- Investir de forma simples não é investir errado, mas sim buscar a forma menos trabalhosa para ganhar dinheiro
- Investir via fundos é um exemplo disso: você gasta pouco tempo determinando qual mercado investir e se preocupa em selecionar boas gestoras
- É a eficácia de não precisar se debruçar em cima de todos os mercados para necessariamente investir neles
- E os resultados do mês de abril foram excelentes: as principais classes de fundos apresentaram bons retornos
- Veja mais no panorama Rico de fundos!
Quando eu era moleque, lembro de ouvir alguém me contanto que o Bill Gates, bilionário americano que eu não fazia a menor ideia do que fazia da vida naquela época, gostava de contratar preguiçosos para sua empresa chamada Microsoft, pois eles sempre encontravam a forma mais fácil de fazer algo. Não preciso nem dizer que para um menino viciado em futebol de rua (e nem tanto assim na sala de aula), soou como uma música para os ouvidos.
Eu cresci, amadureci, e percebi que essa afirmação do Bill Gates, bom, fazia algum sentido! Claro, não com a visão ao pé da letra que eu tinha quando era criança, mas muitas vezes seguir pelos caminhos mais simples pode ser o mais inteligente a se fazer, inclusive no mundo dos investimentos. Aliás, nesse episódio aqui do Stock Pickers (que tive o privilégio de participar), o gestor do fundo XP Macro, Bruno Marques, fala isso exatamente do minuto 15:07 até o minuto 15:25.
“É como se você estivesse na escola e pudesse escolher a prova que você vai fazer. Existem as provas mais difíceis e as mais fáceis: a gente tenta escolher as mais fáceis [no mercado]. Isso não significa que vamos acertar, mas parecem ser mais fáceis.” disse ele no episódio.
Investir em fundos é exatamente isso: você gasta seu tempo para entender se determinado mercado faz sentido para sua carteira de investimentos, mas economiza muito mais horas por não precisar entender profundamente aquele mercado. O segredo é delegar essa responsabilidade para boas gestoras que possivelmente, com suas equipes robustas e investimento em capacidade analítica, farão isso muito melhor.
Não gastar muito tempo com investimentos não quer dizer fazer algo mal feito. Pelo contrário, é encontrar a forma mais simples e eficaz de obter resultados em mercados que muitas vezes não dominamos. Por falar em resultados, a seguir trazemos os números referentes ao mês de abril de várias classes de fundos:
Fonte: plataforma de fundos XP Inc, elaboração Rico
Em renda fixa, os fundos tiveram uma performance positiva, superando o CDI (taxa de juros referencial do mercado, nosso custo de oportunidade aqui) em quase todas as suas subdivisões. Porém, quando olhamos para os fundos que se dedicam a investir em títulos de crédito das companhias, eles ficaram, em média abaixo do JGP Idex-CDI, dedicado a monitorar os melhores desses fundos, no último mês.
O destaque positivo fica para os fundos de Renda Fixa Pré-fixada e Renda Fixa Inflação. Ambos superaram o CDI (embora tenham um nível de risco superior se comparados com os títulos atrelados ao CDI), e também o IMA-B Geral, índice da Anbima que monitora preços dos títulos públicos indexados à inflação.
Nas nossas recomendações: Crédito High Grade, fundos que investem em títulos de crédito de companhias que possuem grau de investimento, ou seja, possuem uma avaliação melhor de saúde financeira (menor risco). Além deles, recomendamos Debêntures Incentivadas Não Hedgeadas, fundos que investem em títulos de divida emitidos por empresas com incentivo fiscal (sem IR) sem a proteção contra a inflação (IPCA), ou seja, mantendo esses títulos expostos à remuneração indexada pela inflação.
Fonte: plataforma de fundos XP Inc, elaboração Rico
Em renda variável brasileira, os fundos dedicados ao investimento em ações, também tivemos um mês de céu azul. Boa parte deles bateu o Ibovespa, principal índice de ações brasileiras, com folga. Os fundos que focam em companhias boas pagadoras de dividendos ficaram para trás, o que não é um comportamento estranho para essa classe já que o foco é p recebimento de proventos e não necessariamente retorno no preço da ação.
Mas Colla, por que o IMA-B está ai? Muitos fundos da classe long biased, que ficam com pelo menos 2/3 do patrimônio investido em ações, mas podem diversificar em outros ativos, se comparam com indicadores de ativos de inflação, justamente como é o caso do IMA.
