Nos últimos meses, diversas empresas listadas na B3 passaram por mudanças em seus códigos de negociação (tickers), refletindo estratégias de crescimento, reposicionamento de marca ou reestruturações societárias. Essas alterações vão além da estética: elas comunicam ao mercado novas fases, objetivos e direções corporativas, sinalizando uma evolução na trajetória dessas companhias.
A seguir, vamos conhecer algumas dessas mudanças recentes, entender os motivos por trás delas e os novos tickers adotados.
Natura (de NTCO3 para NATU3)
A Natura Cosméticos retomou o ticker NATU3, utilizado originalmente em seu IPO em 2004, substituindo o código NTCO3, que representava a holding Natura&Co desde 2019.
A mudança ocorreu após a incorporação da holding pela própria Natura Cosméticos, concluída em 1º de julho de 2025. O objetivo é simplificar a estrutura societária e reforçar o foco em explorar as oportunidades no core business da companhia. A empresa também sinaliza uma nova fase de crescimento baseada em inovação, digitalização e maior geração de caixa.
O crédito das ações NATU3 ocorrerá ao fim do dia 3 de julho de 2025 e aparecerá no extrato dos acionistas a partir de 4 de julho de 2025.
Motiva (de CCRO3 para MOTV3)
A antiga CCR S.A. passou a se chamar Motiva Infraestrutura de Mobilidade S.A., com o novo ticker MOTV3, em vigor desde 2 de maio de 2025. A mudança de nome e código reflete um reposicionamento estratégico e de marca, parte de um programa de transformação iniciado em 2023. A nova identidade busca alinhar a companhia com uma visão de futuro mais sustentável e centrada em mobilidade urbana e infraestrutura moderna.
JBS (de JBSS3 para JBSS32 – BDR)
A JBS concluiu em 2025 sua listagem na Bolsa de Nova York (NYSE), passando a ser negociada no Brasil por meio de BDRs (Brazilian Depositary Receipts) com o novo ticker JBSS32.
A antiga ação ordinária JBSS3 foi extinta após a incorporação pela holding internacional JBS N.V., sediada na Holanda. Os acionistas receberam 1 BDR para cada 2 ações ordinárias, mantendo exposição à empresa agora em nível global. A mudança marca a internacionalização da companhia e sua ambição de ampliar o acesso a investidores estrangeiros.
Confira aqui mais detalhes sobre a dupla listagem de JBS.
REAG Investimentos (de NINJ3 para REAG3)
A antiga GetNinjas passou a se chamar REAG Investimentos S.A., com o ticker REAG3, após uma reorganização societária concluída em janeiro de 2025. A mudança reflete a consolidação da REAG como uma holding de serviços financeiros, com foco em gestão de ativos e patrimônio.
Um breve histórico das principais mudanças de ticker na B3 nos últimos anos
Nos últimos anos, diversas empresas listadas na B3 passaram por mudanças em seus tickers, refletindo reestruturações societárias, fusões, reposicionamentos de marca ou internacionalizações. Abaixo, reunimos algumas das mais relevantes:
ISA CTEEP
– De: TRPL3/TRPL4 → ISAE3/ISAE4 (2024)
A mudança de nome para ISA Energia Brasil e os novos tickers refletem a expansão da atuação da empresa para além de São Paulo e seu foco em transição energética.
Grupo Soma
– De: SOMA3 → AZZA3 (2024)
Após a fusão com a Arezzo&Co, foi criada a nova companhia Azzas 2154 S.A., com o ticker AZZA3, reunindo marcas como Farm, Animale, Hering, Schutz e Reserva, conforme falamos aqui.
Essas mudanças mostram como o ticker pode ser um reflexo direto da estratégia e da identidade das empresas, servindo como um sinal claro de transformação para o mercado e os investidores.
Grupo Casas Bahia
– De: VVAR3 → VIIA3 (2021)
– Depois: VIIA3 → BHIA3 (2023)
A empresa passou por duas mudanças de identidade, refletindo a transição de Via Varejo para Via, e depois o retorno à marca Casas Bahia, seu principal ativo.
Banco Inter
– De: BIDI11 → INBR32 (2022)
Após reorganização societária e migração da base acionária para a Inter&Co nos EUA, o Banco Inter passou a ser negociado na B3 por meio de BDRs com o ticker INBR32, marcando sua internacionalização.
Rumo Logística
– De: RUMO3 → para RAIL3 (2021)
A Rumo alterou seu ticker para RAIL3, reforçando seu posicionamento como a principal operadora ferroviária do país. A mudança buscou alinhar a identidade da empresa ao seu core business — o transporte ferroviário — e facilitar o reconhecimento por parte dos investidores estrangeiros.
TIM
– De: TIMP3 → TIMS3 (2020)
A alteração ocorreu após a incorporação da TIM Participações pela TIM S.A., mantendo a estrutura de capital e reforçando o compromisso com o Novo Mercado.
Conclusão
As recentes mudanças de ticker na B3 costumam sinalizar mais do que simples alterações nos códigos de negociação: são reflexo das transformações estratégicas e do reposicionamento das empresas diante de um mercado cada vez mais dinâmico e globalizado.
Para os investidores, essas mudanças representam oportunidades de acompanhar novas fases de crescimento, inovação e internacionalização das companhias. Além disso, reforçam a importância de estar atento às movimentações corporativas que podem impactar a percepção de valor e a performance das ações no curto e longo prazo.
Assim, entender o que está por trás dessas novas identidades é fundamental para tomar decisões de investimento mais informadas e alinhadas com as tendências do mercado.
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Elaborado por:
Bruna Sene, CNPI-T 6928
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