Ariel (personagem fictício) resolveu entrar para o mundo dos investimentos. Pela praticidade, resolveu que investiria via fundos de investimento e correu para o site da Rico para investir os seus primeiros R$1.000,00.

Ao se deparar com vários nomes e siglas ainda não familiares, selecionou os fundos com melhor desempenho nos últimos 12 meses e fez sua escolha: um fundo de investimento cambial em dólares.

Passados alguns meses, a surpresa: Ariel estava perdendo 15% do que havia investido. Decidiu mudar, repetindo o processo de escolha. Dessa vez, um fundo de investimento em ações brasileiras que estava entre os mais rentáveis nos últimos 12 meses.

A história se repetiu, mas dessa vez pior, pois 4 meses depois do aporte, a perda havia sido de 30%. Logo, achou que era hora de mudar mais uma vez. Quem foi o mais rentável dessa vez? Um fundo de renda fixa com rendimentos atrelados a inflação. “Não tem como dar errado!” — pensou.

Meses depois, mais uma decepção. Sem nem saber que renda fixa pode variar ao longo do tempo, Ariel já estava perdendo mais da metade do seu investimento.

A verdade é que essa história fictícia não é muito diferente de muitos investidores reais que escolhem seus investimentos pelos critérios errados. Prova disso, um dos fundos de ações mais antigos e rentáveis da bolsa brasileira divulgou em sua última carta alguns dados comprovando que essa história acima não é pura ficção.

Quando pensar “esse é o melhor momento”, faça o oposto!

Segundo o estudo da gestora Guepardo, apesar do retorno de seu principal fundo ser de 21,1% ao ano nos últimos 36 meses (muito acima do desempenho do Ibovespa ou do CDI), cerca de 50% dos cotistas do fundo tiveram prejuízo por resgatar em janelas de performance negativas.

Em bom português: perderam dinheiro pelo medo de perder dinheiro.

Parte da explicação para esse resultado deve-se ao ato do investidor resgatar os investimentos em um curto prazo de tempo. Apesar dos investimentos em ações serem recomendados para o longo prazo (acima de 5 anos), muitos investidores acabam reagindo à volatilidade de curto prazo, resgatando seus investimentos muito antes desse período geralmente por precisar do dinheiro antes do prazo, ou o pior dos casos, quando começa a atravessar por períodos de retornos negativos no curto prazo.

Outro fator que contribui para esse comportamento por parte dos investidores é a tendência de escolha de investimentos com base na performance passada, o chamado “efeito retrovisor”. Por exemplo, escolhendo o investimento que ofereceu melhores retornos nos últimos 12 meses.

Desta forma, o investidor atribui a rentabilidade passada como previsão da rentabilidade futura, sem considerar a perspectiva para aquele investimento adiante – que inclui fatores como o cenário macroeconômico internacional e doméstico, a estratégia do gestor de um fundo, e as características do próprio investimento (como a saúde financeira de uma empresa com ações na bolsa, por exemplo).  

Esse comportamento pode ser ilustrado pela captação e resgate dos fundos de investimentos. No gráfico abaixo comparamos a rentabilidade do Ibovespa – índice a ser superado pelos fundos de ações – e a captação de fundos de investimento em ações (ou seja, quanto dinheiro está sendo investido ou retirado desses fundos por investidores como você e eu).

Como podemos ver, os momentos de maior captação são justamente aqueles que precedem retornos positivos por parte do Ibovespa no último ano. Ou seja, investidores decidem investir com base no que aconteceu no passado recente – nos últimos doze meses.

Enquanto isso, investidores tendem a realizar fortes resgates dos fundos em momentos de queda do Ibovespa.

Esse “tira e põe” em momentos julgados como apropriados (mas que são, na grande maioria das vezes, o oposto) faz com que investidores percam duas vezes: amargando o prejuízo nas quedas, e não capturando a alta que ocorre no ciclo seguinte de valorização da bolsa.

Embora esse comportamento corrosivo para o seu patrimônio seja comum, é um problema simples de resolver com apenas alguns passos.

Investimento certo para o objetivo certo

Gostamos de falar que não existem tipos de investimentos ruins ou bons. Investimentos podem ser comparados a ferramentas. Se você quiser colocar um prego em uma mesa, um martelo fará um bom trabalho, mas se seu objetivo for colocar um parafuso na mesma superfície, o martelo fará um belo estrago.

