16/10/2017 19:19:58 • Atualizado em 21/11/2022 14:01:52
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O que é rentabilidade e lucratividade: dicas para investir!

Você sabia que pode ter mais renda com investimentos do que alugando um imóvel? Saiba tudo sobre o que é rentabilidade e qual a diferença com lucratividade. Aumente os seus lucros com dicas rápidas para você investir melhor!


Time Rico
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Você sabia que pode ter mais rentabilidade com investimentos do que alugando um imóvel?

Saber o que é rentabilidade e como conseguir explorá-la ao máximo é que torna qualquer investimento bem-sucedido.

O dinheiro aplicado precisa dar retorno. Este é o objetivo dos investidores e a base de qualquer ativo financeiro saudável.

Algumas pessoas acham que a melhor forma para ‘viver de renda‘ é comprando um imóvel e alugando. Mas quanto custa alugar e manter um imóvel? 

Em uma conta conservadora, você deve receber cerca de 0,5% do valor do imóvel em aluguel. Se o imóvel vale R$ 200.000, o aluguel será algo em torno de R$ 1.000.

Aplicando em uma carteira moderada na Rico, por exemplo, você pode conseguir uma rentabilidade maior do que essa e não precisa lidar com inquilinos.

Leia esse outro artigo completo para saber os melhores investimentos de 2017

Mas cuidado, nem todo investimento é rentável. Sabe a

quele CDB que o gerente do seu banco tenta empurrar para você e diz que vai dar rentabilidade?

Pode não ser realmente rentável, mas o termo surge como atrativo para que você compre, não é?

A rentabilidade está presente em todos os estilos de financiamento. Conhecer bem o potencial de retorno de ativos é o que fez o sucesso dos maiores investidores. Gente como Warren Buffett, George Soros, Peter Lynch, Benjamin Graham, entre outros.

Por isso, seja qual for o seu perfil conservador ou arrojado, é importante entender bem o que rentabilidade significa, além de considerá-la antes de iniciar qualquer investimento.

É por isso que vamos explicar para você o conceito por trás da rentabilidade, quais as diferenças entre rentabilidade e lucratividade, suas variáveis e o que impacta o rendimento do investimento.

Se tiver qualquer dúvida, deixe um comentário no final da página.

Vamos lá?


O Que é rentabilidade, lucratividade e suas diferenças

O conceito de rentabilidade é muito confundido com lucratividade na atividade produtiva e com a liquidez no mundo financeiro.

Para entender as diferenças entre rentabilidade e lucratividade, temos alguns exemplos para ajudá-lo.

Conceito de rentabilidade

Imagine que você investiu R$ 10.000 e ao fim de um período, calcula que agora tem R$ 15.000. Isto é a rentabilidade dos investimentos.

Ou seja, com o dinheiro investido, você teve um retorno de 50%. O investimento manteve-se com o valor inicial e gerou um ganho de 50%.

Fica mais fácil entender a rentabilidade como sinônimo de retorno sobre o investimento, o rendimento.

Ao depositar determinada quantia na caderneta de poupança, o investidor espera que esse ato traga rendimentos. Quanto mais o dinheiro render, melhor é para quem investe.

É por isso que os já citados Buffet, Lynch e outros são tão estudados no mercado financeiro. Afinal, eles sempre souberam o caminho para gerar altos e constantes rendimentos.

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Conceito de lucratividade

A lucratividade é o ganho excedente, descontados todos os gastos iniciais.

Um exemplo: no Dia das Mães uma floricultura vendeu 100 arranjos a R$ 50 cada. Desse valor, R$ 5 é carga tributária, R$ 10 é do custo dos materiais e R$ 10 da mão de obra e do custo da loja.

O lucro líquido sobre cada arranjo de flores foi de R$ 25. Portanto, o lucro líquido total foi de R$ 2.500, contra uma receita bruta de R$ 5.000.

A floricultura teve lucratividade de 50% em suas vendas de flores no Dia das Mães.

Conceito de liquidez

A liquidez se refere à facilidade do investidor converter seu ativo ou bem em dinheiro. Quanto mais fácil e mais rápido for – e quanto menor a perda do valor – maior a liquidez.

