15/03/2019 16:48:00 • Atualizado em 07/06/2024 11:47:13
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Diversificação de investimentos: Como montar sua carteira
A diversificação de investimentos consiste em escolher os melhores ativos para construir a carteira ideal. Será que você sabe como minimizar os riscos e maximizar os ganhos?
Você sabia que a diversificação dos investimentos é um dos segredos dos grandes investidores?
Diversificar aplicações ajuda você a mitigar riscos e garantir uma boa rentabilidade no médio e longo prazo.
Qual é o seu objetivo? Comprar um carro, viajar ou construir sua casa?
A verdade é que a diversificação é muito importante na construção de patrimônio e deve ser elaborada de acordo com os objetivos do investidor.
Como a economia e política brasileira estão sempre sujeitas a mudanças, além dos movimentos no exterior, a diversificação de investimentos pode ser a melhor estratégia para proteger e fazer o seu dinheiro render mais.
Provavelmente, você já deve ter ouvido o ditado popular “nunca coloque todos os ovos na mesma cesta”.
Ele resume bem o conceito de uma carteira diversificada. Significa evitar que toda a sua rentabilidade esteja exposta ao mesmo tipo de risco de um segmento, mercado, indexador.
A diversificação de investimentos também garante a busca por novas oportunidades.
Afinal, por que estar em único ambiente quando é possível garantir presença em vários mercados para garantir uma rentabilidade melhor e mais segura?
Na prática, a diversificação de investimentos consiste em formar uma carteira de ativos com uma estratégia ancorada em diferentes indexadores.
Eles devem responder de formas distintas às intempéries do mercado.
As estratégias de diversificação de investimentos representam o equilíbrio entre diferentes ativos. Eles podem ser atrelados à inflação, CDI, Ibovespa, dólar, Tesouro prefixado e Fundos Multimercado.
O balanceamento correto entre esses investimentos é a questão a ser respondida por você na hora de investir.
Neste texto, você encontrará muitas dicas sobre como fazer investimento, o que é diversificação de investimentos e como ter a carteira de investimentos ideal a partir de hoje.
Afinal, o que Significa Diversificar Investimentos?
A diversificação dos investimentos consiste em distribuir o capital entre diferentes ativos do mercado financeiro.
Ela pode ser feita em apenas uma classe de aplicações, renda fixa ou renda variável. E também alocar o capital nas duas categorias.
O grau de diversificação dos investimentos depende, principalmente, de fatores pessoais e do mercado no momento atual.
Este termo surgiu na década de 50, através de Harry Markowitz. A sua teoria da carteira mostrou matematicamente que os investidores não devem colocar todos os ovos na mesma cesta.
Assim, o principal objetivo da diversificação de investimentos é maximizar os retornos e minimizar os riscos ao longo do tempo.
Os grandes investidores, como Warren Buffett e Benjamin Graham estão entre os defensores da teoria da carteira.
Nos próximos tópicos, vamos mostrar como você deve aplicar a diversificação dos investimentos para trazer bons resultados ao seu patrimônio.
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Por que é Tão Importante Fazer a Diversificação dos Investimentos
Para entender o que é a diversificação de investimentos, é preciso ter em mente que o mercado e o cenário macroeconômico são muito voláteis.
Mesmo analisados a longo prazo, é complicado prever com 100% de certeza que um investimento será o mais rentável disponível.
Por isso, é arriscado alocar todo o seu capital em ativos da mesma classe. Até o mais competente dos analistas não arrisca uma aposta total de recursos em único investimento.
Assim, é vital que a diversificação de investimentos seja realizada de forma balanceada de acordo com o seu perfil de investidor, garantindo uma rentabilidade acima do mercado ao custo de um risco controlado.
Tenha em mente que existem muitas opções de investimento. E cada uma delas reage de formas diferentes aos movimentos políticos, econômicos e sociais.
Mesmo fazendo a melhor escolha possível de um produto, fatores externos podem mudar o jogo em pouco tempo, tornando o que é um ótimo investimento hoje em um negócio pouco atrativo daqui um dia ou um ano.
Por exemplo, Maria trabalha com um tipo de produto do agronegócio voltado ao mercado exterior, mais especificamente ao mercado norte-americano.
Mesmo que nunca antes na história ela tenha experimentado uma baixa. Pode ser que o presidente Trump resolva fechar as portas para esse produto com uma política restritiva.
