Novembro marcou a melhor performance histórica em um mês do Ibovespa desde 2002, com alta de 15,9% (e +23,9% em dólares). Esse aumento também foi muito impulsionado pelos gringos, bem diferente da movimentação do ano inteiro.
De janeiro até outubro, os investidores estrangeiros retiraram da Bolsa brasileira mais de R$ 65,3 bilhões. Toda essa saída de dinheiro fez com que a nossa Bolsa fosse a pior do mundo em performance até o mês passado. Contudo, em novembro, vimos uma entrada de capital estrangeiro de cerca de R$ 30,0 bilhões, que representa um aumento de +946,2% em relação a outubro (+R$2,8 bilhões) e R$34,7 bilhões acima do saldo de todo o ano de 2019 (-R$4,7 bilhões)!
Há três principais razões para essa entrada representativa dos gringos em novembro:
- Fim das incertezas advindas das eleições americanas com a eleição de Joe Biden;
- Apesar do avanço do coronavírus nos Estados Unidos e na Europa e, com ele, o medo de uma segunda onda global, as notícias de 3 vacinas já na última etapa antes do registro para uso (Pfizer + BioNTech, Moderna e AstraZeneca + Universidade de Oxford e com boas taxas de eficácia e segurança animaram os mercados;
- Rotação para setores que foram mais impactados durante a pandemia, como Petróleo, Bancos e Aéreas, e saída de setores mais beneficiados, como o setor de Tecnologia.
Por outro lado, vale destacar que para que a volta dos gringos à Bolsa brasileira seja duradoura, três pontos são importantes:
- Melhor resolução sobre a trajetória fiscal do país;
- Avanços na responsabilidade socioambiental e de governança (ESG) no Brasil, sendo essa condição essencial para o estrangeiro voltar a ter grandes alocações no país;
- Continuação da recuperação da economia e revisão de Lucros das empresas da Bolsa para cima.
Mas qual bolsa é melhor investir? Americana ou brasileira?