22/12/2020 01:43:39 • Atualizado em 01/08/2024 10:38:51
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CRI: Saiba tudo sobre os Certificados Recebíveis Imobiliários
O CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) é uma forma interessante de aplicar seu dinheiro com retorno acima da poupança.
Se você está procurando por maneiras rentáveis e de baixo risco para investir e diversificar sua carteira, pode encontrar no CRI uma boa opção.
Ele tem significativas vantagens, como a isenção do Imposto de Renda e variedade de ativos.
No entanto, como qualquer outro investimento, você precisa ficar atento a detalhes que podem fazer toda a diferença na sua escolha e maximizar a rentabilidade alcançada.
Por exemplo, a liquidez e o risco de crédito desse papel devem ser observados com cautela.
Mas não se preocupe se você tem dúvidas: para investir no CRI e saber como fazer isso de forma confiante e rentável, acompanhe este conteúdo até o final.
Vamos apresentar as principais informações sobre os certificados para que você possa ter bom retorno com o ativo, de acordo com seus objetivos.
Boa leitura!
O que é investimento em CRI?
Fazer um investimento em CRI é comprar Certificados de Recebíveis Imobiliários com a expectativa de ter rentabilidade futura com a aplicação.
Para entender um pouco melhor sobre o tema, a gente precisa voltar em alguns conceitos antes de se aprofundar sobre o assunto.
Primeiro, vale saber que empresas do segmento de construção e de imóveis podem precisar de recursos financeiros para financiar suas operações.
Um dos casos, por exemplo, é quando elas ofertam crédito a seus próprios clientes.
Ao fazer as vendas a prazo, as construtoras podem ficar sem a quantia necessária em caixa para realizar seus investimentos presentes.
Então, em vez de fazer empréstimos em bancos e instituições financeiras, essas empresas recorrem a securitizadoras para a emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários.
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Os papéis emitidos são títulos de crédito privado disponibilizados no mercado de investimentos e qualquer pessoa pode comprar um dos ativos.
Nesse sentido, os CRIs são uma espécie de “empréstimo” que os investidores fazem a organizações do ramo de construção e imóveis.
Assim, os negócios imobiliários captam, com pessoas físicas e jurídicas no mercado, os recursos necessários para financiar suas operações.
Em contrapartida, as empresas emissoras pagam juros aos compradores dos papéis.
Então, quem investe em CRI compra os títulos a fim de ser remunerado de acordo com o prazo estipulado.
Como funcionam os Certificados Recebíveis Imobiliários (CRI)?
Basicamente, podemos dizer que o CRI é um ativo de renda fixa, isento do Imposto de Renda (IR) e com resgate na data de vencimento.
Enquanto renda fixa, você pode entender que o papel tem remuneração determinada logo no momento de sua compra.
Já o fato de não ser tributado pelo IR concede vantagem ao ativo na comparação com outros produtos de renda fixa.
Por fim, o valor aplicado só pode ser resgatado no prazo estipulado pela emissora, o que compromete a sua liquidez – não é uma boa indicação para quem busca investir para formar uma reserva de emergência, por exemplo.
Então, em resumo, o CRI é um tipo de investimento no qual o investidor compra o título e deve esperar até a data de vencimento para resgatar o saldo e os juros acumulados.
Em contrapartida, ele não tem a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até o limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por conjunto de depósitos e investimentos em cada instituição ou conglomerado financeiro, limitado ao teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas para cada CPF ou CNPJ.
Para mais informações sobre o FGC, acesse o site https://www.fgc.org.br.
Por isso, o risco de crédito do CRI pode ser maior do que o de outros investimentos semelhantes.
Qual o mínimo para investir em CRI?
Não existe um investimento mínimo para os CRIs.
Assim, você pode ver certificados com valores diversificados, como R$ 2.000 ou R$ 5.000.
Alguns títulos de renda fixa – a exemplo do Tesouro Direto e do CDB – podem ser comprados por valores bem pequenos, como R$ 30.
