Talvez a sua empresa, assim como a Rico, tenha decidido mudar permanentemente sua relação com escritórios a partir de 2020, adotando um modelo híbrido entre home office e trabalho presencial.
É possível que você não veja mais a necessidade de sair de casa para comprar certas coisas, mesmo com lojas abertas (aqui, a ração dos gatos é um exemplo claro). Mas isso não significa que os escritórios vai deixar de existir e nem que galpões logísticos vão continuar crescendo indefinidamente sem parar. Sim, caros 13 leitores, este é um texto sobre fundos imobiliários.
Não é segredo que os FIIs sofreram no período mais agudo da crise — o início do ano até a mínima, em 18 de março, a perda do Ifix, índice de referência do mercado, chegou a 58%. Com o passar dos meses, com a flexibilização da quarentena, reabertura dos comércios e recuperação do varejo, veio uma recuperação considerável.
Enquanto isso, o número de investidores em fundos imobiliários viu crescimento constante, seja pela busca por produtos com contratos indexados à inflação, seja pela evolução do mercado em si, que em 2020 ganhou um ETF próprio (Trend ETF Ifix, ou XFIX11) e a possibilidade de operações de aluguel de cotas.
Mas, em 2020, o IFIX, ficou com variação negativa, de -10,24%, mostrando que:
1. os desafios não ficaram totalmente para trás e
2. ainda há espaço para recuperação de fundos com ativos de qualidade e boa localização.
Mas onde buscar esses ativos? E como olhar cada um dos segmentos do mercado a partir de agora? Vamos por partes.
Lajes corporativas
Dá para imaginar um home office obrigatório depois que uma parcela segura da população esteja imunizada? Provavelmente não, certo?
Como falei no início do texto, muitas empresas trabalham com a ideia de um modelo híbrido, enquanto algumas profissões realmente exigem maior presença e um controle mais rígido. Seja como for, temos convicção de que sempre haverá busca por lajes corporativas de qualidade e boa localização, principalmente nos maiores centros comerciais e financeiros. Ainda há ativos com exposição a esses imóveis que ficaram para trás com a desvalorização causada pelo choque da pandemia.
Galpões logísticos
Não à toa, os galpões foram os “queridinhos” dos investidores ao longo desse ano. No terceiro trimestre, as vendas online cresceram 81,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com uma pesquisa da MasterCard. Entre agosto e outubro, a alta foi ainda mais expressiva, de 84,5%.
Isso levou a uma maior necessidade de galpões logísticos bem localizados e próximos das principais cidades para atender essa demanda. Inegavelmente, os fundos de galpões saíram vitoriosos da crise. Por outro lado, acreditamos que grande parte do potencial para os próximos anos já foi precificado — é preciso, portanto, avaliar com mais cuidado os diferenciais existentes antes de apostar em um FII desse segmento, principalmente se o seu foco como investidor estiver na busca pela valorização das cotas.
Shopping centers
Não sei você, mas eu ainda não voltei a frequentar shoppings com a mesma tranquilidade que o fazia antes da pandemia. Os impactos foram consideráveis nos shopping centers, e, além do movimento consideravelmente prejudicado, muitos lojistas passaram por dificuldades e tiveram de fechar as portas: a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), diz que a taxa de vacância (percentual de lojas vazias) nos 577 centros de compras do Brasil passou de 5% antes da pandemia para 8% em dezembro.
A partir de agora, esperamos um movimento de recuperação das vendas e reocupação desses espaços. Mas atenção: essa melhora pode ser errática. Novas restrições de horário em razão de uma eventual segunda onda podem postergar ainda mais a recuperação do setor e trazer volatilidade no curto prazo. Para shoppings que não atendem as classes A e B, o fim do auxílio emergencial também pode gerar algum incômodo. Portanto, ainda continuamos cautelosos com o segmento.
Para ficar de olho…
Por que investir em somente escritórios, shopping centers e galpões, se podemos investir em ativos de supermercados, petshops, farmácias e até universidades?
Os FIIs de renda urbana, que até então eram extremamente escassos, vêm crescendo rapidamente e devem ser uma das novidades e destaques para 2021. Hoje, 20 fundos listados na B3 investem em residências buscando maior retorno.
Vale lembrar que, mensalmente, atualizamos nossa carteira de fundos imobiliários recomendados, acessível para todos os clientes Rico na plataforma. Hoje, nossa recomendação está conforme a tabela abaixo. Para ver detalhes sobre os ativos, basta acessar Análises/Carteiras Recomendadas na área logada.
Elaborado por:
Betina Roxo, CNPI 1493
Este relatório de análise foi elaborado pela Rico Investimentos, que é uma marca da XP Investimentos CCTVM S.A. (“Rico”) de acordo com todas as exigências previstas na Instrução CVM nº 598, de 3 de maio de 2018, tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar sua própria decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta ou solicitação de compra e/ou venda de qualquer produto. As informações contidas neste relatório são consideradas válidas na data de sua divulgação e foram obtidas de fontes públicas. A Rico não se responsabiliza por qualquer decisão tomada pelo cliente com base no presente relatório. Este relatório foi elaborado considerando a classificação de risco dos produtos de modo a gerar resultados de alocação para cada perfil de investidor. O(s) signatário(s) deste relatório declara(m) que as recomendações refletem única e exclusivamente suas análises e opiniões pessoais, que foram produzidas de forma independente, inclusive em relação à Rico e que estão sujeitas a modificações sem aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado, e que sua(s) remuneração(es) é(são) indiretamente influenciada por receitas provenientes dos negócios e operações financeiras realizadas pela Rico. O analista responsável pelo conteúdo deste relatório e pelo cumprimento da Instrução CVM nº 598/18 está indicado acima, sendo que, caso constem a indicação de mais um analista no relatório, o responsável será o primeiro analista credenciado a ser mencionado no relatório. Os analistas da Rico estão obrigados ao cumprimento de todas as regras previstas no Código de Conduta da APIMEC para o Analista de Valores Mobiliários e na Política de Conduta dos Analistas de Valores Mobiliários do Grupo XP. O atendimento de nossos clientes é realizado por empregados da Rico. Os produtos apresentados neste relatório podem não ser adequados para todos os tipos de cliente. Antes de qualquer decisão, os clientes deverão realizar o processo de suitability e confirmar se os produtos apresentados são indicados para o seu perfil de investidor. Este material não sugere qualquer alteração de carteira, mas somente orientação sobre produtos adequados a determinado perfil de investidor. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço ou valor pode aumentar ou diminuir num curto espaço de tempo. Os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros. A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos. As informações presentes neste material são baseadas em simulações e os resultados reais poderão ser significativamente diferentes.
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