10/04/2018 13:39:36 • Atualizado em 20/09/2022 00:53:20
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A prisão do Lula e fatos políticos: qual o impacto no mercado?
Será que a prisão do ex-presidente Lula impacta negativamente ou positivamente no mercado financeiro? Como um bom investidor, você precisa estar preparado para as novas projeções em relação às eleições. Conheça o impacto deste e de outros fatos políticos. Saiba com proteger seu dinheiro!
Conhecer o impacto da prisão do Lula no mercado é importante para todos os perfis de investidores por um motivo muito importante: estamos em ano de eleições presidenciais.
Como o ex-presidente Lula estava liderando as intenções de voto, a sua prisão representa um novo andamento na corrida presidencial. Afinal, suas chances de concorrer ao pleito estão cada vez menores.
Se eleito, o mercado já conhece as políticas econômicas de Lula e seu partido.
Em meados de setembro, o TSE deve julgar se Lula pode ser candidato ou não. Este sim é um momento ainda mais importante do que a prisão ou não de Lula.
Só assim saberemos se ele participar ou não das eleições. Mas as suas chances estão cada vez menores, por isso o mercado reagiu positivamente depois da decisão do STF. Foi o que o nosso analista, Roberto Indech, falou neste vídeo:
A política tende a causar efeitos diretos no mercado financeiro. Por isso, qualquer acontecimento relacionado aos presidenciáveis precisa ser bem analisado.
No entanto, desde já vale reforçar que a recomendação é não mexer nos investimentos que você já possui unicamente por conta deste acontecimento político.
Afinal, a prisão em si de Lula não gera grandes impactos no mercado, mas sim a consequência disso nas próximas eleições.
Para ajudá-lo, preparamos um artigo especial para você entender como se proteger em ano de eleições presidenciais a partir de agora.
Se você tiver qualquer dúvida, deixe um comentário no final da página.
Boa leitura!
Qual o Impacto da Prisão do Lula no Mercado Financeiro?
O mercado oscila devido a diversos fatores e um deles são as notícias veiculadas na mídia. Sendo assim, os investidores podem ter as mais diversas reações, que geram os movimentos de compra ou venda e alta ou queda de índices.
No dia 4 de abril de 2018, o STF retomou a decisão sobre o habeas corpus contra a prisão do ex-presidente Lula até o esgotamento de todos os recursos ao crimes de sua condenação. O placar resultou em 6 x 5 desfavorável à Lula.
Pouco tempo depois, o juiz Sérgio Moro determinou que Lula se apresentasse voluntariamente à Polícia Federal (PF) até às 17 horas do dia 6 de abril.
Após isso, dois novos pedidos de habeas corpus foram pedidos, mas ambos foram negados. Assim, cerca de 24 horas depois do limite, o ex-presidente resolveu, por fim, se entregar à PF.
Na noite de sábado, 7 de abril, por volta das 22 horas, ele chegou a Curitiba e foi direcionado à cela para cumprir a pena de 12 anos e 1 mês de prisão.
Mas, afinal, qual o impacto da prisão de Lula na Bolsa de Valores?
Os primeiros efeitos surgiram no dia da rejeição do STF pelo habeas corpus.
No dia seguinte, o índice Ibovespa, que é o benchmark da renda variável, fechou em 85.209 pontos, ou seja, registrou alta de 1,01%. Já o dólar teve reações mais relevantes no início do pregão, com queda de 1,3%.
Isso aconteceu por dois motivos: o mercado percebeu uma chance maior de agenda reformista por parte do próximo candidato e também viu um alívio das tensões comerciais entre EUA e China.
Os títulos do Tesouro Direto também sofreram influências. As expectativas dos juros futuros caíram ainda mais. Por conta disso, os papéis prefixados se valorizaram. Enquanto que os demais ativos registraram queda nas taxas de rentabilidade.
Passada a euforia, no dia 6 de abril, a bolsa fechou em com baixa de 0,46%. O mercado de títulos reagiu com o aumento dos rendimentos e queda nos preços.
Então, ao fazer a leitura do impacto da prisão do Lula no mercado financeiro, é notável que a decisão desfavorável a ele animou os investidores.
O impacto da prisão do Lula no mercado, na verdade, está relacionado a sua liderança nas intenções de votos. Até o momento, todas as pesquisas revelaram que ele é o candidato favorito entre os brasileiros.
Por conta da crise político-financeira de 2015, a volta de Lula tende a ser vista como a expansão da política populista e pouco foco no desenvolvimento brasileiro.
A sua vitória representaria o risco de que as reformas e as modificações feitas no governo de Michel Temer sejam deixadas para trás. Isto significa maior endividamento.
Então, a prisão do ex-presidente reforça sua saída da disputa presidencial. Assim, é possível que outros candidatos se destaquem, principalmente os de posição pró-mercado.
