18/09/2023 12:07:03 • Atualizado em 05/08/2024 11:56:46
17 minuto(s) de leitura


Crédito privado: o que é, riscos e vantagens!

Aprenda tudo sobre crédito privado e descubra como aproveitar suas vantagens e se proteger de riscos!


Time Rico
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Foto de uma pessoa sentada em uma mesa em frente ao computador descobrindo sobre crédito privado com a Rico.

Existem diversas modalidades de investimento no mercado financeiro e cada uma busca atender interesses e necessidades específicas. No entanto, vale destacar que geralmente existem dois tipos de títulos emitidos para operações de crédito.

Os chamados títulos públicos são ativos de renda fixa emitidos pelo Governo, a fim de captar recursos para financiar suas atividades.

Já os títulos privados, conhecido como crédito privado, sãoemitidos por empresas de diversos setores para financiar operações e investimentos.

O crédito privado tem se tornado uma alternativa cada vez mais popular para aqueles que desejam investir seu dinheiro para a realização de projetos pessoais e profissionais.

Neste artigo, abordaremos o que é o crédito privado, quais são os riscos e as principais vantagens associados a ele para que você invista com mais segurança.

Continue a leitura!

O que é crédito privado?

O crédito privado consiste em uma opção de investimento de renda fixa, no qual os títulos disponíveis para a compra são emitidos por empresas e outras instituições privadas.

Esse tipo de investimento visa atender as necessidades de financiamento dos emissores. Ou seja, são títulos de dívida, e ao aplicar nesse tipo de ativo, o investidor está comprando parte da dívida da empresa ou instituição privada.

Na prática, o título de crédito privado funciona de forma semelhante aos títulos do Tesouro Nacional, como o Tesouro Selic.

Entretanto, ao invés de ser credor do Governo, o investidor torna-se credor de uma empresa ou instituição privada, com rentabilidade e riscos diferentes.

Assim como existem fundos de ações, por exemplo, também existe o fundo de crédito privado, que surge quando uma organização ou gestora investe 51% ou mais do seu patrimônio líquido em títulos de crédito privado.

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Quais são os tipos de crédito privado?

No mercado de crédito privado, existem opções diferentes de títulos que podem ser adquiridos por investidores. Cada um deles possui suas particularidades, logo, a melhor opção de crédito depende dos seus objetivos e necessidades. Os principais são:

  • Debentures
  • Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI)
  • Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA)
  • Títulos Bancários

Conheça abaixo os tipos de crédito privado disponíveis no mercado:

Debêntures

As debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas privadas e representam uma forma de empréstimo, no qual a empresa emissora se compromete a pagar juros periódicos e devolver o valor principal no vencimento do título.

Esta é a forma mais comum, porém podem haver variações, como emissões com pagamento de principal e juros apenas na data de vencimento, ou mesmo amortizações intermediárias de principal.

No entanto, para realizar ofertas públicas de debêntures, é necessário que a empresa seja uma e esteja devidamente registrada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

As debêntures normalmente possuem um prazo de vencimento acima de dois anos. A rentabilidade desse tipo de título consiste na taxa de juros paga pelo emissor ao longo do tempo. Existem dois tipos de debêntures:

  • Debêntures “comuns”: não possuem incentivos fiscais específicos aos investidores, sendo sujeitos à incidência de imposto de renda;
  • Debêntures incentivadas: possuem incentivos fiscais específicos, sendo isentas de imposto de renda para pessoa física investidora.

Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI)

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) são títulos de investimento de renda fixa destinados a financiar projetos e transações no setor imobiliário, semelhante à Letra de Crédito Imobiliário (LCI), que são emitidas por instituições financeiras para financiar o setor.

Esse tipo de título funciona como um empréstimo, onde o investidor aplica seu dinheiro para financiar dívidas neste setor.

A rentabilidade desse investimento é dada a partir de  uma taxa prefixada que é conhecida já na compra. Além disso, pode ocorrer também o acréscimo da variação de um índice como a inflação ou o CDI.

Os CRIs só podem ser emitidos por companhias securitizadoras de créditos imobiliários, as quais não fazem o papel de devedoras na operação. Em outras palavras, a companhia securitizadora compra o crédito do credor e a operação é estruturada.

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Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA)

Os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) são muito parecidos com os CRIs e também servem para financiar dívidas e projetos em um determinado setor, no caso para financiar o agronegócio.

Da mesma forma que os CRIs, os CRAs são títulos de dívida emitidos por companhias securitizadoras. Esses ativos são uma ótima opção para produtores rurais e cooperativas levantarem capital para maximizar suas atividades.

Sua rentabilidade vem, assim como os CRIs, através de um fluxo de rendimento em forma de pagamento, no qual o investidor recebe uma taxa prefixada que é conhecida já na compra, podendo ser acrescida da variação de um índice como a inflação ou o CDI.

