“É inútil fingir
Não te quero enganar
É preciso dizer adeus
É melhor esquecer
Sei que devo partir
Só me resta dizer adeus”

Acalme-se, caro/a leitor/a. Essa letra de Vinícius de Moraes, que conheci primeiro pela voz maravilhosa de Gal Costa, não é minha despedida dos Ricos Matinais.

Eu sou muito ruim com despedidas. Chorei copiosamente em todos os finais de ciclos que passei até hoje: mudança de colégio, de endereço, formaturas… Tive que me segurar demais para não chorar na frente da câmera na gravação do meu último programa semanal no InfoMoney antes de vir para a Rico. Foi um alívio estar em home office e poder chorar sozinha no fim daquele último expediente, mesmo continuando no grupo.

Essas lágrimas não significaram necessariamente que eu estava triste. Em nenhuma dessas ocasiões eu queria ter ficado onde eu estava – as mudanças invariavelmente vieram para melhor, porque fizeram parte da minha evolução como pessoa.

Na verdade, eu queria já deixar avisado que, se um dia você me vir chorando, pode ficar tranquilo/a: essa é só a minha reação às coisas e nunca vi motivo para me segurar. Em geral eu estou perfeitamente bem, ainda que a minha cara inchada pareça sugerir outra coisa. E eu fico bem porque já aprendi que, na grande maioria das vezes, despedidas são positivas e necessárias. 

E é por isso que eu venho aqui aconselhar que você que está lendo esse Rico Matinal, se não fez ainda, pratique o desapego, evolua e, de uma vez por todas, diga adeus à poupança.

Sei que vocês provavelmente tiveram bons momentos juntos. A poupança pode ter ajudado você a não gastar por impulso, a realizar algum sonho, ter mais controle sobre suas finanças e, em última instância, sobre si mesmo. Ela cumpriu papeis importantes até aqui. Mas está na hora de ter a rentabilidade que você merece, mesmo na reserva de emergência.

Infelizmente, a poupança não foi totalmente honesta com você. Ela prega ter liquidez imediata, mas evita mencionar suas “datas de aniversário”, que somem com toda a rentabilidade de um mês caso você resolva resgatar o dinheiro um ou dois dias antes. Para um relacionamento ser duradouro, o aconselhável é ser totalmente transparente, não é?

Mas não é só isso. A verdade é que seu dinheiro consegue mais. Rendendo 70% da Selic, a caderneta hoje está te oferecendo um retorno de 1,4% ao ano. As boas alternativas para a reserva de emergência – Tesouro Selic, os fundos DI e os CDBs de liquidez diária – rendem 1,55% a.a. descontada a maior alíquota de imposto de renda (para até 180 dias) e 1,7% se você não movimentar o dinheiro por mais de 720 dias.

Se você acha pouco, lhe convido a assistir à última Escola de Investidores, sobre o efeito dos juros compostos nos seus investimentos, clicando aqui. Só para ter uma ideia, quem investiu R$ 10 mil na poupança pelos últimos 5 anos sacaria hoje 13.034. O mesmo investimento rendendo 100% do CDI valeria hoje R$ 14.864. Duvido que você teria jogado esses mais de R$ 1.800 no lixo se tivesse essa informação de antemão.

Se você tem dinheiro voltado ao longo prazo na Poupança, pior ainda. Mesmo na renda fixa, existem inúmeras oportunidades sem liquidez que pagam bem acima dos 2% a.a. da nossa Selic atual – mantida nesse patamar ontem pelo Copom. Para objetivos a serem cumpridos em 2, 3, 5 anos, CDBs, LCs e fundos de investimento em renda fixa, como o Trend Inflação Curta e o DNA Serenity, são opções muito melhores que a poupança e ainda conservadoras. Pensando no longuíssimo prazo, busque proteger seu poder de compra – a forma menos arriscada de se fazer isso é através do Tesouro IPCA+. 

Como eu já disse, sei que despedidas são difíceis, mas nós estamos aqui para ajudar você a começar uma nova fase, com mais rentabilidade e um caminho menos tortuoso rumo à independência financeira.

Sábado é dia da poupança e o nosso objetivo é ajudar todos os desavisados a mudar de patamar e desatar esses laços de uma vez por todas. O primeiro passo, caso você ainda não o tenha feito, é abrir a sua conta, clicando aqui.

Em tempo: como sempre faço em se tratando da poupança, não posso deixar de avisar que aplicações feitas na norma antiga, que expirou em maio de 2012, continuam rendendo 6% ao ano e, portanto, são ótimas aliadas à sua carteira em tempo de Selic em 2%. Prefira movimentar saldos aplicados depois da mudança de regra.