No período pós Segunda Guerra Mundial – acalmem-se caros(as) 13 leitores(as), tem história mas tem recomendação de investimentos também -, países desenvolvidos ou “ricos” eram classificados como países de primeiro mundo.

Já os países do bloco socialista (como União Soviética e China) eram de segundo mundo e os subdesenvolvidos ou “pobres”, de terceiro mundo. Depois da Guerra Fria, com a dissolução da União Soviética (URSS) e ascensão do capitalismo, os países foram reclassificados entre desenvolvidos e subdesenvolvidos.

Alguns desses países subdesenvolvidos tiveram sua industrialização (mesmo que tardia) na segunda metade do século XX, impulsionando o avanço econômico e tecnológico.

Com um “desenvolvimento maior”, eles passaram a ser chamados de países em desenvolvimento ou países emergentes, com suas economias em crescimento.

E que crescimento! 

Nos últimos 15 anos, os países emergentes foram responsáveis por mais da metade do crescimento do mundo e, olhando para frente, não deve ser diferente*.

*A contribuição dos Emergentes para o crescimento global deve superar 80% até 2024, enquanto os Desenvolvidos gradualmente caem para 16%.

Já ouviu alguém se gabar de viajar para o “primeiro mundo”, ou falar mal de algo do “terceiro mundo”? Pois bem, essa expressão não está com nada no universo dos investimentos. 

Segundo pesquisa realizada pela Vontobel Asset Management junto a 300 investidores institucionais e gestores, apesar da incerteza de curto prazo, ao longo de um período de cinco anos, cerca de dois terços dos investidores questionados esperam aumentar suas alocações em ações de mercados emergentes. E quase seis em cada dez preveem maior exposição à renda fixa nesses mercados.

Em 2020, o FMI (Fundo Monetário Internacional) estima que países emergentes e em desenvolvimento tenham uma redução média do PIB de 1%, ante uma previsão de crescimento de 4% de poucos meses atrás. Países como Brasil, México e Rússia devem ter uma queda do PIB de mais de 5% em razão dos efeitos do novo coronavírus.

Já na China, primeiro país impactado pela COVID-19, cuja atividade já está gradualmente retomando, a economia deve crescer 1,2% em 2020 (em 2019, foi 6,1%), abaixo dos 6% da previsão de janeiro do FMI. A segunda maior economia do mundo deverá crescer 9,2% em 2021.

No longo prazo, as perspectivas para os mercados emergentes não mudaram. Lar de mais de 80% dos cidadãos em idade produtiva do mundo, essas economias devem continuar o principal motor do crescimento global. Em 2050, seis dos hoje países emergentes podem estar entre as sete maiores economias do mundo, de acordo com projeções da PwC e outros.

Veja abaixo os “Hot Spots” de mercados emergentes, pelo Citi – Maio, 2020

Dito isso, imagino que vocês estejam pensando: como investir nesses países de “terceiro mundo” que todo mundo quer?

Pois bem, a Ashmore, referência global em Mercados Emergentes é a nova integrante da nossa plataforma de fundos aqui da Rico. Ela é uma boutique de investimentos 100% focada em mercados emergentes desde sua formação em 1992, com mais de R$ 400 bilhões sob gestão.

Para a estratégia de ações da gestora, dentro de um universo de mais de 3 mil papeis em mercados emergentes, aproximadamente 80 entram nos filtros de qualidade, liquidez e setorial da equipe, com um horizonte de investimento de 12 meses.

Potencial de crescimento

Atualmente, há no portfólio empresas com um potencial de crescimento estrutural significativo (como Alibaba, Samsung), mas com preço descontado, e empresas mais cíclicas. Em termos de alocação, a maior parte do portfólio está na Ásia: China, Taiwan, Coréia do Sul e Índia.

Os fundos de ações da Ashmore estão disponíveis na Rico para investidores qualificados e de acordo com o seu perfil (moderado ou agressivo): Ashmore EM Equity Advisory FIC FIA IE (sem exposição cambial) e Ashmore EM Equity Dolar Advisory FIC FIA IE (com exposição cambial).

Além disso, há uma terceira opção, focada em crédito, com a maior parte em dívidas soberanas em dólar: Ashmore Emerging Markets Debt Advisory. Nessa frente, a primeira estratégia que lançou na sua trajetória (e portanto a que mais foi posta à prova até hoje), a gestora também tem um filtro muito bem desenhado – e bem-sucedido.

Resumidamente, o trabalho de seleção foca principalmente em títulos de dívida soberana denominados em dólar (com poucas exceções), sempre com muita liquidez. A busca é por oportunidades dentro desse filtro – geralmente, títulos de dívida com prêmios altos demais para a sua respectiva qualidade de crédito, que são penalizados pelo mercado por uma desconfiança excessiva na sua capacidade pagadora.