Quer saber onde investir em outubro? Então, esse conteúdo é pra você. Todo mês, o time de especialistas da Rico analisa como está o cenário no Brasil e no mundo, trazendo recomendações atualizadas de investimento de acordo com cada perfil de investidor.
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Onde investir em outubro de 2024?
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Investimentos e meterologia: é bom acompanhar as previsões!
Você compra guarda-chuva em dia de sol ou deixa para o momento de desespero? Investir bem é como se precaver de mudanças bruscas no tempo, sempre de olho na previsão antes de sair de casa ou fazer planos ao ar livre.
Nesse conteúdo, trazemos a “meteorologia” para as principais classes de investimento disponíveis no mercado e a nossa dose recomendada para todas elas de acordo com o cenário atual. Assim, evitamos que uma “frente fria” pegue o seu dinheiro desprevenido.
O clima no Brasil e no mundo – sol entre nuvens
Setembro foi um mês de “rajadas de ventos” para os mercados, marcado principalmente pelo tão esperado início do ciclo de corte de juros pelo Banco Central dos Estados Unidos. Em decisão que surpreendeu parte dos investidores (que esperavam um corte inicial menor), o Federal Reserve (Fed) reduziu a taxa básica de juros da maior economia do mundo em 0,5 ponto percentual.
A queda dos juros reflete um cenário de inflação mais controlado e um mercado de trabalho que, embora desacelerando, o faz de forma gradual. Contudo, o ritmo dos cortes futuros e a taxa terminal (ou seja, até que nível será reduzida a taxa) seguem incertos, com o risco de uma recessão ainda pairando sobre as expectativas.
Enquanto isso, a China, a segunda maior economia global, também tomou medidas para estimular sua atividade econômica. Logo após a decisão do Fed, o governo chinês anunciou um robusto pacote de estímulos monetários (juros), creditícios e fiscais – o maior desde a pandemia.
Diante de uma crise persistente no setor imobiliário, preços em território negativo e dados de atividade econômica letárgicos, as medidas têm o objetivo de alcançar a meta de crescimento de 5% para 2024. A reação imediata de investidores ao pacote foi positiva, com a bolsa (FXI) subindo mais de 20% em setembro.
No Brasil, os ventos sopraram em outra direção – embora o pacote chinês tenha alimentado o apetite ao risco de investidores, beneficiando principalmente empresas exportadoras de commodities industriais.
Por aqui, o destaque ficou para a elevação da taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 10,75%. Como detalhamos nesse texto, o ciclo de aperto monetário é explicado por uma economia que cresce acima do esperado, expectativas de inflação no futuro acima da meta e uma moeda desvalorizada – todos fatores que pressionam o ritmo de alta de preços.
Acreditamos que o Banco Central deverá dar sequência ao ciclo de alta de juros até janeiro de 2025, quando a Selic deverá atingir o patamar de 12,0% ao ano.
Outro tema que balançou o clima por aqui em setembro foi a piora do risco fiscal. Com destaque para a divulgação de um Relatório bimestral de Receitas e Despesas (uma espécie de “prestação de contas” divulgada pelo Ministério da Fazenda) com números lido como incertos por analistas, investidores voltaram a colocar em xeque a capacidade do governo em alcançar suas metas fiscais.
Somando-se a isso a percepção de falta de credibilidade da meta em si, com cada vez mais exceções às regras e limites de despesas, o aumento da percepção de risco fiscal voltou a impactar o mercado de diversas maneiras. Esses incluíram a elevação dos juros futuros (afetando diretamente o mercado de renda fixa), a desvalorização do real, e a queda de ações de empresas mais sensíveis a alta de juros.
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Elaborado por:
Bruna Sene, CNPI-T 1847
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