20/07/2017 17:28:00 • Atualizado em 20/05/2024 08:58:50
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Como a nova crise política afeta os investimentos

A nova crise política afetou alguns investimentos e pegou muitas pessoas de surpresa. Saiba como agir em uma situação extrema como essa.


Time Rico
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Você sabe como agir caso os seus investimentos sejam afetados pela nova crise política brasileira?

Que a crise política pode afetar os investimentos você já deve saber, mas o que poucos sabem é como proteger-se dessas variações. É fundamental saber como investir em um cenário conturbado como esse.

Não fique perdido! Veja o nosso mapa para investir de forma consciente em 2017 nesse outro texto completo.

Assim, neste artigo, daremos dicas de investimento para que você e sua carteira de aplicações não sofram com os efeitos das delações premiadas e novos escândalos que, a qualquer momento, podem surgir em Brasília.   

Caso tenha alguma dúvida ou queira deixar sua sugestão, deixe um comentário no final dessa página.

Boa leitura!

Crise política no Brasil

No mercado financeiro, é simples ler os números, traçar tendências e com base nos dados, implementar estratégias de investimentos dinâmicas e bem-sucedidas.

Entretanto, não é só de matemática e finanças que são feitas as variáveis do mercado, principalmente no Brasil. Na verdade, já faz algum tempo que a economia e os investimentos são pautados pela crise política atual.  

Tal cenário vem estendendo-se desde as discussões envolvendo o impeachment da ex-presidente Dilma até o auge atual com as revelações de executivos da JBS.

Esse acontecimento culminou em um dia histórico na Bolsa de Valores.

Então, o que acontece nos corredores de Brasília afeta, e bastante, a vida de todos os investidores. Então, a primeira e mais importante lição é estar atento às mudanças políticas e como elas podem afetar a sua carteira de investimentos.

Essa é a única dica desse texto à prova de tempo. Todas as outras podem mudar em algumas horas de acordo com o noticiário político.

Quando a crise política vai acabar

Segundos os próprios investigadores, é impossível ter uma previsão do final, porque a cada nova investigação, a operação Lava Jato faz novas descobertas, gerando um processo longo que apesar de positivo para a sociedade, gera turbulência na economia. 

Se por um lado a operação Lava Jato pode apresentar ainda inúmeros desdobramentos, por outro, a situação do Governo é cercada de incertezas.

Da forma como está, ao que tudo indica, apenas teremos um “verdadeiro respiro” na economia e seus investimentos após as eleições para presidente que acontecerão no final de 2018.

No entanto, você não precisa deixar de investir apenas porque a política e a economia estão instáveis. Continue lendo para saber como investir com a crise política.

Variações na Taxa Selic: O que dizem os especialistas

A taxa básica de juros, a Selic, é um índice que mexe com a maioria dos investimentos de renda fixaVeja o que o nosso especialista Roberto Indech disse sobre isso:

“É certo que a taxa de juros deve continuar recuando nas próximas decisões de política monetária do Copom. Atualmente [junho de 2017], a Selic está 10,25% ao ano e ao que tudo indica deveremos encerrar o ano em 8,5%.

Caso a reforma da previdência seja aprovada, o que é pouco provável que ocorra em 2017, a taxa poderia já recuar para a casa dos 8% e de forma sustentável a médio prazo.

Aliás, desde o ano passado, o Copom sinalizava duas condições para o recuo da Selic: a queda da inflação e aprovação das reformas. A primeira já está ocorrendo, agora o mercado segue no aguardo da segunda”.

A trajetória da taxa Selic apontava para um cenário de forte queda caso as reformas trabalhista e previdenciária fossem aprovadas. Todavia, isso se tornou muito difícil com a delação da JBS envolvendo diretamente o presidente Temer.

Esse tipo de escândalo diminui a governabilidade do poder executivo, sendo este um sinal de fraqueza que abala gabinetes. A falta de controle no governo foi um dos principais motivos para o término do antigo governo Dilma.

Crise política e investimentos: O que fazer?

