08/09/2018 19:22:00 • Atualizado em 22/08/2024 11:00:16
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Cenário econômico atual brasileiro para o 2º Semestre de 2018
Entenda mais sobre o cenário econômico atual de 2018 brasileiro. Descubra também como os seus investimentos podem ser afetados neste artigo completo.
O cenário econômico atual brasileiro é influenciado fortemente pelos fatores políticos e econômicos do passado, presente e futuro.
Esses fatos geram pressão em nossa economia e isso tende a afetar o país como um todo.
O ano de 2018 está sendo um período de volatilidade e isso afeta diversos setores e áreas. O desemprego aumenta, índices tornam-se incertos e, claro, investimentos também são afetados.
No entanto, caso a sua carteira de aplicações esteja preparada para “tempestades”, você pode até lucrar em cenários conturbados.
Neste artigo, nós vamos explicar de forma resumida e eficiente todos os eventos que precisam estar no seu radar. Também vamos mostrar como você pode diversificar seus investimentos para estar seguro de acordo com seu perfil de investidor. Você vai:
- Conhecer a Retrospectiva do Cenário Econômico do Brasil no 1º Semestre de 2018
- Saber Quais São as Perspectivas do Cenário Econômico do Brasil para o 2º Semestre de 2018
- Entender a Política em 2018 e Seu Impacto nos Investimentos
- Saber Como a Taxa Selic 2018 está Impactando nos Seus Investimentos
- Aprender Dicas de Especialistas para Garantir os Melhores Investimentos
Boa leitura!
Retrospectiva do cenário econômico do Brasil no 1º Semestre de 2018
O 1º semestre de 2018 foi marcado pela greve dos caminhoneiros.
O ano de 2018 começou otimista. Muitos especialistas apontavam um crescimento do PIB de 2,8%, segundo indicação do Jornal o Globo.
A expectativa no início era de que o ritmo de crescimento de 2017 continuaria. No entanto, alguns fatos colocaram em cheque essa previsão, que já foi reduzida para 1,5%, segundo o relatório “Focus” divulgado pelo Banco Central (previsão do dia 6/8/2018).
Então, é muito importante que você conheça o que aconteceu no cenário econômico no 1º semestre desse ano para entender o que provavelmente ainda está por vir.
O que mais impactou a economia
Alguns eventos impactaram o cenário econômico atual brasileiro tanto positiva quanto negativamente.
No 1º semestre de 2018, a bolsa de valores caiu 4,76% (é a pior queda da primeira metade do ano desde 2013 ) e o dólar comercial saltou de R$3,13 em janeiro para R$ 3,87 em junho, totalizando cerca de 17% de valorização média no período.
Um dos responsáveis é estrangeiro.
A economia nacional foi e está sendo afetada por acontecimentos internacionais. Trata-se do aumento dos juros americanos e da Guerra Comercial Global.
Esta batalha de sobretaxas é protagonizada por EUA e China, mas também envolve outras potências. Esses fatos entraram no radar no início do ano e tem ganhado peso a cada dia.
O Brasil foi diretamente afetado, por exemplo, com a decisão do presidente norte-americano de sobretaxar as importações feitas pelos EUA de aço e alumínio.
Apesar disso, após uma contração no mês de março, a economia brasileira ganhou um impulso em abril.
Mas o mês de maio foi marcado por uma forte oscilação que comprometeu a retomada do crescimento econômico por conta da paralisação dos caminhoneiros.
Todos os setores foram afetados, segundo apontamento da Folha de São Paulo.
Esta ação dificultou e prejudicou o abastecimento de produtos e alimentos em todo o território nacional no final de maio, colocando um clima de pânico na população, empresas e investidores.
Então, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que é uma espécie de sinalizador do PIB, caiu 3,34% em maio quando comparado ao mês anterior.
Essa foi a pior leitura mensal do IBC-Br desde a sua criação no ano de 2003.
O impacto dessa paralisação foi forte. A produção industrial, por exemplo, caiu 10,9%.
Em resumo, esse primeiro semestre foi uma grande surpresa.
