Você está no meio de um ano promissor, tudo parece sob controle, até que, de repente, seu carro quebra e surge aquela despesa inesperada na oficina. Para cobrir esse imprevisto, você se vê obrigado a resgatar aquele investimento de longo prazo que estava rendendo bem ou, pior ainda, a recorrer ao cartão de crédito. A frustração bate ao ver seu patrimônio diminuir para resolver algo momentâneo. E, com isso, vai embora também a sensação de segurança financeira. 

Esse ciclo de imprevistos pode desestabilizar qualquer um, especialmente quem não tem uma reserva de emergência. É uma história conhecida: pequenos gastos que, quando somados, drenam o que deveria ser usado para algo maior ou, pior ainda, comprometem seu patrimônio de longo prazo. Mas e se existisse uma solução simples para evitar essa frustração? 

A famosa reserva de emergência existe exatamente para esses momentos – um dinheiro guardado para impedir que sua vida financeira entre em colapso quando o inesperado acontecer. No entanto, muita gente acaba usando essa reserva para cobrir pequenos gastos do dia a dia, como um lanche extra ou uma assinatura de streaming. No fim, esses deslizes comprometem o saldo total e podem deixar você na mão quando a verdadeira emergência aparecer. 

Nem todos os brasileiros, no entanto, têm condições de criar uma reserva do zero. De acordo com o Índice de Saúde Financeira dos Brasileiros – I-SFB FEBRABAN, muitos brasileiros enfrentam dificuldades com o orçamento apertado, sendo que 74% empatam ou gastam mais do que ganham. Por isso, o primeiro passo deve ser avaliar a própria vida financeira e, a partir disso, estabelecer etapas realistas para acumular dinheiro todo mês. 

Para evitar esse tipo de situação, é fundamental construir sua reserva de emergência de maneira planejada e eficiente. Na análise a seguir, você vai entender passo a passo como organizar, investir e proteger sua reserva, garantindo que ela esteja pronta para momentos de real necessidade. 

O que é a Reserva de Emergência? 

A reserva de emergência é o famoso “dinheiro guardado para os dias difíceis”. Trata-se de uma quantia destinada exclusivamente para cobrir imprevistos financeiros que podem surgir sem aviso prévio, como perda de emprego, problemas de saúde, ou emergências com seu carro ou casa. A ideia aqui é que esse fundo seja o seu “porto seguro”, evitando que você precise recorrer a empréstimos ou usar investimentos destinados ao longo prazo para situações de curto prazo. 

De forma simples, a reserva de emergência serve para cobrir gastos inesperados, como: 
  • Manter as contas básicas em dia, caso você perca o emprego; 
  • Despesas médicas ou odontológicas não cobertas pelo plano; 
  • Emergências veterinárias com seu pet; 
  • Consertos importantes na casa, como vazamentos ou troca de eletrodomésticos; 
  • Viagens urgentes por motivos familiares; 
  • Mudança de cidade e custos com frete e documentação; 
  • Multas ou contas que surgem de surpresa; 
  • Ter dinheiro rápido sem precisar pegar empréstimos caros. 

Além disso, a reserva é um fundo que deve ser utilizado exclusivamente em emergências, e não para gastos impulsivos ou despesas do dia a dia, como:  

  • – Compras desnecessárias; 
  • – Lazer ou entretenimento, como shows e restaurantes; 
  • – Pagamento de impostos; 
  • – Reformas estéticas na casa; 
  • – Aquisição de um carro ou imóvel. 

Sendo assim, criar uma reserva de emergência é um passo importante para trazer mais tranquilidade, já que você ganha mais liberdade para tomar decisões. Ter um valor guardado para situações inesperadas ou mudanças na sua carreira permite, por exemplo, que você deixe um ambiente de trabalho que não gosta ou cubra despesas inesperadas, como perda de renda ou uma emergência de saúde na família. 

Como funciona na prática? 

O primeiro passo para fazer uma reserva de emergência é se organizar financeiramente. Para começar, você precisa entender seus gastos mensais — desde o aluguel e contas de consumo até os pequenos custos diários.

É importante saber qual é a sua renda líquida (o valor que você recebe após os impostos), quais são seus gastos, seu custo de vida e seu patrimônio atual. Se tiver dívidas, é essencial incluí-las no planejamento também.

Calcule o custo básico da sua vida, ou seja, o que você não pode deixar de pagar, como aluguel, luz, água, alimentação e saúde. Essas despesas devem guiar a criação da sua reserva de emergência.

Além disso, é fundamental que você defina metas realistas. Estabeleça um valor mensal que possa ser guardado sem comprometer demais o seu dia a dia. E lembre-se: disciplina é a chave. Mesmo pequenos aportes mensais, ao longo do tempo, garantirão que você construa uma base financeira sólida. Evitar saques desnecessários também é crucial — afinal, a ideia é que a reserva esteja disponível para emergências reais, e não para cobrir pequenos gastos diários.

