- O Ibovespa desabou dos 130 para 117 mil pontos, chegando a bater em 115 mil
- O cenário está estressado lá fora, com a variante Delta impactando as economias e os EUA falando sobre diminuição de estímulos
- Mas a Bolsa no Brasil está especialmente volátil, graças a alguns riscos domésticos (a saber: fiscal e político)
- Entenda como investir nesse cenário
Nos últimos (vários) dias, estamos falando sem parar sobre alguns assuntos negativos para os mercados. Dos 130 mil, o Ibovespa, nosso índice de referência, caiu para 115 mil pontos com um misto entre cautela global e esses riscos domésticos. Vimos um alívio no pregão de quinta-feira e voltamos aos 117 mil pontos antes do fechamento, mas a situação segue bastante incerta.
O que aconteceu nessas semanas?
No cenário internacional, a preocupações sobre o avanço da variante Delta em diversos países crescem conforme alguns dados e indicadores enfraquecem: confiança do consumidor, confiança de empresários e vendas de varejistas entre eles. No Afeganistão, a tomada de poder pelo Talibã cria um cenário de mudança na ordem global, como mencionamos neste outro texto. Além disso, o banco central americano volta a falar em diminuição nos estímulos, o que significa, em última instância, menos dinheiro para a bolsa, como comentamos neste resumo do dia.
E tem também a China. A segunda maior economia do mundo tem um objetivo muito forte de redução de gases do efeito estufa — e quer endereçar essa questão, entre outras atitudes, por meio de uma menor produção de aço, o que atingiu em cheio o preço do minério de ferro.
E o Brasil tem suas próprias preocupações. A bolsa brasileira, especificamente, vem sofrendo revés após revés com uma série de riscos domésticos, da situação fiscal (leia o nosso texto sobre precatórios e Bolsa Família) ao clima político (com desentendimentos entre o presidente e tribunais superiores), além de uma inflação persistentemente alta e impactada pelo clima desfavorável, sem chuvas. Os juros na renda fixa demonstram o nível de incerteza, com taxas acima dos níveis mais agudos da pandemia em 2020 — o Tesouro prefixado já paga mais de 10% a.a.
A pergunta mais frequente nestes cenários é: o que fazer com meus investimentos? É o que respondemos nos itens a seguir, seguindo a premissa mais importante para qualquer carteira de investimentos.
O que fazer na bolsa brasileira
Em momentos desafiadores para a macroeconomia, o melhor a se fazer é buscar empresas que dependem menos dos rumos do país. Aqui, falamos de companhias de alta qualidade, com grande potencial de crescimento pelos seus fundamentos e teses próprias.
Também é hora de ter mais atenção a empresas líderes de seus setores, que sejam “donas dos preços”: quem tem grande fatia do mercado e grande relevância em seu setor consegue repassar a inflação aos seus produtos e serviços, protegendo a margem de lucro.
Também é interessante manter na carteira nomes que sofrem menos em cenários de stress, como as da nossa seleção gratuita de ações com baixa volatilidade histórica.
No fim das contas, lembre-se: se você tem convicção na tese, a baixa é justamente o melhor momento para comprar!
O que fazer na renda fixa
Como mencionamos, os juros estão estressados no Brasil, o que se traduz em boas oportunidades na renda fixa. No ciclo atual, de aumento da taxa Selic, os pós-fixados trazem boas oportunidades com e sem liquidez diária. Os títulos indexados ao IPCA são excelentes para proteger da inflação pressionada. Por fim, pré-fixados de prazo mais curto ainda representam oportunidades, na nossa opinião, mas é importante lembrar que eles tendem a perder valor caso haja novas altas nas expectativas de mercado para os juros.
Há poucos dias, publicamos um Insight com diversas recomendações em renda fixa: todas ainda estão valendo! Acesse aqui.
O que fazer para se proteger do risco-país
Essa é provavelmente a parte mais importante desse Insight. Como sempre defendemos, a diversificação internacional é a melhor forma de se proteger de riscos domésticos, e momentos como o atual são grandes exemplos da sua importância.
Investimentos internacionais estão em praticamente todas as nossas carteiras recomendadas para agosto. Indicamos principalmente posições em empresas estrangeiras, por meio de fundos, ETFs e BDRs (este último nas Estrelas Globais).
Se os ativos em que você investe fora do país têm proteção contra as oscilações cambiais (o famoso “hedge”) comprar dólar em si (por meio do Trend Dólar, por exemplo) também pode ser um caminho: a moeda americana tende a se valorizar frente ao real em ocasiões turbulentas no Brasil. Confira os ativos recomendados para agosto nos perfis conservadores, moderados e agressivos.
Elaborado por:
Bruna Sene, CNPI-T 1847
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