17/06/2020 20:00:00 • Atualizado em 20/05/2024 09:16:00
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Corona Crash: 10 Ações que mais caíram devido à pandemia

Você sabe dizer quais as ações que mais caíram na recente turbulência do mercado conhecida como corona crash? Confira aqui as principais quedas!


Time Rico
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Um desenho na lousa com um gráfico em queda. Ao lado, está escrito Corona Crash, em referência às ações que mais caíram na pandemia.

Você sabe dizer quais as ações que mais caíram na recente turbulência do mercado?

Não é novidade para ninguém que as bolsas de valores do mundo todo sofreram uma forte queda com o coronavírus se espalhando pelo globo. 

A sequência de tombos, pregão após pregão, assustou muita gente, mas a oscilação passa longe de ser inesperada em cenários com o de 2020.

O mercado de ações é tão dinâmico que ninguém (nem pessoas, nem algoritmos) consegue prever com exatidão o que vai acontecer no futuro.

Assim, não há como garantir que experiências passadas, sejam elas de ganhos ou perdas, possam se repetir oportunamente.

Apesar disso, observar e analisar qualifica o investidor.

Há boas razões para entender não só quais ações mais caíram na crise global do novo coronavírus, mas por que tantas empresas importantes perderam valor de mercado.

O investidor curioso e interessado, que tem o hábito de pesquisar e buscar respostas, se beneficia ao acumular conhecimento para melhorar sua tomada de decisão.

Ele adquire maior compreensão da volatilidade de determinados ativos em relação a outros, por exemplo.

É por isso que os dados e reflexões deste artigo são valiosos para a construção ou aperfeiçoamento da sua estratégia de investimentos.

Fica o convite para seguir a leitura e entender tudo sobre os impactos da Covid-19 no mercado financeiro.

E se restar alguma dúvida ao final, é só deixar um comentário.

Corona crash: Entenda o impacto da pandemia no mercado financeiro

Quando um evento do mercado financeiro ganha um apelido, é sinal de que seu impacto foi grande e que aquela alcunha será lembrada por muito tempo.

É o caso das quedas recentes e acentuadas, observadas em todo o mundo, situação a que alguns já se referem como corona crash.

Mesmo que o nome não “pegue” com o passar dos anos, é fato que a crise de 2020 será lembrada por muito tempo.

Até porque é muito fácil e palpável relacionar os gráficos em queda com a realidade das ruas. 

Quando falamos em guerra comercial no preço do petróleo, por exemplo, é um evento que impacta severamente a economia, mas um tanto distante da nossa realidade, difícil de sentir na pele, apenas no bolso.

Já o coronavírus mudou completamente a nossa rotina, com a quarentena, home office, as máscaras, os estabelecimentos fechados e o pior, é claro: pessoas adoecendo e morrendo.

O que é o corona crash?

Corona crash é o nome informal pelo qual é chamado em alguns meios o impacto da pandemia do coronavírus nas bolsas de valores.

Crash não é uma palavra nova, e sim um termo já usado há muito tempo na economia, originado nos Estados Unidos, para designar uma queda abrupta nos preços das ações.

Há exemplos ainda do século 19, como o chamado Pânico de 1893, uma depressão econômica causada, entre outros motivos, por um sistema frágil de financiamento para a construção de ferrovias nos Estados Unidos, que levou bancos à falência.

Em 1929, o exemplo mais conhecido, quando a Bolsa de Valores de Nova York quebrou, devido às restrições na expansão de crédito do Federal Reserve (Banco Central americano) e gerando a Grande Depressão.

Qual o impacto do coronavírus na economia

O preço das ações, você sabe: é definido de acordo com a oferta e procura. 

Quando muita gente quer vender determinado ativo, seu preço cai. Quando muita gente quer comprar, o preço sobe.

O corona crash, assim como os eventos que citamos acima e todas as outras quebras, só acontecem porque alguns investidores, ao acompanharem as notícias, resolvem vender seus ativos para se proteger.

