28/08/2020 12:00:00 • Atualizado em 15/04/2024 17:06:15
19 minuto(s) de leitura


Fundos Internacionais: dicas para investir

Hoje em dia, quem busca diversificar a carteira tem nos fundos internacionais uma opção boa de investimento no exterior, com grande potencial de ganhos.


Time Rico
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Uma mão empilha moedas sobre um notebook aberto, em referência à pesquisa sobre fundos internacionais

Hoje em dia, quem busca diversificar a carteira tem nos fundos internacionais uma opção interessante de investimento no exterior, com grande potencial de ganhos.

Dentro ou fora do Brasil, é possível direcionar seu capital para aplicações em outras economias, variando as formas de investir dinheiro, o que é útil tanto para proteger seu capital quanto para mirar maiores rentabilidades.

No entanto, esse é um passo que não se pode dar sem antes entender como funciona o investimento e verificar se ele está alinhado aos seu perfil e objetivos.

É justamente essa a proposta do artigo.

Continue lendo para saber mais sobre as vantagens dessa modalidade, os cuidados necessários e o caminho para começar a investir.

Boa leitura!

O que são fundos internacionais?

Os fundos internacionais de investimento no exterior nada mais são do que aplicações que têm seu rendimento atrelado a ativos de uma moeda estrangeira.

Eles funcionam como uma carteira teórica oferecida a um grupo de investidores que têm o mesmo perfil, o que é comum a qualquer fundo de investimento.

A principal diferença está mesmo na composição do fundo, que se volta a ativos negociados fora do país.

Ao reunir o capital de diversas pessoas, o gestor do fundo tem maior liberdade para escolher os melhores investimentos de modo a obter boa rentabilidade para todos os participantes.

No entanto, as movimentações dos fundos não são arbitrárias, mas seguem regras rígidas de acordo com os objetivos e o perfil dos investidores do grupo.

Dessa forma, se garante o dinamismo nas ações para conquistar as melhores taxas de rentabilidade do mercado.

Essa categoria de investimentos internacionais tem chamado atenção dos brasileiros nos últimos anos por conta das condições atuais da economia nacional, como iremos explicar na sequência.

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Por que investir em fundos de investimento no exterior

Por muito tempo, investir fora do Brasil se mostrava inviável para os investidores daqui.

Além de exigir um grande capital inicial, os investimentos no exterior se faziam difíceis por conta do pequeno número de opções disponíveis no mercado financeiro nacional – ou seja, sem demandar a abertura de uma conta em instituição em outro país.

Mais recentemente, novas corretoras e ofertas até então inéditas por aqui foram responsáveis por aumentar o leque de alternativas.

Esse evento, aliado ao cenário da economia nacional nos últimos anos, fez com que a atenção dos investidores se voltasse para o exterior.

Vivemos uma baixa histórica da taxa de juros e um aumento na cotação do dólar americano como nunca antes se viu.

Assim, muitos brasileiros têm olhado para o exterior porque diversificar globalmente seus investimentos parece ser o caminho para proteger o patrimônio e conseguir ganhos reais sobre o capital.

E como ficou muito mais fácil e acessível fazer isso, você tem aí boas razões para começar agora mesmo.

Conheça os 3 tipos de fundos internacionais

Quem quer investir em fundos internacionais precisa antes estudar os diferentes tipos que existem e a particularidade de cada um.

A seguir, apresentamos um panorama das três principais categorias de investimento disponíveis.

Fundo de renda fixa

Os fundos de renda fixa são aqueles que investem a parte majoritária de seu patrimônio em ativos de renda fixa.

Isso significa comprar e vender títulos públicos de países ricos ou emergentes, debêntures de organizações multinacionais, entre outros.

Esse tipo de fundo conta com proteção em relação à variação cambial e, geralmente, tem seu rendimento relacionado ao CDI, mas pode superar o benchmark em alguns momentos.

É o que melhor se alinha com perfis conservadores de investimento.

Fundo de renda variável

Como o nome indica, os fundos de renda variável compõem sua carteira com foco principal nos ativos que não tem taxa de rentabilidade definida no momento da contratação.