Ouro, ações de companhias sólidas, dólares e alguns fundos de investimento são ótimos exemplos de liquidez. Para se desfazer ou resgatar o valor investido, basta vender.

É o contrário de casas, veículos, obras de arte, artigos de luxo, entre outros. Se desfazer desse tipo de ativo leva mais tempo, portanto, apresentam liquidez mais baixa.

Importante: liquidez não se refere nunca ao valor das transações. Você pode ter comprado 100 gramas de ouro a R$ 130,00 o grama, mas ter de desfazer por R$ 128,00 o grama.

Teve prejuízo de R$ 200,00 na venda de um ativo de alta liquidez.

Claro, a liquidez pode influenciar no valor. Se você precisa resgatar o dinheiro para uma emergência, pode vender ouro a qualquer momento, mesmo numa baixa do mercado.

Seu prejuízo será menor. Já um imóvel, quanto mais tempo fica à venda, pode sofrer uma queda maior de valor.

Já ouviu aquela frase “o menor prejuízo é o primeiro”? Ela explica o porquê a liquidez é tão importante.

Ainda assim, pode ocorrer de um investimento de boa liquidez não ser muito rentável. Você vai entender o porquê a seguir.


Como calcular a rentabilidade de um investimento

Homem inserindo moeda no cofrinho.
Entenda como saber quais os melhores investimentos por rentabilidade

A rentabilidade é uma das variáveis numa conta que também deve considerar o risco e a liquidez do investimento.

Em geral, investimentos de alta volatilidade, como o mercado de ações, possuem maior risco e liquidez. A rentabilidade varia conforme o sucesso ou fracasso de cada papel.

Já os ativos que compõem a chamada “renda fixa”, apresentam um equilíbrio maior entre as três variáveis. Justamente por isso, são os preferidos do investidor com perfil conservador.

Os ativos de renda fixa recebem este nome pois resultam em juros que os investidores usam para complementar ou fazer os rendimentos mensais.

Exemplos mais comuns são o Certificado de Depósito Bancário (CDB), fundos de investimentos, entre outros.

Nos investimentos mais conservadores, quanto mais rápido você transforma o ativo em dinheiro, menor é o rendimento. É o caso de títulos públicos, poupança e alguns fundos multimercado.

Calcular a rentabilidade de investimentos também deve considerar outros fatores importantes, que impactam no rendimento final.

Eles são:

  • Impostos;
  • Taxas administrativas de intermediadores;
  • Inflação no período do investimento.

Esses fatores são sempre descontados do rendimento bruto do investimento.

Assim, esta é a fórmula básica de como calcular rentabilidade:

Fórmula da rentabilidade:

Rentabilidade = Rendimento descontados impostos e inflação x 100 ÷ Valor Investido


Qual é o impacto das taxas na rentabilidade?

Homem com lupa no olho olhando para a câmera.
Planeje-se de acordo com os custos de um investimento.

Pensar só no rendimento não é o correto. Não há segredo: taxas bancárias, inflação e impostos significam dinheiro que não entra no seu bolso.

Investir em um ativo com rendimento absurdo, por exemplo de 30%, mas cujas taxas, inflação e impostos tenham consumido tenham deixando apenas 5% para o investidor pode ser considerado ruim.

Principalmente quando existem investimentos que, descontadas as taxas e inflação, poderiam render 10% ou mais.

Taxas bancárias

Taxas bancárias são os valores que os bancos cobram para os clientes que fazem investimentos em sua carteira. É algo variável conforme a instituição, mas em geral os chamados “bancos de varejo” cobram taxas mais altas.

Em outras instituições, é comum que alguns tipos de investimento não tenham taxas administrativas ou que elas sejam isentas conforme o valor investido.

Este é o caso de bancos de investimento e corretoras. Na Rico, por exemplo, não são cobradas taxas para diversos investimentos.

Seja qual for a instituição, quando há a cobrança de taxas, geralmente é calculada por percentual pré-definido sobre o rendimento obtido (descontados impostos).

É uma métrica importante, pois pode ter um impacto significativo na rentabilidade dos investimentos.

No começo, é comum que os investidores optem pelos conselhos do gerente de seu banco. É mais seguro, mais confiável, mas pode ser bem mais caro.

