A inflação medida pelo IPCA (nosso principal índice de inflação ao consumidor) registrou alta de 1,16% em setembro, levando o acumulado em 12 meses para 10,25%. O indicador acumulado é normalmente a medida mais conhecida popularmente, dado os efeitos sentidos nos preços no dia a dia e a magnitude do número. Com o resultado do mês, a inflação atinge a maior taxa acumulada desde fevereiro de 2016 (quando registrou alta de 10,36%).
Apesar de bastante elevado, o resultado veio abaixo do esperado pela maior parte dos analistas, por conta de efeitos pontuais em alguns bens que devem trazer alta no mês que vem, mas também com inflação de serviços menos pressionada e disseminado do que o esperado. O último movimento é positivo, pois os serviços são menos afetados por questões de oferta, como o clima, e tendem a ser mais difíceis de perder força quando sobem.
Logo após a divulgação, os efeitos da surpresa já foram sentidos em ativos no mercado, especialmente na curva DI (onde os agentes de mercado precificam onde veem os juros por aqui no futuro), o que tem impacto em títulos de renda fixa. Com uma inflação um pouco menor do que o esperado no mês, a curva “fecha” (ou seja, a expectativa de juros cai), e títulos prefixados e híbridos (como NTN-Bs) tendem a valorizar, especialmente os de curto prazo. Mas vale lembrar que esses movimentos são bastante voláteis (mudam a todo momento), e são afetados por diversos outros fatores, como o cenário internacional.
Dito isso, o resultado mensal não muda a realidade do dia a dia do consumidor e investidor brasileiro, que convive ainda com inflação na casa dos dois dígitos – explicada por uma série de fatores, que discutimos em mais detalhes aqui.
O resultado também não muda nossa visão de inflação terminando esse ano em 9% (com uma leve queda no ritmo de alta de preços esperada nos próximos meses), muito acima da meta de 3,75% do Banco Central.
O que esperar e como se proteger?
Para o ano que vem, esperamos que um conjunto de fatores faça com que a inflação perca força encerrando o ano em 3,9%. Que fatores? A normalização de cadeias de produção globais (fábricas e portos voltando ao normal, insumos industriais deixando de faltar no mercado) e de questões climáticas como a falta de chuvas, a estabilização de commodities agrícolas, o fim de estímulos fiscais elevados, e claro, uma taxa de juros básica (a Selic) em elevação – até 9,25% em março do ano que vem.
Mas, como muito bem sabemos, o cenário segue incerto e o investidor não só pode, como deve, se proteger de potenciais volatilidades trazidas pela inflação. Títulos de renda fixa atrelados à índices de inflação, como NTN-Bs, ativos reais, como as próprias commodities, e Fundos Imobiliários (atrelados a aluguéis com correção inflacionária) são boas opções nesse momento. Falamos disso tudo, e do que evitar por ora, aqui na Riconnect!
Além disso, nada melhor do que pensar em oportunidades em momentos como esse. Pensando nisso, montamos uma lista de ações que mais se beneficiam da inflação: só clicar aqui!
Elaborado por:
Bruna Sene, CNPI-T 1847
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