Dentre as possibilidades aqui, temos a negociação de ações, de títulos dos Exchange Traded Funds (ETFs), além da compra de cotas de outros fundos de renda variável.

Por sua natureza imprevisível, o caminho para ter uma noção do quanto o fundo vai render é avaliar o histórico de desempenho da aplicação no último ano e, ainda, acompanhar os movimentos da economia global.

Com essa característica, um fundo internacional de renda variável costuma ser indicado a investidores moderados e, principalmente, arrojados.

Fundo cambial

Por último, temos o fundo cambial.

Como indica seu nome, aqui, o patrimônio do grupo é dedicado à compra e venda de uma moeda estrangeira – na maioria das vezes, o dólar americano.

Por depender de movimentos sistêmicos das economias do Brasil e do país que emite a moeda, esse tipo de fundo pode ser o mais difícil de projetar os resultados.

É, assim, também indicado a investidores de perfil moderado ou arrojado.

Por que os investidores brasileiros investem pouco em fundos internacionais?

A história do investidor brasileiro no mercado internacional é complexa e exige uma contextualização dos períodos econômicos.

No começo dos anos 2000, os investimentos no país estavam restritos a um pequeno grupo de pessoas que tinha altas quantias para aplicar.

E, mesmo quem podia investir, raramente, tinha a oportunidade de enviar seu dinheiro para fora do país.

O processo era caro e complexo, mas, foi se democratizando ao passo que novas corretoras, como a Rico, surgiram no mercado.

De lá para cá, as oportunidades de investimento têm se multiplicado, com a abertura de vias facilitada – como alguns fundos negociados na B3 que têm participação em mercados globais como Nasdaq ou NYSE.

Mais recentemente, situações como a alta do dólar e a queda na Selic fizeram com que os investimentos estrangeiros se tornassem ainda mais interessantes.

Apesar disso, logo em seguida, veio o coronavírus: uma crise global de saúde que mexeu com os mercados do mundo todo e deixou os investidores receosos quanto ao caminho mais seguro.

Significa que o momento não é adequado para investir em fundos internacionais? Nada disso.

As boas oportunidades existem e a sua tarefa é seguir aprimorando conhecimento e se manter atualizado, acompanhando o mercado.

Quais são os riscos de investir em fundos internacionais?

Como qualquer outro investimento, existem riscos para quem quer aplicar em fundos internacionais.

Além de todas as questões comuns a qualquer aplicação, como risco de mercado, de crédito e de liquidez, ao investir no exterior, você está se expondo à realidade de outra economia.

Portanto, a escolha do país onde investir é essencial para mitigar parte do risco e se proteger de prejuízos.

A aplicação é segura quando você estuda o investimento e escolhe uma corretora de confiança para intermediar as operações.

Para qual tipo de investidor os fundos internacionais são indicados?

Como forma de proteger o investidor menos experiente, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) dividiu os investidores em três categorias: os profissionais, os qualificados e os demais.

Dentro dos artigos 9º-A e 9º-B da Instrução nº 554/14 da CVM, é possível encontrar as definições específicas de cada categoria.

No mesmo documento, a comissão determina também quais ativos são indicados para cada categoria, sendo os internacionais recomendados para investidores qualificados ou profissionais, que são aqueles que têm aplicados R$ 1 milhão e R$ 10 milhões, respectivamente.

Mas isso não significa que os demais investidores não possam aproveitar a rentabilidade de mercados externos em seus negócios.

Nesse sentido, lembre-se da outra classificação, que considera investidores de perfil conservador, moderado e arrojado (ou agressivo).

Mesmo o primeiro grupo, que tem menor tolerância aos riscos, pode fazer investimentos no exterior.

Uma opção interessante para começar pode ser investir em ativos locais que replicam fundos de índice estrangeiros, ou fundos de investimento que dedicam parte ou todo o seu patrimônio para aplicações fora do país.

O que considerar antes de investir em fundos internacionais?

A tarefa de escolher o melhor investimento no exterior pode ser difícil, principalmente para quem não tem tanta familiaridade com o mercado internacional.

Tudo depende do seu perfil de investidor e de suas expectativas para o investimento em si.

