O anúncio de uma trégua tarifária entre os Estados Unidos e a China, que reduz por 90 dias as tarifas de importação entre os dois países, foi recebido de forma positiva nos mercados.
Esse acordo impulsionou o dólar no mundo, os juros das Treasuries (títulos soberanos americanos) e os principais índices de ações globalmente. Embora mercados de países emergentes e as principais bolsas da Europa também estejam em alta, a valorização mais significativa ocorre nos índices acionários de Nova York.
Esse movimento reflete uma maior disposição de investidores em assumir riscos, especialmente em relação a ativos americanos. A melhora de apetite ao risco, por sua vez, reflete a percepção de que a trégua reduz o elevado nível de imprevisibilidade que marcou o último mês, que alimentavam riscos de uma recessão na maior economia do mundo.
No Brasil, a recuperação das commodities, como petróleo e minério de ferro, na esteira de menores temores de uma recessão à nível global, impulsionou as ações da Petrobras, Vale e seus respectivos setores. No entanto, esse movimento não foi suficiente para impulsionar uma alta mais expressiva no Ibovespa, devido à realização de lucros em outros setores, como o financeiro e de utilidade pública, que tiveram desempenho positivo nas últimas semanas.
O que podemos esperar para os investimentos durante esses 90 dias?
Esse acordo foi um passo importante, mas o tema ainda deve continuar gerando volatilidade nos mercados – o que seguirá exigindo que investidores adotem uma postura mais cautelosa ao escolher os ativos, e mantenham um portfólio de investimentos equilibrado.
A incerteza em torno das negociações e seus desdobramentos na economia global deve continuar impactando o comportamento dos mercados, tornando essencial uma abordagem cuidadosa e estratégica.
Além disso, ainda existem dúvidas sobre os impactos na economia americana do que foi acordado até agora, assim como sobre os próximos passos dessa e de outras negociações comerciais envolvendo o governo americano.
Qual o impacto no dólar?
A reação imediata pós-anúncio foi de fortalecimento do dólar no mundo. Observamos uma valorização do dólar em relação às principais divisas, como evidenciado pela alta do índice DXY – índice que mede a cotação do dólar frente a uma cesta de moedas fortes (como o Euro e o Yen), conforme podemos observar no gráfico abaixo:

Fontes: TradingView, Rico
Esse movimento pode ser visto como uma correção do mercado, com investidores ajustando “excessos” após uma desaceleração mais pronunciada do dólar, especialmente após o anúncio de tarifas (em 02 de abril, como falamos aqui).
A alta do dólar também reflete uma reversão parcial do movimento de rotação observado no último mês, com investidores migrando para ativos “além dos Estados Unidos”, alimentando um fluxo para fora da maior economia do mundo.
Conclusão
A trégua de 90 dias representa um passo importante nas negociações comerciais entre dois gigantes da economia global. Dito isso, restam muitas dúvidas sobre o que será discutido após esse período de trégua e quais serão os impactos não somente nos EUA e China, mas na economia global.
Há a percepção de que o presidente Donald Trump, inspirado por sua experiência em negócios, tem utilizado tarifas de importação como moeda de troca. Assim, o “vai e vem” de notícias relacionadas a esse e outros temas que têm impactos econômicos deve continuar, gerando volatilidade nos ativos.
Ou seja, apesar do bom humor de curto prazo, o momento segue exigindo uma postura cautelosa e estratégica nas decisões de investimento.
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Elaborado por:
Bruna Sene, CNPI-T 6928
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