03/05/2022 13:10:18 • Atualizado em 25/01/2023 20:31:39
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Previdência Privada vale a pena? Descubra!
Para saber se a previdência privada vale a pena, você precisa conhecer suas características e o seu funcionamento. Confira as principais vantagens e desvantagens desse investimento!
A previdência privada pode valer a pena se você possui metas a longo prazo.
Mas é preciso saber escolher o fundo correto para você. Existem ótimos fundos de previdência e outros fundos que rendem pouco e possuem taxas mais pesadas.
Você gostaria de se aposentar mais cedo? E que tal construir uma reserva financeira de longo prazo? Ou ainda, você gostaria de ser independente financeiramente daqui 20 anos?
Para todas as suas metas de longo prazo (normalmente mais de 8 anos), leve em conta investir em previdência privada.
Sim, esse tipo de aplicação pode servir para muitas outras metas além da aposentadoria. Esse é o investimento a ser considerado quando você quer se preparar para o futuro.
Por isso, é fundamental que você entenda muito bem o funcionamento da previdência privada antes de tomar qualquer decisão. Afinal, é o seu futuro que está em jogo.
Para que você fique por dentro desse assunto, fizemos esse texto para mostrar se a previdência privada (PP) vale a pena.
Confira os tópicos que iremos abordar ao longo do conteúdo:
- Como funciona o investimento em Previdência Privada (PP)?
- Qual a diferença do fundo de previdência para o fundo de investimento comum?
- Quais são as taxas da previdência privada?
- Quais são os tipos de previdência privada?
- Previdência Privada vale a pena? 10 vantagens e desvantagens!
- Quais são as taxas e tributação do investimento em previdência privada?
- Previdência Privada, Tesouro Direto ou CDB?
Boa leitura!
Como funciona o investimento em Previdência Privada (PP)?
Para saber se a previdência privada vale a pena, você precisa entender como um fundo de previdência privada funciona.
Esse é um investimento simples que possui duas fases distintas: de acumular e depois de resgatar.
Você faz um investimento inicial, pode configurar aplicações mensais e escolher um beneficiário, e passa anos investindo. Essa é a fase de acumular.
Depois de um prazo definido, você pode escolher como receber de volta os juros e o capital acumulado. Essa é a fase de resgatar.
Qual a diferença do fundo de previdência para o fundo de investimento comum?
ses produtos possuem diversas semelhanças como carteiras de ativos, gestores e taxas de administração, por exemplo.
Uma das grandes diferenças é que o fundo de previdência não possui come-cotas e pode contar com vantagens tributárias para quem deseja investir a longo prazo. Por outro lado, é mais vantajoso investir nos fundos comuns se você tem metas de curto a médio prazo.
Ambos podem ter uma performance conservadora, moderada ou agressiva. Isso mesmo. Um fundo previdenciário pode sim ser mais agressivo.
Sucessão com fundo de previdência
Se você olhar do ponto de vista legal, a comparação também pode ser realizada com os seguros, já que ambos são regulamentados pela SUSEP.
Com isso, todas as suas tributações têm características próprias. Por exemplo: se o titular de uma previdência privada falecer, a transferência deste produto é feita de maneira diferente de um fundo “normal”. Isso também permite obter uma economia tributária no momento da transferência de patrimônio.
Dessa forma, nos bancos, a comercialização de uma previdência privada é feita no setor de seguros e não no de investimentos.
Assim, uma previdência privada é um produto de seguridade que é gerido como um fundo de investimento.
Quais são as taxas da previdência privada?
Uma ótima maneira de saber se aquele plano de previdência privada vale a pena para você é conhecer as taxas do produto.
Em grandes bancos de varejo, as taxas podem ser muito pesadas, funcionando como âncoras para o seu patrimônio. Esteja atento a essas:
- Taxa de carregamento de entrada
- Taxa de carregamento de saída
- Taxa de administração
- Taxa de performance
A taxa de carregamento era comum no passado, mas hoje são poucas instituições, geralmente grandes, que ainda cobram. Por isso, não é recomendado investir através de grandes bancos. Hoje muitas corretoras não trabalham com taxas de carregamento.
Quais são os tipos de Previdência Privada?
De início, você precisa compreender três concepções básicas sobre os fundos de previdência:
- Categoria do Plano (PGBL ou VGBL)
- Tipo de tributação (regressiva ou progressiva)
- Tipo de estratégia de gestão (conservadora, moderada ou agressiva)
Saiba mais sobre esses pontos:
PGBL ou VGBL
No geral, a diferença principal entre o VGBL e o PGBL é a tributação.
No VGBL, o Imposto de Renda incide somente sobre a rentabilidade conquistada. Já no PGBL, essa incidência ocorre sobre o total que será resgatado.
Porém, no PGBL, você pode ter seus aportes abatidos do Imposto de Renda, limitado a 12% da sua renda tributável anual.
