- Antes de sair de casa, é melhor conferir como estará o tempo. Não é mesmo? E antes de investir, vale a pena conferir o nosso “Onde Investir em Maio”.
- Nesse texto, te contamos tudo o que você precisa saber sobre o último mês, o que esperar, e como isso impacta os seus investimentos.
- Confira nossa análise para cada tipo de investimento e nossas recomendações atualizadas para o investidor desde o mais conservador ao mais arrojado.
Você compra guarda-chuva em dia de sol ou deixa para o momento de desespero? Quando vai à praia, passa filtro solar antes ou depois de sentir o ombro ardido?
Investir bem é como se precaver de mudanças bruscas no tempo, sempre de olho na previsão antes de sair de casa ou fazer planos ao ar livre. Nesse conteúdo, trazemos a meteorologia para as principais classes de investimento disponíveis no mercado e a nossa dose recomendada para todas elas para o próximo mês. Assim, evitamos que uma frente fria pegue a sua carteira desprevenida ou que você não planeje um dia de praia para aproveitar a próxima massa de ar quente.
☀️ Renda Fixa, Tesouro e seus amigos: sol a pino
Para os investimentos em renda fixa, o clima segue tropical, com o cenário que ainda é de taxa de juros em alta. Os juros mais altos imediatamente levam os títulos de renda fixa a apresentarem melhores retornos, aumentando a atratividade dessa classe de ativos. Mas lembre-se de coordenar o prazo do seu investimento com o vencimento do título, se for optar por títulos prefixados ou atrelados à inflação (os famosos IPCA +), uma vez que o preço desses títulos irá variar conforme movimentos de mercado. Explicamos essa dinâmica nesse vídeo.
⛅ Bolsa brasileira: sol entre algumas nuvens
Com manutenção dos elevados preços de commodities, o Brasil e suas empresas ligadas ao setor seguem atrativos para investidores. Além disso, nossas ações seguem relativamente baratas, especialmente quando comparado a outros emergentes ou mesmo ao nosso histórico. Mas esse raio de sol ainda se esgueira entre algumas nuvens, na forma de: aumento de aversão ao risco global; alta de juros nos Estados Unidos; aproximação das eleições por aqui; inflação pressionada; entre outras.
Como nossas recomendações levam em conta o cenário futuro, e não apenas o presente, não pisamos no acelerador com esse investimento em bolsa brasileira este mês.
🌦️ Bolsa estrangeira: sol atrás de nuvem chuvosa
Sabemos que a elevação de juros, normalmente, leva a duas coisas: i) freio na atividade econômica; e ii) redução do preço considerado justo para ações, especialmente de empresas com muito do seu crescimento esperado no futuro. Esse movimento trouxe uma frente fria para as bolsas estrangeiras. Porém, ter parte de seu patrimônio em ativos dolarizados ajuda a: proteger sua carteira em momentos de incerteza elevada; investir em setores que muitas vezes não existem no Brasil; além de proteger seus investimentos contra eventos puramente domésticos, como eleições. Há luz, ou melhor, sol atrás das nuvens!
🌤️ Renda fixa internacional: o tempo abriu
O processo de alta de juros no mundo (de novo ele!) aumenta o espaço da sua carteira para a renda fixa internacional. Lembrando que, da mesma forma que a renda fixa no Brasil acompanha a elevação da taxa básica de juros no Brasil, no mundo a renda fixa global acompanha a taxa básica global. Assim, diante de movimentos de mercado favoráveis, estamos em um bom momento para adicionar esse investimento em sua carteira – lembrando sempre de respeitar o percentual indicado para seu perfil de investidor, e o horizonte de investimento desejado.
Aplicando a previsão do tempo: o que indicamos para cada perfil
Abaixo, contamos os detalhes desse balanço climático e da previsão do tempo para cada tipo de investimento. Mas antes, vale conferir quais investimentos indicamos para a sua carteira, e em qual proporção, para enfrentar esse clima incerto.
Vale lembrar que a escolha de onde alocar seus investimentos (ou seja, colocar seu dinheiro) de acordo com seu perfil de investidor, seus objetivos e seu horizonte de investimento, é essencial na busca de bons retornos no longo prazo.
Por isso, cada parcela da tabela de alocação acima indica uma sugestão de investimento em determinada classe de ativos, para melhor encaixar seus objetivos com o contexto atual. E abaixo, explicamos o porquê dessas escolhas!
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Você sabe o que rolou em abril? Tudo o que você precisa aqui, saiba mais.
A China, a guerra ➔ a inflação, os juros
Apesar de diferentes acontecimentos ao redor do mundo, abril foi marcado pelos mesmos destaques que observamos no mês anterior: a continuação da guerra entre Rússia e Ucrânia, a persistente inflação no mundo, e a consequente alta de juros.