Com certeza, a Maria estaria em maus lençóis se todo o seu capital estivesse alocado neste mercado.
Entendeu por que é importante garantir diferentes posições diante do mesmo mercado.
Vantagens de Ter Uma Carteira Diversificada
Redução de Riscos
A redução de riscos é uma das maiores vantagens ao conseguir elaborar uma carteira diversificada. Com a segurança, o investidor consegue ficar mais tranquilo com seus investimentos.
E independente do gosto ao risco, todos os investidores sentem alívio ao saber que estão mais protegidos. Isso ocorre porque ao fazer uma boa diversificação de investimentos, não basta um indexador cair, é preciso que todos façam isso juntos.
O que é improvável já que a carteira de investimentos será formada por diferentes classes de ativos.
Potencialização De Ganhos
Ao diversificar carteira de investimentos, você abrirá diversos caminhos para uma boa rentabilidade. Caso alguns deles despontem como grandes oportunidades, você estará elevando o retorno da sua carteira de investimentos como um todo.
Equilíbrio
Até day traders profissionais costumam ter parte dos seus ganhos alocados em outros investimentos. O nome disso é equilíbrio. E ele só é alcançado com a diversificação de investimentos.
Algumas vezes, garantir esse equilíbrio é diminuir o ritmo de crescimento do seu capital, mas é a melhor forma de construir um patrimônio a longo prazo.
Comodidade
A diversificação dos investimentos pode trazer mais comodidade ao investir. Como sabemos, os ativos de renda fixa possuem prazos de vencimento e o ideal é mantê-los até o final deste período.
Caso você tenha todo o seu capital em apenas uma aplicação e ela não ofereça liquidez imediata, é possível ter problemas frente às adversidades.
Na diversificação dos investimentos, esse fator pode ser minimizado. Isso porque, você terá a possibilidade de investir em ativos com diferentes prazos e, até mesmo, nos que possuem liquidez diária, como o Tesouro Direto.
Assim, a distribuição do capital também permite que você ajuste a sua carteira conforme os seus objetivos, como alocar para a reserva de emergência e para viver de renda ao mesmo tempo.
Como Dividir seus Investimentos e Diversificar Para Ter Mais Segurança
Como dito, o conceito parte da escolha de produtos de investimento que reajam de formas diferentes às circunstâncias e variáveis que afetam a rentabilidade.
Então, não se engane pensando que ao escolher produtos muito semelhantes ou de diferentes emissores, você estará diversificando investimentos. Afinal, todos esses ativos serão afetados de forma muito semelhante pelas mudanças do mercado.
Assim, diversificar não é escolher produtos, mas escolher classes de ativos, mercados e segmentos com a proporção correta para o seu perfil de investidor.
Veja o passo a passo a seguir para montar a sua carteira de investimentos ideal.
1) Entenda em que Ciclo Financeiro sua vida está
Você pode estar em um dos três tipos de ciclos: o de acumulação, rentabilização ou preservação de capital. Esse ciclo é definido pela relação entre gerar riqueza e possível rentabilidade de capital disponível.
Se você está no começo da vida profissional e não possui capital, então o seu ciclo deve ser o de acumulação. Caso já tenha capital, mas a sua principal fonte de riqueza ainda seja o seu trabalho, está na fase de rentabilização. Aqui você deve buscar a maior rentabilidade possível.
No entanto, caso o seu ciclo produtivo tenha diminuído e você já tenha formado um patrimônio, você deve preservar ele e fazer investimentos que garantam o seu padrão de vida sem corroer o patrimônio.
2) Conheça o seu perfil de investidor
Não existe uma carteira de investimentos ideal para todos, pois cada pessoa possui uma personalidade diferente. Você pode ser conservador, moderado ou agressivo.
Tudo depende do seu gosto ao risco. Ele depende essencialmente do seu desconforto diante de possível problemas de rentabilidade que podem ocorrer.
A capacidade de tomar riscos varia de acordo com a idade, estabilidade no trabalho, capacidade de poupar, objetivos a longo prazo, se possui dependentes, nível de renda e etc.
Imagine que os principais ativos de sua carteira sofrem uma forte queda e 10% do seu patrimônio é posto em risco. Como você se sentiria? Venderia tudo para estancar a sangria ou estaria seguro para manter a posição já que a sua posição é de longo prazo?
