16/09/2019 11:00:00 • Atualizado em 29/11/2024 16:40:01
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PGBL ou VGBL: qual a melhor previdência privada?
Entenda agora o que são PGBL e VGBL. Saiba quais são os tipos de Previdência Privada, as taxas e como escolher o investimento mais adequado para você!
PGBL e VGBL possuem algumas diferenças e a maior delas é a tributação.
Por isso, escolher errado entre PGBL e VGBL pode acarretar em mais impostos.
Essa escolha consiste na definição da estratégia tributária para o seu plano de previdência privada. E é fundamental que você entenda isso.
Cada um desses modelos de aposentadoria privada é indicado para um determinado tipo de pessoa. Tudo vai depender dos seus objetivos e dos riscos que você está disposto a correr.
Leia até o final e deixe o seu comentário se tiver qualquer dúvida.
Boa leitura!
Como funciona a previdência privada?
Antes de entender PGBL e VGBL, é preciso compreender como funciona a previdência privada no geral. Ela é dividida em duas fases gerais: a primeira, e mais importante, é de acumulação.
Nessa fase, você ainda estará em um período produtivo de trabalho. Assim, precisa aprender a aplicar uma parcela de sua renda mensal, a fim de usufruir de seus rendimentos no futuro. Muitas pessoas optam por cerca 10%, para a sua aposentadoria.
A segunda fase, obviamente, é a de benefício, que é quando você para de contribuir e passa a usufruir do seu patrimônio acumulado ao longo dos anos de trabalho.
Nesse momento, você precisa decidir se vai optar por uma renda vitalícia mensal, recebendo mensalidades por um período determinado, ou se prefere sacar o valor total de uma só vez.
Se for uma boa quantia de dinheiro, você pode aplicar em um investimento com juros mensais para resgatar a sua rentabilidade, transformando o saque total em uma renda mensal por meio de novos investimentos com juros maiores.
Para saber mais ou menos quanto é o ideal para você se manter, basta ter em mente quanto você precisa hoje para viver com uma margem para novos custos, como remédios e plano de saúde.
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O que significa PGBL e VGBL?
Os planos de previdência privada podem ser divididos basicamente em duas categorias:
- PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre
- VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre
Cada uma delas possui características distintas que podem torná-las atraentes para o investidor, dependendo do seu perfil e de suas necessidades.
Quais as diferenças entre PGBL e VGBL?
Investir com objetivo na aposentadoria ou em outra meta de longo prazo requer cuidado. Escolher um fundo inadequado para você pode causar dores de cabeça.
Por isso, na Rico, ao investir em um fundo de previdência, você passa por um questionário rápido que ajuda você a escolher entre PGBL e VGBL, regime de tributação etc.
Entenda as principais diferenças a seguir.
O que é PGBL?
É um plano de previdência que permite vantagens fiscais na declaração do Imposto de Renda. Essa é sua principal característica: dedução da contribuição do Imposto de Renda anual.
Assim, ele é ideal para quem é optante da declaração de ajuste anual com formulário completo.
O modelo completo de IR é recomendado para pessoas que têm mais despesas que o normal para deduzir, como gastos com plano de saúde, educação, dependentes e etc.
A conta resumida é: se a soma total das suas deduções passar do limite de R$ 16.754,34 do modelo simplificado, então a melhor opção é fazer a declaração completa.
Mas não se engane, você não será isento de Imposto de Renda. No final do período de acumulação, o imposto será recolhido sobre o montante total acumulado com o passar dos anos. Ou seja, as suas contribuições mais o rendimento.
A vantagem disso é que os seus rendimentos serão também sobre o valor que seria pago ao IR, aumentando sua rentabilidade até o fim do período.
Além disso, o PGBL é recomendado para pessoas que querem contribuir com até 12% de sua renda anual. Não sendo recomendado passar disso em PGBL. Veja uma simulação sobre a economia de Imposto de Renda.
Sem PGBL | Com PGBL | |
Renda bruta anual | R$ 100.000 | R$ 100.000 |
Contribuição dedutível (12% da renda) | – | R$ 12.000 |
Nova base de cálculo | R$ 100.000 | R$ 88.000 |
Alíquota | 27,5% | 27,5% |
Imposto a pagar sem dedução | R$ 27.500 | R$ 24.200 |
Parcela a deduzir | R$ 10.432,32 | R$ 10.432,32 |
Total a pagar | R$ 17.067,68 | R$ 13.767,68 |
Diferença entre os planos | – | R$ 3.300 |
Nesse caso, vale mais a pena o PGBL em vez do VGBL. Mas lembre-se que para isso é preciso ser optante pela declaração completa e possuir vínculo com o Regime Geral da Previdência Social.
