- Segundo um estudo da Motley Fool, a Geração Z enxerga risco de uma forma diferente das anteriores, e acredita que ações e opções são mais arriscadas que criptomoedas
- Podemos até ser meio “cringe”, mas nosso papel como profissionais desse mercado é entender risco de uma outra forma e colocar mais números no papel
- Pensando nessas questões e nos riscos que enxergamos daqui para frente, fizemos algumas mudanças nas nossas recomendações de investimento para setembro
- Confira aqui!
Pra quem não sabe, eu sou o representante “GenZ” do time de análise da Rico. Porém, confesso que fiquei surpreso e bem curioso com um estudo que a nossa “QuantQueen”, Júlia Aquino, mostrou em uma reunião:
Uma pesquisa realizada pelo Motley Fool mostrou que a Geração Z enxerga risco de uma forma bem diferente das anteriores: para a turminha mais jovem, investir em criptomoedas é menos arriscado do que o mercado de ações e opções. Talvez eu seja um GenZ meio “cringe” por não ter a mesma visão da galera que nasceu na mesma época que eu, mas acho válido discutirmos melhor o que é risco por aqui.
No mundo dos investimentos, quando vamos decidir o que faz sentido ter em carteira, o risco é uma das primeiras questões a considerar. Não só porque, quando mal calculado, pode gerar danos irreversíveis para seu patrimônio, mas também por dizer muito sobre a eficiência da alocação de recurso.
De forma bem simples, um investimento X numa janela de 12 meses que tenha perspectiva de ganho de 10%, mas com risco de queda de 5% seria menos eficiente que um ativo Y com retorno esperado de 7% mas com chance de perda de 2%, por exemplo, mesmo com uma perspectiva maior de possível retorno.
Isso porque a opção Y remunera o capital do investidor de forma mais eficiente em relação ao risco inerente do investimento do que a opção X.
A situação se torna complexa quando você não consegue entender o valor justo de um determinado ativo, ou seja, fica mais difícil de calcular o retorno esperado. Dessa forma, a eficiência não fica clara e se torna um “ponto cego” para alocação de recursos.
Mercados que apresentam essa dificuldade de leitura se tornam “fézinhas”, ou seja, um investimento que deveria ser realizado com uma parcela pequena do se patrimônio e com recursos que você não se importa de perder, no bom português. É assim que enxergamos categorias como a das criptomoedas, que têm grande volatilidade e pouca visibilidade de retornos potenciais: melhor ser mais clássico nesse sentido do que cometer erros irreversíveis.
Onde investir neste mês?
O tom de cautela, principalmente com o cenário local, ficou claro no nosso texto de ontem. Aqui no Brasil, incertezas ficam em volta da situação fiscal, enquanto lá fora ainda existe uma preocupação com uma possível “quarta onda da pandemia” e o rumo da política monetária nos EUA – ou melhor, se a máquina de dólar vai parar de despejar dinheiro na economia.
1- Aumenta a proteção contra inflação aí, minha gente: essa foi a categoria que teve maior mudança no mês contra mês, e para cima. Num cenário onde “dá ruim” e os preços disparam, esses títulos de inflação (IPCA+) são os que mais protegem seu dinheiro – por isso aumentamos essas posições.
2- E a bolsa brasileira, vende tudo? Não! Embora a situação macro não esteja um céu de brigadeiro, ainda temos ótimas histórias para serem contadas e gerarem bons resultados: boas empresas com gestão alinhada e ações ainda descontadas que devem ganhar com a reabertura da economia podem ser uma boa pedida. (conheça nossa mini-seleção de ações para investir com a reabertura da economia) Ah, e os bons fundos de ações que fazem gestão profissional nesse mercado também devem capturar essas oportunidades no longo prazo.
3- A grama do gringo é mais verde: ter parcela do capital “fugindo” de riscos brasileiros sempre é bom, isso somado ao fato da reabertura estar melhor endereçada lá fora só melhora essa alocação. A parte dolarizada da nossa exposições em ações internacionais serve como proteção para nossa carteira, uma vez que o dólar costuma performar bem em cenários de maior estresse.
Lembrete importante: não recomendamos a alocação internacional apenas por fugir de riscos brasileiros, mas sim pela perspectiva de risco x retorno que eu comentei no no início do texto. Principalmente em regiões como a Europa, que possuem empresas de qualidade atreladas a velha economia e que acabaram ficando para trás se comparado com demais regiões desenvolvidas (até por isso temos recomendação de investimento em bolsa europeia).
Elaborado por:
Bruna Sene, CNPI-T 1847
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