Quais foram os melhores investimentos
Diferentemente do que aconteceu em 2017, os rendimentos da renda fixa foram pequenos no 1º semestre de 2018 por conta da queda da Taxa Selic que chegou ao seu menor patamar histórico de 6,5%.
Entre os títulos disponíveis para compra de renda fixa, o melhor desempenho foi o do Tesouro Prefixado 2021, que apresentou uma valorização de 3,53%, seguido do Tesouro IPCA+ 2019 que rendeu 3,49%. Ambos sem descontar a inflação.
Já na renda variável, quem optou por diversificar seus investimentos com bons fundos de ações pôde contar com uma ótima rentabilidade no 1º semestre do ano.
Veja como performou um dos nossos melhores fundos, o XP Long Biased 30 FIC FIM.
(Dados de 8/8/2018)
O rendimento deste fundo de janeiro a junho foi de 12,74%. Nada mal, não é mesmo? Em julho, o FI ainda contabilizou uma boa recuperação de maio e junho.
Lembre-se de que na renda variável, rentabilidade passada não significa rentabilidade futura. Mesmo assim, um fundo que possui um retrospecto histórico positivo é um ótimo indicativo.
Os fundos têm se destacado cada vez mais na carteira dos investidores brasileiros que buscam ampliar seus ganhos apostando na diversificação.
Quem diversificou buscando ativos que acompanham a flutuação cambial nesse semestre, colheu bons resultados. Veja como os fundos cambiais e de investimento no exterior foram bem no ranking geral da Rico.
(Dados de 8/8/2018)
O investidor que incluiu ações em sua carteira de investimentos, também obteve uma boa rentabilidade com as ações que mais subiram no semestre:
- Eletropaulo
- Unipar
- Suzano (ação que costuma se beneficiar com o aumento do dólar)
- SLC Agrícola
- Magazine Luiza
- Queiroz alvão
- Fibria (ação que costuma se beneficiar com o aumento do dólar)
- IRB Brasil
- Dommo
- B2W Digital
Perspectivas do cenário econômico do Brasil para o 2º Semestre de 2018
Estima-se que o PIB de 2018 supere o de 2017.
No primeiro semestre de 2018, o cenário econômico brasileiro apresentou um crescimento pequeno, tendo registrado um crescimento médio trimestral de 0,3%.
Acredita-se que esse percentual subirá para 0,7% no próximo semestre, por conta da normalização da economia depois da greve dos caminhoneiros.
Previsões para o cenário econômico
Após a greve de maio, a perspectiva de crescimento do PIB que, no início do ano, era de 1% para o segundo semestre, caiu para 0,7%, segundo o boletim de mercado “Focus”.
Apesar disso, a tendência é de que o PIB anual apresente um aumento de 1,5%.
A previsão é de que o crescimento do terceiro trimestre do ano supere o segundo, em relação ao crescimento do PIB. Isso porque o comércio voltou a receber suas mercadorias e as indústrias, as matérias-primas para a sua linha de produção.
Também é possível que haja uma perda real dos rendimentos atrelados à inflação.
O segundo semestre vai começar com um acumulado de 4,30% (em 12 meses), porém, a previsão é de que esse número fique em torno de 4,11% de acordo com a pesquisa realizada pelo Banco Central.
O dólar também deve continuar em alta, diminuindo o faturamento de agências de viagem, por exemplo, que previam uma retomada do setor no final do ano.
Também existe a expectativa de que o crédito para pessoa física e jurídica siga apresentando melhoras nos próximos meses.
Já em relação aos investimentos estrangeiros, o relatório “Focus” prevê que haja uma retomada no país.
No 1º semestre de 2018, os investimentos estrangeiros recuaram de US$67,5 bilhões para US$67 milhões. A estimativa é de que esse valor chegue a US$72 bilhões em 2019.
Política 2018 e o Impacto nos Investimentos
A política tem um grande impacto nos investimentos.
Em meio a incertezas econômicas pós-crise e a instabilidades no exterior, o Brasil ainda apresenta um risco sério a ser levado em conta pelos investidores: as eleições presidenciais.
Essa incerteza sobre o resultado das eleições é a protagonista no Risco-Brasil para os próximos 4 anos.