A melhor recomendação neste momento é ter cautela e saber aproveitar as boas oportunidades. No mercado de ações, o nervosismo trazido pela crise política acaba por gerar volatilidade e em consequencia algumas oportunidades.

Para aqueles que possuem carteira de ações para o médio e longo prazo, não é recomendado a saída de posição em momentos assim.

Vender quando os papéis estão em baixa por motivos sistêmicos (isto é, que abalam apenas o curto prazo) é concretizar o prejuízo. O melhor a se fazer é esperar a correção das cotações.

Mas caso você queira tirar dúvidas sobre casos específicos, acesse as nossas salas de aula ao vivo na InvesTV.

Nelas, os analistas da Rico darão dicas de operações e mercados de acordo com o seu caso. Esse recurso é apenas para investidores da Rico.

Por outro lado, se você busca construir posições, essa é a hora. Muitos papéis entram em liquidação quando a política fica instável. E quem não gosta de uma ‘promoção’, não é mesmo?

Já para os que estão na renda fixa, não muda nada por enquanto, justamente por ser um investimento mais conservador e de pouca influência do cenário no curto prazo sobre os ativos.

Em resumo, quem tem carteira para médio e longo prazo, nada muda. O recomendado é esperar o Governo se estabilizar no ano que vem e depois decidir o rumo dos seus investimentos.

Todavia, se você é um day trader ou busca um rendimento em fundos para curto prazo, busque recomendações mais atualizadas em nossas salas de aula online e ao vivo. 

Impactos da crise política atual no Tesouro Direto

A resposta é muito simples: nenhuma turbulência política abala o Tesouro Direto. Quem possui posições nesses papéis, pode mantê-las com a segurança de que vai receber de acordo com o previsto no início da aplicação.

Os títulos públicos são investimentos seguros, em especial se considerarmos que o risco é o governo dar calote, o que não deve acontecer no curto e nem no médio prazo.

Para quem tem títulos do Tesouro Selic e visam o curto prazo, a perspectiva também não muda de forma alguma já que a inflação está caindo junto com a Selic e isso mantém a sua rentabilidade real equilibrada.

Mas se você quiser investimentos ainda mais rentáveis a curto prazo que superem a taxa Selic, basta abrir mão de um pouco de segurança para aplicar em fundos de renda fixa ou ainda, multimercados.

Para quem tem Tesouro IPCA ou prefixado, se segurar o papel até o vencimento, também não deverá ter nenhum impacto negativo. Como dito, a renda fixa é um investimento previsível.

O que pode causar preocupação é a cotação dos preços negociados pelo seu título, mas isso não significa nada caso você não venda o papel.

A volatilidade nos preços negociados pode até levar o preço do seu ativo para baixo, então recomendamos segurar até o vencimento para ter a rentabilidade combinada no momento da compra.

Perdi dinheiro no Tesouro, o que fazer?

Na verdade, você corre o risco de perder dinheiro caso venda os seus títulos do Tesouro antecipadamente. O preço de negociação dos títulos públicos IPCA e prefixado sofrem variação ao longo do tempo de investimento.

Imagine que um papel que rende 5% + a taxa IPCA passa a render 6% + a taxa IPCA. O que acontece com quem comprou a 5%? O seu papel perderá valor, mas a rentabilidade combinada no contrato continuará a mesma.

Pense que o inverso também pode acontecer. Na verdade, em 2016, o Tesouro IPCA rendeu 53% no ano graças à variação de preço.

Portanto, no meio tempo é possível perder dinheiro ou ganhar também e isso depende do momento do país, cenário para a taxa de juros e a economia como um todo.

No entanto, o indicado é sempre comprar com a disposição de levar o papel até o vencimentoPrincipalmente se a cotação estiver negativa.

TESOURO DIRETO X CDB: QUAL VALE MAIS A PENA NO ATUAL CENÁRIO?

Esses são os investimentos mais populares da renda fixa na corretora Rico. O Tesouro Direto e o CDB são igualmente seguros. O CDB não é emitido pelo Banco Nacional, mas possui a garantia do Fundo Garantidor de Crédito até R$ 250.000.

