Não seja pego de calças curtas! 

Only when the tide goes out do you discover who’s been swimming naked”, Warren Buffett.  

Projeções macroeconômicas são importantes para todo investidor, porque ajudam a nos prepararmos para o que vem adiante. Ou seja, não ser pego de “calças curtas”, especialmente em momentos desafiadores para os investimentos.  

Isso não significa que você saberá “o dia exato em que o dólar vai cair ou subir”. Pois isso, infelizmente, será praticamente impossível. Mas quer dizer que você entenderá melhor as tendências da economia e poderá pensar em como adaptar seus investimentos (ou manter tudo como está, se for o caso), pensando no seu perfil e objetivos. 

Com isso em mente, detalhamos abaixo nossas principais projeções para este ano e o próximo. Abaixo, te contamos o porquê de tudo isso, e como investir nesse cenário.  

Mundo: juros prestes a cair nos Estados Unidos, e não vemos crise eminente  

No cenário internacional, o principal motor dos mercados segue a política monetária – ou seja, o movimento nas taxas de juros ao redor do mundo.  

Após um longo período de juros altos que seguiram a elevada inflação impulsionada pela pandemia da Covid-19, vimos o mundo desenvolvido dando início ao tão esperado processo de afrouxamento monetário. Ao longo do primeiro semestre desse ano, Bancos Centrais de países como Canadá, Reino Unido e Zona do Euro começaram a cortar suas taxas básicas de juros.   

A novidade é que (finalmente) devemos ver o mesmo movimento nos Estados Unidos. Isso porque os últimos meses foram marcados por resultados de inflação melhores do que o esperado, ao mesmo tempo em que o mercado de trabalho caminha em direção ao reequilíbrio – como ilustrado pela relação entre o número de vagas disponíveis e o de trabalhadores em busca de colocação, agora próxima ao nível pré-pandemia.  

Ou seja: o ritmo de crescimento da maior economia do mundo está finalmente cedendo, e isso deve permitir que o Fed (Banco Central americano) comece a cortar os juros. Acreditamos que o primeiro corte de juros acontecerá em setembro, levando os Fed Funds (equivalente à nossa taxa Selic) para 4,75% ao ano em dezembro. A partir daí, entendemos que a queda de juros deve seguir gradual, até que atinja 3,5% ao ano em 2026.  

Vale lembrar 

Juros elevados têm o objetivo de controlar a alta de preços, encarecendo o crédito, desincentivando o consumo, e desaquecendo a economia e a demanda por bens e serviços. 

Por outro lado, cresce a preocupação de que a economia americana possa entrar em recessão. Afinal, juros altos por longos períodos podem “frear demais” a economia. A recente volatilidade que vimos nos mercados ao redor do mundo no início de agosto refletiu essa preocupação.  

Como ilustrado no gráfico abaixo, bolsas no mundo todo “despencaram” por um breve período, depois que dados de desemprego americano vieram mais fracos que o esperado, e se uniram a outros movimentos globais – como a alta de juros no Japão e uma temporada de resultados corporativos pior do que o esperado também nos Estados Unidos.  

Contamos tudo sobre esse dia nesse texto.

Dito isso, não vemos os Estados Unidos entrando em recessão no cenário atual – a menos não por ora. No geral, os dados mostram que a economia americana está esfriando em resposta à política monetária apertada, mas não caminhando para uma recessão aguda. Em outras palavras, a economia está enfraquecendo como resultado (intencional) da alta de juros, mas não vemos uma queda abrupta no crescimento com impactos nocivos aos mercados, embora esse risco não possa ser descartado. 

Se concretizado, um cenário de desaceleração gradual da economia americana tende a ser positivo para países emergentes. Juros mais baixos nos mercados desenvolvidos normalmente são uma boa notícia para as moedas emergentes, ao atrair mais capital em busca de retorno. Por outro lado, receios de uma recessão global e busca por ativos seguros (aversão ao risco) tendem a agir de modo contrário, enfraquecendo moedas como o real.  

Assim, uma redução gradual dos juros nos Estados Unidos sem que isso signifique uma queda abrupta da economia tende a contribuir para a apreciação e relativa estabilidade de moedas emergentes.  

