05/12/2019 11:51:00 • Atualizado em 06/12/2024 13:51:38
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Impacto da Reforma da Previdência nos Investimentos: veja!
Neste artigo, você vai entender a importância da Reforma da Previdência para os investimentos e como ela impacta na sua vida. Onde aplicar?
Você sabe qual seria o impacto da Reforma da Previdência nas suas aplicações?
Entender sobre a Reforma da Previdência é essencial para ajudar a tomar as melhores decisões na hora de fazer investimentos.
Basicamente, a Reforma da Previdência atualiza as regras do sistema previdenciário atual, assim como já foi feito nos governos anteriores de Fernando Henrique Cardoso e Lula.
Com a conclusão da sua tramitação no Congresso Nacional, é esperada uma economia próxima de R$ 800 milhões aos cofres públicos nos próximos 10 anos.
Neste artigo, você vai entender a importância da Reforma da Previdência para os investimentos. Você também vai conferir quais são os melhores ativos para investir com segurança e rentabilidade no cenário atual.
Histórico da Reforma da Previdência
Em 2016, durante o governo de Michel Temer, foi apresentada uma proposta para a Reforma da Previdência.
Na época, já era reconhecida pelo mercado a importância do projeto, que em 2017 esbarrou em uma delação envolvendo o então presidente Michel Temer.
Fato que no ano seguinte em 2018 levou a arquivar o texto, devido a insuficiência de votos para a aprovação.
Com a mudança de governo, o novo presidente, Jair Bolsonaro, entregou ao Congresso a nova proposta em 20 de fevereiro de 2019.
O projeto de Reforma da Previdência foi amplamente discutido ao longo de 2019. A tramitação se encerrou na noite de 22 de outubro de 2019, com 60 votos favoráveis e 19 contrários. A partir dali, ela passou a tramitar primeiro na Câmara dos Deputados, onde foi aprovada em dois turnos (a segunda votação ocorreu no dia 7 de agosto de 2019 por 370 votos a 124). Já no Senado, a aprovação final se deu em 22 de outubro.
Já no dia 12 de novembro de 2019, ocorreu a promulgação da agora chamada Emenda Constitucional n.º 103 e o texto entrou em vigor. Assim, o ano de 2020 começou com as regras já valendo.
Quais foram os objetivos da Reforma da Previdência?
Conforme já destacado, a Reforma da Previdência teve como principal objetivo reduzir o déficit e equilibrar as contas públicas no futuro, além de ajustar o sistema previdenciário, tornando-o mais compatível com a atual expectativa de vida no Brasil.
Um outro objetivo foi também definir um cálculo de valor da aposentadoria mais justo evitando uma concentração de renda decorrente da regra atual.
O teto até então era de cerca de R$ 5.900,00, que era recebido por apenas 5% do total. Por outro lado, 80% dos aposentados têm acesso a um salário mínimo.
Na economia, a Reforma da Previdência ajuda na retomada da confiança dos investidores, além de equilibrar as contas públicas evitando a “falência” do país num futuro próximo.
A Reforma da Previdência pode também ajudar na retomada da confiança do empresariado nacional e investidor estrangeiro, a voltar com investimentos para o crescimento que gera novos empregos e aumenta o consumo, consequentemente ajudando na retomada econômica do país.
O que mudou com a Reforma da Previdência para os trabalhadores?
A Reforma da Previdência foi vista como essencial para a recuperação do Brasil.
Para entender o porquê disso, você precisa conhecer as diferenças entre o sistema previdenciário vigente até a reforma e o que muda a partir dela. Confira:
Idade mínima para INSS
- Regra anterior: 65 anos para homens e 60 para mulheres.
- Nova anterior: a idade mínima passa a ser de 65 anos para homens e de 62 para mulheres.
Idade mínima para policiais federais
- Regra anterior: por tempo de contribuição.
- Nova regra: 55 anos para homens (mais 30 de contribuição) e mulheres (mais 25 de contribuição).
Idade mínima para professores
- Regra anterior: 55 anos para os homens e 50 anos para as mulheres.
- Nova regra: a idade mínima para os professores será de 60 anos para homens (mais 30 de contribuição) e 57 anos para mulheres (mais 25 de contribuição).
Idade mínima para trabalhadores rurais
- Regra anterior: 60 anos para homens e 55 para mulheres.
- Nova regra: não houve mudança nessa regra.
Idade mínima para os servidores públicos
- Regra anterior: 65 anos para homens e 60 para mulheres.
- Nova anterior: a idade mínima passa a ser de 65 anos para homens e de 62 para mulheres.