Ambos também são versáteis possuindo variações com rendimento atrelado ao IPCA para longo prazo e títulos de curto prazo que seguem a Selic e possuem liquidez diária.

Então, em primeiro lugar, você deve definir um objetivo para investir. Depois deve saber se essa meta é a curto, médio ou longo prazo. E claro, quanto irá investir. A seguir basta comparar as melhores opções disponíveis no site da Rico.

Hoje um papel do Tesouro Direto pode valer mais a pena por causa da Taxa Selic em queda, mas amanhã um CDB pode cobrir esse rendimento. Então utilize o simulador de rendimento da Rico para desempatar essa disputa.

O que não fazer em momentos de incerteza política

O pior erro que os investidores podem cometer é deixar de aplicar porque estão com medo do mercado. Acredite, é pior deixar o dinheiro ‘em cima da mesa’ do que vê-lo render um pouco menos em algum investimento de curto prazo.

Assim, nunca deixe de aproveitar as oportunidades. Elas vão surgir. Em momento de incerteza, muito nervosismo é gerado e com isso surgem boas oportunidades tanto para o curto quanto para o longo prazo.

Por esta razão, você deve ficar atento a todos os movimentos (fique ligado na Rico para seguir nossas recomendações) sejam eles de renda fixa ou para o mercado de ações.

O segundo pior erro que muitos investidores cometem é vender papéis quando estão em baixa por ter medo da desvalorização. Esse é o famoso ‘movimento manada’.

E você só realmente perderá dinheiro investindo se fizer isso. Caso contrário, seus papéis podem até estar desvalorizados, mas o prejuízo só vai chegar mesmo caso você concretize a saída das suas posições por um preço menor do que o inicial.

Por que é importante acompanhar o noticiário político para investir?

É fundamental saber o que está acontecendo no país antes de aplicar. Se o momento é de incerteza, você deve ser mais conservador em suas posições. Caso seja um cenário de crescimento e estabilidade, é possível arriscar mais.

Todos os dias nós transmitimos ao vivo a Call de Fechamento em nosso YouTube. Nela, comentamos as principais notícias e acontecimentos do mercado. Nesses vídeos, sempre damos recomendações do que fazer em cada caso.

Confira o vídeo com o nosso analista Roberto Indeech, no dia 23 de janeiro de 2018, em que ele explica o impacto do julgamento do ex-presidente Lula em seus investimentos:

Conclusão

Como vimos, a crise política afeta os investimentos. Mas isso pode ser bom para você caso esteja diversificando sua carteira de aplicações.

Afinal, quanto mais instabilidade, mais oscilação e mais oportunidades. Por exemplo, o dia 18 de maio de 2017 aterrorizou os investidores na Bolsa de Valores. Mas quem possuía uma reserva financeira pôde reforçar posições a um preço incrível.

Papéis sólidos como Itaú sofreram quedas de 12%. Dia 17, ITUB4 estava cotado a R$ 39,43 chegando a R$ 34,68 em 24 horas.

E nesse caso, utilizamos a análise fundamentalista: o banco Itaú é um líder de mercado com ótima administração e direção.

O lugar da sua cotação é esse? Claro que não. A médio prazo esse ativo vai corrigir e voltar a subir. Desde o dia 18 de maio, a ação ITUB4 já subiu para R$ 35,65. Quem comprou no dia 18 com certeza está no lucro. 

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E se conseguir esperar até as reformas serem aprovadas e o Governo ser trocado, vai lucrar ainda mais. Até nas crises existem oportunidades.

Entretanto, não é recomendado jogar tudo na Bolsa ou atrelar seu crescimento à Selic. Bastará um vento político para abalar o seu patrimônio inteiro. Assim, aplique a curto, médio e longo prazo expondo-se a riscos diferentes.

Somente dessa forma você garantirá um patrimônio forte e crescente, que resistirá aos anos e a muitas crises políticas que ainda virão. E lembre-se da dica mais importante: esteja sempre de olho na política.

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Obrigado por ler até aqui!

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