Como diz o ditado: depois da tempestade vem a bonança. Será?

A semana do dia 05 de agosto de 2024 começou turbulenta nos mercados, com uma nova “Bloody Monday” (segunda-feira sangrenta) marcada por bolsas caindo forte ao redor do mundo. O destaque foi o Índice Nikkei (principal índice da bolsa do Japão), que desabou 12,4% e chegou a acionar o circuit breaker – paralisação do pregão por tempo determinado quando a queda do dia atinge certo patamar percentual.

As quedas não se limitaram ao oriente. O movimento de pânico se refletiu nas principais bolsas do mundo. O Índice Nasdaq dos Estados Unidos, por exemplo, começou a segunda-feira em queda superior a 5%.

O mercado nacional acompanhou a aversão ao risco do exterior, mas em escala reduzida. Na mínima da Bloody Monday  do 05 de agosto, o Ibovespa chegou a recuar mais de 2% e terminou o dia em queda de 0,46%.

Relembrando os motivos da queda

O movimento de pânico dos mercados na segunda-feira (05) ocorreu devido a alguns fatores.

Dentre eles, vale o destaque para o receio entre investidores de uma potencial recessão nos Estados Unidos – que ganhou força diante de dados fracos do mercado de trabalho divulgados na semana anterior.

A elevação de juros no Japão, que levou investidores a desfazerem muitas posições de carry trade, também figurou entre os principais catalizadores do movimento de “pânico” que se espalhou rapidamente. 

O que é carry trade?

Na prática, é um mecanismo onde investidores vendem suas posições em moedas de países de juros baixos (como o Japão) e compram outras moedas de países com taxas de juros mais altas (como o México e o próprio Brasil) com o objetivo de obter retornos fruto do diferencial de juros.

Ou seja, alguns fatores influenciaram esse movimento. Confira aqui nossa análise completa sobre o que motivou as fortes quedas nos mercados.

O que está acontecendo agora?

Desde terça-feira (06 de agosto), estamos vendo uma recuperação dos mercados ao redor do mundo. Assim como os motivos por trás do pânico inicial, a recuperação recente também remonta a uma série de fatores.

Primeiro, maior parte da operações de carry trade global foi desfeita – segundo dados do JP Morgan – o que contribui para reduzir a volatilidade vista no início da semana, especialmente em moedas de países emergentes.

Além disso, entendemos que os dados apresentados pela economia americana ainda não indicam uma recessão na maior economia do mundo.

Apesar de o dado referente ao mercado de trabalho divulgado na semana passada ter vindo mais fraco do que era esperado (mostrando elevação da taxa de desemprego acima do projetado), ele não sugere uma contração ou uma deterioração mais severa do mercado de trabalho no país. Ou seja, os dados não passam a imagem de uma recessão – a menos não por ora.

Outros indicadores divulgados após o dado de desemprego nos Estados Unidos reforçaram a tese de que é cedo demais ou até mesmo um pouco exagerado considerar a efetividade de uma recessão nesse momento.

Investidores “divididos”

Nesse contexto, os investidores estiveram bastante divididos nos últimos dias, levando ao questionamento de muitos sobre a alocação em bolsa nesse momento – especialmente diante da incerteza sobre como o movimento dos juros podem (ou tendem) a afetar as ações brasileiras.

Como os juros nos Estados Unidos afetam as ações brasileiras?

Temos o efeito dos juros no valuation (ou avaliação) das empresas. Isso porque quanto maior a taxa de juros, mais prejudicada fica a avaliação, já que essa taxa é usada no cálculo para encontrar o que chamamos de “preço justo” para as ações. E nesse caso, quanto maior a taxa, menor o preço justo.
Nesse sentido, também entra nesse cálculo o que chamamos de “taxa livre de risco”, e justamente os juros norte-americanos costumam ser utilizados como taxa livre de risco. Assim, a mudança na taxa de juros americana afeta a precificação das empresas no Brasil.

Vale a pena investir em ações agora?

É bem verdade que o mercado acionário é bastante volátil, mas esses momentos de correria costumam gerar oportunidades. Estamos vivendo um momento de incertezas, que ainda impõe cautela aos investidores. Mas, seguimos vendo a bolsa brasileira “barata” se comparada ao histórico e a outros países emergentes.

Além disso, muitas empresas estão entregando resultados positivos nessa safra de balanços. Ou seja, a temporada de resultados está reforçando a tese de que escolhendo empresas sólidas, podemos surfar um momento de boas oportunidades na bolsa brasileira.

E temos mais um ponto de destaque: olhando para o gráfico de preços, o Ibovespa está tentando superar uma barreira importante nos 130 mil pontos que, se rompida, pode levar o índice a um novo teste em seu topo histórico, que está em 134.391 pontos. Nesse caso, os 130 mil pontos é um patamar importante, pois diversas vezes o índice tentou romper essa região e não conseguiu. Agora, se essa barreira for superada, o topo histórico pode ser novamente testado.

Ou seja, para investidores com perfil mais arrojado e objetivos de longo prazo, podemos estar em um momento de oportunidades na bolsa brasileira.

Para surfar essas oportunidades, te convido a conhecer o nosso relatório completo sobre Onde Investir em agosto.

Elaborado por:

Bruna Sene, CNPI-T 6928

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