Assim, o preço começa a cair, o que desperta a atenção de outros investidores, que fazem o mesmo, em um comportamento de manada: livram-se de suas ações.

Esse impulso de vender não existiria se a crise do coronavírus não tivesse implicações práticas na “economia real”.

Uma casa noturna, por exemplo, depende da aglomeração de seu público para lucrar, o que obviamente não pode acontecer durante a pandemia.

O mesmo acontece com outros tantos pequenos e médios negócios, o que acaba gerando um efeito dominó.

Assim, sem receita, cancelam contratos com fornecedores e demitem funcionários, que vão conter suas despesas.

O que acaba diminuindo a receita de tudo que é tipo de companhia, inclusive aquelas que negociam ações na bolsa.

No entanto, essas são organizações mais sólidas e resilientes, possivelmente com um bom capital de giro e potencial para se recuperar mais rápido da crise.

Para quem possui ações como estratégia de investimento a longo prazo, portanto, não há motivo para se desesperar.

Quais são os setores da economia mais afetados pelo coronavírus

Entre as ações que mais caíram, há ativos de empresas dos mais diversos setores da economia.

Isso é comum quando ocorre um pânico generalizado, pois há muitos investidores acabam vendendo todas suas posições no mercado de ações após observarem as sucessivas quedas.

Eles não consideram o setor em que cada empresa atua, mas apenas analisam qual o impacto que o coronavírus pode causar nessa área específica.

Para quem pensa no curto prazo, faz sentido: não importa o porquê do preço da ação estar caindo, importa é que está caindo.

No longo prazo, é diferente. 

O investidor deve confiar na estratégia (sua e da empresa), nas pessoas que estão à frente dela e, é claro, nas perspectivas futuras do mercado em que atua.

Há também aqueles que entendem o meio termo. 

Sabem que algumas empresas sofrem e continuarão sofrendo mais com a pandemia e, portanto, procuram manter em sua carteira de investimento ativos de companhias menos impactadas.

Segundo pesquisa da empresa de consultoria Accenture, o setor de turismo (que engloba companhias aéreas e serviços relacionados, como os de hotelaria) é o mais afetado, com queda de 67% no faturamento.

Depois, estão vestuário (-58%), bares e restaurantes (-49%) e postos de gasolina (-27%). 

Lembrando que o critério dessa pesquisa é a movimentação de dinheiro por parte dos consumidores finais.

Já um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) identificou os segmentos de petróleo e biocombustíveis e química como os mais impactados na indústria; veículos, materiais de construção e vestuário no comércio e serviços de informação e comunicação no setor de serviços.

As 10 Ações que mais caíram por causa da pandemia do coronavírus (Corona Crash)

A seguir, listamos as 10 ações que tiveram a pior sequência desde que a crise começou.

Consideramos, aqui, a variação nos preços entre 28 de fevereiro, pouco antes dos preços despencarem, e 30 de abril.

Para ter um panorama mais completo, sugerimos analisar o gráfico inteiro de cada uma das ações que mais caíram.

Algumas chegaram a preços bem inferiores que o valor final considerado aqui, mas já estão em boa recuperação.

1. IRB Brasil RE

  • Setor: resseguradora
  • Código da ação: IRBR3
  • Valor em 28/2/2020: R$ 33,25
  • Valor em 30/4/2020: R$ 10,22
  • Queda: 69,26%.

2. Azul SA

  • Setor: companhia aérea
  • Código da ação: AZUL4
  • Valor em 28/2/2020: R$ 44,44
  • Valor em 30/4/2020: R$ 17,40
  • Queda: 60,85%.

3. Gol Linhas Aéreas

  • Setor: companhia aérea
  • Código da ação: GOLL4
  • Valor em 28/2/2020: R$ 25,60
  • Valor em 30/4/2020: R$ 12,40
  • Queda: 51,56%.

4. Embraer SA

  • Setor: aviação
  • Código da ação: EMBR3
  • Valor em 28/2/2020: R$ 16,96
  • Valor em 30/4/2020: R$ 8,65
  • Queda: 49%.