O que é VGBL?
Descubra agora se para você vale a pena investir em VGBL.
Enquanto o PGBL é indicado para quem é optante do modelo completo de declaração do imposto de renda, o VGBL é indicado para quem permanece no modelo simplificado, ou seja, quem possui menos deduções a fazer do IR.
Diferente do PGBL, esse plano possui o recolhimento apenas sobre a rentabilidade do patrimônio, e não sobre o todo. Assim, essa incidência ocorre apenas uma vez, no momento do resgate do VGBL.
Além disso, no VGBL não existem limites sobre a sua contribuição. É possível ultrapassar o valor de 12% da sua renda e ter um benefício proporcional.
PGBL e VGBL
Ainda é possível combinar ambas as previdências privadas, unindo o melhor das duas opções.
Por exemplo, você pode contribuir com 12% da sua renda no PGBL e garantir um bom abatimento anual do Imposto de Renda e 5% ou quanto você quiser no VGBL.
Dessa forma, você garantirá um patrimônio ainda maior com o passar dos anos. E caso você já esteja em um desses planos, é possível fazer a portabilidade de forma simples, mudando a característica dele.
Quais as vantagens da previdência privada?
A diferença da previdência privada e da social (INSS) é que, na primeira, você pode sacar o dinheiro a qualquer momento (assumindo possíveis perdas) e tudo o que você aplicar é seu, somado aos juros.
Vale lembrar que o INSS possui um teto de pagamento. Ou seja, passando dele em contribuição, você perde a diferença. Além disso, ninguém pode mexer no dinheiro antes de se aposentar, quando receberá o benefício mensal.
Nesse sentido, existe muito mais liberdade na utilização da previdência privada. No entanto, não é recomendado abrir mão do INSS. Ele garante uma série de benefícios adicionais que não existem na privada, como, por exemplo:
- Aposentadoria por invalidez
- Auxílio-doença
- Auxílio-acidente
- Auxílio-reclusão
- Pensão por morte
- Salário-família
- Salário-maternidade
Dessa forma, é indicado que você contribua para o INSS como qualquer trabalhador, mas em paralelo, invista em uma previdência privada para garantir um bom controle para ter um futuro tranquilo e próspero.
Mantendo as duas opções, você contará com um montante bem maior no momento de se aposentar.
Veja vantagens e pontos de atenção desse tipo de investimento a seguir:
Quais as vantagens de investir em um fundo de previdência?
Para quem investe a longo prazo, a previdência pode oferecer muitas vantagens, incluindo:
- Sucessão Patrimonial – quem investe em previdência privada cuida não apenas do próprio futuro. Em caso de falecimento do titular, o capital acumulado é facilmente transferido para herdeiros, sem que seja necessário passar por um inventário.
- Sem come-cotas – come-cotas é a cobrança semestral antecipada do IR, algo que ocorre normalmente em fundos. De modo geral, para objetivos de longo prazo, como é o caso de planos de previdência privada, essa cobrança teria um impacto muito grande nos resultados. Mas não é o que acontece no PGBL ou VGBL, investimentos livres do come-cotas.
- Portabilidade – os planos de previdência privada oferecem possibilidade de portabilidade sem custos. Assim, se você não estiver satisfeito com os resultados do seu plano, pode optar por trocar de gestor, instituição ou perfil de investimento.
- Incentivo à poupança – essa é uma vantagem é muito interessante para quem tem dificuldade em guardar dinheiro. Com a opção de débito em conta, você pode direcionar parte de sua renda automaticamente para a previdência, antes que possa dar outras finalidades para o valor.
Modelo de tributação sob medida – ao investir em um plano de previdência privada, você pode escolher um plano que contemple uma alíquota maior, com descontos do IR, ou uma alíquota menor, sem a possibilidade de abatimentos no IR.
Também é possível escolher entre a tabela progressiva ou regressiva de cobrança do imposto.
No segundo caso, é possível chegar a uma alíquota de apenas 10% se o investimento for mantido por pelo menos 10 anos.