Com esses certificados, no entanto, a tendência é que as emissoras coloquem seus papéis à venda por quantias maiores.
É comum encontrar CRIs com preço mínimo de R$ 1.000, por exemplo.
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Principais estruturas de CRI
Quando você for pesquisar por CRIs, deve observar outra questão bem importante: a sua estrutura.
Veja, a seguir, as duas principais estruturas dos certificados.
Pulverizado
O CRI pulverizado é um papel que está relacionado a vários devedores (ou mutuários).
Nesse sentido, o risco de crédito do ativo é menor, uma vez que ele é pulverizado entre diversos devedores.
O certificado pulverizado pode ser atrelado a:
- Imóveis residenciais e loteamentos
- Shoppings centers.
Corporativo
A outra estrutura mais comum do CRI é a corporativa. Nesse caso, o certificado tem relação com apenas uma única empresa devedora.
Esse formato é subdividido em dois:
- Built-to-suit: papéis relacionados à negociação de compra de um imóvel e a locação do mesmo para o próprio vendedor
- Sale & lease back: ativos relacionados à construção sob medida para locatários.
Os CRIs que são estruturados dessa maneira têm origem em contratos nos quais o risco mais considerável é o do crédito corporativo.
Por isso, é preciso observar atentamente a situação da empresa relacionada a essas operações.
Quais as vantagens de investir em fundos CRI?
Como você pôde ver até aqui, o CRI é um tipo de investimento em renda fixa que tem características peculiares, como a sua estrutura.
Mas, com um pouco mais de atenção, dá para fazer bons investimentos e obter retornos atrativos com a aplicação.
Então, podemos considerar como as principais vantagens do CRI:
- Isenção do Imposto de Renda
- Renda fixa com baixos riscos e rendimentos atrativos
- Rentabilidade maior do que a poupança
- Facilidade para manipular os papéis, comprando e resgatando sem mistérios.
Qual a rentabilidade do CRI?
A gente já destacou que os CRIs são ativos de renda fixa.
Isso quer dizer que, quem compra o papel sabe a rentabilidade esperada pelo investimento no momento da aquisição.
Os certificados do ramo imobiliário podem ter remuneração:
- Pré-fixada
- Pós-fixada
- Híbrida.
A renda pré-fixada tem uma taxa definida no ato da compra do papel que se repetirá até o resgate do investimento.
Então, se um CRI é pré-fixado a 5% ao ano, o investidor poderá contar com essa remuneração até a data de saque do valor aplicado.
Já a renda fixa pós-fixada é aquela que tem uma alíquota de rendimento atrelada a algum outro fator financeiro.
Por exemplo, um certificado que remunera indexado à taxa CDI (Certificado de Depósito Interbancário) vai pagar juros ao investidor de acordo com o índice.
Dessa forma, a remuneração é fixada, mas o valor exato fica mais difícil de prever, porque o CDI varia.
Por fim, o CRI pode ser do tipo renda fixa híbrida. Nesse caso, o cálculo dos juros é feito com base em um fator pré-fixado e outro pós-fixado.
Quais são os riscos de investir em CRI?
Da mesma forma que existem muitas vantagens ao fazer investimentos nos Certificados de Recebíveis Imobiliários, é necessário estar atento a alguns pontos.
Então, ao pesquisar por CRIs para investir, observe:
- A não cobertura do Fundo Garantidor de Crédito
- O risco de crédito das empresas atreladas ao papel
- A fórmula de rentabilidade – ativos pós-fixados e híbridos podem ter maior risco que os pré-fixados (e maior expectativa de retorno também)
- Risco de liquidez – você não consegue sacar o valor investido quando quiser, apenas no vencimento.
Taxas e impostos dos Certificados Recebíveis Imobiliários
Já falamos que os CRIs são isentos do Imposto de Renda, certo?
Mas será que existem outras taxas, tarifas e impostos que podem ser cobrados sobre o certificado?
Para a boa rentabilidade dos investidores pessoa física, o papel também tem isenção também do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
No entanto, é necessário observar se a corretora que opera os certificados cobra taxas sobre os ativos negociados.
