em um momento ruim.
Isso pode acontecer, por exemplo, se o investidor resolver encarar juros altos como contraparte porque projeta uma alta do dólar e a moeda acaba desvalorizando.
Por último, é preciso ficar de olho nas taxas e nos juros envolvidos em uma operação de swap. É preciso avaliar com calma os indexadores daquela aplicação que você pretende permutar.
Quais são os tipos de swaps?
Existem algumas diferenças para aplicar a permuta de ativos e passivos em sua estratégia, dependendo da aplicação. Dessa forma, os principais tipos de swap são:
Dessa forma, os principais tipos de swap são:
- Swap de índices
- Swap de commodities
- Swap de taxas de juros
- Swap cambial
Confira, a seguir, as definições de cada um deles:
Swap de índices
No caso desse swap, a troca é realizada com base em índices de preços – como o IPCA, o CDI e o IGP-M – ou com base em índices de ações – como Ibovespa e IBrX-50.
Para entender melhor a mecânica, podemos pensar em um contrato hipotético onde uma parte oferece pagar conforme o índice da bolsa acrescido de juros.
Em contrapartida, a outra parte se compromete a pagar o valor correspondente à variação do CDI, por exemplo.
Swap de commodities
Em geral, operações de swap que envolvem commodities são realizadas por empresas que atuam na importação ou exportação de mercadorias e lidam com matéria-prima de origem internacional.
Dentre as mercadorias negociadas, o destaque vai para contratos feitos com base no preço do petróleo.
Uma indústria que especialmente se beneficia dessas operações é a da aviação civil.
O swap é feito com base no preço do mineral, o que cobre uma eventual alta no preço do combustível.
Swap de taxas de juros
Para fazer a troca de ativos atrelados a uma taxa de juros, não existe muito segredo, já que esse tipo de swap tem o funcionamento bem parecido com os demais.
Na operação, as partes entram em comum acordo para que uma delas se comprometa a assumir a variação entre taxas de juros previamente determinadas.
Ao fim do contrato, ambos devem assumir a diferença entre o juro prefixado e o juro variável.
Swap cambial
Por último, temos o que talvez seja a versão mais praticada dessa operação.
No swap cambial, uma das partes vai assumir o compromisso de arcar com a diferença de cotação de uma moeda, enquanto outra se compromete com uma taxa de juros prefixada.
Bastante utilizada pelo Banco Central do Brasil (Bacen) para estabilizar a cotação do dólar americano frente ao real brasileiro, a modalidade também faz parte da gestão de risco de companhias que atuam no comércio exterior.
Qual a diferença entre swap tradicional e swap reverso?
O swap tradicional e o swap reverso são duas operações opostas, utilizadas pelo BC para manter o controle da economia.
No modelo tradicional, mais comum, o banco atua para frear altas repentinas do dólar que podem impactar negativamente na inflação do país.
Para isso, oferece o valor da oscilação do câmbio acrescido de um cupom cambial e em troca o BC recebe o valor da variação do CDI.
No caso do swap reverso, a instituição atua para remediar uma baixa do dólar que poderia ferir empresas exportadoras.
Nessas ocasiões, o Banco Central assume o compromisso de pagar uma taxa de juros aos compradores do contrato, recebendo em troca a variação do dólar no período.
Exemplos práticos de swaps
Para te ajudar a entender melhor o conceito, vamos trazer agora alguns exemplos práticos!
Podemos supor que uma determinada empresa tenha R$ 1 milhão em aplicação de baixa liquidez reservados para o pagamento de uma dívida.
Para se proteger de uma possível alta do dólar, a companhia realiza um swap cambial com o Banco Central, onde oferece a rentabilidade do CDI em troca da variação da moeda.
Em outro caso, uma companhia aérea decidiu fazer um swap de commodities para bancar o abastecimento de suas aeronaves no caso de uma alta no preço do barril de petróleo.
Como contrapartida à variação do valor do óleo, ela pode oferecer a rentabilidade do CDI ou até mesmo uma taxa de juros prefixada.
Ficou mais fácil de entender agora, certo? Abaixo, você irá aprender como você, investidor, pode garantir mais segurança para seus investimentos usando o swap. Continue a leitura!
Como um investidor pode melhorar seus resultados usando o swap?
Como destacamos até aqui, o swap é uma operação realizada por investidores para garantir mais segurança e rentabilidade em seus investimentos.
Isso porque ele permite agir preventivamente para se proteger de altas no preço de commodities, em cotações de moeda estrangeira ou índices econômicos.
Confira abaixo duas dicas de como o investidor pode melhorar seus resultados por meio de operações de swap.
Troca de indexadores
Suponha que um investidor aplicou seu dinheiro em um CDB de longo prazo com rendimento atrelado ao CDI. Esse investidor então passa a acreditar que o CDI irá render menos do que as expectativas do mercado, então ele decide trocar essa taxa por uma taxa prefixada.
Ele pode realizar um swap oferecendo o rendimento do CDI para receber em troca uma taxa prefixada determinada. Dessa forma, sem precisar resgatar o CDB, que era um título sem liquidez, ele consegue mudar a rentabilidade daquele investimento para outra que acredita que será melhor.
Proteção cambial
É comum que alguns investidores tenham dinheiro aplicado com foco em uma viagem ou repatriação.
Nesses casos, costuma-se optar por investimentos de longo prazo e sem liquidez diária.
Mas existe sempre o risco de uma alta no valor da moeda estrangeira ser superior à rentabilidade do seu investimento.
Para remediar esse risco, é possível negociar um swap cambial para garantir ganhos compatíveis com a variação do preço em dois ou três anos.
Commodities e a indústria
Quem trabalha com commodities em sua produção também pode utilizar o swap para melhorar seus resultados.
Imagine o caso de uma produtora agrícola que usa milho para alimentar o gado – uma alta no preço do cereal pode prejudicar e muito os lucros da empresa.
Por isso, quem depende de commodities pode negociar seus contratos de swap buscando obter a variação do preço daquele produto como rentabilidade em seus investimentos.
Como funciona o Imposto de Renda no SWAP?
Investidores individuais e profissionais que pretendem operar com a troca de ativos precisam saber que existe a incidência de tributação.
Para o swap, há a cobrança do Imposto de Renda a partir da tabela regressiva, como ocorre na renda fixa – a alíquota varia entre 22,5% e 15% dependendo da duração do contrato.
Qual a diferença entre SWAP e hedge?
O swap é conhecido no mercado por ser um tipo de hedge que permite ao investidor trocar a rentabilidade de seu investimento por outro valor de mercado.
Os hedges, por sua vez, são instrumentos utilizados para assegurar preços de ativos para compra ou venda futura.
Portanto, ainda que o swap possa ser considerado como um tipo de hedge, nem todo swap é um hedge.
Quer saber mais sobre o que é e para que serve o hedge? Veja o vídeo completo abaixo do nosso canal!
Conclusão
Neste artigo, você entendeu o que significa swap, suas vantagens e desvantagens, modalidades principais e como investidores podem usar swap para melhorar seus resultados e proteger seus investimentos.
Como operação financeira, o swap tem muito a contribuir para a segurança e a melhoria dos resultados para investidores individuais, empresas e traders.
A técnica propõe a troca da taxa de rentabilidade daquela aplicação por outro índice ou valor de referência do mercado.
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