(Por: Thaisa Mattos – Especialista em Finanças)

Vivemos em um mundo cada vez mais digital, onde sistemas interconectados desempenham um papel fundamental em nossas vidas. Recentemente, fomos surpreendidos por um apagão global de sistemas, uma pane que afetou empresas, instituições financeiras e até mesmo serviços essenciais.

O apagão não foi causado por um ataque externo, mas sim por um erro na atualização de um software da empresa de cibersegurança CrowdStrike. As primeiras informações indicam que a falha teve origem em sistemas da CrowdStrike que usam o sistema Windows, da Microsoft.

A CrowdStrike, apontada como responsável pelo apagão, identificou e corrigiu o problema. O CEO da empresa, George Kurtz, afirmou que não se trata de um incidente de segurança ou ataque cibernético.

Além disso, o governo federal informou que não houve registro de incidentes nos sistemas do governo em razão do apagão cibernético que afetou diferentes redes e aplicativos ao redor do mundo.

Diante da situação, como isso impacta nosso bolso e nossos investimentos? E o que podemos fazer a respeito?

O impacto financeiro

O apagão cibernético global teve impacto significativo nos mercados financeiros e nas empresas. Nas bolsas de valores e mercados de commodities, as negociações foram afetadas em várias partes do mundo, como a Bolsa de Valores de Londres e a Bolsa Europeia de Energia.

Uma das principais consequências foi a queda no volume de negociações, devido à indisponibilidade dos sistemas. No Brasil, o apagão global não afetou a negociação de ativos na B3.

Segundo a Bolsa de Valores Brasileira, nenhum de seus serviços e plataformas de operação foi impactado pela falha tecnológica que afetou empresas em todo o mundo. Grandes instituições financeiras como JPMorgan Chase, UBS e Bloomberg foram impactadas, deixando alguns investidores incapazes de acessar seus sistemas.

Algumas corretoras e bancos no Brasil também enfrentaram instabilidades em seus sistemas, mas a maioria já retomou seus serviços e as demais estão em avançado estado de normalização.

Inclusive as companhias aéreas enfrentaram dificuldades, e até mesmo laboratórios médicos relataram problemas em seus sistemas. Portanto, os investimentos ligados a esses setores podem ter sido prejudicados durante o apagão.

Considerando um impacto um pouco mais direto desse evento, as BDRs da CrowdStrike, indicada como provável responsável pelo apagão, caíram cerca de 14% desde a sexta-feira (19/07/2024).

O que fazer nesses momentos de incertezas nos mercados?

1- Mantenha a calma: Apesar de indesejadas, as instabilidades fazem parte dos mercados. Evite decisões impulsivas e lembre-se de que investir é uma maratona, não uma corrida.

2- Acompanhe suas contas: Independentemente do cenário, é importante consultar regularmente suas contas bancárias e de investimentos.

Verifique se há transações não autorizadas, erros ou se houve algum impacto específico nos seus ativos. A plataforma do CEI é uma ótima ferramenta para verificar seus ativos em caso de indisponibilidade das plataformas de sua corretora ou instituição financeira.

O Canal Eletrônico do Investidor (CEI) é uma ferramenta fornecida pela B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) que permite aos investidores acessarem informações sobre suas posições e movimentações financeiras. Para consultar a plataforma do CEI, basta acessar o site do CEI em cei.b3.com.br, inserir seu CPF e a senha cadastrada.

Após o login, você terá acesso a várias abas, onde pode consultar suas posições em ações, fundos, tesouro direto, entre outros ativos. Inclusive, poderá utilizar a seção de relatórios para visualizar e baixar suas movimentações financeiras detalhadas.

3- Crie uma reserva de emergência: É essencial ter um fundo de emergência para cobrir casos de urgência financeira e deve ser calculado em torno de 6 a 12 vezes o seu custo de vida mensal.

Ou seja, se esse custo é de R$ 2.000 ao mês, um bom fundo de emergência deve totalizar pelo menos R$12 mil a R$24 mil. Essa reserva deve ser mantida em um investimento de alta liquidez, baixo risco e atrelado à Taxa Selic ou CDI, para que você possa acessá-lo rapidamente em caso de imprevistos.

O Tesouro Selic ou o fundo de investimento Trend Cash podem ser boas indicações para esse objetivo.


4- Diversificação: Se você já diversificou seus investimentos, isso pode ajudar a mitigar riscos. Se não, considere diversificar agora.

A diversificação dos investimentos consiste em distribuir o capital entre diferentes ativos do mercado financeiro. Ela pode ser feita em uma classe de ativo, como diferentes indexadores, se você investe apenas em renda fixa, além de diferentes credores. Além disso, você pode alocar o capital em diferentes classes de investimentos.

A diversificação ajuda o investidor se proteger inclusive de eventos difíceis de prever. Um exemplo disso, visto nesse apagão cibernético, foi a movimentação oposta do ouro e bitcoin. Embora ambos sejam considerados por muitos investidores como reservas de valor e investimentos para momentos sensíveis da economia, apenas o bitcoin se beneficiou desse evento específico.

Assim, o principal objetivo da diversificação de investimentos é maximizar os retornos e minimizar os riscos no longo prazo.

Confira aqui, quanto investir em cada classe de ativo, de acordo com o seu perfil de investidor.


5- Aprender com a situação: O apagão global de sistemas pode ter afetado seu dinheiro, mas não é motivo para pânico. Fique informado, tome decisões conscientes e lembre-se de que, no longo prazo, resiliência e adaptação são essenciais para o sucesso financeiro.

Acesse gratuitamente nosso Ebook sobre diversificação aqui.

Elaborado por:

Bruna Sene, CNPI-T 1847

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