Enquanto isso, do outro lado do mundo, a China deve seguir lutando contra um crescimento mais fraco. O país ainda enfrenta desafios para retomar um ritmo de crescimento robusto, diante da crise que se arrasta no setor imobiliário e da baixa confiança e demanda entre consumidores, produtores e investidores.  

Assim, mesmo com esforços do governo em impulsionar setores, como o mercado imobiliário, a meta de crescimento de 5,0% para esse ano segue desafiadora. Adiante, o país deve crescer menos do que o observado nos últimos anos. 

Vemos o impacto dessa desaceleração, entretanto, como limitado para a economia brasileira, além de ser um ponto benéfico para a inflação global (não adicionando mais pressão sobre os preços).  Entendemos que nossas exportações devem seguir estáveis para o país asiático, contribuindo para a manutenção das nossas contas externas relativamente sólidas – embora menos robustas do que anteriormente previsto, com riscos em torno de uma desaceleração mais forte da economia global.  

Enquanto isso, no Brasil  

Economia segue forte, e deve crescer 2,7% nesse ano 

Por aqui, a economia segue robusta, apesar da tragédia climática no sul do país. Conforme podemos ver nos dados referentes ao segundo trimestre, a economia segue resiliente apesar dos efeitos da tragédia no Rio Grande do Sul – cujos impactos econômicos limitaram-se, principalmente, ao curto prazo.  

A título de exemplo, tanto a produção industrial quando o comércio varejista e o setor de serviços registraram crescimento no segundo trimestre (frente ao anterior), refletindo a resiliência do consumo das famílias.  

A elevação do consumo é explicada, primordialmente, pelo crescimento da “massa de renda disponível” das famílias – grosso modo, a renda após o pagamento de impostos. Para se ter uma ideia, projetamos que esse indicador cresça 6,5% acima da inflação no ano.  

A alta da renda das famílias, por sua vez, reflete uma série de fatores, dentre os quais:  

  • Um mercado de trabalho aquecido – a taxa de desemprego alcançou o menor patamar em quase dez anos e deve seguir em baixa (encerrando o ano em 6,5%, descontados efeitos sazonais), com destaque para a elevação dos salários – que, apesar de alguma moderação recente, acumulam alta de 4% no terceiro trimestre do ano; e 
  • Elevadas transferências fiscais, com destaque para o aumento da concessão de benefícios ligados ao INSS e a atual política de reajuste do salário-mínimo (que segue a variação da inflação, acrescida do crescimento do PIB); 

Em bom português: famílias viram crescer sua renda no período, e se utilizaram desse impulso para consumir mais bens e serviços. 

O crédito em alta também tem contribuído para o crescimento da economia, alimentando a retomada de investimentos. Afinal, maiores concessões de crédito permitem o consumo de bens de maior valor por parte de indivíduos, como eletrodomésticos e carros, além de investimentos em pequenos negócios, equipamentos, etc.  

Para ilustrar, o saldo total de crédito tende a subir aproximadamente 7% (acima da inflação) em 2024 – apesar da esperada manutenção da taxa Selic em dois dígitos, como falaremos adiante.  

Nesse cenário, projetamos que o PIB cresça 2,7% em 2024.  

Olhando para frente, esperamos que a economia perca ímpeto gradualmente, embora deva seguir em terreno positivo. O enfraquecimento esperado é explicado por dois principais fatores: 

  • O efeito da alta de juros: diante de um cenário de economia forte, aumento da inflação esperada para esse ano e incertezas fiscais pressionando as expectativas de inflação no futuro, entendemos que o Banco Central deve optar por voltar a elevar a nossa taxa básica de juros, a Selic.   

Isso significa que os juros se tornarão ainda mais contracionistas, impactando o consumo especialmente de bens duráveis (como eletrodomésticos, carros e imóveis) e investimentos produtivos. Ou seja, o freio dos juros deve voltar a pesar sobre o crescimento econômico ao longo dos próximos meses.  

Falamos mais sobre o que esperar para a Selic em seção adiante.  

  • Elevada percepção de risco em relação ao cenário doméstico: apesar de relativa melhora recente, incerteza política e ainda latente percepção de risco fiscal (ou seja, dúvidas sobre a gestão das contas públicas) tendem a seguir no radar de investidores em relação ao Brasil.  

Essa incerteza adiciona risco ao cenário por meio da precificação de ativos financeiros por aqui – como a nossa moeda e os juros de longo prazo, além do nível de investimento e da confiança – podendo prejudicar o crescimento econômico.  

