01/07/2021 16:33:32 • Atualizado em 26/09/2024 09:30:13
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Sugestão de Alocação de Ativos para perfil conservador – julho/2021
A sugestão de alocação da Rico é feita pelos nossos especialistas e é uma oportunidade para você, que tem dúvidas sobre onde investir, diversificar sua carteira!
Ela é feita visando maiores retornos de acordo com o risco da carteira com a nossa leitura atual do cenário macroeconômico.
Ressaltamos que a sugestão tem o propósito de dar direcionamento para o investidor, porém, não recomendamos a venda dos ativos atuais para o enquadramento da sugestão sem antes conversar com um especialista.
Os pontos de atenção para investir em julho são:
Um semestre para recordar — e aprender
Quantos anos vivemos nos últimos seis meses? Ao mesmo tempo que parece que ano passado foi 2019 (valeu, quarentena), temos a impressão que janeiro de 2021 foi há uma década.
Ao redor do mundo, a primeira metade desse ano foi marcada pelo vislumbre da luz no fim do túnel após um ano perdido para a Covid-19. Enquanto muitos países correm atrás de resultados positivos (e o número de mortes em 2021 já supera o do ano inteiro em 2020), nos EUA, a vacinação rápida, os estímulos de mais de US$ 5 trilhões e o retorno gradual à vida normal elevaram a projeção de crescimento da economia para 6,5% em 2021. Na Ásia, a China continuou recuperando forte, e puxando commodities pra lua.
Pulando para o mercado financeiro brasileiro, começamos o ano com uma Bolsa totalmente pressionada, entre as piores do mundo, e prêmios de renda fixa refletindo um pessimismo intenso com a situação fiscal do país (leia mais no terceiro item deste texto) e um período nebuloso acerca da vacinação, que não saía muito do lugar apesar de nossa excelente infraestrutura vacinal. No segundo trimestre, os papéis começaram a “descomprimir” e correr atrás do prejuízo: não somos mais a pior bolsa do mundo e nossa moeda deu um gás nos últimos meses.
Agora, o fundamento ainda parece positivo para as commodities, apesar de questões regulatórias na China (leia mais aqui); investidores estrangeiros voltam (cautelosamente) a investir em Brasil (leia aqui) e setores mais dependentes da reabertura da economia tendem a responder ao ritmo da vacinação.
Por falar nisso…
Vacinação, no Brasil e no mundo
A agenda de vacinação no Brasil e no mundo foi com certeza um dos principais temas discutidos nesse último semestre que passou. No gráfico a seguir, você vê o resultado da campanha até aqui e o desempenho das bolsas dos países em dólares, pelos índices do MSCI de cada região, S&P500 nos EUA e Ibovespa no Brasil:
Porém, um novo inimigo se desenvolveu ao longo desses últimos 6 meses. Na verdade, alguns inimigos: as variantes da Covid-19. Sim, infelizmente o vírus sofre mutações quando se multiplica em nossas células, mantendo similaridade com a cepa originadora, mas também diferenças. Quando um grupo dessas cepas se reúne com variações em comum, temos então a formação de uma variante, que pode ser mais letal, ou ser mais transmissível, enfim, trazer impactos negativos ao curso da pandemia.
Podemos então dizer que as variações preocupam, principalmente pela redução na ação imunizante, porém uma possível convergência evolutiva traz uma alta semelhança nas variantes, que podem ser identificadas através de um acompanhamento científico dessas variações (vigilância genômica) e dessa forma adaptar as doses das vacinas endereçando a imunização neste sentido também.
Economia: de onde viemos e para onde vamos
Como te demos o spoiler logo no começo do texto, o primeiro semestre desse ano foi marcado por vacinas e estímulos fiscais nos EUA. Além disso, não podemos esquecer da política monetária bastante estimulativa, ou seja, dos juros baixíssimos e dos programas de compra de ativos por parte do Banco Central americano, o FED, também feitos para reanimar a economia.
Com a economia claramente já “animada”, com mercado de trabalho, consumo, indústria e tudo mais voltando, os preços começaram a ser puxados para cima. Então, esse se tornou o verdadeiro hot topic da economia global: qual será o momento da normalização disso tudo? Ou seja, quando veremos a alta nos juros e da redução nas compras de ativos nos EUA? Com isso, o mercado seguiu balançando com todos os dados de inflação nos EUA, reuniões e falas de dirigentes do FED nos últimos meses. Resumo da ópera: o argumento de que o aumento recente da inflação é temporário está vencendo, mas já se espera uma redução dos estímulos a partir de meados do ano que vem – primeiro os pacotes de compras de ativos, depois os juros.
