- Algumas vezes nossos investimentos podem não desempenhar como imaginamos. Uma queda no mercado, uma mudança de taxa de juros, ou até emergências em nossas vidas podem levar a resgates antes do previsto.
- Mas quando saber a hora certa de resgatar um investimento?
- Nesse texto, respondemos a essa pergunta, pensando tanto na alta, quanto na baixa de mercado.
Muita gente escolhe seus investimentos pensando no longo prazo. E Isso é realmente muito bom! Entretanto, nem sempre consideramos que algumas coisas podem mudar na nossa vida.
A economia muda, as taxas de juros ou inflação vão para patamares inesperados, ou até mesmo seu momento de vida muda e alguns planos podem ser cancelados enquanto outros mais urgentes surgem. Com isso, considerar mudanças na sua carteira de investimento ou no seu planejamento de aportes (depósitos para investimento), faz parte da sua trajetória como investidor(a).
Você aceita esse investimento, na riqueza e na pobreza, até que o vencimento os separe? Apesar de mirar o longo prazo, você não precisa se casar até o final dos tempos com algum investimento. Esse é inclusive um erro do ponto de vista comportamental dos investidores.
As pessoas normalmente não são boas em reduzir perdas e maximizar ganhos no investimento. É muito comum um investidor segurar posições negativas em sua carteira por longos períodos (e não pelo motivo correto), enquanto se desfazem de investimentos rentáveis muito cedo, fazendo com que sua carteira nunca deslanche e traga bons rendimentos. Isso soa familiar?
Quando resgatar investimentos negativos?
A primeira coisa que você deve considerar quando vê um investimento negativo na sua carteira é se lembrar o motivo de ter investido. Quando falamos principalmente sobre renda variável (fundos de investimento em ações, multimercado ou imobiliário, por exemplo), é normal que ocorram variações negativas e positivas ao longo do dia.
Digamos que você investiu na bolsa americana. Um bom investidor(a) deve se perguntar: O que esta causando essa queda? As empresas ainda tem capacidade de superar essa situação? isso muda de alguma forma a tese inicial que eu tinha em relação a esses investimentos? No longo prazo, o Dólar tende a se valorizar ou desvalorizar em relação ao Real?
Esse tipo de questionamento fará você diferenciar se essa queda é um risco ou uma oportunidade de investimento.
Pegue uma calculadora. Algumas pessoas não são muito fãs de cálculos matemáticos. Porém, fazer algumas contas é uma excelente ferramenta para tomar decisões de investimentos.
Dando um exemplo, imagine que você investiu R$1.000,00 em ações está perdendo 50% após uma forte queda. Apesar de já ter se feito as perguntas anteriores e saber que a sua tese de investimento não se alterou, ainda esteja tentado a resgatar esse investimento (R$500,00) para investir em uma renda fixa pré-fixada a 12% ao mês.
Para esses R$500,00 voltarem a ser R$1.000,00, eles precisam ter uma valorização de 100%. Com um investimento pré-fixado a 12% ao mês, isso levaria 5 anos. Feita essa conta, qual seria a probabilidade dessa ação valorizar o mesmo ou mais dentro dessa janela de 5 anos? Essa resposta deve ajudar você a tomar uma decisão.
O mesmo vale para sair de uma renda fixa e investir em uma ação. Considere que você tem um investimento no Tesouro rendendo cerca de 12% ao ano. Para aceitar sair desse baixo risco para investir em ações ou outro ativo, você precisará de uma (provável) rentabilidade maior nesse investimento do que conseguiria nesse seu investimento atual.
Quando sair de um investimento positivo?
“Eu devia ter vendido lá no topo!” Outro sentimento amargo para quem investe é não sair de uma posição muito lucrativa e ver uma bela chance de lucro passar. Esse inclusive é um dos axiomas citados em uma das obras mais conhecidas sobre o mercado financeiro “Os Axiomas de Zurique”.
O Axioma da Ganância é justamente o sentimento de que o mercado está indo ao seu favor e que isso deve continuar eternamente. Resumindo o ensinamento desse livro em um paragrafo, quando um investimento cumpriu seu papel ou chegou quase lá, não existem motivos racionais para você continuar mantendo essa posição.
Digamos que você analisou uma empresa, encontrou belos múltiplos (indicadores de rentabilidade, dívida e outros importantes para a decisão de compra de uma ação) e estimou que essa ação deveria subir 100% em cerca de 5 anos. Felizmente o mercado é imprevisível e a ação acaba subindo 100% em algumas semanas. Neste caso, se não houver nenhuma informação que tenha alterado essa sua expectativa, não existem mais motivos para continuar com essa ação. O certo seria vender e procurar outra oportunidade.
Colocando isso sob outra perspectiva. Imagine que você tem uma carteira de investimento com R$10.000,00 e 10% dela(R$1.000,00) é a posição em uma ação X. Caso essa ação suba 100% (para R$2.000,00), agora você tem R$11.000,00 e 18,2% da sua carteira é essa ação. Se o potencial de valorização que você esperava dela era de 100% e agora é de 0%, você tem mais risco na sua carteira (18%) com menos possibilidade de rentabilidade futura.
Ou seja, quanto mais um investimento se valoriza na sua carteira, mais ele representa percentualmente de seu patrimônio, além de reduzir o retorno esperado (caso nada tenha alterado positivamente a perspectiva futura). Consequentemente, maior o risco de sua carteira de investimentos.
Vamos organizar todos esses conceitos
Se você está iniciando, todas essas perguntas podem parecer um processo meio confuso para você. Mas com o tempo todos esses cálculos e questionamentos acabam se tornando mais intuitivo.
Para deixar mais claro, criamos um fluxograma do processo de decisão de resgatar um investimento. Sugerimos que imprima e deixe visível para te ajudar no momento da decisão de saída de algum investimento.
Elaborado por:
Bruna Sene, CNPI-T 1847
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