Ao escolher seu investimento pela rentabilidade passada, a pessoa deixa de alinhar as características do investimento com o seu objetivo. Por exemplo, se você precisa do dinheiro no curto prazo, tendo a necessidade de resgatar a qualquer momento, preferirá um investimento com baixa volatilidade e de resgate rápido (como o Tesouro Selic, por exemplo).

Caso queira deixar o dinheiro investido por anos e protegê-lo da inflação, podendo deixá-lo investido até o seu vencimento, preferirá um investimento indexado ao IPCA (como o Tesouro IPCA ou títulos privados também atrelados a inflação, por exemplo).

Já se você pode deixar seu dinheiro investido por um longo prazo e busca mais rentabilidade nos seus investimentos, os investimentos em ações podem ser a ferramenta mais adequada para essa tarefa.

Por isso, escolher seu investimento deve ser feito de acordo com seu objetivo, dando preferência aqueles que possuam as características as quais você necessita.

Além disso, uma carteira de investimentos completa e que terá maiores chances de render bons retornos no longo prazo incluirá um pouco de cada um desses tipos de investimentos, incluindo via fundos de investimento domésticos e internacionais. Isso porque a diversificação entre ativos, classes de ativos e geografias é a chave para a melhor alocação dos seus recursos no longo prazo.  

Perfil certo para o investimento certo

Um dos melhores momentos para entender o seu perfil do investidor é justamente um como o atual, quando os retornos da renda fixa estão altos e os da renda variável estão relativamente menos atrativos.

Atualmente a Selic — taxa básica de juros e a grande responsável por nortear o retorno de ativos de renda fixa — está em 13,75% ao ano (mais de 1% ao mês).

Assim, é possível hoje acessar investimentos com esse retorno, liquidez diária e baixíssimo risco. Você está satisfeito com esse retorno? E, de maneira importante, seguiria satisfeito se a Selic caísse novamente para um patamar de um dígito (mesmo que esse cenário não seja provável no curto prazo)?

Se você respondeu que sim, seu perfil deve ser conservador. E se eu te disser que nos preços atuais a bolsa tem a capacidade de ter retornos muito superiores ao CDI nos próximos anos? Ainda estaria feliz com toda sua carteira no CDI ou gostaria de ter uma parcela em ações?

Embora muitas pessoas respondam que gostariam de estar com seu dinheiro em ações, poucas são aquelas que deixam seus investimentos no prazo adequado. No caso da Guepardo, apenas 4% dos cotistas deixaram seu dinheiro aplicado por mais de 2 anos no fundo.

Uma forma de evitar surpresas de um investimento que pode não ser adequado ao seu perfil é reduzir a dose da sua aplicação. Se um investimento de longo prazo da sua carteira desvalorizar 50% em um curto prazo, a importância que você dará para essa queda será muito diferente se esse investimento for 2% ou 40% do total do seu patrimônio, por exemplo.

Por isso, respeitar a dose recomendada de investimentos de risco ao seu perfil de investidor é crucial para conseguir mantê-lo pelo prazo adequado na sua carteira.

Confira nossa sugestão de alocação por perfil de investidor em nosso Onde Investir.

Conheça o seu investimento

Conhecer a fundo o seu investimento ajudará a evitar que você tome decisões por impulsos em momentos de estresse. No caso dos fundos de investimento, entender seus processos, quem são os profissionais, quais as regras de investimento do fundo, quais as teses eles mais acreditam e o que têm feito para buscar os resultados são formas de diminuir a ansiedade quando a performance do fundo for negativa ou abaixo do esperado por um prazo mais curto.

É como torcer para um time, atleta ou adquirir uma peça de um artista preferido: por mais que um trabalho ou outro não saiam da melhor maneira que você esperava, você confia na capacidade que ele tem de entregar algo que te agrade ao longo dos anos.

Com a mesma mentalidade em seus investimentos, você poderá ficar mais tranquilo com sua carteira de investimentos ao fazer uma boa seleção antes investir em um fundo (ou até mesmo em uma ação) sabendo da capacidade do seu time de gestão.

Agora que você já sabe o que Ariel deveria ter feito com os seus R$1.000,00, clique aqui e abra gratuitamente sua conta na Rico para ter acesso aos melhores fundos de investimento do mercado.

Elaborado por:

Bruna Sene, CNPI-T 1847

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