Quanto devo ter na minha reserva? 

Como regra geral, ter entre 6 a 12 meses do seu custo de vida é uma boa referência para o valor de sua reserva de emergência.

Entretanto, dependendo do seu tipo de renda, pode ser mais recomendável ajustar o valor da sua reserva. Ou seja, é importante levar em conta a estabilidade da sua profissão e as diferentes maneiras de gerar renda — seja com o seu trabalho principal ou com atividades extras.

Se você é funcionário público ou CLT, seu salário é previsível, o que permite uma reserva menor. O ideal é ter uma reserva que cubra pelo menos seis meses de gastos; assim, você se protege em caso de perda do emprego e outros imprevistos. Por exemplo, se você ganha R$ 2.500, acumular R$ 15.000 já traria uma boa segurança em sua reserva.

Para quem tem renda instável, como autônomos ou MEIs, a imprevisibilidade da renda vai ditar se você deve guardar mais ou menos dentro da faixa ideal de 6 a 12 meses.

Partindo para um exemplo prático, se seus gastos básicos somam R$ 2.500 e você possui uma renda mais instável, seria mais recomendável uma reserva de R$ 30.000, o que equivale a 12 meses de despesas essenciais.

Portanto, a reserva de emergência é essencial para todo mundo, não importa quanto você ganha. O valor da reserva vai depender da sua realidade, e é sempre bom revisá-la para garantir que ela esteja adequada às suas necessidades.

Onde investir minha reserva de emergência? 

Agora que você tem uma ideia de quanto precisa guardar, a próxima pergunta é: onde colocar esse dinheiro?  

Em primeiro lugar, essa é uma reserva destinada a imprevistos e, como o próprio nome sugere, não temos como prever quando algo inesperado vai acontecer, certo? Por isso, a reserva de emergência precisa ter alta liquidez. A liquidez se refere à facilidade de transformar esse investimento em dinheiro disponível na sua conta de forma imediata. 

Outro ponto fundamental é que a reserva de emergência não pode estar sujeita à volatilidade. Ela deve ser aplicada em investimentos seguros, conservadores e com rentabilidade previsível. Esses investimentos são, basicamente, em renda fixa pós-fixada, com a rentabilidade atrelada a taxa Selic ou CDI. Apesar dos bons retornos atuais dos investimentos pós fixados, o foco da sua reserva de emergência não deverá ser na rentabilidade. Afinal, o objetivo desse dinheiro é estar disponível para emergências, evitando prejuízos. 

E para simplificar sua tarefa na escolha, listamos alguns ativos que recomendamos para sua reserva de emergência. E o melhor? Todos disponíveis na sua conta da Rico! 

1 – Tesouro Selic:  Título público federal de renda fixa emitido pelo governo e disponibilizado através do Tesouro Direto. Ele tem rentabilidade pós-fixada que acompanha a variação da principal taxa do mercado financeiro: a Selic. Preferencialmente do vencimento mais curto disponível. A venda deste ativo pode ser feita a qualquer momento, pois o próprio governo faz a recompra.  E a liquidação se dá em D+1, isto é, em um dia útil o dinheiro estará na sua conta. 

2- Trend Cash Fic Firf Simples: Fundo de investimento, com exposição ao índice DI por meio de uma carteira de ativos de renda fixa pós-fixada emitidos pelo governo (títulos públicos federais). Ele apresenta de contar com o resgate em D+0, ou seja, no mesmo dia, desde que solicitado o resgate até as 14:30 do mesmo dia.

3- Trend DI FIC FIRF Simples: Fundo de investimento disponível para novos clientes da Rico, com exposição ao índice DI por meio de uma carteira de ativos de renda fixa emitidos pelo governo (títulos públicos federais). Portanto, se você quer ter uma reserva com rentabilidade em linha com o CDI, essa pode ser uma opção, além de contar com o resgate em D+1 e taxa zero de administração.  Aplicação inicial: R$ 100,00  

Por fim, a construção de uma reserva de emergência não é apenas uma prática financeira sensata, mas uma forma de proporcionar tranquilidade e segurança para sua vida. Ao estar preparado para imprevistos, você evita o desgaste emocional e financeiro de comprometer investimentos de longo prazo ou recorrer a dívidas com altos juros. 

Lembre-se: uma reserva de emergência sólida é um alicerce fundamental para qualquer planejamento financeiro. Quanto mais cedo você começar a construir a sua, mais rapidamente conquistará a liberdade de fazer escolhas seguras, seja em sua carreira, nos seus investimentos ou na vida pessoal. 

Meus Objetivos Rico  

Quer uma forma fácil de montar sua reserva de emergência?  

Conheça a ferramenta “Meus Objetivos” da Rico – funcionalidade disponível no seu app da Rico, onde você só precisa criar um objetivo para sua reserva de emergência, e a Rico te ajuda com o seu planejamento. Confira no vídeo a seguir. 

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Elaborado por:

Bruna Sene, CNPI-T 6928

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