O cafezinho, a segurança em ser atendido pessoalmente e os diversos prêmios que os bancos de varejo oferecem parecem muito sedutores. Só que tudo isso tem um custo, que será cobrado de você posteriormente.

Aquele banco que você tem conta vive de taxas e juros que recebe, enquanto paga juros e taxas bem menores para seus próprios investimentos (conhecido como spread bancário).

A taxa de administração dos investimentos é parte dessa remuneração.

No Brasilprev (Fundo de Previdência do Banco do Brasil), por exemplo, são cobradas taxas administrativas mensais mais uma taxa de carregamento. Esta é cobrada a cada depósito feito no plano e pode chegar a 5%!

Impostos

No Brasil, para quase todas as atividades financeiras são cobrados impostos. 

Porém, ser pessoa física ou pessoa jurídica diferencia a tributação. Para PFs, as alíquotas são sempre menores. Como o objetivo é ajudar o investidor, este é o nosso foco no texto.

Até porque cobranças e tributos têm impacto significativo na rentabilidade dos investimentos e variam conforme a modalidade. Conhecê-los é fundamental:

Impostos sobre renda fixa

Os principais tributos sobre os investimentos de renda fixa são o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e o Imposto de Renda (IR).

O tempo de resgate do dinheiro é sempre crucial, pois a cobrança aumenta em períodos mais curtos.

IOF

No caso do IOF, o tributo só é cobrado em operações de resgate de dinheiro antes de 30 dias do investimento.

A cobrança é sempre proporcional ao número de dias aplicados. A alíquota vai de 96% para resgate em 1 dia até 3% para 29 dias.

Investimentos com IOF para pessoa física:

  • Fundos de investimento de curto (renda fixa, multimercados e cambiais)
  • Fundos de investimento de longo prazo (renda fixa, multimercados e cambiais)
  • Clubes de investimento
  • Títulos públicos
  • Certificados de Depósito Bancário (CDBs)
  • Letras de Crédito Imobiliário (LCIs)
  • Letras Hipotecárias (LH)

Conhecer as alíquotas é crucial para investimentos de curto e curtíssimo prazo. Pegar papel e caneta e fazer os cálculos é importante, pois a diferença de um dia pode ser financeiramente impactante.

Tabela de alíquota regressiva do IOF

Dias após a aplicação

IOF (%)

Dias após a aplicação

IOF (%)

1

96

16

46

2

93

17

43

3

90

18

40

4

86

19

36

5

83

20

33

6

80

21

30

7

76

22

26

8

73

23

23

9

70

24

20

10

66

25

16

11

63

26

13

12

60

27

10

13

56

28

6

14

53

29

3

15

50

30

0

Nem todos os investimentos são tributados com IOF. Imagina se no mercado de ações, cada venda ou compra tivesse cobrança de imposto? Além das ações, listamos outros investimentos que não tem a cobrança deste tributo.

Investimentos que não têm IOF para pessoa física:

  • Ações
  • Fundos de ações
  • Debêntures (títulos de renda fixa emitidos por empresas)
  • Certificados de direitos creditórios do agronegócio (CDCA)
  • Certificados de recebíveis do agronegócio (CRA)
  • Certificados de recebíveis imobiliários (CRI)
  • Letras financeiras (LF)
  • Letras de crédito do agronegócio (LCA)
  • Certificado de depósito agropecuário (CDA)
  • Warrant agropecuário (WA)
  • Cédula de produto rural (CPR)

Imposto de renda

O Imposto de Renda é o grande “vilão” do investidor. Poucos investimentos são isentos da boca do Leão faminto (falaremos a seguir).

Se mal calculado, o IR pode ser o responsável por minar principalmente a rentabilidade dos fundos. As alíquotas consomem parte expressiva dos ganhos e são sempre calculadas sobre a rentabilidade.

Conheça as alíquotas do Imposto de Renda sobre as modalidades de investimento mais populares:

 

CDB e Fundo DI

Fundo de Curto Prazo

Fundos de Ações

Prazo

Alíquota (%)

Alíquota (%)

Alíquota (%)

Até 180 dias

22,5%

22,5%

15%

De 181 a 360 dias

20%

20%

15%

De 361 a 720 dias

17,5%

20%

15%

Acima de 721 dias

15%

20%

15%

Dos investimentos de renda fixa, os isentos são LCI, LCA, CRA e etc .


