- Após meses de recuperação forte, o ritmo de crescimento da economia começa a desacelerar
- No Brasil, a vacinação da população já entrou no preço da Bolsa; riscos fiscais retornam ao radar e investidores mais apressados começam a pensar em eleições
- Já a renda fixa mostra uma boa confiança dos mercados na recuperação econômica
- Conheça as mudanças que fizemos nas carteiras recomendadas para agosto de 2021
A temperatura mudou. Não estou falando aqui sobre a frente fria que assola São Paulo desde a semana passada, mas sim a temperatura do mercado financeiro: a que a gente usa para definir a mistura de ingredientes que usaremos nas nossas carteiras recomendadas.
Após o momento mais desafiador pandemia de Covid-19 na economia, entre março e abril do ano passado, o Brasil e o mundo entraram em um novo ciclo de crescimento econômico. Foram muitos meses de crescimento bastante acelerado (a tal da recuperação em V, da Nike, ou como você preferir chamar). Agora, o ritmo desse crescimento começa a desacelerar, enquanto a inflação permanece alta e os bancos centrais começam a considerar a redução dos estímulos monetários. Falamos mais sobre isso no nosso De Olho No Mercado.
Nesse cenário, a Bolsa brasileira já “andou” bastante. Mesmo com queda no acumulado do mês passado, o Ibovespa está em alta de 5% desde o final de março, com o Real se apreciando 7,5% vs. o Dólar. Durante esse período todo, nossas carteiras recomendadas tiveram uma posição relevante de bolsa e menor em dólar — as duas coisas contribuíram para resultados interessantes nos últimos meses para quem seguiu nossas recomendações.
Mas, como falamos, a temperatura é outra neste início de agosto. Agora, com a vacinação já adiantada e a Selic bem mais alta, não dá para contar com movimentos tão fortes para cima da bolsa — esses movimentos já estão nos preços das ações, ainda que não tenham terminado.
Fora isso, as incertezas fiscais que também mencionamos no texto de ontem e a expectativa das movimentações eleitorais pesam, justificando o movimento que fizemos de diminuir um pouco a exposição em bolsa brasileira e aumentar as posições em ativos estrangeiros.
Foco no “um pouco”. Continuamos com expectativa positiva para a Bolsa brasileira. Desde o início de 2021, o múltiplo de Lucro por Ação brasileira aumentou 54%, com base em estimativas da Bloomberg, enquanto o mercado subiu 7%. Como resultado, o múltiplo P/L do Ibovespa caiu para perto de mínimas recordes de 8,8x, um desconto de 25% em relação à média de 12x dos últimos 10 anos.
Resumindo esse monte de número: ainda tem, sim, espaço para a Bolsa subir. Só achamos que era hora de dosar um pouco mais as carteiras mesmo, como você pode ver no gráfico de alocação no final desse Insight.
No campo da renda fixa, tanto no Brasil como no mundo, os prêmios de crédito (ou seja, os juros pagos acima das taxas livres de risco) continuaram se contraindo. Isso significa que o mercado está com menos receio de emprestar dinheiro para companhias mais arriscadas, o que indica confiança na recuperação econômica do pós-pandemia.
Como a relação entre taxa e preço na renda fixa é inversamente proporcional (entenda aqui), esse movimento foi positivo para títulos em CDI, em IPCA e em dólares, trazendo bons retornos para estas classes.
Confira abaixo todas as nossas sugestões de alocação para esse mês. Para mais detalhes, conheça os ativos sugeridos para os perfis conservadores, moderados e agressivos.
Elaborado por:
Bruna Sene, CNPI-T 1847
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