22/05/2023 17:47:30 • Atualizado em 21/06/2023 10:36:06
18 minuto(s) de leitura
Vale a pena investir em dólar? Tudo o que você precisa saber!
Veja se investir em dólar é uma boa opção e entenda tudo sobre a principal moeda do mundo!
Você sabe se vale a pena investir em dólar, como fazer isso e os cuidados que devem ser tomados? Nesse conteúdo vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre esse tipo de investimento!
O dólar é considerado uma moeda forte e ocupa posição de preferência entre investidores.
Mas será que vale a pena investir em dólar?
Se sim, quando e como investir em dólar? E quais os tipos de investimentos são atrelados ao dólar? Além disso, qual forma de investir em dólar é mais segura?
Há ainda muitas outras dúvidas a respeito de como investir em dólar, e esse conteúdo foi preparado justamente para descomplicar esse tipo de investimento.
Tudo pronto? Então vamos lá!
O que torna o dólar uma moeda tão forte?
Não é de hoje que o dólar é considerado uma moeda forte no cenário econômico global.
As razões para isso são diversas e tem raízes históricas, que se mantêm até hoje.
Parte dessa dominância remonta do ano de 1945, que marcou o início da utilização do dólar para negociações internacionais.
O acordo firmado entre Estados Unidos e Arábia Saudita, representados pelo rei Ibn Saud e o então presidente Franklin D. Roosevelt, determinou que a moeda americana fosse usada em todas as negociações de petróleo dali em diante.
Nas décadas seguintes, o aumento da demanda por petróleo aumentou, elevando também a demanda pelo dólar, valorizando-o ainda mais.
Afinal, o valor de uma moeda em relação a outra nada mais é do que uma questão de oferta e demanda: quando maior a demanda por ela (sem aumento de oferta), maior o preço.
Nesse cenário, o crescimento de importância dos Estados Unidos no palco global, se tornando a maior economia do mundo, ajudou a consolidar a posição do dólar como principal moeda utilizada em suas três principais funções: reserva de valor, meio de troca e unidade de conta.
Assim, mesmo diante de outras moedas consideradas fortes, como o Iene Japonês, o Euro e o Franco Suiço, o dólar ainda é considerado a principal moeda do mundo.
Isso ajuda a explicar por que o dólar, mesmo em cenários de crise global, segue sendo considerado como um “porto seguro” para investidores ao redor do mundo.
Como muitos investidores procuram proteção para suas carteiras em momentos de incerteza por meio de investimentos em dólares, a moeda tende a valorizar em períodos de estresse no mundo – como em conflitos geopolíticos ou uma pandemia.
Mas será que esse fator, por si só, justifica investir em dólar?
Vamos entender!
Quer investir seu dinheiro? Abra uma conta na Rico e aproveite nossos benefícios!
Vale a pena investir em dólar?
Quando se trata dos seus investimentos, se torna essencial diferenciar entre comprar dólar e investir em dólar.
Isso porque, ao comprar dólares, estamos expostos ao chamado risco de mercado, que significa o risco da variação do preço da cotação da moeda, que pode mudar de uma hora para outra.
Essas variações são chamadas também de volatilidade. E a volatilidade excessiva da variação de uma moeda e a falta de previsibilidade sobre esses movimentos tendem a não combinar com uma carteira equilibrada e de longo prazo.
Dessa forma, assim como outros investimentos de maior risco (como ações), investir em moedas pode trazer resultados positivos ou negativos.
Dito isso, o investimento dolarizado – ou seja, investir em ativos denominados em moeda estrangeira – tem um importante papel na diversificação de carteiras de investimento para quase todos os perfis de investidor (com exceção ao mais conservador, com menor prazo de investimento).
Como funciona a cotação do dólar?
A relação entre o valor do dólar e do real (e quaisquer outras duas moedas entre si) é chamada de taxa de câmbio.