Olhando para frente, onde investir?
Como falamos, a economia brasileira tem se mostrado mais resiliente e, por isso, as perspectivas para o final de 2021 são mais positivas, principalmente com o avanço no ritmo da vacinação. Olhando para Bolsa, os nomes de reabertura (setores financeiro, de shoppings, educacional e varejo físico) continuam muito interessantes nesse cenário, além do setor de commodities, que deve continuar se beneficiando de uma demanda forte e oferta limitada, mesmo que possa ser afetado pelo real mais forte e preços mais baixos de commodities.
Porém, vale se atentar aos riscos que estamos expostos, incluindo i) as incertezas ainda presentes relacionadas à pandemia; ii) o possível aumento da incerteza política, com avanços na CPI da Pandemia no Congresso e a proximidade das eleições de 2022; e iii) o nível de endividamento do governo (há melhoras hoje, mas este é um tema que continuaremos monitorando). Preocupações como essas fazem com que não só empresas expostas a outras economias, mas também investimentos internacionais (via fundos, BDRs, ETFs) sejam extremamente importantes na composição de uma carteira.
Sugestão de Alocação de Ativos: Perfil Conservador
No caso do perfil conservador, a busca por ativos com menor risco, sobressai a busca por retornos, sendo prioridade a preservação de capital.
Dividimos o perfil conservador em 3 categorias:
- Precavida – é o perfil mais conservador, que não quer arriscar sua segurança.
- Cautelosa – para quem é bastante conservador e não abre mão da segurança.
Perfil Precavido
Para quem é precavido, recomendamos investir 100% em títulos pós-fixados.
E, dentro dessa porcentagem, recomendamos os produtos da tabela abaixo:
Precavido | Alocação |
Pós Fixado | 100.00% |
Selection FIC RF CP LP | 20.00% |
Polo Crédito Corporativo Adv FI RF CP LP | 17.50% |
Augme 45 Advisory FIC RF CP | 17.50% |
Ibiuna Credit FIC FIM CP | 15.00% |
Riza Lotus FIRF Referenciado DI Crédito Privado | 15.00% |
Tesouro Selic 2024 | 15.00% |
Perfil Cauteloso
Para quem é cauteloso, recomendamos investir 82,5% em títulos pós-fixados, 1% em prefixados, 10% em multimercados, 5% em Inflação, 1% em prefixados e 1,5% em Renda Fixa Global.
Para quem é cauteloso, recomendamos investir 82,5% em títulos pós-fixados, 1% em prefixados, 10% em multimercados, 5% em Inflação, 1% em prefixados e 1,5% em Renda Fixa Global.
Cauteloso | Alocação |
Pós Fixado | 82.50% |
Selection FIC RF CP LP | 19.00% |
Ibiuna Credit FIC FIM CP | 17.50% |
JGP Corporate Feeder III FIC RF CP LP | 17.50% |
XP Top FI RF CP LP | 15.00% |
Augme 45 Advisory FIC RF CP | 6.00% |
Trend Pós-Fixado FIC RF Simples | 2.50% |
Tesouro Selic 2025 | 5.00% |
Prefixado | 1.00% |
CDB Banco Original 10.35% 4 anos | 1.00% |
Inflação | 5.00% |
Tesouro IPCA+ 2024 | 5.0% |
Renda Fixa Global | 1.50% |
MS Global Fixed Inc Adv IE FIC Multimercado | 1.50% |
Multimercado | 10.00% |
Selection Multimercado FIC FIM | 10.00% |
As sugestões são feitas com base nas análises e projeções dos analistas do grupo XP Inc., ao qual a Rico pertence, mas não trazem garantia de rentabilidade.
Se você está começando a investir, ou abaixo do percentual alvo ajustado, nossa recomendação é implementar novas posições ao longo de 3 a 5 meses, para ir pegando o preço médio dos ativos.
Além disso, os ativos e suas taxas estão sujeitos a disponibilidade, podendo um fundo estar fechado ou os ativos de renda fixa não estarem mais disponíveis no momento em que você for aplicar.
Sugestões para outros perfis de investidor
Você pode também conhecer as sugestões para outros perfis de investidores.
Sugestão de alocação para perfil moderado ou agressivo.