Título bancários

Títulos bancários são ativos de renda fixa emitidos pelos bancos com o objetivo de levantar capital para financiar as suas próprias atividades e quem compra um título bancário funciona como credor do banco.

A comercialização desses títulos fornece aos bancos dinheiro para realizar suas operações, como empréstimos, financiamentos, cheque especial, crédito consignado, entre outros produtos bancários.

Porém, os títulos bancários têm garantia do Fundo Garantidor de Créditos para o valor até R$ 250 mil por CPF, diferente do crédito privado, por exemplo, em que não há essa cobertura e corremos o risco de crédito do emissor.

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Quais os riscos de investir em crédito privado?

Ao investir em crédito privado, você deve considerar alguns riscos para a melhor tomada de decisão.

Um deles é a falta de segurança que o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) dá para muitas aplicações financeiras, ou seja, quem investe em debêntures, CRIs, CRAs e FIDC não conta com a proteção do capital investido até R$250 mil por CPF.

Outro risco está na liquidez do título, que pode ser reduzida caso seja necessário vendê-lo antes do vencimento.

Ainda, há o risco de mercado no setor de crédito privado, associado às flutuações nos preços e nas taxas de juros que podem afetar o valor dos títulos de crédito privado. Isso pode ser reduzido pelos investidores ao esperar o vencimento do título.

Os fundos de Crédito Privado são isentos de Imposto de Renda?

O Imposto de Renda varia conforme o tipo de título de crédito privado escolhido pelo investidor.

Alguns deles, como os CRIs, CRAs e as debêntures incentivadas são totalmente isentos de IR. Já os FIDC e debêntures comuns possuem um IR retido na fonte, com tabela regressiva ao longo do tempo.

Nos títulos com Imposto de Renda retido na fonte, à alíquota varia conforme o período de aplicação, seguindo as regras abaixo:

  • Até 180 dias, alíquota de 22,5%;

Entender a diferença entre os tipos de título de crédito privado em relação ao IR é importante por duas razões: a primeira é orientar melhor a escolha para a rentabilidade esperada e no momento da declaração de imposto de renda.

Como fazer um bom investimento em crédito privado?

Para fazer um bom investimento em crédito privado é fundamental analisar os títulos disponíveis no mercado e seus objetivos. Assim, você consegue identificar quais dos títulos possuem, na sua visão e para seu objetivo, a melhor relação de risco e retorno.

Nessa análise, você deve considerar alguns pontos fundamentais como:

  • Rentabilidade de cada título disponível para compra;
  • Vantagens e desvantagens específicas do investimento;
  • Liquidez do título de crédito privado analisado;
  • Situação atual do mercado de crédito privado;
  • Perfil do investidor.

Analisando cuidadosamente estes pontos, você se sentirá seguro para realizar boas aplicações e utilizar bem as opções de crédito privado disponíveis.

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Vantagens de investir em um fundo crédito privado

Antes de investir em crédito privado, analise as possíveis vantagens. Mas, de modo geral, podemos destacar três principais: acompanhamento profissional, rentabilidade e risco menor que a renda variável.

As principais vantagens incluem:

  • Acompanhamento profissional;
  • Rentabilidade;
  • Menor risco de renda variável.

A seguir, detalhamos cada uma delas para você entender melhor.

Acompanhamento profissional

Ao investir em um fundo de crédito privado com a Rico, você conta com acompanhamento profissional.

Geralmente, trata-se de um especialista financeiro que cuida das aplicações a fim de garantir o menor risco e máxima rentabilidade possível.

Rentabilidade

Títulos de crédito privado costumam ter uma taxa de retorno maior do que outras opções de aplicação no mercado financeiro.

Isso acontece porque estes títulos estão sujeitos a um risco maior de inadimplência por parte das empresas que os emitem, pois como já dissemos, não contam com a cobertura do FGC, como acontece com os CDBs, por exemplo.

Portanto, investidores que toleram um risco maior em busca de uma rentabilidade maior podem ver grande vantagem nos títulos privados.

Menor risco ao de renda variável

Quando comparado com o mercado de ativos da renda variável, os títulos de crédito privado trazem retornos mais estáveis e seguros, porém quando comparado a ativos de renda variável, como ações, FIIs, ETFs, entre outros.

Esse risco é menor pois os títulos de crédito privado, se mantidos até o vencimento, possuem a remuneração que foi acordada no momento da aplicação e, por isso, não importará a oscilação ao longo do período, chamada de “marcação a mercado”.

A reprecificação e o risco de liquidez ocorre apenas se o título for vendido antes do vencimento.

Assim, investidores que não gostam das oscilações de preços da bolsa de valores, ou não querem assumir esses riscos por agora, podem se apoiar nos títulos de crédito privado.

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