O desejo de muitos é de que o próximo presidente continue as reformas estruturais e permita o desenvolvimento do país.
Hoje, apesar do risco-Lula estar reduzido, a decisão final cabe ao TRF. Há também uma possível votação do STF de duas ações declaratória de constitucionalidade (ADCs) nos próximos dias.
Se aprovada, o ex-presidente poderá ser solto e responderá em liberdade. Caso seja condenado, ele tende a estar fora das eleições por conta da lei da Ficha Limpa.
Desta forma, o impacto da prisão do Lula do mercado pode ser interpretado como de alta relevância para o médio e longo prazos. Já no curto prazo, os efeitos estão relacionados à volatilidade dos ativos.
Quanto aos juros da economia, as reformas estruturais e as expectativas de crescimento econômico, nada se altera. Portanto, se você investe em renda fixa, os ganhos continuam os mesmos.
Na bolsa de valores, o impacto da prisão de Lula pode repercutir nos próximos dias. Caso você tenha exposição para o médio e longo prazos, é necessário acompanhar os próximos desdobramentos.
Se o ex-presidente estiver fora das eleições, a expectativa é de que os juros continuem baixos e que a economia reafirme o crescimento.
Assim, a bolsa de valores pode oferecer diversas oportunidades para ganhar dinheiro. Enquanto que a renda fixa tende a manter os retornos estáveis, como no momento atual.
Lembre-se: independente do momento da política e da economia, você deve ter uma carteira diversificada com títulos de renda fixa e uma parte em renda variável.
Tenha em mente a prisão do ex-presidente tem mais a ver com o impacto disso nas próximas eleições do que com o seu bolso agora e que há outros fatores políticos que podem influenciar o mundo dos investimentos em 2018.
As Eleições Presidenciais 2018 e o Mercado
Em 2015, o mercado sofreu fortemente com os desdobramentos que levaram ao impeachment de Dilma Rousseff. Naquela época, a bolsa chegou a 38 mil pontos e os títulos públicos tiveram altíssima volatilidade.
Depois de três anos, muitas coisas mudaram. Hoje, vivemos no menor índice de juros na história do Brasil. Isso foi possível graças à aprovação de reformas estruturais e o trabalho da equipe econômica.
Assim, a bolsa, que foi motivo de aversão, se tornou um horizonte de oportunidades para investidores dispostos a arriscar. O endividamento das empresas caiu, o consumo tem aumentado e o crédito está em ascensão.
Na renda fixa, os retornos diminuíram, pois o CDI e a Selic estão baixos. No entanto, a inflação também está.
De toda maneira, a renda fixa possui rendimentos acima da poupança e ganhos reais sobre a inflação, ou seja, é boa alternativa para ganhar dinheiro de forma consistente.
Desde o segundo semestre de 2017, há um fantasma que assombra o mercado, que é a eleição presidencial. Diante do momento atual, ninguém quer retornar ao patamar de 2015.
Assim, a cada notícia relacionada aos possíveis candidatos, gera-se aversão ao risco ou ânimo aos investidores.
Em 2017, quando o ex-presidente Lula tinha chances reais de vencer, a tendência foi investir em renda fixa e reduzir a exposição em bolsa. Mesmo assim, o IBOV fechou o ano com valorização de 26%.
Após a condenação em segunda instância do ex-presidente, as possibilidades de que ele retorne ao governo diminuíram e o movimento se inverteu.
Hoje, o impacto da prisão de Lula no mercado pode tornar a bolsa atrativa a longo prazo, pois muitos esperam que a esquerda não possua um candidato de tanta expressão quanto ele.
A expectativa para as eleições de 2018 é que um reformista seja o novo presidente do Brasil. Assim, a bolsa deverá continuar em tendência positiva.
Caso o candidato eleito seja de centro-direita, a previsão é de que o país continue estável, porém sem grandes avanços.
Até agora, não há definições concretas sobre quem ira concorrer às eleições. Portanto, muitas surpresas poderão surgir no caminho.
O ideal é manter-se informado, conhecer bem as propostas de governo e ter motivos concretos para votar em um determinado candidato. Lembre-se de que o seu futuro e o do seu patrimônio serão impactados.
Para entender melhor, assista a esse vídeo sobre o impacto das Eleições 2018 nos seus investimentos:
Outros Acontecimentos Políticos que Podem Impactar no Mercado
Além do impacto da prisão do Lula no mercado, há diversos acontecimentos que devem influenciar nos investimentos.
Vamos começar pelo cenário interno. Na reta final do governo de Michel Temer, temos as reformas estruturais que estão em andamento, como a reforma da previdência e a tributária.
Caso alguma delas seja aprovada, a tendência é de que a bolsa de valores se torne mais atrativa. Já que elas devem permitir o crescimento do país.
