27/05/2020 17:00:00 • Atualizado em 18/06/2024 16:56:08
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ROA: O que é, como calcular e analisar esse indicador!
O ROA (Retorno sobre Ativos) é uma métrica que indica a rentabilidade de um empreendimento ou investimento, usando ativos como régua e inst. de comparação
O ROA (Retorno sobre Ativos) é uma métrica que indica a rentabilidade de um empreendimento ou investimento, usando ativos como régua e instrumento de comparação.
A conta é utilizada tanto por administradores de empresas, que desejam medir a eficiência de suas ações, como também por investidores, que querem descobrir qual retorno podem ter ao investir em ações de uma companhia.
Nos dois casos, o ROA atua com o objetivo de identificar a capacidade que a organização tem de gerar lucros a partir de seus ativos.
Dito de outra forma, a conta é capaz de indicar qual percentual dos ativos deve retornar em lucratividade para os negócios.
E por que isso é importante?
Em muitos casos, quem trabalha com gestão financeira acaba cometendo o erro de olhar somente para os lucros na hora de determinar a saúde financeira de uma empresa.
Porém, sabemos que uma análise completa precisa avaliar outros fatores para determinar se, em comparação com os recursos produtivos, o valor gerado está além ou aquém das expectativas.
É nesse sentido que o ROA entre em ação, apresentando um método fácil e rápido para guiar as escolhas da gestão.
Continue lendo para saber mais sobre o ROA, aprender como fazer o cálculo e também uma análise adequada dos resultados apresentados.
Se restar alguma dúvida ao final, é só deixar um comentário.
O que é ROA?
ROA é a sigla atribuída ao cálculo de Retorno sobre Ativos – no original em inglês, Return on Assets.
A conta ajuda a entender o quanto uma empresa é rentável em relação ao total de ativos que ela dispõe.
Não é raro que as pessoas confundam os conceitos de ativos e patrimônio líquido – este último utilizado no cálculo do Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE).
Na relação dos recursos produtivos que são considerados como ativos, entram todos os itens onde o capital está investido ou que representam uma promessa de lucro para o futuro.
Em outras palavras, o patrimônio líquido representa o dinheiro “livre”, enquanto um ativo é o capital aplicado em contratos, mercadorias e estrutura.
Nesse grupo, entram os estoques de produtos e insumos, o maquinário, os prédios que a companhia possui, investimentos e contratos a receber no futuro.
O ROA ajuda o gestor a analisar a eficiência dos negócios ao permitir que ele enxergue, nos números, a capacidade que a empresa possui para dar retorno para seus acionistas.
De modo geral, podemos dizer que essa métrica nos permite entender quais foram os ganhos registrados no período a partir do capital investido.
Assim, revela uma noção sobre a capacidade daquela organização de gerar valor.
O que é ativo total médio?
Dissemos que o ROA representa o Retorno sobre Ativos, mas, o que são esses ativos, afinal de contas?
Essa informação é encontrada dentro do demonstrativo financeiro da empresa, na seção de balanço patrimonial.
Os ativos são divididos entre ativo circulante (o dinheiro em caixa) e ativo imobilizado (equipamentos, prédios, etc.).
Da soma dessas duas categorias resta o ativo total médio.
Qual a diferença entre ROA, ROE e ROI
Até agora falamos do Retorno sobre Ativos e da sua importância para a prática cotidiana e a tomada de decisão dos gestores.
Essa métrica é bastante importante, pois nos indica qual é a capacidade da empresa de transformar seus recursos produtivos em mercadorias que têm valor para o consumidor final.
No fim, esse retorno se dá em lucratividade para operação – que é o foco de qualquer empreendimento e que interessa também a acionistas e potenciais investidores.
Enquanto o ROA trabalha com o capital aplicado em maquinário, prédios, insumos e outros, o ROE está voltado para os recursos liquidados.
Em inglês, a sigla significa Return on Equity e é comumente traduzida como Retorno Sobre o Patrimônio Líquido.
Toda empresa deve ter um dinheiro guardado para financiar seu funcionamento e garantir a continuidade dos negócios.
Isso é o patrimônio líquido.
