27/11/2017 23:35:35 • Atualizado em 03/06/2024 13:32:27
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Indexadores econômicos – O que todo investidor deve saber
Os indexadores econômicos são taxas de reajustes, utilizados para três finalidades: acompanhar a atividade econômica, corrigir preços e evitar volatilidade. Descubra qual o impacto de cada um nos seus investimentos: IPCA, Selic, IPGM e outros.
Você conhece o impacto dos indexadores no rendimento das suas aplicações?
Os indexadores são muito utilizados nas análises da economia. Provavelmente, você já ouviu falar deles no seu dia a dia.
Os mais conhecidos são o IPCA e a taxa Selic. Além deles, há diversos outros índices que são mais focados para certas áreas, como é o caso do IGPM.
Nos investimentos em renda fixa, os indexadores financeiros são utilizados na taxa de rentabilidade. Então, é importante conhecer sobre cada um, pois eles determinam os ganhos da sua aplicação.
Diante disso, preparamos um guia completo com tudo o que você deve saber sobre os indexadores e que de forma você pode aumentar a rentabilidade da sua carteira com segurança.
Se tiver qualquer dúvida, deixe um comentário no final da página!
Boa leitura!
O Que São Indexadores e Sua Importância?
Os indexadores são taxas de reajustes. Basicamente, eles são utilizados para três finalidades: acompanhar a atividade econômica, corrigir preços e evitar volatilidade.
A partir das variações deste indicadores, são gerados diversos resultados importantes para a economia, como aumento dos preços dos aluguéis, correção do salário mínimo e produção industrial do ano.
Com estas informações, os responsáveis pelos setores podem tomar decisões que impactam diretamente na sua vida. Por exemplo, para aumentar o consumo, a taxa Selic sofreu cortes.
Os preços dos produtos e serviços também são influenciados pelos indexadores, como é o caso do IPCA. De acordo com ele, os valores do que consumimos podem subir ou cair durante o ano.
Qual o Impacto dos Indexadores Nos Investimentos
As aplicações pós-fixadas são totalmente dependentes da performance de um índice econômico e do valor dele para o período.
Os investimentos híbridos são influenciados de forma mais branda. Como a aplicação paga uma taxa fixa mais o desempenho de um índice, a rentabilidade é assegurada pela parte estática.
Os ativos prefixados são totalmente independentes dos indexadores. Então, muitos investidores os utilizam como proteção para a carteira em épocas de incertezas.
De forma geral, quando o indexador da sua aplicação sobe, o seu rendimento também aumenta no período.
Os Principais Indexadores
Antes de escolher os seus investimentos em renda fixa, você deve conhecer quais são os principais indexadores utilizados e o significado de cada um na economia. Confira:
IPCA
O IPCA significa Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Ele é considerado o índice oficial da inflação do país. O IBGE faz a pesquisa mensal, segundo uma cesta de produtos do POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares).
A coleta é baseada nas famílias com renda entre um e quarenta salários mínimos que residem nas áreas metropolitanas das principais regiões do Brasil.
Todos os produtos são separados por categoria e peso conforme a tabela abaixo:
Com todos os dados, o IBGE faz o cálculo da média das variações dos preços de todos os produtos e serviços da cesta em relação ao mês anterior. Assim, obtém-se a inflação do período atual.
Taxa Selic
Selic significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Ela é o programa de computador utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar as emissões e operações relacionadas aos títulos federais.
A média diária dos juros associados a estes papéis representa a taxa Selic overnight, que é a base para o CDI.
O valor mais conhecido é a taxa Selic Meta que é controlada pelo Copom (Comitê de Política Monetária). Ela representa o percentual de juros adequado para controlar a inflação e precificar o crédito.
Este indexador serve como referência para as demais tarifas relacionadas ao empréstimo de dinheiro no Brasil. Por isso, é considerado como a taxa básica de juros da economia.
CDI
O CDI é o Certificado de Depósito Interbancário. Ele representa a média das taxas de juros praticadas nos empréstimos feitos apenas entre os bancos.
O Banco Central impõe que todas as instituições financeiras têm que fechar o caixa com saldo positivo no final do dia. Então, quem está com mais dinheiro, empresta para quem tem menos.
