Você já deve ter ouvido por aí que, para investir bem, é preciso diversificar. E talvez tenha pensado: “Ok, mas como é que eu vou diversificar se só tenho R$ 1.000 para começar?”

A boa notícia é que sim, dá para montar uma carteira diversificada mesmo com R$ 1.000. E mais: é justamente começando com pouco e investindo com frequência que você dá o primeiro passo rumo à construção de um patrimônio sólido.

Abaixo, explicamos como fazer isso, além de por que começar o quanto antes, entender seus objetivos e diversificar sua carteira são elementos fundamentais para otimizar os retornos no longo prazo.

Investir cedo (e com frequência) faz toda a diferença

Pode parecer que R$ 1.000 não vão fazer muita diferença no seu futuro financeiro. Mas aqui vai um segredo nem tão secreto assim: esse valor pode ser até menor, uma vez que, no mundo dos investimentos, o tempo é muito poderoso!

O gráfico abaixo ilustra essa dinâmica. Simulamos dois cenários de investimento, considerando o período de 35 anos, e uma taxa de juros de 1% ao mês:

  • Um investimento único inicial de R$ 10.500, sem aportes depois – ou seja, alguém que investe de uma vez só, deixando “o tempo trabalhar”; e
  • Investimentos mensais de R$ 25 ao longo do período – totalizando o mesmo valor de R$ 10.500 ao final dos 35 anos.

Resultado: Ambos os caminhos constroem um patrimônio relevante. Mas quem começou com um valor inicial antes, mesmo com uma única aplicação, colheu mais frutos. Ou seja, quanto antes você começar, melhor — e investir com regularidade também faz toda a diferença.

Primeiro passo: defina seu objetivo (e conheça seu perfil)

Porém, antes de aplicar o seu dinheiro, vale dar um passo atrás e responder com sinceridade: “Por que estou investindo?”

Pode ser para realizar um sonho, construir uma aposentadoria tranquila ou simplesmente proteger o dinheiro da inflação. Ter clareza do objetivo ajuda a traçar o caminho certo e evita escolhas desalinhadas com seu momento de vida.

Afinal, quem não sabe onde quer chegar corre o risco de parar em qualquer lugar — inclusive em uma aplicação que não combina com seu momento de vida.

Outro ponto essencial é conhecer seu perfil de investidor, ou seja, sua tolerância ao risco. Ele serve como um guia para encontrar o equilíbrio entre segurança e retorno. Veja os três perfis mais comuns:

  • Conservador: prioriza segurança e estabilidade. Prefere investimentos mais previsíveis, mesmo que isso signifique um menor retorno relativo. Exemplo: Tesouro Selic, CDBs de grandes bancos, fundos de renda fixa simples.
  • Moderado: busca equilíbrio entre segurança e retorno. Aceita alguma oscilação em troca de potenciais ganhos maiores no longo prazo. Exemplo: diversificar parte em renda fixa e parte em ativos de maior risco relativo, como fundos de investimento multimercado e ações.
  • Arrojado: aceita mais risco em busca de maior rentabilidade. Diversifica ainda mais a carteira, incluindo uma maior proporção em ativo de maior risco relativo, como ações, fundos imobiliários e diferentes indexadores de renda fixa. Seu foco está no longo prazo e o investidor deve ter maior tolerância à volatilidade.

Diversificar é essencial — mesmo com pouco dinheiro

Após entender seus objetivos e perfil de investidor, a palavra do jogo é: diversificação.

Isso porque, apesar de parecer mais confortável e seguro, deixar tudo em um único investimento não somente limita o potencial dos seus ganhos no longo prazo, como também pode representar um risco.

Diversificar seus investimentos – entre diferentes classes de ativos, regiões e instrumentos – é uma forma inteligente de equilibrar risco e retorno.

Ao combinar ativos com características e comportamentos distintos frente a movimentos de mercado (por exemplo, alta e queda dos juros), sua carteira se torna mais apta a equilibrar a defesa em momentos de crise e a otimização de retornos em momentos de maior apetite ao risco.