Para quem é iniciante ou conservador, o conselho geral é priorizar ativos de baixo risco, como a renda fixa.

Os investimentos no exterior entram aqui para diversificar a carteira e garantir rentabilidade em longo prazo.

Aqueles que já têm mais experiência e consideram-se moderados, devem buscar pelo equilíbrio entre risco e rentabilidade, pois tem condições de aplicar quantias maiores no mercado externo.

Por fim, o investidor arrojado é aquele que conta com preparo técnico e financeiro para movimentar grandes quantidades.

No mercado internacional, ele encontra ótimas oportunidades para aumentar ainda mais seu patrimônio com a renda variável e fundos de grande porte.

Como investir em fundos no exterior?

Uma dúvida comum é sobre como investir legalmente no exterior.

De fato, a tarefa de aplicar capital fora do Brasil pode ser um pouco mais complicada do que seria no mercado local.

Para não acabar cometendo algum erro que o coloque na ilegalidade, é importante contar com o auxílio de uma corretora segura e de confiança.

O investimento no mercado de ações de países como os Estados Unidos, por exemplo, é uma operação complicada e potencialmente cara.

Quem pretende abrir uma conta de investimento por lá precisa ter comprovante de residência no Brasil e Imposto de Renda em dia para preencher o formulário W-8BEN – documento que indica sua intenção de investir no país.

Por esse motivo, corretoras nacionais começaram a oferecer em seus catálogos fundos internacionais que investem seu patrimônio em ações de outros mercados ou na compra de moeda estrangeira.

Assim, esse se tornou mais um caminho para quem quer investir no exterior morando no Brasil.

Quais cuidados tomar ao investir em fundos internacionais?

Ao investir em um fundo internacional, é preciso avaliar como aquela aplicação se encaixa no seu planejamento, principalmente.

Essa análise deve ser cuidadosa e ir muito além de simplesmente avaliar o valor mínimo inicial.

Compreenda quais são suas necessidades em curto, médio e longo prazo para investir de acordo.

Também, pesquise bem suas possibilidades no mercado com a ajuda de uma corretora para se certificar de que está escolhendo um fundo com bom histórico de resultados.

Perguntas frequentes sobre fundos internacionais

Para te ajudar a ter sucesso em seu investimento em fundos internacionais, trazemos a resposta para as perguntas mais frequentes sobre o tema.

Acompanhe!

Qual fundo de investimento não pode ter recursos alocados no exterior?

Segundo a CVM, qualquer fundo pode investir em ativos alocados no exterior, desde que tenha essa especificação de maneira clara em seu regulamento.

O que existe, porém, é uma limitação da porcentagem de ativos internacionais possíveis na carteira dependendo do tipo de fundo.

É possível ter rentabilidade acima do CDI investindo em fundos internacionais?

De maneira geral, é possível obter rentabilidades acima da CDI em todos os tipos de fundos internacionais.

Desde a renda fixa, passando pela renda variável e os fundos cambiais, todos eles têm potencial de ganhos que podem superar a taxa.

Como investir no exterior sem enviar dinheiro para fora?

A melhor maneira de investir no exterior sem precisar enviar dinheiro para fora é por meio dos ativos internacionais negociados no mercado local.

Fundos como o IVVB11 e SPXI11 aplicam em ETFs, enquanto outros, como o Trend XP Inc FIC FIA IE, garantem o investimento em ações de empresas negociadas em mercados estrangeiros.

Fundos internacionais são para investidores experientes?

A resposta a essa pergunta é bastante subjetiva e depende do caminho escolhido para investir no mercado internacional.

Quem quiser aplicar em fundos americanos, por exemplo, precisa ter um perfil mais arrojado para lidar com as burocracias e desembolsar uma boa quantia.

Já quem deseja investir em fundos internacionais por meio do mercado local, pode fazê-lo de maneira simples e com um valor mínimo inicial consideravelmente menor.

Conclusão

Nos últimos anos, os fundos internacionais têm despontado como um caminho para quem quer diversificar sua carteira e alavancar seus ganhos.

Hoje, existem opções para todos os perfis, desde o investimento direto no mercado internacional até os fundos negociados no mercado local com lastro de rentabilidade fora do país.

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