Estas operações são válidas no curtíssimo prazo e o Certificado de Depósito Interbancário é o título de garantia firmado entre as partes com lastro no Tesouro Nacional.
Então, o CDI varia diariamente com valor muito próximo à taxa Selic. Isso é feito para não gerar ganhos e desbalancear o mercado financeiro.
IGPM
IGPM significa Índice Geral de Preços do Mercado. Ele também é uma medida da variação dos preços de produtos e serviços. Ou seja, é semelhante ao IPCA.
A FGV (Fundação Getúlio Vargas) faz o acompanhamento deste indicador a partir do dia 21 do mês atual até 20 do próximo. A divulgação ocorre a cada dia 10.
A metodologia de cálculo do IGPM é composta por 60% do IPA-M (Índice de Preços por Atacado), 30% do IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor) e 10% do INCC-M (Índice Nacional do Custo da Construção).
O Que Todo Investidor Deve Saber Sobre IPCA
O IPCA é um dos indexadores mais utilizados como taxa de rentabilidade em títulos híbridos, como no Tesouro Direto e nas debêntures.
Por que eles são indicados? O motivo é o alto potencial de valorização para os papéis de vencimento longo e o prêmio de risco envolvido.
As debêntures e os CDBs também podem utilizar este indexador. Diferente dos títulos públicos, eles oferecem taxas fixas sobre o IPCA mais atrativas, trazendo ganhos maiores.
Impactos da Taxa Selic no Mercado
A taxa Selic tem forte impacto nos investimentos em renda fixa porque ela influencia no comportamento dos demais indexadores. Hoje, ela está em 7,25% ao ano.
Este valor abre espaço para o aumento do consumo e da oferta de crédito mais barato para a população. De outro lado, deixa os títulos públicos e privados com rentabilidade mais baixa.
Então muitos investidores são atraídos para a bolsa de valores ou investimentos mais arriscados em busca de ganhos mais atrativos.
Um dos exemplos é o Tesouro Selic, que rende exatamente o valor da taxa básica de juros. Desde 2016, os seus rendimentos caíram, mas são altos para uma renda fixa.
Outro impacto nos investimentos é o juro real. Para você entender melhor, o IPCA e a Selic têm comportamentos semelhantes, quando um sobe o outro também aumenta.
Assim, quando estes indexadores tem valores altos, boa parte dos seus rendimentos é perdida para a inflação do período. Ao fazer o cálculo, em 2015, o ganho real foi 3,48%, já em 2017, está em 5,05%.
Este é um dos fatores que faz da renda fixa um investimento com bons retornos mesmo em tempos de queda da taxa Selic.
Se você deseja saber qual o impacto da queda da Selic no rendimento da Poupança, assista ao vídeo abaixo:
Como Calcular o Rendimento do CDI
O CDI é muito utilizado nos títulos privados pós-fixados, como os CDBs, debêntures e Fundos de Investimentos. Antes de investir é essencial que você conheça o rendimento destas aplicações.
O cálculo é relativamente simples, vamos utilizar um exemplo ilustrativo para você entender melhor. Um CDB com taxa de rentabilidade de 120% do CDI.
Hoje, novembro de 2017, este indexador está em 7,39% ao ano. Então, basta multiplicar: 7,39 * 1,20 = 8,87%, este será o rendimento anual da sua aplicação.
Para um valor de R$ 10.000, faça: 10.000 * 0,0887 = R$ 887,00. O valor bruto será de R$10.887,00 no período.
O CDI também é conhecido como o benchmark da renda fixa, que significa o rendimento mínimo para que um investimento seja rentável.
Assim, no momento da escolha das suas aplicações verifique se a taxa de rentabilidade oferecida é superior ao Certificado de Depósito Interbancário.
Utilize também o nosso Simulador de Investimentos. Esta é a ferramenta completa onde você pode calcular a performance dos produtos e investir com mais segurança.
Influência do IGPM nos Investimentos
O IGPM é muito conhecido no setor imobiliário, pois ele é utilizado para reajustar os valores dos aluguéis.