Assim, vemos a economia desacelerando entre o fim desse ano e o ano que vem, com o PIB subindo 1,6% em 2025. 

Inflação sob a luz amarela  

Como contamos em detalhes aqui, o IPCA (nosso principal índice de inflação ao consumidor) registrou alta de 0,38% em julho. O resultado mensal levou o índice para 4,50% no acumulado em doze meses, acelerando em relação aos 4,23% registrados em junho – e atingindo o limite superior da meta do Banco Central (de 3,0%).  

Quer saber mais sobre a política de metas de inflação? Te contamos aqui! 

O número de julho veio um pouco acima das expectativas de analistas e foi impulsionado principalmente pelos preços de gasolina, energia elétrica e passagens aéreas. Com exceção de passagens aéreas (cujo preço tende a ter comportamento mais volátil), as principais elevações do mês refletiram variações já esperadas em preços administrados, derivados de ajuste de combustíveis por parte da Petrobras e da mudança da bandeira tarifária de energia para “amarela” (diante do baixo nível de reservatórios hídricos no país).  

Por outro lado, os preços de alimentos seguiram em queda, revertendo a elevação observada em maio, na sequência da tragédia climática na região sul do país. Para ilustrar, a categoria “alimentação no domicílio” registrou queda de 1,51% no mês.  

Mas o destaque do resultado mensal ficou para a reaceleração de preços de serviços, além da luz amarela acesa para bens industriais. Os preços de veículos novos, por exemplo, subiram 0,5% em julho, depois de seguirem estáveis em junho. Já a métrica chamada “serviços subjacentes” (que exclui serviços com preços mais voláteis, como passagem aérea) acelerou para 6,0% na média dos últimos três meses em julho, de 4,6% no mês anterior – e bem acima da meta de 3,0% do Banco Central.  

Parte da explicação para a alta recente de produtos industriais resulta da uma moeda depreciada – ou seja, dólar alto por aqui. Apesar da recente valorização, a moeda brasileira segue relativamente desvalorizada em relação à média histórica e seus principais pares emergentes.  

A demanda aquecida por bens industriais inclusive de maior valor, como eletrodomésticos e veículos, também reflete o baixo nível do desemprego e a tendência de elevação das concessões de crédito na economia.   

Olhando adiante, vemos a inflação mantendo-se pressionado ao longo dos próximos meses, puxada principalmente por reajustes de energia. Contas de luz devem seguir pressionadas ao longo do segundo semestre, refletindo tanto o cenário climático desfavorável (com a manutenção da bandeira amarela), quanto decisões políticas sobre a distribuição dos recursos da Eletrobras. Os últimos trarão descontos ao consumidor, mas que devem ser sentidos apenas em 2025 (não mais esse ano, como até então esperado).   

Nesse contexto, riscos de médio-longo prazo se somam a um cenário de uma inflação mais alta para esse ano.  

Além de um mercado de trabalho aquecido, com salários em alta e PIB em elevação, a volatilidade do real também acende a luz amarela no controle de preços. Os impactos de uma moeda mais fraca sobre a inflação não são imediatos, mas são sentidos em preços que vão desde alimentos até produtos industrializados.  

Vale destacar que uma série de produtos consumidos e utilizados em nossa produção doméstica (como alimentos e insumos industriais) são negociados em dólares e/ou importados de outros países. 

Deste modo, a desvalorização do real tem impacto importante no comportamento dos preços domésticos – em economia, chamamos esse efeito de pass throug. 

Finalmente, vale também destacar riscos ainda presentes no cenário internacional, especialmente geopolítico. Esses incluem: i) potenciais impactos de conflitos no Oriente Médio, podendo ser sentidos em preços como de combustíveis e outras commodities industriais; e ii) eventuais barreiras comerciais (incrementais) entre China e economias desenvolvidas, o que tende a aumentar os gargalos e desequilíbrios em cadeias de produção globais, além de elevar preço de produtos finais “tarifados”.  

De fato, por esses e outros fatores, vimos os preços internacionais de commodities bastante voláteis nos últimos meses.  

Nesse cenário, projetamos que o IPCA encerre 2024 em 4,4% e em 4,0% em 2025 – ambos acima da meta do Banco Central, mas dentro do intervalo de tolerância.  