Além disso, só faz sentido optar por um PGBL se você for contribuinte do INSS ou outro regime próprio (RPPS) e você for realizar a Declaração de Imposto de Renda na modalidade completa, de maneira a realizar os abatimentos do IR.
Se você não souber como fazer a sua declaração, é recomendável procurar um contador para saber se vale a pena ou não tentar se encaixar no PGBL.
Tenha em mente que esse abatimento nada mais é do que um adiantamento do pagamento desse imposto.
Tipo de tributação do fundo de previdência
Independentemente do tipo de previdência privada escolhido, você precisará optar por um dos dois regimes tributários a seguir:
- Progressivo: 15% do seu lucro fica retida na fonte e na declaração de Imposto de Renda do ano seguinte será feito um ajuste, podendo oscilar de 0 a 27,5%, a depender da sua renda.
- Regressivo: a retenção varia de 35% a 10%, que varia de acordo com o tempo que o dinheiro permanecer aplicado. Assim, quanto mais tempo, menos imposto você pagará.
Tipo de estratégia de gestão
Dependendo do fundo escolhido, é possível investir em diferentes tipos de mercado (como os multimercados) que podem centralizar sua estratégia em renda fixa pré/inflação ou em renda fixa pós.
A escolha destes depende do tipo de estratégia que você quer utilizar na sua aplicação, que variam entre uma estratégia mais conservadora, moderada ou arrojada.
O que definirá o nível de risco é o tipo de gestão que será aplicada. Quanto mais agressiva, maior o risco do fundo, já que buscando maiores retornos ele provavelmente incorrerá em maior volatilidade.
Previdência Privada vale a pena? 10 vantagens e desvantagens!
Para saber se de fato a previdência privada vale a pena, é importante que você avalie suas vantagens e desvantagens.
Muitos especialistas e economistas afirmam que investir em uma PP não compensa. Ou seja, essa não seria a melhor opção para quem quer criar uma reserva financeira para o futuro.
Eles falam isso com base nos produtos ruins, com altas taxas cobradas por bancos. No entanto, ao investir através de uma corretora, você não tem esse problema.
Então, optar por uma previdência privada pode ser uma boa opção, dependendo do seu perfil e objetivos. Você precisa ter uma boa reserva para médio e curto prazo e claro, um planejamento financeiro sólido para longo prazo.
A seguir, você conhecerá as principais vantagens e desvantagens da previdência privada, para saber se essa modalidade vale a pena para você:
5 vantagens de investir em previdência privada
1. Plano personalizado
Caso você opte por uma previdência privada, existe a possibilidade de aplicar o seu dinheiro em um plano que atenda melhor às suas necessidades. Ele pode ser voltado mais para carteiras conservadoras, moderadas ou agressivas médio, e pode conter características tributárias diferentes, dependendo do seu perfil.
2. Fundo
Um fundo de previdência privada não é muito diferente de um fundo de investimento.
Então, ele é capaz de gerar uma renda para a sua aposentadoria, expondo o seu capital a ativos financeiros, mesmo que indiretamente.
3. Flexibilidade
Você conta com a opção de portabilidade de uma previdência.
Assim, se você não estiver satisfeito com os resultados que ela está tendo ou simplesmente quer atualizar a estratégia da sua carteira, existe a possibilidade de migrá-la para outro plano, mesmo que de outra instituição.
4. Gestão
Como o seu dinheiro rende em um fundo de investimento, existe um gestor profissional para acompanhar o desempenho que as suas aplicações estão tendo. Além de ser ele quem realiza a alocação do seu capital.
5. Disciplina
Uma previdência privada costuma incentivar as pessoas a poupar dinheiro. Então, se você tem essa dificuldade, essa pode ser uma boa opção para desenvolver esse hábito.
5 desvantagens do investimento em previdência privada
1. Taxas
Independente do plano escolhido, saiba que ele terá uma taxa de administração que varia de acordo com o seu emissor. Os fundos oferecidos pela Rico possuem taxas de administração baixas, o que torna o investimento muito vantajoso.
2. Tributação
Existem dois tipos de tributação em uma previdência privada: a progressiva (de 0% a 27,5%) e a regressiva (de 35% a 10%).
No caso da tabela progressiva, a alíquota aumenta conforme sua renda. Já na regressiva, as porcentagens variam de acordo com o tempo que o seu dinheiro fica alocado. Então, se você precisa do dinheiro a curto prazo, provavelmente terá que pagar uma alíquota maior, de acordo com o tipo escolhido de tributação.
3. Composição
A rentabilidade de uma previdência privada varia de acordo com a composição do fundo. Com isso, se você aplicar o seu dinheiro sem conhecer os ativos que ele possui, é possível que você tenha as expectativas frustradas. Por isso, é fundamental escolher o plano de previdência de acordo com o seu nível de tolerância a risco. Além disso, muitas vezes é recomendável que você diversifique em mais de um plano de previdência.