O IGPM é importante para o FII (Fundo de Investimento Imobiliário), pois ele influencia diretamente no desempenho desta aplicação. Em fatores como:
- Valorização das cotas
- Preço dos aluguéis dos imóveis
- Vacância para FIIs de imóveis físicos
- Rentabilidade dos FIIs de papéis
Assim, quanto maior é o valor deste indexador, maior tende a ser a valorização da cotas. Em contrapartida, os preços dos aluguéis sobem e a vacância dos imóveis pode aumentar.
No momento atual, com o IGPM em queda, o Brasil está se recuperando da crise no setor imobiliário iniciada em 2013. Apesar do lento crescimento, para 2018, há perspectiva de 1,5% de alta.
Com a inflação em baixa, os preços dos imóveis variam menos e os aluguéis ficam mais baratos. O corte da taxa Selic incentiva o crédito no setor. Assim, os FIIs podem ser bons investimentos no médio e longo prazo.
Alguns títulos privados como o CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) podem ter taxa de rentabilidade atrelada ao IGPM. Ao investir nesta aplicação, você precisa acompanhar o comportamento do indexador.
O Que Fazer Para Evitar Impactos Negativos dos Indexadores
A escolha do tipo de aplicação e do índice econômico é crucial para os investimentos em renda fixa, principalmente para evitar retornos abaixo do esperado.
A melhor maneira de minimizar os impactos negativos dos indexadores é a diversificação. Ao atuar em diversas frentes, você pode ganhar muito dinheiro.
Mesmo com o cenário de queda de juros, a renda fixa tem excelentes oportunidades. Aqui na Rico, temos várias aplicações com rentabilidade acima do CDI.
Você também pode aproveitar o bom momento da renda variável, por meio do investimento em ações ou ETFs. Para você ter ideia, em 2017, a bolsa de valores já acumula valorização superior a 26,84%.
Lembrando que, a maior parte do seu patrimônio deve estar alocada em ativos de renda fixa de baixo risco, como títulos prefixados e Tesouro Selic.
Os Fundos de Investimentos são excelentes aplicações para diversificar com segurança e boa rentabilidade. Algumas categorias são: os multimercados, os FICs (Fundo de Investimentos em Cotas) e os Fundos Cambiais.
Além disso, eles contam com uma equipe de gestão especializada que gerencia toda a carteira, buscando sempre os maiores lucros para os investidores.
As LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) são excelentes investimentos em renda fixa. Elas possuem alta rentabilidade e são isentas de taxas.
Outra forma de manter uma carteira diversificada e com impacto dos indexadores ainda menor é ter aplicações voltadas para o médio e longo prazos.
Assim, você pode obter alta valorização dos ativos e aproveitar toda a curva de juros. Foi assim que o Tesouro IPCA+ já rendeu mais de 417% só em 2017.
Conclusão
O conhecimento sobre os indexadores é extremamente importante para os investimentos em renda fixa, pois eles têm impacto direto na taxa de rentabilidade das aplicações.
Os mais utilizados são: IPCA, taxa Selic, IGPM e o CDI. Nos papéis pós-fixados, os ganhos dependem da performance do índice escolhido, por exemplo o um CDB que paga 110% do CDI ao ano.
Nas aplicações híbridas, o impacto é um pouco menor, por conta da taxa fixa de rentabilidade, como você pode ver no Tesouro IPCA+.
De forma geral, quando os indexadores sobem, o retorno dos investimentos aumenta. E quando eles sofrem queda, você ganha menos no período.
Continue aprendendo sobre os melhores investimentos através destes outros artigos do nosso blog:
Com o cenário atual da economia, a melhor alternativa para minimizar o impacto destes índices é a diversificação. Uma carteira com ativos em renda fixa e variável pode trazer excelentes rendimentos.
Os investimentos em LCI e LCA, debêntures e Fundos de Investimentos são boas alternativas para obter retornos acima do CDI e para ganhar muito dinheiro no médio e longo prazos.
Aqui na Rico, você vai encontrar as melhores aplicações em renda fixa e variável para diversificar a sua carteira com rentabilidade e segurança! Aproveite e abra a sua conta 100% gratuita agora mesmo!
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