Quais são as regras de transição da Reforma da Previdência?
Uma das dúvidas mais frequentes sobre a Reforma da Previdência são as regras de transição.
A maioria dos trabalhadores atuais iniciou no regime atual e será submetido ao novo. Já quem entrar agora, terá a oportunidade de escolher um sistema de capitalização para a própria previdência.
Veja as possibilidades:
- Transição 1 – Sistemas de pontos: será uma regra semelhante à atual, a fórmula 86/96. O trabalhador terá que alcançar uma pontuação entre a sua idade e o tempo de contribuição.
- Transição 2 – Idade mínima: em 2019, podiam se aposentar homens com 61 anos de idade e 35 de contribuição e mulheres com 55 anos de idade e 30 de contribuição. A idade mínima sobe seis meses a cada ano até alcançar 65 para os homens (2027) e 62 para as mulheres (2031).
- Transição 3 – Pedágio de 50%: esta regra será aplicada apenas aos trabalhadores que necessitam de cerca de 2 anos para completar o tempo mínimo de contribuição de 35 anos para os homens e 30 para as mulheres. Neste caso, haverá um pedágio de 50% sobre o tempo restante. Assim, se uma pessoa necessita de 2 anos para se aposentar, terá que trabalhar 3 anos.
- Transição 4 – Pedágio de 50%: aqui, o pedágio vale para quem tem 57 anos (mulheres) ou 60 (homens), devendo contribuir o dobro do tempo para se aposentar.
Qual foi a mudança na alíquota de contribuição?
A proposta enviada ao Congresso prevê mudança na cobrança da alíquota de contribuição previdenciária.
Basicamente, quem ganha mais, terá que pagar uma fatia maior para receber a aposentadoria.
Além disso, foram criadas mais faixas de contribuição em relação aos salários.
Veja quais são as novas alíquotas, que entrarão em vigor a partir de março de 2020:
- Até um salário mínimo: 7,5%
- Mais de um salário mínimo até R$ 2 mil: 9%
- de R$ 2.000,01 a R$ 3 mil: 12%
- de R$ 3.000,01 a R$ 5.839,45 (teto do INSS): 14%
- de R$ 5.839,46 a R$ 10 mil: 14,5%
- de R$ 10.0001,00 a R$ 20 mil: 16,5%
- de R$ 20.000,01 a R$ 39 mil: 19%
- acima de R$ 39.000,01: 22%
Fonte: Agência Senado
Quais os impactos da Reforma da Previdência na Economia?
Os impactos da Reforma da Previdência na economia nacional a longo prazo devem ser significativos.
Vale lembrar que, quando o projeto foi apresentado, era prevista uma economia superior a 1 trilhão de reais.
Mudanças no texto final, contudo, reduziram essa previsão para algo em torno de 800 bilhões ao longo de uma década.
Ainda assim, é um valor comemorado pelo governo, que via a questão como prioritária, dada a ameaça de colapso no sistema previdenciário.
Segundo especialistas, inicialmente, havia nesse sistema cerca de 30 contribuintes para cada beneficiário. Atualmente, o número caiu para apenas dois. Em médio prazo, falava-se no risco de faltar contribuintes para pagar as aposentadorias.
Além disso, o aumento da vida produtiva do trabalhador brasileiro também é visto de forma positiva para o crescimento econômico do país.
Como a Reforma da Previdência impacta seus Investimentos?
Agora que você já conhece o panorama da Reforma da Previdência, vamos mostrar os impactos que ela pode gerar nos seus investimentos.
Para isso, pedimos a opinião do analista da Rico Ricardo Castro. Confira:
Renda fixa
A Reforma da Previdência pode ter impacto sobre os juros futuros da renda fixa. Eles são precificados de acordo com as expectativas dos investidores.
O analista Ricardo Castro explica:
“De forma geral, a tendência da renda fixa é remunerar cada vez menos, conforme as reformas são aprovadas. Essa é a hora de aplicar em fundos de investimentos mais arriscados ou até mesmo em ações”.
Renda variável
A renda variável é bastante sensível às notícias sobre a Reforma da Previdência. Para o mercado, a sua aprovação é crucial para o desenvolvimento do país.
É possível, por exemplo, que alguns ativos desta categoria sejam valorizados.
Fundos de Investimentos
Os fundos de investimentos costumam ser uma ótima escolha para os investidores que desejam sair da renda fixa e tentar ganhos maiores, sem se preocupar em monitorar o mercado e construir sua carteira de ativos sozinhos.
