- Você sabia que investir pode ser como montar um prato de comida?
- Um pouco de cada coisa, objetivos claros e respeitos aos seus gostos será essencial nesse processo. E o mais importante? Garantir uma dieta balanceada.
- O conceito de alocação no mundo dos investimentos pode ser muito parecido com as recomendações do seu nutri!
- Confira aqui como “comer, comer, e crescer seus investimentos”.
Você já parou pra pensar que investir é como montar um prato de comida? Calma, não estou ficando louco! Sim, podemos fazer uma comparação simples entre a nossa alimentação e o conceito de alocação, no mundo dos investimentos. Vamos lá!
Para montar um plano alimentar, um nutricionista vai primeiro entender seu perfil alimentar, e o que você se sente à vontade para comer ou não. Além disso, será essencial saber seus objetivos. Emagrecer ou ganhar peso? Se alimentar de forma balanceada? Assim, esse profissional poderá traçar uma dieta personalizada para você.
No mundo dos investimentos, funciona da mesma maneira: antes de olhar para as oportunidades, é importante olhar para si mesmo. Quais os seus objetivos com esse investimento? Pretende deixar por pouco tempo (curto prazo), ou por um período mais longo (longo prazo)? E o seu perfil; você fica confortável tomando mais riscos, podendo ver seu investimento cair eventualmente para ter chances de maiores ganhos no longo prazo, ou prefere confiar em opções mais conservadoras, sem correr grandes riscos?
Não sabe seu perfil de investidor ainda? Não se preocupe! Clique aqui e descubra onde você se encontra na nossa “escada do risco X horizonte de investimentos”.
Montando um prato (de investimentos) diversificado
Depois de entender seus objetivos, seu horizonte de investimentos e seu perfil de investidor, vamos ao que interessa: como investir (ou alocar) esse dinheiro da maneira mais adequada – ou seja, sua decisão de alocação.
Nesse ponto, voltemos a nossa metáfora do prato de comida. Assim como em qualquer dieta saudável, a diversificação e o equilíbrio são fundamentais para os investimentos. Quanto mais diversificados seus investimentos, mais equilibrados serão seus riscos e suas oportunidades de retorno no longo prazo.
Agora, vamos conhecer o “prato feito” da alocação!
Arroz (renda fixa brasileira pós-fixada)
Todo brasileiro sabe que é um alimento básico de quase toda a dieta. Com ele não tem erro, você já sabe bem o que esperar. Para quem não quer inventar muita moda mas quer manter a dieta controlada, o arroz é parte fundamental. A rentabilidade dos pós-fixados está atrelada a uma taxa de juros, seja ela a básica da economia (Selic) ou a utilizada como referência pelo mercado financeiro (CDI). São títulos mais previsíveis, e dão menos sustos. Por isso, títulos pós fixados (como Tesouro Selic) são ótimas alternativas para sua reserva de emergência – o primeiro passo de qualquer investidor.
Feijão (renda fixa brasileira inflação)
O feijão é o melhor amigo do arroz, fortifica a sua dieta com muito ferro, ajuda a evitar doenças como a anemia. Sabe o que deixa seu dinheiro anêmico? A inflação dos bens e serviços que você consome nos seus dias, representada pelo IPCA (nosso principal índice de inflação ao consumidor). A renda fixa indexada ao IPCA vai remunerar conforme uma taxa prefixada acrescida da correção da inflação no período de duração do título. É uma excelente forma de te proteger dos efeitos da inflação ao longo do tempo, que é justamente reduzir seu poder de compra. Porém, essa classe pode balançar mais do que os pós-fixados, devido a um movimento de precificação diária de ativos no mercado, que chamamos de marcação a mercado – te contamos tudo sobre esse movimento nesse vídeo. Por isso, os títulos de inflação tem um grau de risco maior que o nosso querido arroz.
Salada (fundos de investimento multimercado)
A salada é o típico alimento que muita gente acaba ficando sem comer, por muitas vezes negligenciar seus benefícios. Quando o assunto é salada, já me vem na mente o termo equilíbrio, e essa justamente é a função dos fundos de investimento multimercado. Fundos são como condomínios de investimento, com cada investidor tendo uma parte (cota), contando com uma gestão profissional ativa, que, por meio de uma carteira balanceada entre ativos de renda fixa e renda variável (como ações na bolsa), vai buscar atingir retornos mais interessantes do que a taxa de juros de referência, geralmente o CDI.
Assim como a salada, que é recomendada quase sempre considerando diferentes objetivos alimentares, os fundos multimercado são extremamente adaptáveis. Por isso, eles estão presentes em todas as nossas carteiras recomendadas, a partir do perfil conservadora-moderada. Com gestores que tem como objetivo tomar riscos calculados para gerar resultados mais interessantes do que a referência, esses fundos fazem bastante sentido para quem deseja alcançar retornos consistentes no longo prazo.
Proteína (Ações)
As proteínas são a parte mais pesada do prato, dando trabalho para seu estômago digerir depois de comer. Mas se você aguenta ficar mais “cheio” depois da refeição, pode ser ótimo para sua alimentação, desde que em dosagens adequadas. O mercado acionário é a mesma coisa. Trata-se de um mercado mais volátil, ou seja, que vai balançar mais – e todos os dias. Mas é ótimo se tornar sócio de boas empresas no longo prazo: os grandes bilionários do mundo construíram suas fortunas dessa maneira.