Nas nossas recomendações: Renda Variável Long Biased, que têm ao menos 2/3 do patrimônio investido em ações, mas com o restante podem diversificar em outros ativos, posições vendidas, entre outros. E Renda Variável Long Only Livre: fundos focados apenas na seleção de ações, com análise fundamentalista das empresas e com objetivo de selecionar as melhores para se tornar sócio no longo prazo.
Fonte: plataforma de fundos XP Inc, elaboração Rico
Nos multimercados, os “flexíveis”, como eu chamo, dada a liberdade que esses fundos têm para investir em diversos ativos, tanto na ponta comprada como na vendida (ganha na queda), sempre buscando uma carteira equilibrada que vença o CDI no longo prazo, um mês positivo também. Destaque para os fundos long short, que ganham dinheiro basicamente investindo numa cesta de ações e ficando vendidos em outra, com o objetivo que uma delas performe melhor do que a outra.
Porém, perderam para o IHFA, que é o principal índice dos fundos multimercados brasileiros. De qualquer forma, cumpriram seu papel no mês (que é bater o CDI).
Nas nossas recomendações: Long short neutro, que constroem uma carteira de ações compradas e uma outra de ações vendidas (ganha na queda), sem buscar acertar a direção do mercado (neutro), com o intuito que uma dessas carteiras performe melhor do que a outra, ganhando dinheiro na rentabilidade diferencial entre as duas cestas. Também indicamos Macro alta vol: os fundos macro são aqueles observam e traçam um cenário macroeconômico, de curto/médio e longo prazo, e a partir disso constroem suas carteiras de investimento de forma equilibrada para ganhar dinheiro nesse cenário. Dentro disso, alta vol indica que, dentro dessa categoria, esses são os fundos que mais vão se expor a risco para buscar resultados mais expressivos.
Fonte: plataforma de fundos XP Inc, elaboração Rico
Nos gringos, os fundos que são atrelados ao dólar foram o destaque negativo dentro de suas respectivas classes. Porém, os fundos em reais, sem a exposição cambial a moeda americana, se destacaram positivamente (que têm o famoso hedge cambial).
Nas nossas recomendações: Internacional Ações em reais e em dólares, fundos long only, assim como expliquei acima para os fundos brasileiros, porém que investem em companhias estrangeiras. Internacional Crédito em reais, que investem em títulos de dívida de empresas, assim como nossos fundos de crédito locais, mas com liberdade de selecionar papéis de diversas empresas ao redor do mundo, e com mais tipos de dívidas para selecionar, já que esse mercado é bem mais evoluído lá fora.
Fonte: plataforma de fundos XP Inc, elaboração Rico
Nos fundos alternativos, que investem em classes de ativos não tradicionais ou mesmo utilizam métodos de investimento não tradicionais, destaque para os quantitativos e os fundos multiestratégia. Os quantitativos já são velhos conhecidos das 13 pessoas que leem o Rico Matinal todos os dias: são como multimercados, porém, que utilizam robôs para analisar, simular e tomar as decisões de investimento.
Os cambiais, em sua maior parte de dólar, foram o destaque negativo com o recuo da moeda no mês. Ah, e os Alternativos, basicamente são os fundos que não se encaixam em nenhuma das outras categorias.
Nas nossas recomendações: Quantitativos, que utilizam de sistematização para o processo de investimento, programando algoritmos para selecionar investimentos, testar teses e tomar as decisões no dia-a-dia. Os humanos que fazem parte do time de gestão focam apenas nas ideias de investimento e no desenvolvimento dessa tecnologia.
Caros(as) 13 leitores(as), eu adoraria alongar esse texto para explicar cada uma dessas classes, porém, o Rico Matinal quer ser uma leitura inteligente e rápida, o que não aconteceria se eu alongasse ainda mais por aqui. Mas para deixar vocês tranquilos e não fazer a Zogbuy (apelido carinhoso da nossa analista Paula Zogbi) surtar olhando o tamanho do texto, pensei na seguinte solução:
Vou preparar um glossário das classes de fundos para vocês e compartilhar com vocês como um conteúdo extra. Afinal, acreditar na preguiça ao pé da letra ficou na infância, não é? Enquanto isso, confira todos os fundos que recomendamos para conservadores, moderados e agressivos.
Elaborado por:
Betina Roxo, CNPI 1493
Paula Zogbi, CNPI 2545
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