Aqui na Rico, além da conta gratuita, você também tem taxa zero na corretagem para investimentos de renda fixa, como o CRI.
Como investir em CRI? Passo a passo
Investir em CRI é muito simples. Para isso, basta seguir este passo a passo:
- Abra a sua conta de investimentos na Rico
- Transfira valores da sua conta bancária a partir de uma TED de mesma titularidade
- Acesse o painel em sua área logada na Rico com todos os ativos de renda fixa
- Localize os papéis de CRI
- Estude investimento mínimo, rentabilidade e prazos de resgate
- Então, escolha o ativo
- Em seguida, envie sua remessa de compra.
Pronto! Você já é um investidor de CRI.
Agora, é só acompanhar a movimentação do certificado na sua conta.
CRI, CRA, LCI e LCA: Qual a diferença?
Ao pesquisar por alternativas de renda fixa, você já deve ter ouvido falar sobre CRI, CRA, LCI e LCA, não é mesmo?
Mas qual será a diferença entre esses tipos de investimentos?
O CRA tem a mesma configuração do CRI.
A diferença é que o CRA é um Certificado de Recebíveis Agrícolas. Ou seja, o valor arrecadado com a venda dos ativos é utilizado para financiar o agronegócio.
As Letras de Crédito Imobiliário e Agrícolas (LCI e LCA) também são títulos de renda fixa isentos de Imposto de Renda.
Mas, enquanto os certificados de recebíveis são emitidos por securitizadoras, as letras de crédito têm emissão dos bancos.
Além disso, LCI e LCA são cobertas pelo FGC.
Qual é melhor: CRI ou poupança?
Você sabe o quanto a caderneta de poupança vem devolvendo aos investidores como remuneração?
Com o valor da Taxa Selic atual, o valor da correção da poupança fica menor do que a inflação anual. Ou seja, um verdadeiro prejuízo para quem deixa o dinheiro parado na conta.
Por outro lado, os CRIs são geralmente indexados ao CDI.
O valor da taxa CDI hoje (novembro/2024) é de 0,04% mensal, 10,84% ao ano e está em 9,90% a.a no acumulado dos últimos 12 meses.
Assim, você deve buscar por CRIs que remunerem acima de 100% do CDI para ter maior rentabilidade, mas ela sempre será mais atrativa que a poupança.
Na Rico, você encontra opções que pagam mais de 130% da taxa, o que é um ótimo rendimento.
Como começar a investir em CRI?
Com tudo que você leu, acha que é uma boa investir em CRIs?
Acredita que essa seja uma aplicação que combine com seu perfil de investidor e atenda aos seus objetivos financeiros?
Então, não perca mais tempo.
Abra gratuitamente a sua conta de investimentos na Rico, aguarde a confirmação por e-mail, transfira valores, pesquise pelos melhores CRIs e realize a operação.
Fácil, não é?
Na Rico, você ainda tem taxa zero para investimentos em renda fixa.
Então, é só criar sua conta e começar a investir hoje mesmo.
Conclusão: Vale a pena investir em CRI?
Neste conteúdo, você viu que o CRI é um investimento de renda fixa com rendimentos atrativos e isenção do IR.
Mas, ao mesmo tempo, não é coberto pelo FGC e tem baixa liquidez.
Então, será que vale a pena investir em CRI?
Antes de tudo, você precisa analisar seu perfil de investidor e objetivos com o investimento.
Em seguida, estudar os certificados disponíveis, sua remuneração e riscos.
Cruzando todas essas informações, fica fácil descobrir se esse é o tipo de ativo mais indicado para você.
No geral, os CRIs são uma boa forma para diversificar a carteiras de investimento – inclusive, dos investidores mais arrojados.
Você pode conferir, ainda, outras informações sobre CRI e ativos de renda fixa no nosso blog. Assim, você aprende a investir com mais confiança, tendo retornos atrativos.
Invista melhor com a Rico: abra sua conta!
Obrigado por ler até aqui!