Há diversos fatores que influenciam o movimento da taxa de câmbio, quase todas elas relacionadas ao conceito de oferta e demanda: quanto maior for o volume de dólares dentro do país, precisaremos de menos reais para comprar um dólar, e vice-versa.
Essa relação de oferta e demanda de dólares no Brasil, por sua vez, é impactada por uma série de fatores. Esses incluem o resultado das nossas contas externas (o quanto compramos X vendemos pro mundo), a nossa taxa de juros (e a diferença entre ela e a taxa de juros nos Estados Unidos), e o cenário global.
Outro ponto que impacta no valor cambial é o cenário político doméstico, que acaba por refletir a percepção de risco de investidores em “emprestar” ao Brasil. Ou seja, tomar o risco de segurar a nossa moeda.
Finalmente, vale destacar que quando falamos de taxa de câmbio entre real e dólar, há alguns tipos diferentes de cotação da moeda americana. É importante entendê-las:
Dólar comercial
É normalmente utilizado para transações internacionais que envolvem instituições financeiras e grandes empresas, como é o caso dos bancos, por exemplo.
Dólar turismo
Utilizado para negociações de moeda estrangeira entre instituições financeiras (como os bancos e casas de câmbio) e pessoas físicas, que costumam comprar a moeda para fazer viagens e compras no exterior.
Como o volume de negociações do dólar turismo é baixo, as instituições financeiras envolvidas cobram um spread (diferença entre preço de compra e venda).
Dólar futuro
O dólar futuro é a cotação do contrato futuro do dólar na Bolsa de Valores, dada por meio de contratos entre investidores. Estes contratos futuros fazem parte de uma categoria de ativos chamada de derivativos.
Dólar PTAX ou dólar à vista
O dólar PTAX é uma taxa média ponderada de negociação do dólar entre as próprias instituições financeiras no dia.
Esta cotação funciona como um indexador da variação cambial.
Isso porque os contratos de dólar futuro, que comentamos anteriormente, seguem o valor da PTAX futura.
Como o dólar impacta o Brasil?
É muito comum pensar que o valor do dólar impacta apenas aquelas pessoas que desejam viajar para o exterior.
Mas o valor do dólar impacta, e muito, no nosso dia a dia. Principalmente na inflação.
Um ponto muito importante para entendermos essa relação é que muito do que é consumido no país vem do mercado internacional (como produtos alimentícios, tecnologia e bens de serviço, por exemplo). Esses bens e serviços são, em sua grande maioria, negociados em dólar.
Dessa forma, o preço de bens e serviços finais consumidos por aqui são impactados pelo valor do dólar no Brasil. Quanto mais valorizado o real, menos impacto sobre a inflação. Ou seja, poder de compra dos brasileiros é afetado pelo valor da taxa de câmbio.
Com a Rico você investe de um jeito simples, rápido e descomplicado. Abra sua conta e tenha acesso a todas as vantagens de ser Rico.
Como e quais as melhores formas de investir em dólar?
Muitos acreditam que a forma mais simples de investir em dólares é investir na própria moeda – ou seja, comprando dólares.
Porém, essa não é a única forma de se investir na moeda americana. Tampouco a mais indicada, já que há diversos instrumentos financeiros atrelados ao dólar – ou seja, dolarizados – que tendem a fazer mais sentido quando falamos na diversificação de uma carteira de de investimentos.
Vamos ver, então, quais investimentos podem ser feitos para aplicar seu dinheiro na moeda.
Fundos Cambiais
Os fundos cambiais são uma das formas de se investir em dólar.
É um tipo de fundo de investimento que aplica, pelo menos, 80% do valor em moedas estrangeiras, como o dólar, tendo o rendimento atrelado à variação do câmbio.
Apesar do fundo investir em moedas estrangeiras, as aplicações são feitas em Real.
