- Certamente você está cansado(a) de saber que a Copa do Mundo da Fifa está chegando!
- Em novembro, o Catar receberá 32 países na disputa pelo tão desejado título de melhor seleção de futebol.
- Mas você já parou pra pensar se todos os países se enfrentassem na disputa da alta de preços?
- Na Copa do Mundo Rico da Inflação, ganha quem acumular menos inflação entre 2019 e 2022. Confira o campeão!
Como vocês devem estar cansados de saber (e muitos também devem aguardar ansiosamente), a Copa do Mundo de futebol está chegando! Em novembro, o Catar receberá 32 países na disputa pelo tão desejado título de melhor seleção de futebol.
Ao longo dos últimos quatro anos, jogadores dos quatro cantos do mundo enfrentaram diversos desafios e obstáculos esportivos para garantir seu “lugar ao Sol do futebol”. E a edição desse ano contará com os tradicionais Brasil, Argentina, França e Alemanha, mas também com alguns inusitados companheiros, como o próprio Catar (participando pela primeira vez, como país sede) e o Canadá – que não colava na festa há mais de 35 anos!
Enquanto isso, no palco econômico, o mundo também enfrentou um dos maiores desafios da história moderna: a pandemia da covid-19. Com ela, vieram uma miríade de planos econômicos, resgates de todas as formas, estímulos fiscais e monetários (juros baixíssimos), além de diferentes estratégias para enfrentar a crise de saúde pública.
Assim, diferentes países do mundo apresentaram dinâmicas de recuperação distintas nos últimos anos. Algumas retomaram os níveis pré-crise já no início de 2021, outras apenas recentemente.
Ao mesmo tempo, a inflação alta – grande parte reflexo de desequilíbrios causados pela pandemia, e pelas respostas a ela – se tornou um desafio comum aos quatro cantos do mundo. Ou será que não?
Sobre a situação atual da inflação no Brasil, a gente conta tudo por aqui! Enquanto a preocupação sobre os preços nos Estados Unidos e em outros países centrais abordamos nesse texto.
Mas esse texto traz uma análise diferente…No clima leve que só a Rico sabe fazer, nos propusemos a responder a seguinte pergunta: se a disputa na Copa do Mundo do Catar fosse determinada pela variação real da inflação desde a última edição da competição (Rússia 2018), quem “levantaria o caneco”?
Atenção: nessa competição, quem faz menos, leva!
Quais as regras da nossa competição?
Nas simulações da “Copa do Mundo Rico da Inflação”, a disputa ocorre apenas entre os países participantes da Copa da FIFA, seguindo o chaveamento do campeonato esportivo (distribuição das seleções em oito grupos com quatro participantes cada e, após isso, avanço para as fases “mata-mata”).
A vitória em cada etapa é determinada pelo confronto entre países com base na inflação acumulada no ano, entre 2019 e 2022. Como obviamente não temos a variação anual de 2022, utilizamos as projeções oficiais mais recentes do FMI (Fundo Monetário Mundial) para todos os países participantes. Ou seja, há espaço para surpresas até os 45 minutos do segundo tempo – afinal, o jogo só acaba quando termina, não é mesmo?
Dito isso, temos resultados efetivos para os últimos três anos, e isso significa que grande parte da competição será definida pela forma como cada país lidou com a inflação nos últimos anos, incluindo os efeitos da pandemia e suas respostas frente a maior crise dos últimos tempos. Sem esquecer, claro, daquela dose de sorte considerando o sorteio dos grupos da Copa.
Resultados
Os vencedores das fases de grupos da nossa Copa do Mundo de Inflação provavelmente não seriam os mais esperados na Copa do Mundo de futebol.
Na Copa da Inflação, países que já tem tradição no esporte e conquistaram alguma vez o título da competição (como Brasil, Argentina, Espanha, Alemanha e Uruguai) não se qualificariam nem para as oitavas-de-final. Dos mais presentes no mundo futebolístico, apenas Inglaterra e França, a atual campeã, se classificariam.
Já do Grupo G, do qual o Brasil faz parte, Suíça e Camarões avançariam na primeira fase (ainda que bem que não estamos falando sobre desempenho esportivo!). De fato, a Suíça manteve a inflação mais controlada, ao contrário de Camarões, que acumulou alta de mais de 10% entre 2019 e 2022, mas ainda teve desempenho melhor que Brasil e Sérvia.
No caso brasileiro, a variação acumulada nos quatro anos deve ser de cerca de 23%.

