*Por Pam Semezzato, analista CNPI-T

  • Nesse novo conteúdo da série Terça Trader, você aprende na prática como identificar para onde vai o preço de um ativo na bolsa através das forças compradoras e vendedoras
  • Entenda os conceitos de topo e fundo, como saber se estamos em alta, baixa ou lateralização e o que fazer com esses conhecimentos
  • E um alerta: tentar “adivinhar” onde estão os topos e fundos não é análise!

A análise técnica engloba diversos estudos, mas sabemos que o objetivo principal de utilizá-la é identificar qual é a força do ativo, ou seja, se os compradores estão mais fortes ou se os vendedores estão mais fortes. Se conseguirmos identificar esse pequeno “detalhe”, isso facilita nossa tomada de decisão sobre comprar, vender ou ficar de fora de determinado investimento.

Topos e fundos

Você já deve ter ouvido que o preço se move em zigue-zague, certo? Esse movimento é formado pela oferta e demanda de determinado ativo, e na análise técnica, nós precisamos saber como identificar essa movimentação para entender a tendência.

Para começar, precisamos responder duas perguntas:

1- Onde parou de cair?

2- Onde parou de subir?

Com essas 2 perguntas respondidas, podemos identificar onde estão os fundos e os topos daquele ativo:

Identificar os topos e fundos sem saber o que fazer com essa informação, não faz muito sentido né? E é aí que entra a análise de tendência.

O que é tendência?

Eu gosto muito da definição de tendência que o autor Martin J. Pring usa em seu livro: “Uma tendência é um período em que o preço se move em movimentos irregulares, mas que persistem na mesma direção”, ou seja, temos o zigue-zague normal do preço, mas percebemos que determinado movimento é mais forte para uma única direção. Em resumo, uma tendência é a direção do mercado.

Como no exemplo anterior, se traçarmos uma linha que liga os topos e os fundos, percebemos que eles estão cada vez mais altos, ou seja, temos topos e fundos ascendentes que caracterizam uma tendência de alta:

Agora, se temos topos e fundos cada vez mais baixos, significa que temos uma tendência de baixa:

Até aqui tudo bem. O problema maior é que existe mais uma tendência: a lateralização, em que os topos e fundos ficam indefinidos e o ativo “não sai do lugar”:

E o que fazer com essas informações?

Vamos pensar pela lógica: se eu identifiquei que o ativo tem movimentos de baixa, mas que, quando ele sobe, sobe mais do que cai, ele está em uma em uma tendência de alta. Nesse cenário, o lado que está mostrando mais força é o dos compradores.

E se os compradores estão mostrando força, qual o melhor momento para eu comprar? Próximo do ponto que o preço parar de cair! Ou seja: em uma tendência de alta, a probabilidade de maior ganho está em compras próximas ao fundo.

Em uma tendência de baixa, o contrario acontece: os vendedores estão mais fortes e a chance de ganhar mais está na venda — então, eu quero procurar por vendas próximas ao topo.

E na lateralização, em que o preço não sai do lugar, o ideal é procurar por vendas na região de topos e compras na região de fundos.

ALERTA: Para encerrarmos o Terça Trader de hoje, só gostaria de deixar alguns alertas para vocês:

– Pode operar contra a tendência? Sim, porém, tenha consciência que será uma operação contra o movimento mais forte e que exige mais habilidade e experiência para controlar seu risco x retorno.

– Cuidado com lateralização! Esse padrão geralmente tem movimentos rápidos e fortes contra o movimento anterior, o que gera um risco maior dependendo da operação.

– Não adivinhe onde serão os topos e fundos! Espere a confirmação do gráfico de que o preço realmente parou de cair ou parou de subir antes de comprar ou vender. “Adivinhar” esses pontos não é análise.

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Elaborado por:

Betina Roxo, CNPI 1493
Paula Zogbi, CNPI 2545

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