O gráfico abaixo ilustra essa dinâmica positiva fruto da diversificação:

Como podemos observar, em um período de 10 anos, quanto maior a diversificação de ativos, maior o retorno acumulado das carteiras – controlando pela volatilidade desejada. No caso, a carteira composta por ativos brasileiros e internacionais (e de diferentes classes) teve o maior retorno acumulado no período – ficando acima tanto do CDI, quanto da carteira Brasil (diversificada com ativos renda fixa, fundos multimercado e renda variável).

Em outras palavras, diversificar é como construir uma casa com base sólida, paredes firmes e um teto que protege: cada parte tem uma função específica para diferentes momentos de mercado.

No entanto, vale reforçar que toda decisão de investimento deve ser pensada juntamente com o perfil, o objetivo e o prazo do investidor.

Segurança x Potencial de Crescimento

Cada classe de ativo tem seu papel:

  • Renda Fixa Pós-Fixado: oferece proteção e boa rentabilidade relativa em momentos de juros altos.
  • Renda Fixa Inflação: proteção contra perda de poder de compra (seguindo a evolução da inflação).
  • Multimercado: combina estratégias variadas com potencial de crescimento no longo prazo.
  • Renda Variável Brasil: exposição às empresas, com potencial de valorização no longo prazo e distribuição de lucros via dividendos.
  • Alternativos: contribuem para a diversificação carteira, com baixa correlação entre ativos.

Simulação prática: como diversificar R$ 1.000?

Mas não é preciso muito dinheiro para diversificar? A resposta para essa pergunta é “não”. Para demonstrar que é possível construir uma carteira diversificada com pouco dinheiro, simulados uma carteira com investimento de R$ 1.000.

Classe de ativo Percentual de exposição Opção de Investimento Aplicação mínima Valor da aplicação
Renda Fixa Pós Fixado 38% Selection RF Light FIC FIRF CP LP R$ 100,00 R$ 380,00
Renda Fixa Inflação 30% Trend Inflação Geral FIRF LP RL R$ 100,00 R$ 300,00
Multimercado 12% Selection Multimercado FIC FIM R$ 100,00 R$ 120,00
Renda Variável Brasil 10% Selection Ações FIC FIA R$ 100,00 R$ 100,00
Alternativos 10% Trend Ouro FIF Multi RL R$ 100,00 R$ 100,00
100% R$ 1.000,00

A alocação sugerida acima oferece um bom equilíbrio entre proteção, exposição internacional e potencial de valorização para um investidor com horizonte de investimento de longo prazo. E o melhor: todas essas classes podem ser acessadas com valores baixos, por meio de fundos de investimento.

O exercício é uma adaptação de nossa carteira recomendada para o perfil moderado, ajustando os percentuais para facilitar a alocação com o valor de R$1.000, respeitando as bandas de alocação conforme nossas recomendações por perfil de investidor.

A recomendação do nosso time

Todos os percentuais usados nessa análise foram baseados na carteira moderada recomendada pela Rico para abril de 2025. Essa carteira é atualizada mensalmente pelo nosso time de especialistas com base no cenário macroeconômico e nas melhores oportunidades para cada perfil de investidor.

Se você quiser ver essa e outras sugestões para o seu perfil, confira agora mesmo o relatório completo “Onde Investir” do mês. Lá você encontra uma seleção de investimentos ajustada para diferentes perfis e objetivos — tudo de forma simples e descomplicada.

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Elaborado por:

Bruna Sene, CNPI-T 6928

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16) O investimento em termos são contratos para compra ou a venda de uma determinada quantidade de ações, a um preço fixado, para liquidação em prazo determinado. O prazo do contrato a Termo é livremente escolhido pelos investidores, obedecendo o prazo mínimo de 16 dias e máximo de 999 dias corridos. O preço será o valor da ação adicionado de uma parcela correspondente aos juros – que são fixados livremente em mercado, em função do prazo do contrato. Toda transação a termo requer um depósito de garantia. Essas garantias são prestadas em duas formas: cobertura ou margem.
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