4. Riscos
Ao optar por uma previdência, você vai se deparar com diversos planos com diferentes graus de risco, de acordo com as aplicações do fundo e da instituição emissora.
Além disso, essa opção não conta com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Ou seja, se a seguradora da previdência for à falência, você poderá ter dificuldades para reaver seu patrimônio. Apesar disso, o mercado previdenciário é bastante regulado, o que reduz bastante a probabilidade de isso acontecer.
5. Período de carência
Você pode solicitar o resgate das parcelas pagas a qualquer momento, desde que o período mínimo de carência seja respeitado. Essa carência pode ser 60 ou 180 dias, mas também pode haver um prazo de cotização e liquidação do fundo para que o dinheiro caia na conta.
Quais são as taxas e tributação do investimento em previdência privada?
Como já vimos, assim como nos fundos de investimento, existem alguns custos para alocar o seu dinheiro na previdência privada: taxa de carregamento (rara hoje em dia), taxa de administração e de performance e Imposto de Renda.
A seguir, você conhecerá um pouco mais sobre cada um deles:
Taxa de Carregamento
Pode haver uma taxa de carregamento cobrada sobre cada aplicação feita em sua previdência. Apesar disso, a maioria das corretoras hoje em dia não cobram essa taxa.
Assim, em bancos de varejo é mais provável encontrar essas taxas de carregamento, que geralmente são elevadas.
Esse é um fator que influencia bastante o rendimento da sua PP, já que quanto maior for a taxa, menor será a sua rentabilidade com o passar dos anos. Então, se você for contratar um plano de previdência, busque aqueles que não cobram taxa de carregamento.
Taxa de Administração e Performance
A taxa de administração é cobrada de maneira anual sobre o valor total que foi aplicado. Como ela remunera o time que está fazendo a gestão do seu patrimônio, sua existência não é um problema em si, mas precisa estar de acordo com o serviço oferecido.
Já a taxa de performance é cobrada apenas em alguns fundos, quando o gestor supera a meta estabelecida para aquele fundo. Apesar de parecer apenas uma taxa a mais, ela costuma beneficiar os produtos de gestão ativa, pois alinha seus interesses com o do gestor.
Alguns fundos não cobram essas taxas, mas isso é raro. Então, é importante que você se atente as elas ao pensar em aderir a uma PP. Aqui vale lembrar que a rentabilidade divulgada dos fundos de previdência está sempre líquida dessas taxas. Ou seja, se a taxa estiver exagerada provavelmente isso refletirá em uma performance ruim.
Tributação
Muitos ativos estão sujeitos à tributação, e com a previdência privada não é diferente.
Tirando algumas exceções, os investimentos são sujeitos à cobrança do IR.
Então, fique atento às tributações para que a sua rentabilidade não sofra muito com isso.
Previdência Privada ou Tesouro Direto?
Existem alternativas de investimentos que podem render de maneira similar a previdência privada. Se o seu perfil for exclusivamente voltado para renda fixa com baixo risco de crédito, o Tesouro Direto também pode ser uma alternativa.
Especialmente o Tesouro IPCA, pode ajudar a saber exatamente qual retorno você terá em prazos mais longos, porém se você optar por adaptar essa estratégia no meio do caminho essa opção pode ser desvantajosa tributariamente.
Diversifique investimentos para planejar melhor o seu futuro
A diversificação de investimentos pode ser a sua melhor amiga, tanto a curto, médio ou longo prazo.
Essa estratégia consiste em não deixar todos os ovos na mesma cesta. Ou seja, você escolhe diferentes tipos de investimentos e mercados para que seu patrimônio não esteja exposto exatamente ao mesmo tipo de risco.
Por exemplo, seria uma imprudência investir todo o seu capital para longo prazo em fundos de previdência de renda fixa. Você pode e deve ter uma carteira mais equilibrada com outros tipos de investimentos.
Imagine se acontece uma grande crise mundial. Neste caso, você desejaria ter algum investimento exposto ao dólar na sua conta. Esse tipo de aplicação serve como seguro. Quando as outras caem, ela sobe para equilibrar seus ganhos.
Além disso, você pode fazer uma carteira equilibrada apenas com fundos de previdência. No seu banco, isso seria muito difícil.
Conclusão
Para você a previdência privada vale a pena?
Você pode encontrar muitos especialistas falando que previdência privada não é um bom investimento.
Isso acontece porque há pouco tempo, os bons fundos de previdência, que cobram poucas taxas e têm boas performances não estavam ao alcance do pequeno investidor.
Mas hoje o cenário é outro. Vale a pena sim investir em previdência privada. Claro, desde que você realmente tenha um plano de longo prazo estabelecido.
Agradecemos a leitura!