- Estamos vivendo aquele período tão conhecido de qualquer criança que está se tornando adolescente: as dores do crescimento (com muita turbulência no caminho)
- No caso do Brasil de 2021, o crescimento tem a ver com a recuperação da crise causada pela pandemia de coronavírus, e deve resultar em um incremento de 5,5% no PIB deste ano
- Já as dores são as mesmas que já vínhamos falando há algum tempo: pressão nos preços e mais inflação
- Confira as projeções macroeconômicas atualizadas do time de economia da XP Inc.
Como lembramos no nosso De Olho No Mercado mais recente, o segundo trimestre do ano parecia relativamente tranquilo para o Brasil, com vacinação começando a avançar, a Bolsa em retomada e nossa moeda se fortalecendo… Mas já acompanhamos o mercado há tempo suficiente para saber que não dá para comemorar antes do gol.
Vieram as últimas semanas e, com elas, ruídos políticos, novas preocupações com o coronavírus e uma reforma tributária, no mínimo, polêmica. É nesse cenário incerto que o time de macro da XP Inc. revisa as suas perspectivas para os indicadores mais importantes da nossa economia.
O crescimento
De forma geral, estamos vivendo aquele período tão conhecido de qualquer criança que está se tornando adolescente: as dores do crescimento. No caso do Brasil de 2021, o crescimento tem a ver com a recuperação da crise causada pela pandemia de coronavírus, e deve resultar em um incremento de 5,5% no PIB deste ano, de acordo com as projeções do time. Antes, a expectativa era de alta de 5,2%.
O que sustenta essa projeção? Indicadores sólidos. Após resultados negativos em março, bastante afetados pela piora da pandemia, os principais setores se recuperaram firmemente ao longo do segundo trimestre. As vendas do comércio varejista subiram em abril e maio e os serviços (que sofreram na pandemia) entraram em clara trajetória de alta. Além disso, se tudo correr conforme o previsto, a população deve estar vacinada até outubro, impulsionando, por exemplo, restaurantes, viagens e eventos.
As dores
Bom, a dor nesse caso é a mesma que a gente já vem falando há algum tempo: inflação. O setor de serviços, como falamos, vem crescendo mais rapidamente do que prevíamos, e isso significa preços mais pressionados também. A nova projeção do time para o IPCA, nosso índice principal de inflação, foi para 6,6% este ano (antes era 6,4%). Faz parte.
Quando aumentam as projeções para a inflação, a primeira pergunta que recebemos é sempre a mesma: e a Selic? Dessa vez, não mudamos nossa visão.
Foi mantida expectativa de que o Copom vai acelerar a alta de juros para 1 p.p. em sua próxima reunião, e encerrar o ciclo com a taxa Selic em 6,75%. Isso pode mudar a depender do câmbio (que deve fechar o ano em R$ 4,90, pelas projeções), dos preços das commodities (que devem se acomodar) e dos efeitos do tópico a seguir.
Atenção ao risco fiscal
Na semana passada, falamos sobre as mudanças da proposta de reforma tributária. O parecer do relator Celso Sabino melhorou o diálogo com o Congresso, mas trouxe risco de renúncia de receita. Em resumo, a queda muito forte do IRPJ pode prejudicar a arrecadação de impostos.
Uma reforma muito expansionista somada ao novo programa Bolsa Família (leia mais sobre ele aqui) pode trazer de volta o risco fiscal, o que seria consistente com uma Selic mais elevada do que a projetada ao final do ciclo. Por isso, importante continuar de olho no que vem de Brasília nesse sentido.
Apesar disso, e da volatilidade do último mês, o time entende que não houve mudança nos fundamentos de médio prazo da taxa de câmbio. Desta forma, manteve a projeção de 4,90 reais por dólar para o fim de 2021, assim como para o final de 2022. Confira abaixo todas as projeções e clique aqui para mais detalhes sobre a visão do time.
Elaborado por:
Bruna Sene, CNPI-T 1847
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