Diferente do ROA, o ROE considera apenas as fontes de capital “livre”, ou seja, valores que não estão amarrados em elementos da estrutura ou contratos futuros.
Por último, o ROI representa a métrica de Retorno sobre Investimento – ou Return Over Investiment, no original em inglês.
O termo é familiar para quem trabalha nas áreas de marketing ou gestão financeira, mas também a investidores que analisam empresas de capital aberto.
Na conta do ROI, é possível descobrir qual é retorno obtido por cada R$ 1 que foi investido, verificando qual é a proporcionalidade entre o valor aplicado e o retorno obtido.
O que é ROA negativo?
Pode ser que o seu cálculo de Retorno sobre Ativos resulte em um número negativo.
Nesses casos, é importante saber como interpretar essa informação e, mais importante, como reverter o quadro.
Para realizar a conta, a empresa deve ter ativos com os quais conta para manter sua produtividade.
Pela lógica, quanto mais ativos a companhia tiver, menor será o seu ROA, pois o retorno representará uma porcentagem menor do total de propriedades da empresa.
Da mesma forma, se a organização tiver uma quantidade mínima de posses, o retorno será percentualmente menor.
Erros de gestão ou crises econômicas podem fazer com que a empresa passe um grande período sem apresentar lucros, tendo que apelar para o patrimônio líquido e os ativos para cobrir as contas e manter as portas abertas.
Assim, estaremos lidando com um ROA negativo, já que não há rendimentos no mês.
Nesses casos, o capital da empresa pode chegar perto do esgotamento e a gestão acaba tendo que recorrer ao capital de terceiros – bancos e instituições de crédito, na maioria das vezes – para manter a empresa em atividade.
Essa situação é bastante desfavorável para a saúde dos negócios.
Para sair dela, o pagamento das dívidas deve ser priorizado e um corte de gastos promovido para que a empresa possa se reerguer e reestruturar seu patrimônio líquido e seus ativos.
Qual a importância do ROA para a análise de investimento
Na hora de montar sua estratégia de investimento, o uso do ROA pode ser valioso no sentido de garantir que vai aplicar o seu capital naqueles ativos com maior potencial de retorno financeiro.
Em geral, a taxa de rentabilidade (ou ROE) é uma das primeiras a serem observadas por quem pretende investir no mercado de ações.
Porém, a análise do Retorno sobre Ativos também é importante para entender como aquela empresa tem performado.
Isso porque o ROA fala sobre a capacidade de uma companhia em gerar valor a partir dos seus recursos.
É possível, por exemplo, que uma empresa iniciante e que tem recursos escassos tenha uma métrica melhor do que outra consolidada no mercado há anos.
Nesse sentido, o Retorno sobre Ativos nos fala sobre o potencial da companhia para o futuro próximo, já que, conforme os recursos produtivos e os ativos aumentam, os lucros irão aumentar proporcionalmente.
Assim, em poucos anos, aquela empresa pequena com um alto ROA pode dar um salto de crescimento, aumentando ainda mais o retorno oferecido a seus acionistas em dividendos e na possibilidade de liquidez.
Como analisar o ROA na prática
Na hora de analisar o Retorno sobre Ativos, são vários os fatores que devem ser levados em consideração.
Entre eles, o nível de maturação da empresa, o seu histórico de resultados e o contexto socioeconômico no qual ela está inserida.
Além disso, você precisa ter em mente qual é o seu objetivo com a análise para que consiga olhar para os pontos de atenção.
Com o ROA, os gestores ganham informações significativas sobre a produtividade de sua empresa e podem trabalhar com uma meta de melhoria da métrica.
Para quem avalia onde investir capital, o Retorno sobre Ativos também é útil quando associado a outras análises.
Na prática, ele funciona como um compasso sobre a capacidade de crescimento da companhia e aponta o maior potencial de evolução.
Entenda os cuidados que você deve ter ao analisar o ROA
Ao utilizar o ROA para fundamentar sua tomada de decisão, existem alguns fatores que merecem atenção para garantir que você não acabe com uma visão distorcida dos fatos.
É preciso ter em mente que uma análise baseada puramente em métricas não é o caminho ideal.