Em relação às fases de confronto direto, vemos abaixo que as semifinais seriam: Catar x Japão e Equador x Portugal. E o gran finale seria entre… nosso vizinho latino-americano e o Japão, que seria o grande campeão desta nossa brincadeira!
Embora a seleção japonesa tenha tido um ótimo desempenho na Copa da Ásia, parece improvável que ganhe a Copa do Mundo de futebol. Certo?! Porém, em termos de inflação baixa, temos o grande campeão.

O que isso significa para a economia?
NADA!
É claro que essa análise lúdica não tem nenhuma implicação na performance das economias em questão. Trata-se apenas de uma brincadeira!
Dito isso, o exercício nos permite algumas reflexões sobre o cenário inflacionário ao redor do mundo. Como podemos ver tanto no resultado da nossa Copa da Inflação, quanto na tabela abaixo, o vencedor absoluto no quesito controle inflacionário seria o Japão – que aparece com inflação acumulada de apenas 1,17% no período estimado entre 2019 e 2022.
Enquanto isso, a lanterninha da Copa da Inflação ficou para a Argentina, que segundo as estimativas utilizadas, amargará uma alta acumulada de 391% nos preços ao consumidor no período entre 2019 e 2022. Don’t cry for me, Argentina?

Os resultados refletem políticas econômicas bastante diferentes implementadas por ambos os países.
De maneira (bastante) simplificada, o cenário econômico do Japão vem sendo marcado pela luta contra a estagnação produtiva e os preços baixos nas últimas décadas – mesmo tendo sofrido os impactos dos mesmos desequilíbrios entre oferta e demanda de insumos básicos e produção global impulsionados pela pandemia da Covid-19.
Enquanto isso, a Argentina há muito enfrenta o desafio oposto. Após um breve período de relativa melhora no nível de preços no país, o cenário inflacionário em nosso vizinho latino-americano ganhou força nos últimos anos, com os desequilíbrios globais sendo somados ao fortalecimento de políticas de aumento de gastos públicos permanentes, ao controle de preços e limites a transações internacionais financeiras e comerciais.
Dito isso, vale destacar que inflação baixa nem sempre é positivo.
Sabemos que a inflação alta pode prejudicar a economia de diversas formas – como por meio da perda do poder de compra das famílias, pelo aumento da incerteza, e pela própria alta de juros necessária para controlar os preços.
Porém, preços estagnados ou subindo muito devagar também não são positivos no longo prazo. Inflação muito baixa ou deflação podem refletir crises severas, quando a demanda é tão fraca que não há incentivo nem para produzir.
E o Brasil, como se sai?
Na Copa do Mundo Rico da Inflação, infelizmente ficamos longe da taça. Com inflação acumulada estimada em 23% entre 2019 e 2022, amargamos o 27° lugar. O número reflete um cenário de alta de preços bastante desafiador vivido nos últimos anos por aqui – fruto tanto de desequilíbrios causados pela pandemia, quanto de questões domésticas e externas à própria economia, como a crise hídrica que vivenciamos no ano passado.
Porém, como nem tudo é notícia ruim nessa Copa dos preços, já é possível observar sinais de desaceleração da inflação no Brasil, e esperamos encerrar o ano com nosso principal indicador de inflação (o IPCA) em 6,1% – ainda bem acima da meta do Banco Central de 3,5%, mas uma queda importante.
Te contamos tudo sobre o cenário inflacionário atual do Brasil aqui.
O que isso significa para a Copa do Mundo?
NADA!
Evidentemente, a evolução na Copa de PIB apresentada acima não tem implicações em outros temas, muito menos tem a intenção de prever o campeão das disputas a serem realizadas no Catar.
Não obstante, temos que confessar que quando olhamos para os resultados do nosso exercício no quesito vitórias de Copa do Mundo de futebol…parece que temos chance de vitória, não é mesmo?
Estamos bem-preparados e temos uma camisa pesada! Afinal, “Único Penta é o Brasilzão!”
Mas, enquanto a Copa do Mundo do Catar não chega, o jeito é encarar os efeitos da inflação das figurinhas. A paixão do brasileiro pelo futebol não tem limites. Na verdade, como dizem por aí, nunca é “apenas futebol”!
Elaborado por:
Bruna Sene, CNPI-T 1847
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