Outro fato é a possibilidade de mais um corte na taxa Selic na próxima reunião do Copom, que ocorrerá em maio. Se isto acontecer, a oferta de crédito e o consumo devem aumentar.
Assim, os juros futuros terão espaço para cair ainda mais, o que torna os títulos públicos mais atrativos.
Os Fundos Imobiliários tendem a ganhar expressão, pois o crédito alimenta o setor imobiliário.
Os desdobramentos da operação Lava Jato devem impactar o mercado. A prisão de Lula pode ser o gatilho para a revelação e prisão de outros políticos ou empresários envolvidos em esquemas de corrupção.
No cenário externo, há a possibilidade de uma guerra comercial entre a China e os EUA. Tudo começou com as taxas na importação do aço e alumínio impostas por Trump.
Em retaliação, o governo chinês anunciou taxação em 128 itens norte-americanos. Como resposta, os EUA também colocaram taxas em mais de 1.300 produtos vindos da China.
Este conflito pode abrir espaço para as commodities brasileiras, que são o carro-chefe de empresas como Vale e Petrobras. Porém, no cenário mundial, as perdas são maiores que os ganhos pontuais de algumas áreas.
O Que Fazer Para Proteger Seus Investimentos em 2018?
O mercado tende a ser agitado em 2018. Ao mesmo tempo em que há inúmeras oportunidade de ganhos, há também riscos vindo de todos os lados.
Como todo bom investidor, você precisa estar preparado para enfrentar qualquer cenário.
Para se proteger, a primeira coisa que você deve fazer é acompanhar o mercado e verificar se a sua estratégia está alinhada a ele e aos seus objetivos.
Diante de tantos riscos e oportunidades, a diversificação dos investimentos tende a ser o melhor caminho.
Ao equilibrar a sua alocação de capital entre renda fixa e variável, você pode manter os bons rendimentos, mesmo em momentos de turbulência.
Obviamente, você deve respeitar aspectos como o seu perfil de investidor e o prazo de aplicação. Tenha em mente que é possível ganhar dinheiro em todas as modalidades.
Por fim, priorize investimentos emitidos por instituições com alta nota de rating e negócios bem gerenciados.
Além disso, o mercado tem a capacidade de se autorregular com o tempo. Por isso, investir no médio e longo prazos tendem a diminuir a volatilidade e os efeitos momentâneos, ou seja, você pode ganhar mais com menos riscos.
Onde Investir? – Quais os Melhores Investimentos
Você deve estar se perguntando onde, de fato, investir para ganhar mais e/ou para se proteger.
A primeira coisa que você precisa saber é que cada investimento possui uma finalidade específica, ou seja, o que é bom para o seu amigo, pode não ser o ideal para a sua carteira.
Outro ponto fundamental é definir as suas expectativas de ganhos versus os investimentos disponíveis no mercado. Tenha em mente que o retorno é proporcional ao risco.
Para o cenário atual, temos diversas aplicações interessantes, como a LCI e a LCA. Elas são títulos de renda fixa isentos de tributos. Isso mesmo, você investe sem pagar taxas.
Com os juros em baixa, estes investimentos podem ser aliados poderosos para ganhar mais. Sem contar que eles são seguros e contam com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para valores de até R$ 250 mil.
Se você quer superar o CDI, as aplicações que oferecem rendimentos acima de 100% dele, como os CDBs e as LCs, são boas alternativas.
Para diversificar, os Fundos de Investimentos multimercados costumam ser indicados. Eles possuem gestão profissional e podem ultrapassar os retornos do CDI.
Se você quer ganhar mais, as debêntures devem atender às suas expectativas. Porém, elas são títulos de renda fixa emitidos pelas empresas e sem garantia do FGC, ou seja, têm riscos mais elevados.
Na renda variável, os Fundos Imobiliários (FIIs) estão em expansão. O setor de imóveis tem dado sinais de recuperação. Portanto, este pode ser um bom momento para investir.
Além disso, estes fundos tendem a ser excelentes alternativas para quem quer viver de renda.
Na bolsa de valores, as ações estão bastante atrativas. Há oportunidades em diversos setores, como bancos, varejo, commodities e bens de consumo.
Porém, a exposição em renda variável deve ser moderada, a fim de evitar grandes perdas. Lembre-se de que é muito melhor ganhar pouco do que perder muito.
Conclusão
Na verdade, o impacto da prisão de Lula no mercado financeiro foi contribuir para formar o cenário das eleições presidenciais de 2018.
Apesar de que, no momento, não sabemos ao certo quem serão os candidatos.
Ao mesmo tempo, caso o ex-presidente esteja fora da disputa, o risco de um eleger um candidato de esquerda fica reduzido. Enquanto que a possibilidade de um reformista aumenta.
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