A avaliação do Retorno sobre Ativos ganha força quando associada a outros métodos que permitam ao investidor entender como o empreendimento gera lucros e quais são seus planos para o futuro.
Empresas que contam com um ROA alto podem até indicar um potencial de crescimento.
Contudo, isso só deve se sustentar se houver um cuidado em manter sua vantagem competitiva, que é o que garante o sucesso dos negócios.
Como calcular ROA [Exemplo]
Para calcular o Retorno sobre Ativos, você antes deve reunir as informações que são utilizadas dentro do cálculo: lucro líquido e ativo total.
Será preciso reunir os dados da lucratividade observada dentro de um período – em geral, trabalhamos com o ano fiscal ou o período de 12 meses anteriores à análise.
O lucro líquido ou lucro operacional surge quando subtraímos os custos operacionais do total de lucro bruto registrado.
Nos gastos operacionais, estão as despesas com insumos, tributação e recursos humanos.
No que tangem os investimentos, uma particularidade do lucro líquido é que ele vem depois do pagamento de dividendos para ações preferenciais e antes de pagar dividendos para quem possui ações ordinárias.
Em seguida, você vai precisar contabilizar o ativo total médio que a empresa dispôs durante o período analisado.
Em geral, essa informação é dada no demonstrativo financeiro da companhia, na seção que fala sobre o balanço patrimonial.
No total de ativos estão o ativo circulante – que é o dinheiro em caixa – e o ativo imobilizado – a soma do valor de todos os recursos produtivos como equipamentos, terrenos, prédios, contratos futuros, etc.
Agora que você já tem todos os dados, pode aplicá-los na fórmula do ROA para descobrir qual é o seu valor.
- ROA = Lucro líquido ÷ Ativo total x 100
Com essa fórmula, nós temos descrito o raciocínio básico utilizado para definir o percentual e Retorno sobre Ativos de uma empresa.
Seja você um gestor ou um investidor, a conta do ROA continua a mesma e pode ser aplicada para avaliar a produtividade da companhia a partir de ambas as perspectivas.
Vamos supor, por exemplo, que uma empresa apresentou um lucro operacional de R$ 340 mil e tem um ativo total avaliado em R$ 2 milhões.
Ao adicionarmos esses dados na fórmula, chegamos ao resultado de 17% de Retorno sobre Ativos do empreendimento.
Qual é a fórmula do ROA no Excel
O cálculo do Retorno sobre Ativos pode ser um pouco desafiador para aqueles que não têm muita familiaridade com os números.
Em um primeiro momento, a consolidação dos dados é uma das partes mais fáceis.
Isso porque os valores de lucro líquido e ativo total costumam vir especificados de maneira clara no demonstrativo financeiro da companhia de capital aberto.
E isso exclui a necessidade de contabilizar todos os bens sempre que precisar calcular o ROA.
Mas, quem quiser facilitar ainda mais essa tarefa, pode lançar mão do Excel e utilizar uma fórmula que permite o cálculo automático. Confira:
Conclusão
O Retorno sobre Ativos é uma métrica muito útil para quem deseja medir a rentabilidade de uma empresa.
A conta usa os dados de lucro líquido e total de ativos para ajudar o gestor ou investidor a definir se os negócios têm caminhado de maneira favorável.
O ROA pode ser utilizado tanto por quem está administrando uma empresa quanto para aqueles que buscam entender a viabilidade de um investimento.
No primeiro caso, ele serve para avaliar se a companhia está fazendo um bom uso dos seus recursos produtivos, usando toda sua estrutura de ativos para gerar lucro no fim do mês.
Para os investidores, essa é uma métrica que ajuda a entender como foi a produtividade da empresa durante o período analisado e sua eficiência de maneira geral.
Uma empresa pequena com uma alta taxa de Retorno sobre Ativos, por exemplo, indica um potencial de crescimento no futuro próximo a partir da acumulação de capital.
Junto com o ROE e o ROI, o ROA é um importante indicador de produtividade que pode ser utilizado na gestão financeira.
Ao analisar empresas de capital aberto e comparar suas ações, tenha esses indicadores em mente antes se decidir pelo investimento.
E quando o momento de investir chegar, conte com a Rico.
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Obrigado por ler até aqui!