5. Cyrela

  • Setor: incorporadora e construtora de imóveis
  • Código da ação: CYRE3
  • Valor em 28/2/2020: R$ 29,83
  • Valor em 30/4/2020: R$ 15,91
  • Queda: 46,66%.

6. CVC

  • Setor: agência de viagens
  • Código da ação: CVCB3
  • Valor em 28/2/2020: R$ 25,73
  • Valor em 30/4/2020: R$ 13,80
  • Queda: 46,37%.

7. Cogna Educação

  • Setor: educação
  • Código da ação: COGN3
  • Valor em 28/2/2020: R$ 10,09
  • Valor em 30/4/2020: R$ 5,54
  • Queda: 45,09%.

8. Usiminas

  • Setor: siderurgia
  • Código da ação: USIM5
  • Valor em 28/2/2020: R$ 8,17
  • Valor em 30/4/2020: R$ 4,80
  • Queda: 41,25%.

9. Cielo

  • Setor: serviços financeiros
  • Código da ação: CIEL3
  • Valor em 28/2/2020: R$ 6,85
  • Valor em 30/4/2020: R$ 4,06
  • Queda: 40,73%.

10. YDUQS

  • Setor: ensino superior
  • Código da ação: YDUQ3
  • Valor em 28/2/2020: R$ 50,77
  • Valor em 30/4/2020: R$ 30,35
  • Queda: 40,22%.

Quais setores da economia serão menos afetados pelo coronavírus

Na lista acima, ficou bem claro que o turismo é o setor mais afetado com o coronavírus, certo? 

E os setores que mais se beneficiaram ou menos foram impactados?

Voltando à pesquisa da Accenture, considerando as movimentações dos consumidores,  as receitas de supermercados e farmácias subiram.

A seguir, você vai ver que um setor em especial no ramo da alimentação está obtendo um saldo positivo.

Mas o primeiro lugar na valorização ficou com o grupo B2W, proprietário das lojas virtuais Submarino, Shoptime e Americanas.com.

É fácil entender: com a quarentena, as compras presenciais migraram para o online.

10 ações que tiveram melhor desempenho por causa da pandemia

Aqui, utilizamos o mesmo critério da lista anterior. 

Das 10 ações dessa lista, 6 tiveram valorização no período e 4 uma queda modesta.

1. B2W Digital

  • Setor: comércio eletrônico
  • Código da ação: BTOW3
  • Valor em 28/2/2020: R$ 62,15
  • Valor em 30/4/2020: R$ 73,25
  • Variação: alta de 17.86%.

2. Marfrig

  • Setor: alimentação (carnes)
  • Código da ação: MRFG3
  • Valor em 28/2/2020: R$ 12,07
  • Valor em 30/4/2020: R$ 12,84 
  • Variação: alta de 6,38%.

3. Minerva Foods

  • Setor: alimentação (carnes)
  • Código da ação: BEEF3
  • Valor em 28/2/2020: R$ 11,62
  • Valor em 30/4/2020: R$ 12,26
  • Variação: alta de 5,51%.

4. JBS

  • Setor: alimentação (carnes)
  • Código da ação: JBSS3
  • Valor em 28/2/2020: R$ 22,70
  • Valor em 30/4/2020: R$ 23,84
  • Variação: Alta de 5,02%.

5. Suzano SA

  • Setor: celulose
  • Código da ação: SUZB3
  • Valor em 28/2/2020: R$ 38,14
  • Valor em 30/4/2020: R$ 39,41
  • Variação: alta de 3,33%.

6. Vale SA

  • Setor: mineradora
  • Código da ação: VALE3
  • Valor em 28/2/2020: R$ 44,31
  • Valor em 30/4/2020: R$ 44,86
  • Variação: alta de 1,24%.

7. Magazine Luiza

  • Setor: varejo
  • Código da ação: MGLU3
  • Valor em 28/2/2020: R$ 50,52
  • Valor em 30/4/2020: R$ 49,70
  • Variação: queda de 1,62%.