A poupança oferece mais rentabilidade de investimento?

Homem separando moedas.
A poupança nunca é sua amiga!

Por ser isenta de IOF e com rendimentos que não são declarados ao Leão, a poupança seduz o novo investidor.

Com o baixo impacto na continha da rentabilidade, você pode se perguntar: a poupança é o melhor investimento?

Nunca é, pois outros tipos de investimento costumam ter índice de rentabilidade mais alto, mesmo com as taxas.

Na ponta do lápis, algumas vezes o rendimento da poupança não supera nem a inflação do período, como ocorreu em 2015 e pode acontecer em outros momentos.

E ainda, existem outras aplicações financeiras e tipos de investimentos que não são tributáveis pelo Imposto de Renda para pessoas físicas.

A principal delas são as ações. Vendas mensais de ações até R$ 20.000 estão isentas do IR.

No Day Trade, a isenção não tem limite de valor. Importante: todas as operações em bolsa têm IR retido na fonte de 0,005% sobre o valor da operação. Ainda assim, um valor bem mais acessível.

Outros investimentos isentos de Imposto de Renda:

  • Investimento em Ouro como ativo financeiro (via contratos futuros na BM&F Bovespa com vendas até R$ 20.000 mensais)
  • Fundos imobiliários
  • Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito Agronegócio (LCA)
  • Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA)
  • Debêntures de infraestrutura
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Inflação

Impostos e taxas bancárias causam grande impacto na rentabilidade dos investimentos. Só que nada supera índices de inflação não computados na hora de investir.

Para uma aplicação realmente valer a pena, é preciso que ela mantenha o poder de compra do investidor. Não adianta ganhar R$ 10.000 em rendimentos se a inflação está consumindo todos os ganhos.

Quem tem família sabe: aumenta a gasolina, a escola dos filhos, aluguel, cesta básica. E o salário já não chega mais até o fim do mês.

Normalmente, o investidor busca fugir desse cenário com as aplicações, como forma de gerar renda fixa extra.

A inflação nos investimentos normalmente deve ser calculada pelo próprio investidor.

Até pela volatilidade do índice, os produtos financeiros trabalham com taxa de juros nominal. Essa taxa é a informada ao fazer o investimento e não desconta a inflação.

Mas é preciso sempre fazer a conta com a taxa de juros real.

Como fazer a conta?

A fórmula consiste em calcular o rendimento real da aplicação contra a inflação, que pode ser o IPCA ou IGP-M (utilizados pelo mercado). A fórmula fica assim:

Taxa de juros real = (1 + taxa de juros nominal) / (1 + taxa de inflação) – 1

Um exemplo: você aplica em um fundo de investimento que diz pagar 10% de juros ao cotista. A inflação no ano está em 5%. Então a conta fica:

1 + taxa de juros real = (1 + 0,10) / (1 + 0,05) – 1 = 0,0476

No final, o investidor receberá cerca de 4,7% em juros de seu investimento.

Isso é importante porque a inflação significa a depreciação do dinheiro. Ter R$ 100.000 hoje pode não significar ter R$ 100.000 daqui dois anos.

Por isso, a conta da rentabilidade deve levar em conta também a inflação para saber o valor real dos rendimentos.


Conclusão – Pronto para Investir com Rentabilidade e Lucratividade?

Homem ao lado de uma proporção feita na lousa.
Crie sua conta e comece a aplicar agora mesmo!

Rentabilidade deve ser sempre um fator importante em seus investimentos. No entanto, nem sempre ela será o principal.

Em momentos mais delicados na economia, é comum que os investidores tornem-se mais conservadores. Assim, o objetivo central é a segurança e proteção do seu capital.

Veja esses outros artigos do nosso blog para continuar aprendendo:

Entenda que a rentabilidade e a segurança estão em lados opostos de uma mesma gangorra. Se a segurança é baixa (alto risco), a rentabilidade é alta.

Se a rentabilidade é baixa é porque normalmente a segurança do investimento é alta.

Encontre o equilíbrio entre ambos para você e sua carteira. Essa é a melhor forma de ser um investidor consciente.

Se ficou com qualquer dúvida ou tem uma sugestão para o texto, deixe o seu comentário logo abaixo.

Obrigado por ler até aqui!

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