Ricardo explica que “os gestores de fundos podem obter ‘seguros’, de modo que, caso os rendimentos da renda fixa caiam, os da renda variável aumentam e vice-versa, atuando como uma espécie de proteção ao investidor”.
Portanto, independente dos cenários, eles podem ser boas alternativas.
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O que fazer com os investimentos com a aprovação da Reforma da Previdência?
Agora que você já sabe que a Reforma da Previdência e os investimentos estão diretamente relacionados, chegou a hora de entender como o investidor deve agir.
Para ajudá-lo, trazemos dicas matadoras de acordo com cada perfil de investidor.
1. Perfil conservador
Como os juros em tendência de queda, os investimentos de renda fixa prefixados passam a ter taxas de retornos mais baixas.
Então, uma das alternativas pode ser buscar proteção no pós fixado e em ativos híbridos ligados ao IPCA+, que vão te entregar retornos acima da inflação interessantes para o cenário atual.
Se a inflação subir, o Banco Central terá que aumentar os juros para evitar descontroles.
Assim, os investimentos atrelados à taxa básica de juros e ao CDI tendem a ser boas opções para fazer o dinheiro render, sem grandes oscilações.
Os Fundos de Renda Fixa podem ser escolhas assertivas para os investidores de perfil conservador. Isso porque, a maioria das carteiras são compostas por títulos do Tesouro Direto.
Assim, o risco pode ser menor e investir com ajuda profissional pode ser ideal aos que priorizam a segurança nos investimentos.
Outra forma de investir com rentabilidade é optar pelos investimentos voltados para o médio e longo prazos.
Assim, é possível encontrar taxas de rendimento mais atrativas, sem abrir mão da segurança e estabilidade oferecida pela renda fixa.
2. Perfil moderado
O investidor moderado poderá se beneficiar com os movimentos retomada do crescimento e melhora na economia.
Isso porque é possível utilizar a estratégia da diversificação para buscar maiores ganhos com investimentos em fundos multimercados e em renda variável.
Na renda fixa, os ativos atrelados ao CDI são escolhas que diminuem a oscilação da carteira como um todo por conta dos retornos constantes.
As debêntures também devem se tornar mais atrativas, principalmente, as incentivadas. Já que elas possuem eficiência fiscal por não pagarem Imposto de Renda, além de entregarem um retorno real acima da inflação.
A queda nos juros tende a favorecer o investimento em ações.
Nesse caso, é possível aumentar a proporção da renda variável na sua carteira. Mesmo assim, respeite o seu limite de tolerância para este tipo ativo.
3. Perfil arrojado
A Reforma da Previdência deverá beneficiar os investimentos de renda variável, como o desejado pelo investidores arrojados.
Para o investidor arrojado, há possibilidades de aumentar a exposição em ativos ligados ao consumo interno.
O investidor arrojado também deve diversificar seus investimentos em Fundos Multimercado por exemplo, principalmente, para equilibrar sua carteira nos momentos de ruídos negativo para a bolsa.
Quais os impactos da Reforma da Previdência na Bolsa de Valores?
Não é novidade para ninguém que o mercado financeiro aguardava a aprovação da Reforma da Previdência.
A sua confirmação aumenta a confiança de investidores, o que significa maior fluxo de aplicações na Bolsa.
Diante de tudo isso, a tendência aponta para uma migração de novos investidores para a renda variável, onde a Bolsa de Valores é o destino tradicional.
São esperados maiores volumes de negociação a partir de agora, o que pode tornar a oferta de ações atrativa para mais empresas.
Ações que devem subir e descer após a Reforma da Previdência
É sempre difícil fazer previsões sobre o comportamento de ações no mercado. O que se sabe é que elas estão sujeitas a fatores diversos. E, com a Reforma da Previdência promulgada, não seria diferente.
Ações de empresas consolidadas, como aquelas que compõem o Índice Ibovespa, são quase sempre uma opção óbvia.
Conclusão
Como vimos neste artigo, a Reforma da Previdência impacta a economia do país e, consequentemente, a sua vida.
Por isso, é fundamental conhecer os pontos da proposta e saber como isso pode afetar os seus objetivos e seus investimentos.
Em todos os cenários, uma das melhores estratégias para se proteger e planejar a sua aposentadoria tende a ser a diversificação.
Assim, é possível ter mais equilíbrio e minimizar os riscos que poderão aparecer durante o ano.
Para investir com foco na sua aposentadoria, o primeiro passo é abrir a sua conta na Rico.
Aqui, você terá à disposição os melhores ativos do mercado e ainda contará com todo o suporte do nosso time de especialistas.
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