Pontos de atenção ao aplicar em uma previdência privada
Como qualquer investimento, a previdência privada tem pontos que merecem ser analisados com cautela antes de confirmar a aplicação.
- Taxas – todos os fundos de previdência pagam taxas de administração, que varia conforme o plano do emissor. Além disso, o investimento ainda pode estar sujeito a outras cobranças, como taxa de carregamento e taxa de custódia – que você não paga na Rico.
- Carência – os planos de previdência possuem períodos elevados de carência. Assim, ao solicitar um saque antes desse período, seu investimento pode perder bastante em rentabilidade.
Investimento Inicial – existe um valor mínimo para aplicações em fundos de previdência. Contudo, com um bom planejamento, é possível organizar as finanças para tornar o investimento possível.
Se você tem mentalidade de curto prazo, por exemplo, esse investimento não é para você. Caso você seja mais agressivo, possivelmente, deve preferir investir em ações ou fundos com promessa de maior rentabilidade.
Regime de tributação progressivo ou regressivo?
Como já comentamos, existem duas formas de tributação dentro da previdência privada. No entanto, a grande questão é: qual delas é a melhor para você?
Em resumo, a tributação regressiva é vinculado ao tempo de aplicação. Ou seja, quanto maior é o tempo de aplicação, menos impostos serão recolhidos no momento do resgate total ou do recebimento da sua renda mensal.
Veja como funciona a tabela regressiva retirada do site da Receita Federal.
Tempo de contribuição | Alíquota % |
Até 2 anos |
35 |
De 2 a 4 anos | 30 |
De 4 a 6 anos | 25 |
De 6 a 8 anos | 20 |
De 8 a 10 anos | 15 |
Acima de 10 anos | 10 |
A outra opção é o regime de tributação progressivo. O que determinará o recolhimento será a quantia a ser resgatada ou transformada em renda. Quanto maior ela for, maior será a alíquota.
Esse tipo de regime é mais indicado para pessoas que não têm a projeção de manter a aplicação por longos períodos de tempo.
Base de cálculo anual em R$ | Base de cálculo mensal em R$ | Alíquota % |
Até 22.847,76 | Até 1.903,98 | Isento |
De 22.847,88 até 33.919,80 | De 1.903,99 a 2.826,65 | 7,5% |
De 33.919,92 até 45.012,60 | De 2.826,66 a 3.751,05 | 15% |
De 45.012,72 até 55.976,16 | De 3.751,06 a 4.664,68 | 22,5% |
Acima de 55.976,16 | Acima de 4.664,68 | 27,5% |
Dúvidas comuns sobre PGBL e VGBL
Investir em previdência privada com a Rico é simples. Mesmo assim, podem surgir algumas dúvidas. Veja as principais a seguir:
Como declarar PGBL e VGBL?
As contribuições VGBL devem ser declaradas na ficha “Bens e Direitos” sob o código 97, referente a VGBL. O valor do rendimento obtido ao longo do ano não deve ser declarado. Coloque apenas o valor da contribuição feita no período.
Os aportes em PGBL devem ser informados na ficha “Pagamentos e Doações Efetuadas” sob o código 36 referente ao PGBL. A dedução somente poderá ser feita no modelo completo de declaração, limitado a 12% da sua renda anual.
É possível mudar de PGBL para VGBL?
A portabilidade tem regras importantes de serem observadas. Você não pode mudar de um plano VGBL para um PGBL e vice-versa. Também não pode mudar o regime tributário regressivo para o progressivo. Só é possível ir do regime progressivo para o regressivo.
Conclusão
Como visto, a principal diferença entre PGBL e VGBL está na forma de tributação. Em resumo, se você faz a declaração de ajuste anual completa e contribui com até 12% da sua renda anual, é mais indicado que você escolha o PGBL.
No entanto, se você quer contribuir com mais de 12% da renda anual, ou ainda, optou pela declaração de imposto simplificada, é mais indicado que você opte pelo VGBL.
Em resumo, a escolha entre PGBL e VGBL depende principalmente da forma com que você declara o seu Imposto de Renda.
Além disso, a decisão mais importante para que você tenha sucesso no futuro é escolher o parceiro de investimentos certo.
No momento de investir, como você viu, nossa plataforma faz poucas perguntas que o ajudam a decidir o melhor tipo de previdência privada para você.
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