A principal diferença em relação ao mês passado foi a volta da Covid-19 para os holofotes, com a implementação de medidas de lockdown na China, diante da política de tolerância zero ao vírus. Com fábricas, transporte por caminhões e portos fechados ou funcionando apenas parcialmente, navios de carga se aglomeram na costa chinesa, impactando o comércio global de diversos bens, como commodities, máquinas e produtos de tecnologia.
A principal consequência disso tudo? Ainda mais inflação. Afinal, como boa parte dos produtos consumidos no mundo passam em algum momento durante sua fabricação pela China, essa estagnação significa uma redução da oferta e aumento do tempo de transação, o que joga os preços para cima.
Nesse cenário, Bancos Centrais apertaram o tom contra a inflação. A expectativa de juros ainda mais altos (e de forma mais rápida), especialmente nos EUA, se tornou o principal determinante dos mercados no mês: os títulos de renda fixa ficaram mais atrativos, o dólar se valorizou contra as principais moedas (Euro, Yen, Yuan) e a bolsa caiu em muitos países.
Assim, o tempo abriu para títulos de renda fixa internacional.
Como aproveitar esse clima favorável? Como muitos dos investimentos em renda fixa internacional são limitados a investidores qualificados, uma excelente alternativa para acessar essa classe de ativos é investindo nos fundos da família DNA – que contam com essa alocação para todos os perfis de investidor.
O outro lado da moeda dos juros: bolsas caindo
Ao mesmo tempo, a alta de juros impacta negativamente alguns setores na bolsa, especialmente aqueles nos quais empresas dependem mais de perspectivas de resultados futuros, e sofrem mais com a alta de juros, como o de tecnologia.
Assim, a união de aversão ao risco diante de uma guerra sem fim aparente, inflação alta e alta de juros explica boa parte da queda vista no último mês nas bolsas ao redor do mundo. Exemplo disso foi o S&P500 (principal índice dos EUA), que amargou perda de 8,8% em abril.
Dito isso, seguimos defendendo um espaço na sua carteira para investimentos em ações internacionais, olhando para o longo prazo. Para isso, indicamos nossa seleção de BDRs (ações de empresas estrangeiras negociados no Brasil), onde você encontra empresas que tem se mostrado mais promissoras no momento.
Brasil: nem tanto ao céu, nem tanto à terra
Enquanto isso, aqui no Brasil, o mês foi marcado por aquela sensação de “nem tanto lá, nem tanto cá”.
Por um lado, a inflação segue acima dos 10% (no acumulado em doze meses), com perspectiva para terminar o ano em 7,4%, pressionando o poder de compra das famílias (falamos mais sobre isso nesse vídeo). Em resposta, o Banco Central continua indicando pelo menos mais uma alta de juros (em maio), encarecendo o crédito. Nossa projeção é que a taxa Selic chegue a 13,75% ao ano em junho (11,75% hoje).
Mas sabemos que o cenário desafiador também significa clima de verão e oportunidades para a renda fixa doméstica. E você pode conferir nossas recomendações atualizadas aqui.
Por outro lado, a economia tem se comportado melhor do que o esperado. A retomada do setor de serviços pós Covid, a recuperação do emprego e medidas de antecipação de 13° salário e liberação do FGTS ajudaram. Assim, analistas passaram a ver um pouco mais de crescimento para esse ano – projetamos alta de 0,8% para o PIB em 2022 (frente projeção de 0,0% no mês passado).
Finalmente, como não somos isolados do mundo, a aversão ao risco, a alta de juros nos EUA (oferecendo maiores retornos, com menor risco) e a expectativa de um crescimento mais fraco da China também nos atingiram. Vimos o preço de importantes commodities que exportamos perdendo força (como minério de ferro), e o mês registrou saída de capital estrangeiro da nossa bolsa – mesmo com o ano ainda bastante forte.
Com tudo isso junto e misturado, nossa recomendação para bolsa brasileira segue no “Sol entre nuvens”, com destaque para boas oportunidades.
Para isso, temos uma novidade: a RICO11, a nova carteira recomendada da Rico. Ela é composta por BDRs e ações listados na bolsa brasileira, a partir da análise do cenário econômico, reunindo as principais estratégias de ações publicadas pelo time de análise da Rico — todas quantitativas, ou seja, baseadas em dados e modelos estatísticos e com processo de decisão automatizado.
Clique aqui para entender mais sobre nossas seleções de ações com método quantitativo.
Elaborado por:
Bruna Sene, CNPI-T 1847
1) Este relatório de análise foi elaborado pela Rico Investimentos, que é uma marca da XP Investimentos CCTVM S.A. (“Rico”) de acordo com todas as exigências previstas na Resolução CVM nº 20/2021, tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar sua própria decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta ou solicitação de compra e/ou venda de qualquer produto. As informações contidas neste relatório são consideradas válidas na data de sua divulgação e foram obtidas de fontes públicas. A Rico não se responsabiliza por qualquer decisão tomada pelo cliente com base no presente relatório.
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