Aqui, o importante é dosar a quantidade e entender a melhor forma de investir de acordo com seu perfil e seus objetivos. E isso vale tanto para se você decidir fazer a gestão da sua carteira de ações sozinho, quanto se optar por terceirizar a gestão para que um time de profissionais por meio de fundos de investimento.
Molho (Ações estrangeiras)
Se você vai ter alguma proteína no seu prato, um molhinho acompanha muito bem. Aliás, em proporções bem parecidas. Para quem investe em ações, investimentos internacionais não podem faltar.
Isso porque, tão importante quanto diversificar seus investimentos entre arroz feijão e proteínas – ou seja, entre classes de ativos – é diversificar entre geografias. Afinal, a economia brasileira (medida pelo PIB ajustado por poder de compra) responde por menos de 3% da economia global. E nossa bolsa, muito menos do que isso. Assim, investir internacionalmente te permite experimentar muito além do arroz “Tio João” e do feijão “Kicaldo”.
Além disso, só a diversificação internacional te dará acesso a setores/teses de investimento ainda não existentes ou em fase muito inicial no Brasil, como esportes e tecnologia de ponta. Vai um molho tarê ai?
Farofa (Renda Fixa internacional)
Arroz e feijão, sem farofa? Cadê a liga? Vai muito bem esse trio. A renda fixa internacional, diferente da brasileira, é, em sua maior parte, prefixada, e mais volátil que a nossa por aqui.
Seguindo a mesma lógica do molho com a proteína, a farofa pode ser um belo complemento para o arroz e o feijão, sem ter correlação com o comportamento da renda fixa brasileira. E, assim como as ações internacionais, a renda fixa internacional traz diversificação geográfica para o portfólio – dando aquele toque estrangeiro no prato, para não depender apenas do Brasil nas calorias, ou melhor, no retorno.
Conclusão: nada melhor do que uma dieta balanceada
Assim como na sua alimentação, o quanto você terá de cada um desses itens vai depender dos seus objetivos e daquilo a que você mais se adapta ou não. Nunca vi nutricionista recomendar algo que não fosse do agrado de seu paciente.
Sim, você pode ganhar dinheiro independentemente do seu perfil. É essencial lembrar que, assim como aquelas dietas malucas que vemos prometendo milagres por aí, provavelmente não será suportável por tanto tempo ter uma carteira que não condiz com seu perfil e que vai gerar desconforto. Aliás, a pergunta muitas vezes não é se você deve ou não ter cada um desses alimentos no meu prato, mas sim quanto devo ter de cada.
Todos os meses nós atualizamos nossos cardápios (ou melhor, carteiras) para cada perfil de investimento, do mais agressivo ao mais conservador.
Confira o “Onde Investir” de fevereiro.
Elaborado por:
Betina Roxo, CNPI 1493
Este relatório de análise foi elaborado pela Rico Investimentos, que é uma marca da XP Investimentos CCTVM S.A. (“Rico”) de acordo com todas as exigências previstas na Instrução CVM nº 598, de 3 de maio de 2018, tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar sua própria decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta ou solicitação de compra e/ou venda de qualquer produto. As informações contidas neste relatório são consideradas válidas na data de sua divulgação e foram obtidas de fontes públicas. A Rico não se responsabiliza por qualquer decisão tomada pelo cliente com base no presente relatório. Este relatório foi elaborado considerando a classificação de risco dos produtos de modo a gerar resultados de alocação para cada perfil de investidor. O(s) signatário(s) deste relatório declara(m) que as recomendações refletem única e exclusivamente suas análises e opiniões pessoais, que foram produzidas de forma independente, inclusive em relação à Rico e que estão sujeitas a modificações sem aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado, e que sua(s) remuneração(es) é(são) indiretamente influenciada por receitas provenientes dos negócios e operações financeiras realizadas pela Rico. O analista responsável pelo conteúdo deste relatório e pelo cumprimento da Instrução CVM nº 598/18 está indicado acima, sendo que, caso constem a indicação de mais um analista no relatório, o responsável será o primeiro analista credenciado a ser mencionado no relatório. Os analistas da Rico estão obrigados ao cumprimento de todas as regras previstas no Código de Conduta da APIMEC para o Analista de Valores Mobiliários e na Política de Conduta dos Analistas de Valores Mobiliários do Grupo XP. O atendimento de nossos clientes é realizado por empregados da Rico. Os produtos apresentados neste relatório podem não ser adequados para todos os tipos de cliente. Antes de qualquer decisão, os clientes deverão realizar o processo de suitability e confirmar se os produtos apresentados são indicados para o seu perfil de investidor. Este material não sugere qualquer alteração de carteira, mas somente orientação sobre produtos adequados a determinado perfil de investidor. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço ou valor pode aumentar ou diminuir num curto espaço de tempo. Os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros. A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos. As informações presentes neste material são baseadas em simulações e os resultados reais poderão ser significativamente diferentes.
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