E o dólar, vai para onde? 

Os últimos meses foram marcados por forte volatilidade da nossa taxa de câmbio.  Depois de um segundo trimestre marcado pela forte depreciação do real, com o dólar ultrapassando a barreira dos R$ 5,80, o último mês trouxe certo alívio a nossa moeda.  

A depreciação observada no segundo trimestre do ano refletiu movimentos principalmente domésticos, dos quais destacamos a piora da percepção de risco fiscal e ruídos no cenário político.  

Já na virada do primeiro semestre do ano, movimentos globais acabaram pesando mais sobre a nossa taxa de câmbio – incluindo operações envolvendo a moeda japonesa e o impacto da alta de juros por lá, além de receios de uma recessão nos Estados Unidos.  

Diante da dissipação de parte da percepção de risco mais aguda no cenário global, e relativa melhora no cenário político doméstico (com redução de ruídos entre Executivo e Banco Central, e esforços do governo em elevar a arrecadação frente ao crescimento das despesas públicas), o último mês trouxe certo alívio a nossa taxa de câmbio. 

Olhando adiante, o início do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos deve contribuir para a continuidade do enfraquecimento do dólar no mundo – movimento que deve ser fortalecido pelos nossos juros mais altos por aqui.  

Dito isso, não vemos o real se valorizando de maneira sustentada para o valor apontado por modelos estruturais (de aproximadamente 5,25 reais por dólar) – ou seja, refletindo fundamentos econômicos, como a nossa taxa de juros e o preço e quantidade do que vendemos/compramos em relação ao resto do mundo.  

Isso porque entendemos que parte da precificação de risco atrelada a nossa moeda como reflexo de incertezas político-fiscais deve permanecer. 

Nesse cenário, projetamos a taxa de câmbio em R$/US$ 5,40 para o final de 2024 e para 2025. 

Vale destacar que essa projeção não significa que esse será o valor da taxa de câmbio ao longo de todo o ano. Pelo contrário, esperamos que o “sobe e desce do dólar” siga presente, especialmente diante do alto nível de incerteza nos cenários global e doméstico. 

Selic deve voltar a subir em setembro, terminando o ano em 11,75% 

Como contamos aqui, o Copom (nosso comitê de política monetária) optou por manter a taxa Selic em 10,50% ao ano em sua última reunião, no fim de julho. A decisão seguiu a manutenção da taxa Selic da reunião de junho, quando o Banco Central interrompeu o processo de queda dos juros básicos iniciado em agosto de 2023. 

O Comitê trouxe uma mensagem dura contra a inflação nas comunicações que seguiram a decisão – que foi mais uma vez unânime, deixando para trás as incertezas associadas à decisão dividida de maio.    

Para o Copom, os riscos para que a inflação volte para a meta de 3,0% do Banco Central aumentaram nos últimos meses – tanto por conta do cenário lá fora quanto por aqui, mas com o palco doméstico pesando relativamente mais.   

Meta de inflação: o que é? 

O regime de metas de inflação é parte do que chamamos de política monetária – a política responsável pelo controle da quantidade de moeda em determinada economia, que fica sob a responsabilidade do Banco Central. 

Esse regime determina uma meta de inflação explícita e numérica (% ao ano), a ser perseguida pelo Banco Central. No caso brasileiro, a meta de inflação atual é de 3,0%. Isso significa que o Banco Central tem a responsabilidade de controlar a alta de preços ao longo, de modo que ela se mantenha no ritmo de 3,00%. 

O modelo brasileiro também inclui uma banda de tolerância de 1,50 pontos percentuais para cima e para baixo. Essa “banda” serve para acomodar eventuais choques, como por exemplo uma seca que afete a produção de alimentos e eleve a inflação além do controle do Banco Central, ou uma pandemia que derrube os preços. 

Lá fora, embora os juros devam começar a cair em breve nos Estados Unidos, a maior economia do mundo deve seguir relativamente forte. O cenário de “pouso suave”, ou seja, de desaceleração suave da economia americana, não ameniza a pressão sobre os preços globais de maneira geral. Em bom português, com a economia americana e global crescendo de maneira relativamente estável, não devemos ver queda em preços como o de matérias primas ou produtos industriais – o que poderia servir de contraponto para pressões sobre a inflação por aqui.  

