(por Zé Rico, analista técnico da Rico)
Na terça passada, foi realizada uma análise conjunta da formação da figura gráfica: topo duplo, com a técnica de trading location, conforme se observa da figura abaixo:
Hoje, estudaremos a junção da análise de fluxo em relação à mesma figura gráfica aqui citada e trading location.
Nota-se que, para se deslocar o preço de um determinado ativo, os players devem consumir liquidez ou gastarem lotes, através da agressão ou ordens a mercado.
Nesse sentido, caso os players que estiverem atuando a favor do movimento prévio não conseguirem romper o último topo formado, seja em razão de uma exaustão (falta de interesse) ou absorção (ordens passivas impedindo o deslocamento do preço), tais players tenderam, muitas vezes, a realizar parte do lucro ou simplesmente deixar para fazer nova defesa em um próximo ponto de interesse.
Dessa situação, resulta no retorno do preço ao próximo ponto de suporte dinâmico, conforme citado anteriormente, local em que, caso não seja defendido ou retorne o interesse dos big players, após o rompimento desse suporte, poderá coincidir com o stop loss de players menores que acreditaram no rompimento frustrado, bem como, na continuidade da pressão dos institucionais que defenderam o rompimento frustrado do topo, forçando o mercado a caminhar até a próxima região de interesse no VAP.
Vale lembrar que, tais semelhanças de análises sempre deverão ser verificadas com o mercado aberto e não podem ser encaradas como uma regra exata, porém é recorrente a ocorrência simultânea dos movimentos descritos aqui pela análise de fluxo, movimento de trading location, na formação do topo duplo.
Assim caros leitores, percebe-se que, por diversas vezes, independente da escola técnica escolhida, os operadores estão analisando a mesma situação por ângulos diferentes, recomendando-se, portanto, a abrangência do estudo e o mínimo preconceito em relação aos diferentes tipos de análises ou operacionais no mercado financeiro.