8. Atacadão

  • Setor: rede de atacado e varejo
  • Código da ação: CRFB3
  • Valor em 28/2/2020: R$ 20,69
  • Valor em 30/4/2020: R$ 20
  • Variação: queda de 3,33%.

9. Hapvida Participacoes E Investimentos SA

  • Setor: saúde
  • Código da ação: HAPV3
  • Valor em 28/2/2020: R$ 55,20
  • Valor em 30/4/2020: R$ 52,44
  • Variação: queda de 5%.

10. Rumo SA

  • Setor: logística
  • Código da ação: RAIL3
  • Valor em 28/2/2020: R$ 21,12
  • Valor em 30/4/2020: R$ 19,79
  • Variação: queda de 6,30%.

Minhas ações caíram, e agora?

Se você possui, na sua carteira de investimentos, algumas das ações que mais caíram, a primeira coisa a fazer é respirar fundo.

Não se desespere. 

Como dissemos anteriormente, muitos dos ativos já estão na curva ascendente. 

Se você vendê-los agora, estará apenas consolidando a perda.

Essa só é uma boa ideia se houver algum outro motivo além da pandemia para acreditar que manter determinada ação não vai trazer bons resultados a longo prazo.

Sabemos que é difícil ver o dinheiro desvalorizando, mas lembramos que, em uma estratégia madura, o investidor precisa pensar à frente e não se deixar levar pelo emocional.

Ainda não invisto na bolsa, devo esperar a crise passar para começar?

O ideal é comprar as ações aos poucos, e não esperar um momento ideal.

Claro que o pensamento de esperar a crise passar faz sentido, porque parte do princípio que o investidor comprará as ações por um preço baixo e aproveitará sua recuperação.

O problema é que é muito difícil, para não dizer impossível, acertar qual a base da curva, ou seja, qual o valor mínimo que a ação atinge antes de começar uma sequência longa de alta.

Isso sem contar que, para muitas companhias, pelo menos no que diz respeito ao valor de suas ações, a crise já passou.

Mesmo algumas das ações que mais caíram já esboçam agora a recuperação. 

Portanto, em vez de esperar, continue com um plano de investimentos consistente, adquirindo novos ativos mês a mês.

Quais ações comprar durante a pandemia

Para saber quais ações representam os melhores negócios neste momento, em que ainda combatemos a pandemia, é preciso estudar bastante.

Investigar a solidez da empresa, sua responsabilidade financeira, transparência, competência da equipe de gestão e perspectivas do mercado em que está inserida.

Achou complicado? Então que tal deixar para os especialistas? 

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O que esperar da economia para os próximos meses

É difícil prever exatamente o que vai acontecer, mas a tendência é que, conforme a pandemia for sendo controlada e as pessoas puderem voltar às suas vidas normais, a economia vai se recuperar naturalmente.

A crise para alguns setores, especialmente o de turismo, vai durar um pouco mais, ainda mais com o risco de países que já estão se recuperando enfrentarem uma segunda onda de coronavírus.

Empresas de outros setores continuarão fazendo a contabilidade do impacto da crise, e mais pessoas podem ser demitidas, fazendo com que a recessão persista por algum tempo.

Mas o poder produtivo dos países não foi muito afetado, ou seja, assim que houver demanda e possibilidade de produzir, tudo voltará aos eixos.

No mercado de ações, investidores já estão sendo atraídos pelos preços baixos, o que fará com que os valores subam.

Conclusão 

Você possui, na sua carteira de investimentos, algumas das ações que mais caíram na bolsa de valores com a crise causada pelo coronavírus?

Mantenha a calma e analise friamente a situação antes de vender os ativos.

Siga a mesma conduta ao avaliar as oportunidades de comprar ações.

Quem aprende a observar o mercado, a interpretar o sobe e desce dos papéis e se mantém seguro em sua estratégia, colhe os melhores frutos em termos de rentabilidade.

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