Caso um presidente sem Agenda de Reformas seja eleito, o Brasil corre sério risco de ver os recentes avanços serem esmagados por uma onda de pessimismo com uma possível gestão federal deficitária, que gasta mais do que ganha.
O risco de investir no Brasil saltou 76% nos últimos 3 meses do primeiro semestre. Muito se deve ao aumento dos juros americanos e à Guerra Comercial. Mas esse número pode ser muito maior de acordo com o resultado das eleições.
Não é preciso ter pânico. O Brasil possui bases sólidas. Por exemplo, o risco de uma pessoa que investe nos títulos do Tesouro Direto (e mantém a sua aplicação até o vencimento) perder dinheiro continuará perto de zero.
Os produtos financeiros de grandes bancos (como CDB´s), neste caso, também podem ser considerados estáveis. Mas fique de olho se você tem ações de bancos em carteira.
Eles já estão no alvo de alguns presidenciáveis e podem sofrer regulamentações que limitariam seus resultados e assim, as suas cotações em bolsa.
Você também pode diversificar suas aplicações com um COE, por exemplo. Esse ativo é considerado um risco moderado e possui segurança semelhante à da renda fixa, porém com possibilidades de ganhos mais próximos ao da renda variável.
Os fundos de investimento que são atrelados ao CDI continuam tímidos com a atual projeção da Selic, mas não deixam de ser fundamentais para trazer segurança e liquidez para a carteira.
O maior impacto pode ser observado em fundos que possuem juros em sua composição e ativos indexados à inflação, como é o caso dos títulos NTN-B (Tesouro IPCA+ com juros semestrais).
No que diz respeito à bolsa de valores, é possível que ainda haja oscilações até a eleição em outubro, como aconteceu no 1º semestre de 2018. Neste período, a Bovespa apresentou uma queda aproximada de 5%.
As pesquisas de intenção de voto têm apresentado muita incerteza por parte dos eleitores. Hoje, é muito difícil prever como será o próximo Governo. Isso gera ainda mais dúvidas sobre o cenário econômico do Brasil até o final do ano.
Por isso, tente não se expor desnecessariamente a riscos.
Assista ao vídeo recente do nosso analista-chefe Roberto Indech para você se atualizar sobre esse cenário:
Lembre-se: investir não é apostar. Considere sempre os fatos e estude o comportamento dos investimentos em relação às tendências.
Saiba o impacto do resultado das eleições nos seus investimentos
Como a Taxa Selic 2018 está Impactando Seus Investimentos
A taxa Selic tem influência direta nos seus investimentos de renda fixa.
Como vimos, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a Taxa Selic em 6,5% ao ano pela terceira vez consecutiva. Antes da greve de maio, o índice rumava para 6,25%.
Segundo o Copom, a inflação continuou controlada e não aconteceram mudanças significativas no cenário econômico brasileiro para que a taxa básica de juros fosse aumentada.
Ainda estão previstas mais 3 reuniões do comitê até o final de 2018.
Nelas, o valor da taxa de juros provavelmente permanecerá o mesmo. Mas tudo depende da evolução da atividade econômica do país, além das expectativas e projeções da inflação e do balanço de riscos.
Mas tenha muita atenção: uma crise após as eleições pode causar uma forte instabilidade macroeconômica, que colocaria a taxa de juros em tendência de alta.
O que é Copom?
Copom é o Comitê que decide sobre a política monetária do Banco Central. Com isso, ele é o responsável por determinar a meta da taxa básica de juros do Brasil.
Ele foi criado em junho de 1996, o que possibilitou que o processo de decisão sobre a política monetária do país se tornasse mais transparente.
Desde 2006, suas reuniões deixaram de ser mensais e passaram a ser mais espaçadas, com 44 dias entre elas (em média).
Como a Selic afeta os seus investimentos?
A diminuição ou o aumento da taxa Selic tem uma influência direta em suas aplicações. Quando ela cai, os investimentos de renda fixa apresentam uma rentabilidade menor e vice-versa.
Então, se o seu objetivo é ver o seu dinheiro render 1% ao mês com um título atrelado à taxa Selic, como aconteceu no passado, você precisará correr um pouco mais de riscos.