Responda essa questão. O autoconhecimento é fundamental na formação de uma carteira diversificada.
Sabendo o seu perfil e ciclo financeiro, então você deve traçar uma meta de rentabilidade para a sua carteira de investimentos.
3) Defina as classes de ativos
Agora você deve selecionar as classes de ativos que deseja possuir em sua carteira de investimentos.
Eles podem ser de renda fixa, renda variável, multimercado, previdência, fundo imobiliário e cambial.
4) Escolha a proporção ideal de cada classe
Nesse momento, você analisará os fatores macroeconômicos como inflação, taxa de juros, expectativas políticas e etc.
Com esse estudo, é preciso equilibrar a porcentagem das classes em sua carteira de investimentos.
A média de rentabilidade e volatilidade dos seus ativos deve estar de acordo com os passos 1 e 2 para que você esteja confortável com a carteira escolhida.
5) Selecione Os Produtos de Investimentos
Somente agora, que você deve se preocupar com quais ativos escolher, seja LCI, LCA, título pré ou pós fixado, ações, fundos DI e etc.
Nesse momento, é importante contar com uma boa corretora como a Rico, que vai disponibilizar uma lista completa de produtos, apresentando sempre a melhor rentabilidade do mercado.
6) Acompanhe e Rebalanceie sua Carteira
Se a carteira de investimentos foi montada de forma consciente, o acompanhamento dela deve ser mínimo, pois todos os ativos já foram escolhidos de acordo com os seus comportamentos naturais.
O que deve ser realizado é o rebalanceamento periódico. Por exemplo, você definiu que a renda fixa seria 25% da carteira e agora ela representa 50% da carteira porque sua rentabilidade foi positiva.
Você deve resgatar esse lucro e realocar de acordo com a proporção inicial.
Quantos Ativos São Necessários e Como Escolher Os Melhores?
Isso depende bastante do tamanho do seu capital, do tempo que quer levar acompanhando e do seu perfil de investidor. Para quem já possui um patrimônio de mais de R$ 100 mil, 5 classes de ativos divididas em menos de uma dezena de produtos é o bastante.
Na hora de escolher, leve em consideração o emissor do ativo, o tipo, carência, liquidez, rentabilidade, rating e o aporte mínimo. Por isso, sempre siga a sua estratégia inicial.
Exemplo De Carteira De Investimentos Diversificada
A diversificação pode ser realizada com qualquer perfil de investidor. Perceba que mesmo na renda fixa, há ativos que possuem riscos elevados.
Se você é iniciante, é comum ter dúvidas na hora de escolher as aplicações para a sua carteira, principalmente, na renda variável.
Diante disso, trazemos algumas dicas e exemplos práticos para você aplicar a diversificação de investimentos agora mesmo. Veja:
Exemplo 1: Perfil Conservador
O perfil conservador é conhecido por priorizar a estabilidade de rendimentos e a segurança.
Neste caso, a diversificação dos investimentos deve ser feita a partir dos ativos de renda fixa.
Tenha em mente que é possível diversificar no Tesouro Direto, por exemplo, um portfólio com 80% de Tesouro Selic, 15% em Tesouro IPCA e 5% em Tesouro Prefixado. O rendimento médio tende a ser 100% do CDI.
Note que esta diversificação com títulos públicos pode ser feita com menos de R$ 500,00, ou seja, não é preciso de grandes montantes para formar um portfólio de qualidade.
Outros produtos de renda fixa que costumam ser vistos nas carteiras conservadoras são CDB, LCI, LCA e a LC. Isso porque, eles possuem a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) até R$ 250 mil.
Portanto, caso o emissor dos títulos quebre, você não perderá o que investiu.
Exemplo 2: Perfil Moderado
Se você possui perfil moderado, a gama de ativos para diversificar é maior do que para o investidor conservador.
Neste caso, você pode incluir também os investimentos da renda variável, como os ETFs e as ações.
A proporção entre renda fixa x renda variável depende de fatores pessoais e do mercado financeiro.
Ao considerar o cenário atual, com juros baixos e perspectivas favoráveis às empresas, ter uma exposição entre 10 a 40% do seu patrimônio em ações pode ser uma boa alternativa.
Mas, como você já sabe, é fundamental fazer a diversificação incluindo as aplicações de renda fixa, como o Tesouro Direto e os CDBs.