Vale destacar que investimentos em Fundos Cambiais são indicados para pessoas (ou empresas) que tenham objetivos claros na moeda estrangeira. Como, por exemplo, uma viagem ao exterior ou a compra de um material importado.
Nesse caso, um fundo cambial irá ajudar o investidor a garantir que o montante desejado já esteja na moeda estrangeira, quando o momento dessa obrigação em dólares chegar.
Fundos internacionais
Diferente dos Fundos Cambiais, fundos de investimento internacionais não investem necessariamente em moedas estrangeiras.
Esse tipo de fundo de investimento irá alocar o dinheiro de seus cotistas em aplicações variadas fora do Brasil, incluindo ações de empresas negociadas em bolsas internacionais, juros de países estrangeiros, entre outros.
Um exemplo desse tipo de instrumento são fundos de investimentos que aplicam em REITs – um tipo de investimento estrangeiro que explicaremos em seguida.
Vale destacar que Fundos de Investimento Internacionais podem ter uma proteção contra a variação cambial ou não. Ou seja, você pode estar exposto à variação do ativo financeiro e da moeda, ou apenas do ativo.
Quando há proteção da variação cambial, é o chamado “hedgeado ou com hedge”. Já quando não há essa proteção, é chamado “não hedgeado ou sem hedge”.
Quando investindo em um fundo não hedgeado, é possível obter retornos com a valorização do dólar – ou perdas com a sua desvalorização.
BDRs
A sigla BDR significa Brazilian Depositary Receipts.
BDRs são recibos que replicam ações de mercados estrangeiros diretamente no mercado nacional.
É possível, então, investir na posse de ações estrangeiras no Brasil, por meio de certificados assegurados por instituições financeiras, chamadas de custodiantes.
As BDRs são ótimas opções para quem deseja investir em ativos dolarizados sem se expor à volatilidade da taxa de câmbio.
Contratos Futuros e Minicontratos
Os Minicontratos e Contratos Futuros são acordos de compra e venda, realizados dentro da Bolsa de Valores, que serão liquidados no futuro.
Nesse tipo de negociação, é acordado quem compra/vende, as datas e os valores, de maneira antecipada.
Por exemplo, produtores agrícolas podem vender sua produção antes mesmo da colheita por meio de contratos futuros, cobrindo suas despesas correntes e gerando retornos.
Já os investidores, por sua vez, podem obter retornos com a valorização e desvalorização de um ativo, como a taxa de câmbio.
Vale destacar, entretanto, que a negociação de contratos futuros e minicontratos é altamente complexa, e requer especialização e cautela do investidor.
ETFs
O ETF, ou Exchange Traded Fund, é um tipo de fundo de investimento que tem como referência um índice do mercado financeiro.
ETFs podem ser compostos por uma grande variedade de ativos e seu patrimônio é dividido igualmente em cotas, negociadas na Bolsa de Valores.
Seu valor vai variar de acordo com os preços dos ativos e ações que o compõem.
Como o investimento acompanha algum índice, para que seu rendimento esteja atrelado ao dólar, é preciso escolher um ETF que tenha um índice relacionado à moeda americana.
REITs
Os Real Estate Investment Trust, ou REITs, são investimentos imobiliários no mercado americano.
Eles são como os Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs) brasileiros.
Esse tipo de investimento pode ser realizado por brasileiros de maneira indireta, por meio de fundos de investimentos, por exemplo.
Como vimos, há diferentes maneiras de se expor ao dólar (e qualquer outra moeda estrangeira). Cada uma delas possui vantagens, riscos e particularidades – como o nível de complexidade para o investidor.
É importante entender esse cenário em detalhes para investir com segurança.
Por isso, oferecemos conteúdo educacional e descomplicado para que você tenha autonomia e clareza na hora de investir.
Acompanhe nosso blog e nossas análises, realizadas por nossos especialistas, para te ajudar a ir mais longe.
E se quiser começar a investir, abra sua conta na Rico 😉
Agradecemos a leitura!