Se você possui um perfil um pouco menos conservador e busca diversificar os seus investimentos, investir em COE ou em fundos de ações (como já recomendado) pode ser uma ótima opção para alcançar as suas metas financeiras.
Essa taxa também estimula setores da economia que podem beneficiar investidores. É o caso do setor imobiliário.
Você sabia que pode aplicar neste setor com agilidade e liquidez, sem precisar adquirir imóveis? Leia este artigo completo sobre fundos imobiliários para saber mais.
Dicas de Especialistas para Garantir os Melhores Investimentos
Saber investir traz ótimos resultados para você em qualquer cenário econômico.
Apesar do cenário econômico atual, das incertezas e especulações para o 2º semestre de 2018, existem formas de você fazer o seu dinheiro render que não mudam.
Antes de mais nada, você precisa aprender a se planejar. Conheça as entradas e saídas do seu orçamento e separe um valor mensal para investir todos os meses, a fim de alcançar os seus objetivos financeiros.
O próximo passo é acabar com as suas dívidas antes de realizar qualquer tipo de investimento.
Depois que a sua vida financeira estiver mais estável, está na hora de você começar a investir com a Rico. Para isso, basta abrir uma conta e aplicar o seu dinheiro nas melhores opções de renda fixa (que possui taxa zero na Rico), fundos de investimento e muitos outros.
Após o seu cadastro, você vai conhecer o seu perfil de investidor e decidir onde investir.
Para os investidores iniciantes, o ideal é começar com opções mais seguras como a renda fixa. Ela apresenta títulos emitidos por instituições, como bancos ou o governo.
Apesar do cenário econômico atual e da queda da taxa de juros, o Tesouro Selic, por exemplo, continua rendendo mais do que a poupança. Ou seja, continua sendo uma boa e segura opção.
Essa é a mais recomendada para iniciantes que não tem uma reserva financeira para emergência.
Você também pode optar por um título prefixado que rende de forma muito previsível ao ano, por exemplo. Ou seja, independente do que acontecer no mercado, a sua rentabilidade será sempre a mesma.
No geral, investir em renda fixa é ótimo para quem procura por segurança.
As aplicações da renda fixa disponíveis no mercado são:
- Tesouro Direto
- Debêntures
- Fundos de Investimentos de Renda Fixa
- CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio)
- LC (Letras de Câmbio)
- CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários)
- CDB (Certificado de Depósito Bancário)
- LCI (Letra de Crédito Imobiliária)
- LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)
Após entender e definir a sua tolerância a riscos, você também estará apto a aplicar o seu dinheiro em opções de renda variável, como o mercado de ações.
Também é muito importante que você tenha uma reserva de emergência. Ou seja, você precisa ter disponível o valor equivalente a pelo menos seis meses de suas despesas mensais.
É importante que você sempre diversifique os seus investimentos. Nunca coloque todos os seus ovos em uma cesta só.
Então, aplique o seu dinheiro em diversos ativos diferentes, a fim de obter ótimos retornos, independente do cenário econômico.
Conclusão
Esteja preparado para investir com inteligência em qualquer situação.
É possível ganhar dinheiro mesmo em momentos em que o cenário econômico atual está instável.
Você pode fazer isso adquirindo ações de empresas exportadoras como as que exportam celulose ou ainda aplicando de forma prática em Fundos Cambiais.
O importante para você se proteger da instabilidade é arriscar de forma inteligente, aplicando em diferentes mercados. E claro, nunca arrisque mais do que o seu perfil suporta.
É melhor estar tranquilo com mais de 70% do seu patrimônio rendendo perto de 100% do que apostar tudo na renda variável, por exemplo.
Mesmo o menor percentual da taxa Selic de todos os tempos. O 1º semestre de 2018 apresentou investimentos seguros e eficientes com ótimos retornos.
As tensões das eleições de outubro ainda não foram mensuradas pelo mercado, mas pode ser uma instabilidade forte. Esteja preparado!
Este não é o momento de arriscar mais do que necessário.
O investimento que paga os melhores juros é o conhecimento. Então, mantenha-se sempre bem informado.
Isso é muito importante para que você aprenda a investir e consiga obter bons retornos, apesar das adversidades.
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Obrigado por ler até aqui e bons investimentos.