Elas serão responsáveis por proteger a maior parte do seu capital e evitar que as variações da bolsa de valores tire a sua tranquilidade.
Caso você seja iniciante e moderado, o ideal é manter uma pequena exposição na bolsa de valores. Com o tempo e a experiência, você pode reajustar a sua carteira.
Exemplo 3: Perfil Arrojado
O perfil arrojado possui alta tolerância aos riscos. Assim, ele possui todos os ativos do mercado financeiro à disposição, principalmente, os de renda variável.
A diversificação dos investimentos pode conter maior proporção de papéis, como as ações, opções e câmbio.
Mesmo assim, lembre-se de que os riscos são altos e deixar todo o seu dinheiro sob ativos sem previsibilidade de rendimentos futuros tende a não ser uma boa ideia.
No Brasil, o mercado financeiro ainda é jovem e propenso a variações bruscas. Então, ter parte do patrimônio em ativos de renda fixa pode ser uma escolha assertiva, por exemplo, em debêntures e em CRAs.
Benjamin Graham, o pai do Value Investing, costumava recomendar que a diversificação dos investimentos contivesse cerca de 15 ativos.
Então, um exemplo de carteira arrojada seria ter em torno de 10 ações, 3 Fundos Imobiliários e 2 opções.
Por conta da alta tolerância aos riscos, é possível incluir Small Caps, opções com potenciais explosivos e FIIs de setor pouco explorados.
Pensando Estrategicamente Para Minimizar os Riscos
Essa é a melhor forma de construir uma estratégia de investimento que mira não somente na redução de riscos, mas na distribuição de oportunidades de mercado.
Afinal, ao ter um bom plano, você dificilmente fechará uma posição em um investimento para alocar em outro.
É Necessário Ajustar a Diversificação de Tempos em Tempos?
Uma carteira de investimento não é feita para ficar realocando capital o tempo todo. Isso gera custos e tributos desnecessários. Esse equilíbrio só deve ser alterado caso o seu perfil e planos de vida mudem.
Por exemplo, você e seu cônjuge estão esperando um filho ou então, de forma inesperada, a sua empresa vai à falência ou você perde o seu emprego. Nesse caso, o seu apetite ao risco mudou, fazendo necessário um ajuste na diversificação de investimentos.
E Se For Preciso Resgatar Dinheiro Antes Do Previsto?
Essa é uma questão sensível. Se isso aconteceu, é porque o seu planejamento foi falho. Prepare a sua carteira de investimentos prevendo um fundo de emergência onde a liquidez seja imediata.
Esse fundo é calculado em torno de 6 a 12 vezes o seu custo de vida mensal. Ou seja, se esse custo é de R$ 3.000 ao mês. Um bom fundo de emergência deve totalizar pelo menos R$ 36 mil.
Um fundo DI é uma ótima opção de ativo para alocar o seu fundo de emergência. Ele é atrelado à taxa Selic e apesar de possuir uma rentabilidade menor, o fundo possui a vantagem de ter uma grande liquidez.
Diversificação de Mercados é Interessante?
Esse é um conceito básico, mas que pode ser motivo de tropeço até para investidores mais experientes. Principalmente àqueles que começam a sofrer por excesso de confiança.
Claro que é possível manter todo o dinheiro investido em produtos de renda fixa, mas ao fazer isso, você não estará otimizando a sua rentabilidade, mas congelando todas as suas chances de crescimento a longo prazo.
Também é possível investir tudo em variável, nesse caso você terá uma chance de rentabilidade grande, mas também sofre o risco de não ter rentabilidade ou pior, de perder parte do capital.
Ao entrar em novos mercados, você ganha diferentes posições diante dos mesmos movimentos econômicos.
Conclusão – Conte com a Rico Para Diversificar Investimentos
A diversificação dos investimentos é essencial para todos os perfis de investidores.
Mesmo que você seja conservador, colocar todo o seu capital em apenas um ativo pode trazer resultados pouco atrativos.
Como mostramos, é possível fazer a diversificação de investimentos com menos de R$ 200,00, através dos títulos do Tesouro Direto.
Há inúmeras oportunidades de fazer o seu dinheiro render. Ao mesmo tempo, os riscos relacionados ao Brasil e ao exterior exigem cautela.
Portanto, a diversificação de investimentos tende a ser uma boa pedida, principalmente, se você quer investir com foco no médio e longo prazos.
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