Já no campo doméstico, o aquecimento do mercado de trabalho e a robustez da economia como um todo são os fatores de maior relevância nos últimos meses, se traduzindo em maiores riscos olhando para o controle dos preços adiante.  

Vale lembrar que: um mercado de trabalho aquecido tende a pressionar os salários, dado o maior “poder de barganha” de trabalhadores e a busca por mão de obra. Com maiores salários e grande parte da população empregada, aumenta-se a demanda por bens e serviços na economia – e o movimento de alta de preços ganha força, retroalimentando-se.  

A volatilidade da nossa taxa de câmbio também representa um risco no controle dos preços. Afinal, conforme falamos acima, boa parte do que produzimos e consumimos internamente tem uma “parcela em dólar” – como produtos importados ou mesmo insumos para a produção dos mais diversos bens, como alimentos, roupas e carros.  

Assim, o “vai e vem” recente da nossa moeda é somado aos riscos no radar do Banco Central, que olha sempre para frente quando se trata da definição da taxa de juros. Isso porque a política monetária opera com defasagem; ou seja, as mudanças de patamar da taxa Selic demoram a ser sentidas na economia, impactando – por exemplo – o crédito, e assim a demanda por bens e serviços, e o comportamento dos seus preços.   

Nesse sentido, o fato de as expectativas para a inflação no futuro estarem acima da meta do Banco Central reforça a preocupação que vemos por parte do Copom adiante.

Expectativas de inflação: o que são? 

As expectativas de inflação são muito importantes para o controle da inflação em si. 

A dinâmica é simples: basta pensar que se você acredita que os preços não irão parar de subir no futuro, e você é um prestador de serviços ou mesmo o locatário de um imóvel, existe uma grande chance de que você já subirá o seu preço, para não “ficar pra trás”, certo? 

Eventualmente, esse movimento de agentes na economia acaba impulsionando os preços em cadeia, e a inflação efetivamente sobe (no futuro).    

Diante de um cenário de economia forte, salários em alta e inflação corrente acima da meta, entendemos que o Banco Central voltará a elevar a taxa Selic. Projetamos que a Selic encerre esse ano em 11,75%, atingindo 12% no início de 2025 – e ficando nesse patamar por certo tempo.  

Isso significa que os juros devem seguir acima patamar chamado neutro. Ou seja, acionando mais uma vez o “pé no freio” na economia, para controlar a alta de preços.  

Como investir nesse cenário?  

Com tantos eventos e mudanças no cenário econômico no Brasil e no mundo, entender como melhor investir o seu dinheiro e proteger o seu patrimônio é essencial.  

Por isso, destacamos abaixo nossas recomendações de alocação atualizadas de acordo com o seu perfil de investidor, além de sugestões de onde investir em cada classe de ativo (como ações, renda fixa e fundos de investimento).   

Vale lembrar que as recomendações sinalizadas na tabela abaixo não são as únicas possíveis, mas sim alternativas viáveis selecionadas pelos nossos especialistas para você. 

Confira tudo isso em detalhes no nosso relatório “Onde Investir” – acesse aqui!  

Classe Opção de investimento Opção de investimento 2 Mínimo da opção mais acessível 
Renda fixa pós-fixada CRI Cyrela -04/2031 – 102% CDI* isento Selection RF Light FIC Renda Fixa Crédito Privado LP R$ 100,00 
Inflação NTN-B – ago/30 – 6% Debenture Jalles Machado mai/2034 6,6% *isento R$ 50,00 
Renda Fixa Prefixada Tesouro Prefixado jan/2026 – 11,15%  R$ 100,00 
Renda Fixa Global Trend High Yield Americano FIM Trend Crédito Global FIM R$ 100,00 
Multimercado Selection Multimercado FIC FIM Kinea Atlas II R$ 100,00 
Renda variável Brasil Carteira Rico11 Selection Ações FIC Ações R$ 100,00 
Renda variável internacional Wellington Us BDR Advisory Dólar FIC Ações BDR Nível 1 M Global BDR Advisory Dólar FIC FIA BDR Nível I R$ 500,00 
Renda variável internacional hedgeada Trend Bolsas Globais Trend Bolsas Emergentes R$ 100,00 
Alternativos/ Fundos Imobiliários Carteira de FIIs Rico  R$ 100,00 

Elaborado por:

Bruna Sene, CNPI-T 1847

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